sexta-feira, 27 de novembro de 2020

DEM vai continuar mandando no Congresso Nacional


O Supremo Tribunal Federal, STF, já tem a maioria formada sobre a consulta formulada pelo PTB, da possibilidade de reeleição das presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.  A resposta favorece à reeleição do deputado Rodrigo Maia, DEM/RJ, na presidência da Câmara dos Deputados e do senador Davi Alcolumbre, DEM/AP, na presidência do Senado Federal e do Congresso Nacional, para o biênio que começa no dia 1º de fevereiro de 2021.  Assim, frustrou a expectativa do "Centrão", que articulava a candidatura do deputado Arthur Lira, PP/SP, à presidência da Câmara, com apoio do Palácio do Planalto.  

As presidências de ambas casas do Congresso Nacional ganha importância na medida que, sob a presidência do Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, ambos filiados ao DEM, é que acontecerá a eleição presidencial de 2022.  Acontecerá também, sob  a guarda chuva de ambos, as eleições para Câmara dos Deputados e terço do Senado Federal, além dos governadores de 27 unidades da federação, bem com os representantes das respectivas Assembleias Legislativas. 

O presidente Jair Bolsonaro, por outro lado, no momento, está sem partido.  A tendência, segundo os palacianos de que ele se filie a um partido "nanico", onde possa ter o "mando efetivo" na condução da sua reeleição ao Palácio do Planalto.  A decisão, de maioria já formada, do STF, vai favorecer as forças do centro-direita, nas eleições de 2022.  O que poderá acontecer, de hora em diante, é uma equação política um tanto diverso de uma simples equação matemática.  Em política, tudo pode acontecer ou pode permanecer como está.

Ossami Sakamori

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Paulo Guedes é um tremendo fanfarrão!

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anuncia a quatro ventos que a economia do País vai crescer no próximo ano, 2021, em forma de "V", após previsão do recuo do PIB - Produto Interno Bruto em 4,5% para este ano.  Os leitores podem achar que a palavra de otimismo de um ministro da Economia é um dever, mas quando isto ultrapassa o limite da razoabilidade se torna atitude infantil e irresponsável.   O ministro Paulo Guedes considera o povo brasileiro um perfeito otário, que aceita qualquer fala irresponsável como se verdadeira fosse.

O País vive num momento de encruzilhada, na formulação da política econômica.  Ou o Brasil cresce exponencialmente como imagina o ministro da Economia ou afunda de vez.   O Brasil entrou em depressão econômica em 2015 e não conseguiu sair dela, até hoje.  As reformas estruturantes, como a administrativa e tributária ficaram para serem discutidos no ano que vem, por conta da pandemia em 2020.  A pandemia desorganizou ainda mais a economia e em particular as finanças públicas.   O País criou um rombo extra de R$ 800 bilhões, por conta da pandemia, denominado de Orçamento de Guerra, apartado do Orçamento Fiscal de 2020. A dívida do Tesouro Nacional já alcança 100% do PIB.

O Orçamento Fiscal de 2021, está engessado com a Emenda de teto dos gastos públicos que, tão somente, atualiza o Orçamento Fiscal de 2016, corrigido pela inflação do período. O governo federal não poderá contar em 2021, com o Orçamento de Guerra, um extra de R$ 800 bilhões, que irrigou a economia do País na pandemia, o que minimizará a queda do PIB, ao redor de 4,5% em 2020.  O País vai entrar em 2021 sem os R$ 800 bilhões extras que irrigaram a economia em 2020, com o "auxílio emergencial" e diversas formas de estímulos fiscais e creditícios para empresas.   

Para quem estuda macroeconomia, o quadro da economia do Brasil para 2021, chega a ser assustador.  Não haverá a outra perna da letra "V", a de ascensão como quer Paulo Guedes.  Todas reformas que não foram feitas em 2020, cruciais para o País, como a tributária e administrativa vão ser discutidas no primeiro semestre de 2021.  O País, na melhor das hipóteses, voltará a crescer no segundo semestre do próximo ano.  O Brasil só tem possibilidade de retomada de crescimento a médio prazo num formato em "U".  

Para nós, pobres contribuintes e motores da economia do País, só temos que torcer que o ministro da Economia, Paulo Guedes, saia do seu redoma de discursos liberais e faça o dever de casa, aprovando "de vez" a reforma tributária e a reforma administrativa, condição indispensável para o crescimento sustentável do País.  

Paulo Guedes é um tremendo fanfarrão!

Ossami Sakamori


quarta-feira, 18 de novembro de 2020

O PIB do Brasil será "negativo" 4,5%, segundo BC


O Banco Central revisa a estimativa do crescimento do PIB do Brasil de 2020 em 4,5% negativo ou seja o País vai regredir a sua produção em  valor menor do que o ano de 2019.  Prevê também a inflação terminar o ano em 3,81%.  A estimativa do PIB brasileiro acompanha os dos maiores economia do mundo.  O reflexo, é claro, da pandemia  "coronavírus".  

O Brasil vem sofrendo depressão econômica, desde 2015, quando naquele ano, o PIB teve decréscimo de 3,8%. O recuo do PIB em 2016, foi de 3,5%. Os crescimentos do PIB nos anos 2017, 2018 e 2019 foram, respectivamente, 1,3%, 1,3% e 1,1%, fechando o PIB do Brasil no final do ano passado em R$ 7,3 trilhões.  Como podem ver, o PIB de 2020, grosso modo, deve terminar com o recuo de 8% em relação ao PIB de 2014.  O resultado é que, o Brasil está produzindo 8% menos do que há 6 anos.  Não se pode "debitar" a brutal recessão tão somente à esquerda brasileira.   Em 2016, a administração federal passou para o Michel Temer, PMDB/SP.

É certo que a pandemia pegou o Brasil, justamente, quando o País ensaiava o crescimento econômico com o novo presidente da República e com o novo ministro da Economia. Tentativa de recuperação econômica, ainda em 2020, foi feita.  O Brasil gastou, até hoje, cerca de R$ 800 bilhões, extra Orçamento Fiscal de 2020, sob rubrica de Orçamento de Guerra.  No momento, nos bastidores, o governo tenta prorrogar o Orçamento de Guerra para 2021, na tentativa de fazer voltar o crescimento econômico.  O empecilho para aumento de gastos públicos está na Emenda do teto dos gastos públicos, que limita os gastos em Orçamento Fiscal de 2016, corrigido pela inflação do período.

O Brasil, está em situação de endividamento público muito grave.  O endividamento público, sobretudo com os gastos do Orçamento de Guerra, ultrapassa ligeiramente o PIB - Produto Interno Bruto do país.  O PIB é tudo que o País produz, incluído as despesas do próprio governo.  Resumindo, o Tesouro Nacional deve ao mercado financeiro nacional e internacional valor equivalente a tudo que produz e gasta no ano.   O Brasil nem consegue pagar os juros da dívida pública, muito menos o principal.  Os vencimento do principal e juros são "rolados" ou postergados.  Se o Brasil fosse uma empresa privada, estaria em "estado de falência".  

Não será o Paulo Guedes e nem tão pouco a vontade do presidente da República que vai tirar o Brasil do buraco que se meteu.  Chegou o momento de todos os atores da economia, se reunirem na mesa para elaborar um "pacto nacional" para tirar o Brasil da situação que se encontra.

O PIB do Brasil será "negativo" 4,5%, segundo Banco Central.

Ossami Sakamori

sábado, 14 de novembro de 2020

Caixa Econômica vai financiar microempreendedor


O governo federal deverá disponibilizar cerca de R$ 25 bilhões para financiar parte dos atuais beneficiários do "auxílio emergencial", que receberam 5 parcelas de R$ 600 mais 4 parcelas de R$ 300 por mês, no início do próximo ano.  O dinheiro viria de parte dos recursos próprios da Caixa Econômica Federal e parte de um eventual aumento de compulsórios de bancos.  Segundo, informações do Ministério da Cidadania, as operações ficaria entre R$ 1 mil a R$ 5 mil para cada tomador. 
O dinheiro seria usado como "capital de giro" ou compra de equipamentos eletrodomésticos que ajudem nos pequenos negócios.  O microcrédito como desenhado, tem custo elevado para as instituições financeiras que venham aderir, devido a necessidade de realizar visita presencial do agente financiador, além do alto risco de inadimplência. 
A medida a ser anunciada seria para atender o "vácuo" que seria deixado com o programa "auxílio emergencial" durante longos 9 meses.  No entanto, o volume desenhado é quase nada comparado com o "auxílio emergencial" que vai consumir cerca de R$ 220 bilhões do Orçamento de Guerra.  Digamos que a medida proposta é um "tapa buraco", cujo volume desenhado corresponde a cerca de 1/10 do volume disponibilizado em "auxílio emergencial".  
Infelizmente, o governo está quebrado.  O tão falado e anunciado programa de renda mínima que seria denominado Renda Cidadã, ficou no papel, por falta de fonte de financiamento.  O ministro da Economia, Paulo Guedes, ensaiou prorrogar o Orçamento de Guerra, alegando a "segunda onda do coronavírus", mas não a pretensão não deu resultado.  Foi desautorizado pelo presidente da República. 
Embora, o valor a ser disponibilizado não vai causar nenhum impacto no Orçamento Fiscal e nem tão pouco o risco sistémico no sistema bancário, o efeito na formação do PIB de 2021,também, será insignificante.  Será mais uma "pirotecnia" para fazer parte do cardápio da reeleição do presidente da República em 2022. 

Ossami Sakamori


quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Biden promete rever tarifa de aço e alumínio

Os produtores brasileiros de aço e alumínio estão animados com a eleição de Joe Biden, democrata, à presidência dos Estados Unidos, ao contrário do governo do presidente Bolsoaro, que sempre esteve alinhado com o ainda presidente Donald Trump, republicano.  O motivo é a expectativa das duas indústrias sobre a revisão de barreiras tarifárias dos produtos brasileiros àquele país, que chega a 124%.  

Fazer oposição ao novo governo dos Estados Unidos, só porque, no juízo do Palácio do Planalto, de que o governo Joe Biden é de "esquerda", é uma pensamento retrógrada.  Se assim fosse, o Planalto deveria cortar relações comerciais com o maior comprador de commodities do Brasil que é a China, um país comunista, de partido único.  Não, não deve, misturar as relações privadas com o público.  Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.  

Sem querer ofender aqueles que pensam contrário, o nosso país está ainda em fase de desenvolvimento, necessitando cada vez mais de parceiros comerciais para financiar os nossos investimentos e de trocas comerciais entre os países trazer crescimento sustentável ao Brasil.  Vamos lembrar que a China e os Estados Unidos são, respectivamente, primeiro e segundo importador dos produtos brasileiros.  Esfriar relações comerciais e diplomáticas, para atender vontade privada de um presidente da República é voltar ao tempo do império. 

Ofender ou tratar com desdém os principais parceiros comerciais, por conta de uma ideologia, é um total desrespeito ao povo que habitam aquelas nações.  Está na hora de Brasil como Nação, se comportar como tal, deixando de lado as desavenças ou aproximações pessoais de seus mandatários temporais.   Brasil é de todos brasileiros, independente de classes sociais, de ideologias e de raças.   Brasil não deveria se comportar como Burundi, republiqueta centro-africano.


Ossami Sakamori

domingo, 8 de novembro de 2020

Acorda, Brasil !

Inevitável fazer comentário sobre resultado das eleições nos Estados Unidos da América.  O povo americano dormiu ontem com a definição do nome do novo presidente da República, Joe Biden, que irá governar a maior potência do mundo à partir do dia 20 de janeiro de 2021.  O nosso presidente da República, fez aposta errada, seguindo orientação do seu guru, o escritor brasileiro Olavo de Carvalho, há muito tempo radicado nos Estados Unidos.  E, continua agindo de forma inequivocamente "fora do prumo".   Todos líderes mundiais cumprimentaram o novo presidente da maior potência econômica do mundo pelo resultado das eleições, seguindo o "protocolo" cerimonial de praxe, ontem mesmo.  Menos, o presidente da República Federativa do Brasil.   

Respeito, o "foro íntimo" do nosso presidente da República, no entanto, condeno-o pela atitude pessoal infantil, de não seguir o protocolo cerimonial que o mundo civilizado conhece e segue rigorosamente.  O nosso presidente da República age como que "síndrome do cachorro magro" que perdeu o seu dono.  Esquece o presidente da República que ele representa os 210 milhões de brasileiros, de esquerda à direita, de brancos e negros, de pobres e ricos, de militares e civis.  Brasil, felizmente, ainda é dos 210 milhões de brasileiros.  Brasil não é propriedade privada do presidente da República.

Vamos lembrar que, não cabe ao povo brasileiro julgar o pensamento ideológico do novo presidente da República da maior potência econômica do mundo.  Se o Biden é de esquerda ou de direita, não cabe ao povo brasileiro fazer julgamento.  Vamos apenas lembrar que os Estados Unidos da América, tem democracia mais longeva do mundo, que vem desde George Washington, eleito em 1789 pelo colégio eleitoral, tal qual aconteceu na eleição de 2020.  Cabe ao povo americano decidir sobre o rumo do seu país.  

O Brasil é considerado quintal dos Estados Unidos, apesar da extensão territorial e população dentre as maiores do mundo, por estas e outras atitudes típicas que o nosso presidente da República que quer impor a sua personalidade, típica de um líder terceiro-mundista.  E não há pessoas, de direita, que tenha coragem de observar a falha do cerimonial do Palácio do Planalto, para que o País não tenha que passar por mais este vexame.

Acorda, Brasil !

Ossami Sakamori