Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
quinta-feira, 26 de agosto de 2021
Onde se escondeu o "posto Ipiranga" ?
sábado, 21 de agosto de 2021
Brasil é um pé de jabuticaba!
O Brasil tem extensão territorial, uma boa parte dela na faixa de clima temperado, propício para desenvolver agricultura sustentável. O País tem mão de obra, suficientemente qualificada, para produção de insumos industrializados e tem terras produtivas, equivalentes a 1/3 do território, propícias para agricultura e pecuária, preservando o restante do território, 2/3, para preservação de florestas e de cerrados. Nenhum país do mundo possui as condições que o Brasil tem. Dizer que Deus é brasileiro, não é nenhum exagero. Para completar, o País possui 210 milhões de habitantes, dentre estes, ao menos 110 milhões de pessoas produtivas.
Vejamos o que aconteceu com o País no passado recente. Para tentar ganhar a credibilidade junto aos investidores internacionais, o ex-banqueiro Henrique Meirelles, ministro de Economia do governo Michel Temer, fez o Congresso Nacional aprovar a Emenda 95, em dezembro de 2016, que limita os gastos públicos dos próximos 20 anos ao nível de 2016, corrigido pelo índice de inflação oficial, o IPCA. A economia do País em 2016, estava em profunda depressão, a pior dos últimos 100 anos, portanto o ponto de partida, 2016, não poderia ser pior. Ao limitar os gastos públicos, incluído os gastos em investimentos públicos, entre eles os na educação, saúde e infraestrutura, a Emenda 95, tornou-se uma verdadeira camisa de força ou uma corda de forca para o País.
Por conta da pandemia Covid-19, em 2020, alegando estado de emergência, o País fez gastos acima do teto dos gastos previstos na Emenda 95, em cerca de R$ 571 bilhões. A justificativa foi apresentado como gastos de "emergência", que levou o nome "Orçamento de Guerra". Pois, neste ano, 2021, não há mais "emergência" e nem tão pouco o Orçamento de Guerra, por óbvio. Dentro deste contexto, o Orçamento Fiscal de 2022, está na maior saia justa. Não há "espaço fiscal" para pagar ao mesmo tempo o programa social, o "Auxílio Brasil" de R$ 60 bilhões e os precatórios, dívidas da União transitado em julgado, num montante de R$ 90 bilhões. Não há dinheiro para pagamento de ambos. A solução encontrada é o parcelamento dos precatórios, via Emenda Constitucional. Para se enquadrar ao limite de gastos imposto pela Emenda 95, faz-se uma "gambiarra" em cima da outra.
Desta forma, concluo que o Brasil é um verdadeiro pé de jabuticaba!
Ossami Sakamori
segunda-feira, 16 de agosto de 2021
Vamos colocar a bola no chão, vamos!?
Nos últimos tempos, Brasília virou palco de embates pessoais entre os membros da Suprema Tributal Federal, o Presidente da República e os membros do Congresso Nacional. Um simples, o reles ministros do STF, Alexandre Moraes e Roberto Barroso, querem usar os palcos do STF e do TSE para "lustrar" suas vaidades pessoais, colocando-se em confronto com a figura do Presidente da República, legitimamente eleito nas eleições de outubro de 2018, no primeiro turno e confirmado no segundo turno. Enquanto os ministros Alexandre Moraes e Roberto Barroso foram indicados pelos presidentes da República da época e passado apenas pela "sabatina" formal pelos senadores da República.
Do lado do Congresso Nacional, o Senado Federal instaurou a CPI da Covid-19 para apurar possíveis irregularidades cometidas pelo Presidente da República na gestão da pandemia. A tal CPI da Covid-19, é comandada pelos senadores das "mais altas linhagens" do parlamento brasileiro, os senadores de Amazonas, do Amapá e de Alagoas. O currículo destes senadores nem merecem ser citados ou analisados porque são de notório conhecimento dos eleitores brasileiros. O objetivo destes senadores não é investigar possíveis irregularidades, pois que insistem em não averiguar os gastos das verbas federais destinados aos estados e municípios, além daqueles enviados ao Distrito Federal. Os senadores referenciados estão fazendo campanha eleitoral de 2022 para concorrer a algum cargo político nos seus respectivos estados, com intensa exposição na mídia nacional.
A preocupação é que está havendo recrudescimento no enfrentamento entre o presidente Bolsonaro e dois ministros do STF, além do "bate boca", que tem ido ao ar, também, entre os membros da CPI do Senado Federal e apoiadores do presidente Bolsonaro. Enquanto, isto, a agenda de reformas estruturantes, tão necessária para crescimento econômico sustentável do País está sendo relegado ao segundo plano pelo Congresso Nacional. De outro lado, nas redes sociais, há chamamento para movimento de paralização da economia do País, mediante bloqueio total dos meios de transportes de carga. Os idealizadores deste movimento, querem parar o País pelo tempo necessário para mudança do clima político-institucional. Isto é muito ruim para imagem do País entre os importadores de nossos produtos. O clima político, lembra um pouco o clima vivido antes do Regime Militar de 1964. Lembro-me, também, que foi um "parto" voltar ao regime "democrático de direito", como alguns citam, com a elaboração da Constituição Cidadã de 1988. Retrocesso, jamais!
No meu entender, os que de direito tem o poder, direta ou indiretamente auferido pelo povo brasileiro, deveriam se lembrar que aos que estão no poder que a disputa de vaidades entre si, não figura dentre os deveres, mas sim, estão no poder temporal para administrar os parcos recursos do contribuintes para o benefício da população. Digo com convicção de que não será a volta do regime militar que vai mudar a situação da população brasileira. O Brasil tem vocação econômica para ser o "player" do mundo. E, nem será a volta da esquerda brasileira ao poder que vai conduzir o País ao destino do progresso que o povo merece usufruir.
Vamos colocar a bola no chão, vamos!?
Ossami Sakamori
quinta-feira, 5 de agosto de 2021
Banco Central aumenta taxa Selic para 5,25% aa
O Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu no dia de ontem, dia 4, elevar a taxa básica de juros Selic para 5,25% ao ano, maior nível desde outubro de 2019, quando a taxa Selic estava em 5,5% ao ano. O Banco Central justificou a evolução da variante "delta" da Covid-19, que põe em risco a recuperação da economia global, além do aumento dos preços ao consumidor, IPCA, no Brasil e que tem revelado "persistente". Na minha opinião, tem pouco a ver com a variante "delta" da pandemia e muito mais em função da inflação que persiste em "ficar" em níveis não tão saudáveis para crescimento sadio e sustentável.
Por outro lado, a expectativa do mercado para o IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial do País está em 6,79% ao ano. Há um ano, 17 de junho de 2020, a taxa Selic estava em 2,25% ao ano, chegando o "piso" de 2% ao ano, permanecendo neste patamar até 9 de dezembro de 2020. No dia 20 de janeiro de 2021, começou a escalada do aumento da taxa Selic, subindo a cada 45 dias, 0,75%. O último aumento de 1% ao ano, anunciado ontem, marca o ajustamento da taxa Selic à inflação que persiste em ficar, mais do que uma política monetária contracionista.
O aumento da taxa Selic, adotado pelo Banco Central tem dois objetivos principais, no meu entender. O primeiro objetivo é jogar balde de água fria no ritmo de aquecimento da economia verificado no último trimestre. O aumento do ritmo de aquecimento tem provocado inflação ao nível não tão desejado para crescimento sadio e sustentável do País. O Banco Central prevê inflação do ano de 2021 romper 7%, se não forem tomadas medidas restritivas. Outro objetivo do Banco Central é tentar conter o dólar nos níveis de R$ 5, com o real não tão depreciado. Outro objetivo da alta da taxa Selic alta, é atrai investidores especulativos para aplicar em títulos do Tesouro Nacional, facilitando a rolagem da dívida pública bruta do País que beira 100% do PIB - Produto Interno Bruto.
Banco Central executa a política monetária aumentando a taxa Selic para 5,25% aa
Ossami Sakamori
domingo, 1 de agosto de 2021
Senado Federal. Os lobos cuidando do galinheiro!