domingo, 31 de março de 2019

Banco Central independente é falsa tese!


Hoje, vou tratar sobre o principal problema do País, que é a estagnação da economia.  Há pessoas que consideram como "única" saída para o Brasil, a conclusão das reformas estruturantes de que o país necessita. Do mercado financeiro aos empresários ícones do País, apontam como a reforma previdenciária e a reforma tributária como as tábuas de salvação para tirar o País do buraco que se meteu.  Não, isto não é a única verdade.  A tese colocada como está sendo não vai colocar o Brasil nos trilhos. 

No dia 12 de março de 2015, portanto, há 4 anos, escrevi: Economia do Brasil espera os piores momentos . Infelizmente, acertei na minha previsão. Aquele momento era o início da pior depressão dos últimos 100 anos que o País iria experimentar.  Já no governo Temer, escrevi várias matérias condenando a Emenda do teto dos gastos, que revogava na prática a Lei da Responsabilidade Fiscal de 2000.  A Emenda dos tetos de gastos "engessava" o Orçamento Fiscal ao nível dos gastos de 2017, enquanto a Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, previa a "limitação de gastos públicos à arrecadação".  A Emenda permitia o "déficit público", desde que os gastos públicos não ultrapassasse os níveis de 2016, corrigido pelo IPCA, enquanto a Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000 não permitia emissão de títulos da dívida para equilibrar as contas públicas. A Emenda dos tetos foi um "remendo" para evitar as "pedaladas fiscais".

O ministro da Economia Paulo Guedes, faz o que pode. Guedes tenta manter o teto dos gastos previsto na Emenda, para conter o ímpeto de gastos públicos, que ameaça romper o teto previsto na Emenda.  A arrecadação do governo federal está caindo em relação ao ano de 2018.  A Emenda do teto dos gastos públicos permite que o Tesouro Nacional emita títulos de dívida pública para cobrir o "rombo fiscal", até o limite estabelecido pela Emenda.  Enfim, o cobertor está curto.  Não há dinheiro suficiente para cobrir os gastos correntes, muito menos pagar os juros da dívida pública.  O Brasil, na prática, paga suas despesas correntes fazendo mais empréstimos no mercado financeiro, via títulos da dívida pública Selic.

Muitos economistas e quase todos articulistas econômicos confundem a política econômica com a política monetária. No Brasil de hoje, a política econômica está com o ministro da Economia Paulo Guedes e a política monetária está com o presidente do Banco Central Campos Neto. Fazer confusão entre a política econômica e a política monetária é como confundir tomate e batata, só porque ambos estão à venda em feiras livres.  Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Tomate é tomate, batata é batata!

O ministro Paulo Guedes vem conduzindo a política econômica com maestria e competência. Guedes sabe o que "pega" para travar o crescimento econômico do País. Com batalhas com parlamentares que só pensam em interesse próprio, só vai conseguir as reformas pretendidas, a previdenciária e a tributária, na melhor das hipóteses, no segundo semestre deste ano.  Isto, também, faz parte do roteiro do regime de governo conhecido como Presidencialismo de coalizão.

Enquanto isto, o Campos Neto, vem conduzindo o Banco Central com "olhar" de banqueiro.  A política monetária do Banco Central, desde governo do PT, vem pagando juros reais escorchantes, cerca de 2% acima da inflação.  Para se ter ideia, o FED - Federal Reserve, dos Estados Unidos paga juros reais "negativos", isto é, abaixo da inflação.  Os Estados Unidos calibram os juros reais, no caso "negativos", conforme o índice de desemprego no país.  Nos Estados Unidos, o índice de desemprego está ao redor de 4%, o número que eles consideram como aceitável.  Pelo mesmo critério, o índice de desemprego no Brasil está, atualmente, em 12,7%.  A taxa de juros pagas pelo Tesouro Nacional é incompatível com o crescimento econômico, apesar de número absoluto ser a menor taxa dos últimos 20 anos. 

No Brasil, com dívida pública bruta ao redor de R$ 7 trilhões, e a dívida líquida ao redor de R$ 3,9 trilhões, o Tesouro Nacional paga de "juros reais" ao redor de R$ 175 bilhões ao ano em números absolutos.  O número ascende aos gastos públicos, individuais do Ministério da Saúde, Educação e ou Segurança Pública. Vamos lembar mais uma vez, a condução da política monetária é do Banco Central do Brasil, sob a batuta do Campos Neto.  O Banco Central tem instrumentos próprios para calibrar a Taxa Básica de juros Selic. Também é função do Banco Central, estabelecer o nível de valorização ou desvalorização da moeda do País, o real, através de vários tipos de intervenções.  Também, é de competência do Banco Central estar de olho na inflação.  Para o controle da inflação, Banco Central, tem o instrumento eficaz que são os "depósitos compulsórios" dos bancos e instituições financeiras.  Isto tudo, é política monetária.  

A política monetária, como foi visto acima, deveriam andar de "mãos dadas", sob a batuta do mesmo presidente da República. A tese do Banco Central independente é conversa para "boi dormir".  É por causa desta "falsa tese", que o Brasil não consegue sair do buraco que se meteu.  

Banco Central independente é falsa tese!

Ossami Sakamori
@Saka_Sakamori

sexta-feira, 29 de março de 2019

Bolsonaro não transferirá embaixada para Jerusalém

Crédito da imagem: Veja

O presidente Bolsonaro afirmou ontem, dia 28, que o governo brasileiro poderá abrir um "escritório de negócios" em Jerusalém ao em vez de transferir a embaixada de Telavive para Jerusalém. Telavive é a segunda cidade mais populosa do Israel, com população em torno de 400 mil habitantes e é considerado capital de fato do Israel. A cidade Telavive situa-se na costa mediterrânea de Israel e onde está localizado a Bolsa de Valores do Israel. A mudança de postura decorre da pressão feita pelo setor de proteína animal do País, que tem importantes clientes nos países árabes, em sua maioria, inimigos declarados do Israel.  

Segundo a grande imprensa, o pedido da mudança com relação a transferência da embaixada brasileira para Jerusalém, teria partido da ministra de Agricultura Tereza Cristina e apoiado pelos generais lotados no Planalto.  Apesar de presidente Bolsonaro ter anunciado a mudança de postura em relação ao assunto, não está descartada a transferência da embaixada para Jerusalém.  Digamos que foi um recuo estratégico, contrariando a "ala" do escritor neo-brasilianista Olavo Carvalho, encarnado que está pelo ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo. 

O presidente Bolsonaro, inteligentemente, recua na decisão sobre a transferência da embaixada brasileira de Telavive para Jerusalém.  Mais um ponto para o presidente da República. A decisão veio na véspera de viagem do presidente para Israel.  

Brasil não vai transferir, no momento, a embaixada brasileira no Israel para Jerusalém.

Ossami Sakamori

quinta-feira, 28 de março de 2019

É alarmante o número de desempregados no Brasil !

Imagem ilustrativa

A imagem que correu nas principais emissoras de TV, uma multidão em busca de emprego, que formou uma enorme fila no Centro de São Paulo, na manhã de terça-feira, dia 26, comoveu a população.  Os candidatos participavam do Mutirão de Emprego, promovido pela Secretaria de Desenvolvimento de São Paulo e pelo Sindicato dos Comerciários. Estavam sendo oferecidos 6 mil vagas para diversos segmentos, como operador de caixa à vendedor de loja.  Isto tudo, tem motivos colocados no final desta desta.

O índice de desemprego medido pelo IBGE é de 12% ou 12,6 milhões de trabalhadores com carteira de trabalho.  Esse contingente de pessoas é aquele que saem de casa à busca de uma vaga de trabalho. No entanto, o IBGE estima que há cerca de 4,7 milhões de pessoas, com carteira de trabalho, denominado de "desalentados", que não saem de casa à procura do trabalho.  O critério de cálculo de número do número de desemprego é o mesmo adotado em outros países. Nada a questionar sobre o critério.  Assim sendo, na minha conta, o número de desempregado é de 17,3 milhões de pessoas "sem trabalho", que é a soma de trabalhadores desempregados e desalentados.  

Ao número de desempregados e desalentados, devemos somar o número de trabalhadores "sub-empregados" ou "biscateiros" ou "autônomos", que corresponde a cerca de 15 milhões de trabalhadores.  Somado o número de desempregados, desalentados e sub-empregados, o número de pessoas ociosas no País, chega a 32,3 milhões de pessoas dentre 106 milhões da força de trabalho no País.  Por outro lado, o número de trabalhadores na indústria, comércio e serviços, com horário integral, com carteira assinada, não alcança os 34 milhões de trabalhadores.  

O famigerado déficit previdenciário, cerca de R$ 350 bilhões ao ano, uma grande parte decorre do não recolhimento ou sub-recolhimento dos recursos previdenciários que seriam recolhidos pelos desempregados, desalentados e sub-empregados, se nos postos de trabalho formal.  Certamente, com a volta de contratações, com carteira assinada, o déficit previdenciário deverá ser bem menos do que o déficit anunciado, com muito estardalhaço. 

O governo deveria, como fazem nos Estados Unidos, calibrar a taxa de juros do títulos do governo Selic conforme o índice de desemprego no País.  O Banco Central americano consideram como índice alarmante, usando o mesmo critério adotado no Brasil, um índice de desemprego acima de 6%.  Atualmente o índice de desemprego naquele país é de 4%, com viés estável.  

Não é permitido dizer em voz alta no Brasil, mas a taxa básica de juros Selic, tem muito a ver com o investimento direto no setor produtivo pelos investidores institucionais.  A triste notícia é que o novo presidente do Banco Central do Brasil, que vem do setor financeiro, vai continuar a adotar juros reais de 2,5% aos investidores especulativos.  A política monetária é a mesma dos últimos governos petistas, que colocou o Brasil no buraco sem fundo. 

A grande verdade é que os investimentos especulativos não criam empregos no País.  Esse tipo de afirmações são considerados como "contra o governo" e, também, não são bem vindo no mercado financeiro, por óbvio motivo.  Para não ser linchado pelos ditos notáveis na economia, digo apenas que: 

É alarmante o número de desempregados no Brasil !

Ossami Sakamori






quarta-feira, 27 de março de 2019

Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!



Na matéria de ontem, dia 26, coloquei minha opinião sobre o regime de governo no Brasil, previsto na Constituição de 1988.  Na prática, o País vive regime "Presidencialista de coalizão", onde o Poder Executivo governa com o respaldo do Congresso Nacional.  Não, não vivemos no regime "Presidencialista absolutista", onde o presidente da República tem o poder absoluto e o Congresso Nacional, apenas um anexo do Poder Executivo.  Ontem, ficou comprovado a minha avaliação sobre a prática da governança no Brasil, com os acontecimentos de ontem. 

Infelizmente, o presidente Bolsonaro, ainda, não tem o apoio suficiente no Congresso Nacional para colocar, na prática, o que o presidente denomina de "nova política".  O presidente Bolsonaro tem dito a quatro ventos que acabou a prática do "toma lá, dá cá", dando a entender que ele não governará sob pressão do Congresso Nacional.  Imagino que o presidente Bolsonaro queira governar no regime que aqui denominei de "Presidencialista absolutista".  Nem tudo é como o presidente Bolsonaro imaginava pilotar, "no céu de brigadeiro". 

Ontem, o governo, leia-se Palácio do Planalto, sofreu dois revezes. O primeiro foi na Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados, onde ficou acordado que a Reforma da Previdência irá à votação da Comissão, somente no dia 17 de abril. Isto, na prática, quer dizer que a Reforma da Previdência dará início dos trabalhos na segunda quinzena do próximo mês.  A reforma da previdência, após a aprovação na Comissão de Justiça, ainda, deverá passar pela Comissão especial que analisará o mérito da proposta apresentada pelo governo antes de ir para votação no plenário da Câmara.  Contando com os interregno de tempo de tramitação previstos no Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a Reforma da Previdência deverá ser aprovada pela Casa apenas no final deste semestre. A Reforma da Previdência, após aprovação na Câmara dos Deputados, ainda deverá ser aprovada pelo Senado Federal.  Segundo os entendidos nas tramitações das leis e Emendas Constitucionais, a Reforma da Previdência deverá ser aprovada somente no mês de agosto.  Até lá, muita água vai rolar debaixo da ponte. 

A segunda derrota do governo, foi que a Câmara dos Deputados em votação relâmpago aprovou a Emenda Constitucional, em dois turnos, que torna obrigatória a maior parte do Orçamento da União, isto é, o pagamento de despesas consignados no Orçamento, como emenda de bancadas estaduais e investimento em obras. Nos governos anteriores, a liberação de verbas orçamentárias dos parlamentares e dos investimentos  em obras eram objetos de "toma lá, dá cá" para aprovação dos projetos importantes de iniciativa do governo.  Na prática, a Câmara dos Deputados, retirou do presidente da República, o principal instrumento de "pressão" do governo que eram as emendas dos parlamentares.  A Emenda Constitucional ainda deve ter aprovação do Senado Federal, mas já é de prever a sua aprovação em tempo recorde. 

É chegado o tempo de Palácio do Planalto e Congresso Nacional pararem de se engalfinhar para o bem do País. Caberia bem o mote da campanha do presidente Bolsonaro: 

"Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!"

Ossami Sakamori
@Saka_Sakamori





terça-feira, 26 de março de 2019

O Brasil é de todos nós!


Nos últimos dias, tenho visto brigas através de meios de comunicação, tradicional e pelas redes sociais, entre o presidente da República Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia.  Palavras nada compatíveis com os cargos que ocupam, são verbalizadas. Isto tudo, mais parece briga de moleques de rua.  Não, eles não são moleques de rua, ambos representam os dois dentre os três poderes da República Federativa do Brasil.  Há que melhorar esta relação para o sossego da população, que querem tão somente ver os responsáveis pela Nação tirar o País do atoleiro que se encontra.  

Talvez, as dignas autoridades dos poderes da República não tenham se dado a conta de que eles não falam apenas por si próprios, mas sobretudo falam em nome dos 208 milhões de habitantes desta Nação.  As dignas pessoas, não são "donos do poder", mas apenas "representantes" dos poderes da República, ungidos que foram pelas urnas em 2018.  Brasil é uma Nação, não é "casa da mãe Joana", onde todos se acham com direito de falar o que quiser.  Não!  Não é bem assim.  O povo brasileiro merece ser respeitado, até porque os salários das dignas autoridades quem paga são os contribuintes. 

O sistema do governo da República Federativa do Brasil é presidencialista.  Não, não é "presidencialista absolutista".  O sistema do governo do País é "presidencialista de coalizão". O Brasil escolheu um sistema de governo onde o Poder Executivo é executor dos programas de governo.  Estes programas do governo, necessariamente, terá que ter aprovação Congresso Nacional, leia-se Câmara dos Deputados e Senado Federal. É assim que está na Constituição. No meu ver, é um sistema perfeito, onde há peso e contrapeso, para que os poderes, o legislativo ou o executivo, não se sobreponha ao outro. 

A briga entre os responsáveis dos poderes da República acontece exatamente por conta da reforma estruturante, tão necessária para diminuir o "rombo fiscal". O País está longe de cobrir as despesas correntes, incluída a da previdência. O "rombo fiscal" está levando o País, celeremente, ao caminho de países como a Grécia e a Turquia.  As reformas estruturantes são necessárias para a própria sobrevivência do Brasil como uma Nação. A reforma da previdência é apenas uma etapa da modernização do País. Sem a modernização, o Brasil estará fora da lista dos países mais desenvolvidos.  A escolha é nossa, não dos outros.

Só discurso e troca de palavras agressivas, via redes sociais, não levam o Brasil ao caminho do desenvolvimento sustentável.  Vaidades à parte, que cada um cumpra apenas o dever para os quais foram eleitos, porque o País tem potencial para estar dentre os países mais desenvolvidos do planeta.  A escolha é nossa! 

O Brasil é de todos nós!

Ossami Sakamori

sexta-feira, 22 de março de 2019

Brasil não é feito para amadores!

Crédito de imagem: Valor

O Tesouro Nacional anunciou o lançamento de títulos da dívida denominado denominado de bônus da República, com vencimento em 28 de maio de 2029 ou seja prazo de pagamento em 10 anos. A operação será capitaneada pelo Merryl Lich e Bradesco e JP Morgan. Os juros prometidos serão de 4,95% ao ano ou 2.45% acima da média dos juros do Tesouro americano, negociados em média a 2,5% ao ano. O Tesouro Nacional corre ainda o risco da variação cambial do período, quando convertido em moeda local, o real. Impressionante é o tamanho da nossa dívida pública líquida. 

Em outubro de 2017, o Tesouro Nacional capitou no mercado externo, com taxa de juros de 4,675%, para o mesmo período de vencimento, 10 anos, cerca de US$ 3 bilhões. Em janeiro de 2018, o Tesouro Nacional, capitou US$ 1,5 bilhão, com vencimento em 30 anos, a uma taxa de 5,6% ao ano com spread de 2,6% à época. O objetivo, não dito, oficialmente, é para o Tesouro Nacional sentir a credibilidade dos seus títulos no mercado internacional.  Vamos lembrar que para se chegar aos juros reais, o Tesouro Nacional acresce sobre o spread, a variação cambial do período para efeito de contas do estoque da dívida pública da União. 

A primeira evidência é de que os títulos da dívida pública Selic, do Tesouro Nacional, em vigor, usado como referência é de 6,5% ao ano, para uma inflação estimada próximo de 4% ao ano.  Desta forma, o governo da União, através do Tesouro Nacional, paga juros reais de 2,5% no mercado interno e 2,6%, mais variação cambial, no mercado externo.  

Por outro lado, a Reserva cambial brasileira, ontem, estava em US$ 378 bilhões, sua maior parcela aplicada em letras do Tesouro americano no curto prazo, auferindo juros médios de 2,25% ao ano.  Para leigos entenderem, a Reserva cambial é como se fosse o "saldo médio" exigido pelas instituições financeiras na hora de análise de crédito de um cliente.  Vamos lembrar que a Reserva cambial é deduzido da dívida pública bruta do Tesouro Nacional para se chegar ao número da dívida pública líquida que está ao redor de R$ 3,89 trilhões, hoje. Eu disse, trilhões!

A operação anunciada pelo Tesouro Nacional, que nada mais que um aumento da dívida pública, em moeda estrangeira, serve apenas para "balizar" a credibilidade do governo brasileiro no mercado internacional e, também, para calibrar a taxa de juros Selic futuros. A taxa básica de juros Selic da última quarta-feira, dia 20, foi estabelecido em 6,5%, com juros reais aproximado de 2,5% ao ano.  Desta forma, o Tesouro Nacional vem pagando juros reais muito alto, ainda, algo como R$ 175 bilhões a cada ano. Grosso modo, representa cerca de 50% do que se anuncia como déficit da providência.  Ou 50% do Plano Marshall como sempre faz referência o ministro da Economia Paulo Guedes. 

O maior gasto do governo da União é com os juros da dívida pública.  Por outro lado, o endividamento da União impedem investimentos públicos. Sem os investimentos públicos, não diminui o número de desempregados no País.  Brasil se encontra naquela situação: "se corre, o bicho pega, se para o bicho come".  Não será, apenas, o alinhamento automático com os Estados Unidos que vai tirar o Brasil do buraco se meteu.  

Brasil não é feito para amadores!

Ossami Sakamori

quinta-feira, 21 de março de 2019

Onyx Lorenzoni está na linha de tiro do Planalto

Crédito da imagem: Folha

O governo do presidente Bolsonaro, ainda, não tem maioria para aprovar a reforma da previdência na Câmara dos Deputados.  O presidente da Comissão da Constituição e Justiça da Câmara Felipe Francischini, está encontrando dificuldade em indicar o relator da matéria.  A data prevista para hoje, poderá ser postergado para a próxima semana.  A partir da indicação, o relator terá 5 dias úteis para apresentar o Relatório para ser discutido pela Comissão, data em que se dará o início da tramitação do processo da reforma da previdência.  

A previsão inicial do presidente Bolsonaro e do ministro da Economia Paulo Guedes era de que a "fatura" (sic) fosse liquidada ainda no primeiro semestre. Os mais otimistas dizem que a reforma será aprovada somente no segundo semestre.  A reforma da previdência, após a aprovação na Câmara dos Deputados terá que ser aprovada, também, pelo Senado Federal.  A maior dificuldade é que uma parte da reforma da previdência terá que ser via Emenda Constitucional que necessita de maioria absoluta dos votos da Câmara e do Senado.  Na Câmara dos Deputados necessita de 308 votos à favor da reforma e no Senado 54 votos para aprovação de qualquer Emenda Constitucional.

O maior problema está em conseguir a adesão espontânea de votos necessários para a reforma, no caso, a da previdência.  Até este momento, o governo não tem esta maioria, segundo voz dentre os congressistas. Vamos lembar que o sistema de governo no Brasil é presidencialista de coalizão. Até este momento, o governo Bolsonaro não tem "coligação de partidos" que dê sustentação no Congresso Nacional. 

Historicamente, a formação de "coligação de partidos" cabe, não ao presidente da República, mas sobretudo ao ministro-chefe da Casa Civil, no caso o Onyx Lorenzoni, DEM/RS. Na Câmara, o ministro-chefe da Casa Civil teve atuação mediana, sem ser um deputado que se destacasse entre seus pares.  Onyx Lorenzoni era "mais um" dentre os 513 deputados da Câmara dos Deputados.  Onyx Lorenzoni está na Casa Civil por ter participado ativamente da campanha do presidente Jair Bolsonaro, tanto quando o já defenestrado ex-ministro da Secretaria da Presidência Gustavo Bebianno. 

Onyx Lorenzoni está na linha do tiro do Planalto.

Ossami Sakamori






quarta-feira, 20 de março de 2019

O clã Bolsonaro manda no Planalto.

Crédito de imagem: Estadão

O deputado federal Eduardo Bolsonaro, PSL/SP, assumiu o posto de chanceler informal do governo Jair Bolsonaro, ontem, terça-feira, na Casa Branca. Eduardo teria sido convidado pelo próprio presidente Trump para participar da reunião privada entre dois presidentes no Salão Oval da Casa Branca. A praxe do encontro se limitaria aos dois presidentes e seus respectivos tradutores. A participação do deputado Bolsonaro, filho do presidente da República, foi uma deferência especial do presidente Trump. Sobre o fato, o chanceler Ernesto Araújo tentou reduzir a importância da participação do filho do presidente, dizendo que o seu correspondente na estrutura dos EEUU que seria o Mike Pompeo, não estava presente no encontro. No jargão político, o chanceler foi literalmente "fritado". 

Também, num outro encontro, segundo a grande imprensa, quem acompanhou o presidente na visita a CIA, a poderosa agência de inteligência americana, foi o deputado Eduardo Bolsonaro, juntamente com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. Não, o ministro das Relações Exteriores não foi convidado a participar da visita. 

Enquanto isto, na viagem do presidente Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro, PSL/RJ, esteve representando o pai na 53ª Convenção da ABRAS - Associação Brasileira de Supermercados. Enquanto o outro filho, o Carlos Bolsonaro, vereador da cidade de Rio de Janeiro, esteve fazendo articulação política no Palácio do Planalto e na Câmara dos Deputados. A participação efetiva dos filhos do presidente Bolonaro vem provocando uma ciumeira adoidada  entre membros do primeiro escalão do governo.  Deixando de lado as picuinhas, a influência da família do primeiro mandatário, é notório até mesmo nos Estados Unidos, o berço da democracia do mundo.  Nada há nenhuma ilicitude, os filhos do presidente da República dar respaldo às ações políticas do presidente da República, sem ônus para o Estado. 

O clã Bolsonaro manda no Planalto.

Ossami Sakamori

segunda-feira, 18 de março de 2019

Olavo de Carvalho se acha o dono do Brasil

Crédito da imagem: Gazeta do Povo

Vou comentar, hoje, uma matéria inusitada sobre o pensamento do neo-brasilianista, filósofo e escritor Olavo de Carvalho. Segundo a Gazeta do Povo, diante de uma plateia de fãs e representantes da direita americana afirmou que, até hoje, não sabe quais são as ideias políticas do presidente Jair Bolsonaro, mas que o apoia por ele ser "um homem honesto e não ser ladrão".  A maneia como o escritor trata o presidente da República não é adequada, sobretudo, no momento político que o Brasil atravessa, a de transição de governo de esquerda para ao de direita. 

O escritor Olavo de Carvalho disse, segundo Gazeta do Povo: "Mesmo se o Bolsonaro fosse dono de um bordel ele seria menos perigoso que o Fernando Haddad, por isso o povo votou nele, não por causa de suas ideias políticas, que não sei quais são: ele fala de um assunto ou outro, mas nunca vi uma concepção geral, uma ideologia". O escritor minimiza o valor do presidente Bolsonaro, acintosamente, sem pudor.  Olavo de Carvalho, ainda segundo Gazeta do Povo, mostrou-se pessimista com o futuro do Brasil e disse que, se o governo continuar como está por mais seis meses, “acabou." (sic).  

Coincidência ou não, ontem, o presidente Jair Bolsonaro ofereceu na residência oficial do Embaixador do Brasil nos Estados Unidos, um jantar  para um seleto convidados, entre eles o Olavo de Carvalho e o Steve Bannon, ex-estrategista e hoje inimigo pessoal do presidente Trump.  Na minha modesta opinião, o convite ao jantar do declarado inimigo do presidente anfitrião, seria de no mínimo uma descortesia.  Em termo de cerimonial isto é um "gafe" imperdoável.

Amanhã de manhã, presidente Bolsonaro tem encontro privado com o presidente Trump, onde deve firmar acordo de cessão da Base de Alcântara para lançamento de foguetes americanos.  Deve, também, o Brasil ganhar o "status" de membro extra-OTAN. Para nos situar, a Colômbia, há alguns anos, já é membro extra-OTAN. Na prática, significa que o Brasil continuará mais do que nunca, mais um satélite dos Estados Unidos, em termo de Defesa. 

Olavo de Carvalho se acha o dono do Brasil. 

Ossami Sakamori

sábado, 16 de março de 2019

BNDES é ainda Caixa Preta.

Crédito da imagem: Estadão

O Estadão de hoje, traz uma ampla reportagem sobre os empréstimos do Tesouro para com o BNDES de 2008 a 2014, num programa denominado de PSI - Programa Sustentável de Investimentos. A reportagem ganha importância, quando a dívida pública do País ascende a R$ 5,5 trilhões e o Tesouro Nacional sequer consegue pagar os juros da dívida correspondente.  Vou tentar aqui, destrinchar a notícia para os leitores leigos deste blog, para ter a compreensão exata da gravidade da situação.

No auge da crise financeira mundial em 2008, sob argumento de enfrentar as "marolinhas", o ex-presidente Lula, mediante aprovação do Senado Federal, destinou R$ 416 bilhões, uma montanha de dinheiro, para socorrer as empresas brasileiras em dificuldades, entre as quais as empresas envolvidas nas operações Lava Jato.  Este dinheiro também foi destinado a financiar as obras de infraestrutura de países da África e da América Latina, as já conhecidas 20 obras do Lula financiadas pelo Lula.  Algumas destas obras foram objetos das Operações Lava Jato pelas propinas pagas ao Lula e sua corriola. 



Originariamente, o BNDES teria que devolver os R$ 416 bilhões ao Tesouro Nacional, até o final de 2060. O atual presidente do BNDES Joaquim Levy, na condição  de ministro de Fazenda do governo Dilma, fez reestruturação desta dívida do BNDES para com o Tesouro, antecipando o prazo final de pagamento para 2040. Certamente, em 2040, já não estarei vivo para ver o dinheiro do povo devolvido aos cofre públicos.

Entre os maiores tomadores deste recurso está o grupo JBS dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Lula da Silva, Guido Mantega, ministro da Fazenda e Luciano Coutinho, presidente do BNDES, emprestaram o dinheiro do contribuinte para o grupo JBS, à época em séria dificuldade financeira, um volume de recursos R$ bilionários, à juros subsidiados que variou entre 1% ao ano a 3,5% ao ano fixos, enquanto a inflação estava oscilando ao redor de 10% ao ano.  Em outras palavras, o Lula e seus comparsas destinaram dinheiro público, para expandir os negócios dos irmãos Joesley e Wesley Batista. 

É claro que o dinheiro do Tesouro, via BNDES, não foram usados apenas para promover a ladroagem do Lula. Muitas empresas de grande porte como Vale e operadores de Usinas Hidroelétricas foram tomadores dos recursos da União repassados pelo BNDES. Alguns estados da federação, também, tomaram os empréstimos subsidiados no total de R$ 28,1 bilhões. Não estamos aqui questionando sobre o PSI e nem sobre destinação de recursos para clientes produtivos do País. Estamos aqui, falando das ladroagens que decorreram dos empréstimos subsidiados com os recursos do povo brasileiro. 

Hoje, segundo os dados do BNDES, o banco de fomento encerrou 2018, com uma dívida de R$ 271 bilhões com a União.  Eis que, este valor somado ao valor da Reserva Cambial e outros créditos da União, é deduzido da dívida pública bruta de R$ 5,5 bilhões para se chegar no valor da dívida pública líquida, hoje ao redor de R$ 3,9 trilhões.  Grosso modo, podemos dizer que o brasileiro já nasce com a dívida de R$ 20 mil, se considerar dívida pública líquida "per capita". 

BNDES é ainda Caixa Preta.

Ossami Sakamori
@Saka_Sakamori

quinta-feira, 14 de março de 2019

Banco Central, tudo como dantes...

Crédito de imagem: Correio Brasiliense

Ontem, dia 13, tomou posse como presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto Filho, neto do ex-ministro de Planejamento do Regime Militar, o economista Roberto Campos.  Ele foi indicado ao presidente Bolsonaro pelo ministro da Economia Paulo Guedes, de quem é amigo pessoal e profissional.  A nomeação do Campos Neto, como ele é chamado, decorreu da identidade de pensamento econômico entre ele e o Paulo Guedes.  Já houve tempo em que os caminhos do Ministério de Fazenda, denominação anterior do Ministério da Economia e Banco Central, andavam em caminhos opostos.  Pelo menos, neste quesito, o Brasil estará nas mãos de pessoas que defendem a mesma teoria econômica, a liberal, de agrado do mercado financeiro.

Em linhas gerais, o Campos Neto deve seguir a mesma política monetária do seu antecessor, o Ilan Goldfajn. No seu discurso de posse enalteceu a qualidade do seu antecessor e do excelente corpo funcional do Banco Central.  Para os leigos que não entendem bem a função do Banco Central, em breves palavras, podemos dizer que o Ministério da Economia cuida da política econômica do governo e o Banco Central cuida da política monetária.  O primeiro cuida da economia como um todo, cuida do crescimento econômico, cuida da expansão dos postos de trabalho, cuida das exportações e importações, dos tributos em geral, entre outras funções.  Por outro lado, o Banco Central, basicamente, cuida da manutenção do poder da compra ou da inflação. O Banco Central é gestor dos títulos da dívida pública federal de responsabilidade do Tesouro Nacional. Cabe ao Banco Central calibrar a valorização ou desvalorização da moeda do País, o real. Banco Central cuida das Reservas cambiais, também. 

Banco Central é responsável pelo aumento ou queda da inflação. Isto é assim em todo mundo. É função do Banco Central, garantir a liquidez do mercado, através de moeda papel ou através de quantidade da moeda escritural ou o depósito bancário. Em tese, quanto mais moeda em circulação, inflação aumenta.  A gestão do Banco Central não é tão simples como eu falo aqui. Se bobear na gestão da moeda, o País pode entrar em estagflação ou uma associação de estagnação e inflação.  Mas,  o Banco Central tem vários mecanismos para promover o desenvolvimento do País com inflação devidamente domada.  Entre os mecanismos, podemos citar: Nível de reserva cambial; Nível de depósito compulsório dos bancos; Taxa básica de juros Selic; Swap cambial tradicional; Swap cambial reverso e Dólar futuro, entre outros mecanismos. Não será por falta de instrumentos que o Campos Neto poderá exercer a função com maestria. Basta fazer, fazendo.

Como foi dito pelo novo presidente do Banco Central, Campos Neto, haverá continuidade na política monetária do Ilan Goldfajn. Diga-se de passagem, ambos são operadores do mercado financeiro, fora do Banco Central. Assim, podemos afirmar sem incorrer em erros que...

Banco Central será tudo como dantes... ou quase tudo.

Ossami Sakamori

quarta-feira, 13 de março de 2019

Bolsonaro visitará Washington no meio de um tiroteio

Crédito da imagem: Gazeta do Povo

O presidente Bolsonaro viaja para os Estados Unidos no próximo dia 19, terça-feira.  No seu périplo, na viagem de volta, vai fazer visita oficial ao Chile.  Não foi divulgado, ainda, a agenda do presidente em Washington e nem tão pouco em Santiago.  O Palácio do Planalto divulga ainda que o presidente da República fará visita a Israel, ainda neste mês.  A importância dos Estados Unidos para o Brasil dispensa comentários. Aquele país ocupa primeiro lugar na formação do PIB do mundo, respondendo com cerca de 25% ou 1/4 de tudo que o mundo produz. 

O presidente Bolsonaro vai se encontrar com o presidente Trump, este último no meio de uma crise política, armada por ele próprio, na insistência de construção de muro na fronteira com o México.  A popularidade do presidente Trump está abaixo de 40% de aprovação. No próximo ano, o presidente Trump vai tentar a reeleição, no meio de tiroteio com os Democratas capitaneada pela deputada Nancy Pelosi.  

O Brasil não está bem na fotografia com os Estados Unidos. A última agenda oficial programada e agendada, a visita da presidente Dilma Rousseff ao Washington, foi cancelada, na última hora, sem nenhuma justificativa plausível.  Por estas e outras, os Estados Unidos tem o Brasil como país de segunda categoria.  Os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos são a China e a União Europeia e não o Brasil.  Na geopolítica, o Brasil é considerado parte do quintal dos Estados Unidos. Dentro deste contexto que o presidente Bolsonaro vai fazer visita oficial ao presidente Trump.

No front interno, o presidente Bolsonaro está vacilante na nomeação do novo embaixador nos Estados Unidos. Em todos os governos que antecederam ao do presidente atual, a nomeação do Embaixador do Brasil nos Estados Unidos foi a primeira providência, até em deferência àquele país por ser a maior potência comercial e militar do planeta. No entanto, há uma briga nos bastidores do Itamaraty. O atual ministro de Relações Exteriores, que não é Embaixador de primeira linha, pois o Ernesto Araújo, o chefe do Itamaraty, nunca ocupou uma Embaixada.  Ernesto Araújo foi indicação do escritor neo-brasilianista Olavo de Carvalho. Isto todo mundo sabe. 

A grande imprensa destaca a disputa pela indicação do novo embaixador  brasileiro em Washington. Por um lado o candidato do escritor Olavo de Carvalho, o Forster Júnior, e por outro lado nome do cientista político Murillo de Aragão, preferido do ministro da Economia Paulo Guedes.  Presidente Bolsonaro encontra-se no meio de tiroteio entre o grupo do escritor Olavo de Carvalho e a ala mais ortodoxa liberal do ministro da economia Paulo Guedes. 

Como sempre, o Brasil fica discutindo picuinhas, enquanto deveria se impor como potência mundial, com 5ª posição em extensão territorial, 6ª posição em população e 8ª posição em PIB.  Chegou a hora de presidente Bolsonaro se portar como "estadista" e nomear o nome de preferência dele próprio.  

Bolsonaro visitará Washington no meio de um tiroteio. 

Ossami Sakamori

terça-feira, 12 de março de 2019

Joice Hasselmann é estrela em ascensão!

Crédito da imagem: Folha

A deputada federal Joice Hasselmann, PSL/SP, líder do governo no Congresso Nacional, é a nova figura política em ascensão no Palácio do Planalto. A @joicehasselmann como ela é conhecida na rede social, é deputada mais votada da Câmara dos Deputados em todo o País. A deputada, líder do governo vem assumindo protagonismo na articulação política do governo Bolsonaro no Congresso Nacional com muita desenvoltura. 

A deputada Joice vem defendendo a nomeação de indicados políticos demandada pelo Centrão, como é conhecido os partidos que sempre tem sido fiel de balança de todos os governos.  Sobre o questionamento das indicações políticas, Joice rebate e diz: "O problema não é indicação, é corrupção". Sobre a reforma da Previdência, afirma que o governo tem de "ouvir a reclamação de todo mundo e, dentro disso, negociar o que é possível".

Sobre a divisão de tarefas com o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo, PSL/GO, afirma: "Acho que sou a perna que faltava para ter um caminhar suave. O Major tem suas qualidades que é só dele e eu tenho algumas que ele não tem".

Segundo a nova líder no Congresso Nacional, já há uma estratégia definida, com os líderes dos partidos. Todos os espaços devem ser ocupados pelas pessoas qualificadas tecnicamente, e que o problema não é indicação e sim a corrupção.  A nova líder no Congresso Nacional garantiu que haverá respeito à liberação das emendas impositivas. As emendas impositivas, sempre foram instrumento de pressão do governo, desde antes, conhecido como "toma lá, dá cá". O fato é que as emendas são impositivas e sempre foram instrumentos de sobrevivência dos parlamentares nas suas bases eleitorais ou eleitoreiras.  Digamos que é um instrumento legítimo do sistema Presidencialismo de coalizão. 

E assim, a estrela do ministro-chefe da Casa Civil Onyx Lorenzoni vai sendo ofuscada pela nova líder no Congresso Nacional. Nesta queda de braço, a deputada Joice ganha de longe do atual ministro-chefe. Não muito longe, a deputada deverá ocupar um espaço importante no Palácio do Planalto. Esta última afirmação é minha, isento de paixões, pois nem eleitor paulista eu sou.

Joice Hasselmann é estrela em ascensão!

Ossami Sakamori


segunda-feira, 11 de março de 2019

A reforma da previdência é necessária e urgente!

Crédito da imagem: Veja

O assunto sobre a reforma da previdência está em pauta da grande imprensa e nos comentários entre os leitores deste blog.  Embora, não seja da área de minha especialidade, devo comentar sobre a reforma sob ângulo que não está sendo exposto pela mídia em geral.  Não sou pesquisador da área, portanto os números apresentados aqui foi colocado "grosso modo".  No entanto, é importante que os leitores saibam sobre a reforma da previdência, por isso faço comentário a seguir.

O que se fala na imprensa, é que o déficit da previdência foi de cerca de R$ 350 bilhões em 2018, diante dos gastos correntes do governo, sem os juros e amortizações, de R$ 1,5 trilhão.  Isto não é gasto. Isto é um verdadeiro "rombo" no Orçamento da União. Este número não engloba os "rombos" de previdência dos estados e municípios. Sem dúvida, a previdência é item importante, senão o mais importante, do Orçamento Geral da União e dos entes federativos. 

O ministro da Economia Paulo Guedes quer cortar os gastos da previdência em R$ 1 trilhão nos próximos 12 anos, o que corresponde a pouco menos de R$ 100 bilhões a cada ano.  Não tem milagres a produzir. A conta para cobertura desta economia de R$ 1 trilhão, serão pagas pelos atuais e futuros beneficiários da previdência pública. A discussão se resume em "quem paga" estas contas.  Todas classes lutam para manter os atuais privilégios, o que acho normal.  Fazer justiça social é uma tarefa nada fácil para qualquer governo, independe de matizes ideológicos.  

A reforma da previdência acabou sobrando para o presidente Jair Bolsonaro para resolver. Como qualquer reforma, o assunto deverá passar, necessariamente, pelo crivo do Congresso Nacional.  Os deputados e senadores, seja do governo ou do centrão, deverão usar a reforma da previdência para promover o verdadeiro "toma lá, dá cá".  O presidente Bolsonaro, que já foi deputado por longos anos, sabe mais do que ninguém, que o Congresso Nacional sempre funciona  assim.  Única diferença que poderá haver dos outros governos é o "tamanho" das concessões.  E o centrão estará, mais do que nunca, em plena atividade. 

Não adianta aprovar apenas a reforma da previdência para o País voltar ao crescimento. Tem muitas outras reformas importantes a serem aprovados pelo Congresso Nacional, como um novo pacto federativo e a reforma tributária, sem os quais o Brasil não retomará o crescimento, tão necessário para produzir a "sensação de estabilidade social".  Vamos parar de ideologizar o tema e tocar para frente!

Voltando ao tema. Se o País não fizer a reforma da previdência, caminhará celeremente para situação que passou e passa a Grécia.  A Grécia entrou em "default" há alguns anos.  O resultado é que o governo teve que cortar os benefícios dos atuais previdenciários em 50%, de pronto.  Isto mesmo, os benefícios foram cortados em 50%. Os beneficiários passaram a receber exatamente a metade do que recebia antes do "default". E o governo grego anuncia mais cortes no já minguado valor dos benefícios. De semelhança com o Brasil, a Grécia sediou as Olimpíadas sem ter as condições para realizá-la, em 2004. E deu no que deu!

Se o Brasil perder a oportunidade da reforma da previdência, o país caminha celeremente no mesmo caminho da Grécia e os nossos previdenciários serão os primeiros a sofrerem os cortes nos seus proventos.  Não é ameaça, mas a realidade se impõe. Isto deveria ser dito em letras garrafais e não ficar nos escaninhos do Congresso Nacional. 

A reforma da previdência é necessária e urgente!

Ossami Sakamori

domingo, 10 de março de 2019

Olavo de Carvalho, o poder paralelo?

Crédito de imagem: Estadão

O fogo amigo vem do escritor neo-brasilianista Olavo de Carvalho contra a equipe do Ministério da Educação comandada pelo seu afilhado, o ministro Vélez Rodriguez. A acusação, segundo a grande imprensa, são contra os militares lotados no MEC de tentarem "expurgar" os seus alunos e seguidores para, segundo as redes sociais, frear as investigações da Lava Jato da Educação. 

Os seguidores do escritor neo-brasilianista dizem que os coronéis e generais lotados no Ministério tentam isolar o ministro Vélez Rodríguez e sabotar ações defendidas na campanha do presidente Bolsonaro.  Na sexta-feira, o próprio escritor Olavo de Carvalho usou redes sociais para pedir a seus alunos a deixarem os cargos, depois de informado que foi do "expurgo" no MEC. Em Facebook, o escritor acusou os seus alunos de "trapaceiros e covardes" (sic). Nunca vi, na minha vida acadêmica, atitude tão "soberba" de um professor.  

Eu já vinha afirmando neste blog a atitude "soberba" do escritor neo-brasilianista Olavo de Carvalho, que afirmou em inúmeras entrevistas de que se achava o "guru" do presidente Jair Bolsonaro. O uso da palavra "guru" foi do próprio escritor.  Logicamente, fui duramente criticado pelos seguidores do escritor referente às minhas colocações.

Nada contra o pensamento filosófico do escritor Olavo de Carvalho acerca de ideologias, mas as suas ações tem clara intensão de diminuir a estatura do presidente da República, eleito legitimamente pelo povo brasileiro. Penso que o presidente Jair Bolsonaro não precisa de nenhum "tutor" para presidir a Nação brasileira. 

Ossami Sakamori

sábado, 9 de março de 2019

A Rede Globo não vai derrubar o presidente Bolsonaro!

Crédito de imagem: Veja

Segundo a revista Veja, o assunto mais polêmico da semana foi os tweets obscenos (sic) postados pelo presidente Bolsonaro. Ainda, segundo a Veja, o seu editor Filipe Vilicic defende a hipótese de que o presidente se aproveitou da repercussão para criar uma "cortina de fumaça" que encobriria questões realmente relevantes.  Outros veículos importantes como a rede Globo explorou intensamente sobre o tema e sobre as novas falas do presidente da República, fazendo críticas pesadas.  

O verdadeiro pano de fundo não está nos episódios do período de carnaval.  Nem mesmo, a declaração pouco cuidadosa do presidente sobre a importância das Forças Armadas na garantia da manutenção da democracia no Brasil e no mundo todo.  O presidente da República deu uma esbarrada na linguagem, tanto quanto eu tenho cometido aqui, ao se referir sobre a democracia. Ele disse sobre a democracia como sendo "concessão" das Forças Armadas. No contexto da fala, eu tinha entendido como "mantido" pelas Forças Armadas.

O pano de fundo é bem outro.  Os eleitores do presidente Bolsonaro, tanto quanto a grande imprensa, sabem que o presidente da República usa, até nos discursos oficiais, linguagens chulas.  Graças a estas linguagens chulas e diretas que o deputado Jair Bolsonaro se elegeu presidente da República nas eleições legítimas em outubro.  O fato concreto é que o presidente da República cortou as verbas publicitárias R$ bilionárias para a grande imprensa.  O governo federal e as estatais gastavam cerca de R$ 5 bilhões anuais em "publicidade".  

No Brasil, a grande imprensa, sobretudo a Rede Globo, faz e desfaz um presidente da República.  Foi o que aconteceu com o Fernando Collor de Melo.  A Rede Globo inventou o "mito" da época, o Collor de Melo, e quando não mais interessava para seus interesses, o destituiu orquestrando o seu "impeachment".  A Rede Globo quer repetir a história, com o presidente Bolsonaro.  Onde vai a Globo, vai o resta dos meios de comunicação.  Só esquece a Globo que os momentos são outros.  O povo amadureceu!

A Rede Globo não vai derrubar o presidente Bolsonaro!

Ossami Sakamori

sexta-feira, 8 de março de 2019

Cartão corporativo, a farra dos gastos públicos


Hoje, vou fazer comentário sobre assunto delicado e espinhoso de todos os governos, o que está no governo e os que virão no País.  Trata-se do uso do "cartão corporativo", tal qual é concedido aos executivos de grandes corporações no Brasil e fora dele. Esta matéria vai tratar de cartões corporativos da Presidência da República, especificamente, apesar destes serem usados pelos ministérios deste governo e de antes deste.

O gasto nos cartões corporativos da Presidência da República, de janeiro e fevereiro, custou ao governo federal R$ 1,1 milhão. O cálculo leva em consideração os pagamentos vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República, que incluem despesas relacionadas ao presidente. O decreto que está em vigor há muitos anos, além de eventuais despesas em favor do presidente da República, a Secretaria é responsável por gastos de familiares do presidente e das residências oficiais. Responde ainda por pagamentos corriqueiros e eventuais saques em dinheiro da Presidência para necessidades não especificadas.  Isto sempre foi assim, dos governos FHC, Lula da Silva, Dilma e Temer.  

Os gastos dos cartões corporativos da Presidência da República, da gestão Jair Bolsonaro é somente menor do que dos dois primeiros meses da gestão Dilma Rousseff, em 2014. Dilma teria gasto no mesmo período daquele ano, R$ 1,4 milhão, em valor corrigido, ligeiramente menor do que a do presidente Bolsonaro. Tudo isto, está nos noticiários da grande imprensa. 

Além dos cartões corporativos da Presidência da República, também, os 1.846 servidores públicos lotados em diversos ministérios, foram responsáveis por um gasto total de R$ 5,3 milhões nos dois primeiros meses  em cartões corporativos, sem necessidade de prestação de contas. Nesta lista de usuários dos cartões corporativos, incluem o pagamento de combustíveis e pedágios dos ex-presidentes José Sarney, Fernando Collor, FHC e Lula da Silva, que não ultrapassam R$ 10 mil por ano, cada motorista, segundo a grande imprensa. São os penduricalhos previstos em leis e decretos.

Tal qual numa grande corporação, os gastos com os cartões corporativos do governo federal são dispensados de comprovação através de notas fiscais ou equivalentes. Isto deve estar no Decreto que criou os cartões corporativos. Nada estamos a contestar sobre a legalidade dos gastos com os cartões corporativos. 

O povo brasileiro vive como o de terceiro mundo, mas os dirigentes do País vivem como num País de primeiro mundo.  Claro, a conta quem paga é o contribuinte. No entanto, se há Decreto autorizando, não será este reles cidadão que vai questionar a legalidade ou legitimidade. 

Em 11 de maio de 2016, postei matéria sobre o mesmo assunto em Palácio da Alvorada, o "bunker" de resistência da Dilma .  Esta matéria não é nada pessoal contra o atual presidente da República, para quem nutro confiança. 

Cartão corporativo, a farra dos gastos públicos. 

Ossami Sakamori