Crédito da imagem: Estadão
A taxa de desemprego medida pela Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) indicou para o trimestre encerrado no mês de maio em 11,2%, significando cerca de 11,3 milhões. O número comparado com o índice do mesmo período do ano anterior representa perda de cerca de 3,2 milhões de emprego em um anoII. O número é alarmante. As perspectivas são ainda mais críticas.
Segundo matéria do Estadão, o economista chefe da Parallaxis Consultoria, Rafael Leão, prevê o pico de desemprego do ano no mês de outubro em 13,2%, ou seja cerca de 13,3 milhões de desempregados. Nos meses de novembro e dezembro, tradicionalmente, deve se manter na estabilidade em função da contratação de trabalhadores para o Natal. O número está bem próximo do que eu fiz previsão no início do ano, de 14 milhões de desempregados para o final de 2016.
Segundo o economista, o desemprego deve continuar até o meado do próximo ano, considerando que o "fundo do poço" da crise econômica brasileira deve estabilizar-se no final deste ano, 2016. No conjunto da análise do economista, coincide com a minha, sobre o encaminhamento da situação econômica do País, sobretudo em função da política econômica neoliberal adotada pela equipe econômica do governo Temer, comandada pelo Henrique Meirelles e o Ilan Goldfajn.
Diante do quadro, chega a ser cômico, ou até trágico, o anúncio do aumento da Bolsa Família de R$ 77 para R$ 85, feito com muita exposição em mídia, em cerimônia no Palácio do Planalto, tal qual faria Dilma se tivesse no mandato de presidente da República. Explico. Com o aumento de R$ 8 reais na Bolsa Família, só dá para comprar meio quilo de feijão para reforçar a alimentação do mês. Não sei se rio ou choro da situação.
Nos próximos dias, estarei expondo minhas críticas à política econômica e monetária do governo Temer, com severas críticas, no meu outro blog Brasil liberal, com considerações um pouco mais detalhadas.
Para leitura, clique ~> Brasil tem futuro?
PS (9:11) : Os portugueses estão comemorando que o índice de desemprego está abaixo de 12%, pela primeira vez desde 2010. Os brasileiros estão amargando a notícia da possibilidade de índice de desemprego chegar próximo de 14% nos próximos meses.
PS (9:11) : Os portugueses estão comemorando que o índice de desemprego está abaixo de 12%, pela primeira vez desde 2010. Os brasileiros estão amargando a notícia da possibilidade de índice de desemprego chegar próximo de 14% nos próximos meses.
Ossami Sakamori