O Senado aprovou nesta terça-feira, 7, um projeto de lei que prevê que
50% das vagas em universidades e escolas técnicas federais sejam
reservadas a quem cursou o ensino médio integralmente em escolas
públicas.
Dentro desse universo de vagas destinadas a alunos oriundos da rede pública serão aplicados também critérios raciais. Fonte: Estadão.
Fico triste em ouvir ou ler notícias desta natureza, onde a meritocracia é colocada no segundo plano. A justificativa é, sempre, de que há brasileiro de segunda classe, ou seja a classe de raça negra (sic) e de socialmente excludentes (sic). Ao invés de privilegiar os que ascendem pela meritocracia, cria-se uma suposta classes excludentes que são os da raça negra e dos socialmente excludentes. É a oficialização da divisão de classes sociais em pobres e ricos e de brancos e negros. Uma verdadeira "apartheid" informal, só que ao inverso, onde os que tem mérito devem abrir mão da vaga para os que não tem. Uma violência à inteligência humana.
Como já fiz artigo aqui mesmo neste blog, em países desenvolvidos como no Japão ou nos EEUU, o que vale para entrar em melhores universidades são os currículuns dos pretendentes. O que se investiga é qual o curso médio que ele, pretendente, cursou e qual foram os aproveitamentos nestas mesmas escolas. No Japão, em específico, a corrida pela meritocracia começa já no ingresso no curso médio. O ingresso no curso médio, lá no Japão é feito, via "exame nacional" para merecer ingressar em ensinos médios de melhores conceitos. Seja pobre, seja rico, seja de origem étnica nativos ou não, submetem-se ao mesmo exame de comprovação do mérito para poder ascender ao grupo seleto de técnicos ou administradores que "carregam" o país nas costas. Isto, eu tenho certeza, os japoneses fazem com maestria, porque eles se ascenderam àqueles postos por critério de meritocracia.
Outro fator, que salta à vista, que não existe duas classes sociais no mundo, são as próprias olimpíadas. Nas olimpíadas, os ganhadores das medalhas, são definidos apenas pela meritocracia. Não tem cotas raciais ou sociais. Ganha medalha de ouro quem realmente o merece. Já viu, em olimpíadas, algum negro, amarelo serem excluídos? Já viu algum kenyano ser excuído da competição por ser pobre? Pois as olimpíadas são comprovação da minha teoria de que não há raças inferiores e nem classes sociais inferiores.
Os burocratas e os políticos engalfinham-se em querer assumir a paternidade dos negros e socialmente excluídos, para ficarem bem nas fotos. Tenho certeza, com o objetivo único de ganhar votos. Ganhar votos fazendo a segregação de raças e classes sociais. Deveriam, isto sim, se preocuparem em dar as melhores condições sociais e econômicas, sem paternidade, dando educação, saúde pública e segurança pública "universalmente" para todas camadas da população brasileira. Garanto que se perseguir este objetivo, o Brasil será maior e melhor do mundo, pela meritocracia.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
4 comentários:
Se com uma ação dessa eles ganham votos que mau tem nisso os negros e os pobres agradecem
Discordo plenamente, uma demonstração de que não há comparação entre as Olimpíadas e as Cotas, é que fracassamos plenamente nas Olimpíadas exatamente por falta de amparo, preparo e até empenho dos próprios atletas. Logo, as cotas vão preservar e dar chance aos excluídos de participarem de uma coisa chamada UNIVERSIDADE PÚBLICA, que até tempos atrás, era pública no nome mas servia de monopólio de quem é rico e pode pagar para seus filhos, bons colégios e cursinhos preparatórios caríssimos. Ou seja, como o pobre só tem acesso ao colégio público que é marginalizado pelo Estado, pouca ou nenhuma chance teria ou terá, sem as cotas. Abração amigo, é só um contraponto respeitoso.
Cota é complicado demais, gera números inflados artificialmente e pode aumentar o preconceito, sem falar de sua eficácia ser duvidosa, na minha opinião sou mais radical, universidade pública não devia existir, o gasto gerado é injustificável, e só entra quem tem dinheiro mesmo, o dinheiro economizado poderia ser investido em bolsas de estudo em faculdades particulares de qualidade, ou no barateamento das mensalidades no geral, assim aumentando as possibilidades das pessoas de baixa renda (independente de serem brancas ou negras) conseguirem ingressar (como eu), seja por bolsa ou por que o valor diminuiu drasticamente, e sem precisar por cotas, que é basicamente tirar vagas de quem se esforçou pra entrar. alocando espaço pra outros que tiveram menos preparo, por culpa de uma educação básica deficiente, culpa do estado que prefere investir em escolas de samba
Boa tarde Sakamori!!
Concordo plenamente contigo.
Não existe nada mais racista, que Cota Racial, e nada mais demagógico, que cotas sociais.
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