Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
DEM vai continuar mandando no Congresso Nacional
terça-feira, 24 de novembro de 2020
Paulo Guedes é um tremendo fanfarrão!
O ministro da Economia, Paulo Guedes, anuncia a quatro ventos que a economia do País vai crescer no próximo ano, 2021, em forma de "V", após previsão do recuo do PIB - Produto Interno Bruto em 4,5% para este ano. Os leitores podem achar que a palavra de otimismo de um ministro da Economia é um dever, mas quando isto ultrapassa o limite da razoabilidade se torna atitude infantil e irresponsável. O ministro Paulo Guedes considera o povo brasileiro um perfeito otário, que aceita qualquer fala irresponsável como se verdadeira fosse.
O País vive num momento de encruzilhada, na formulação da política econômica. Ou o Brasil cresce exponencialmente como imagina o ministro da Economia ou afunda de vez. O Brasil entrou em depressão econômica em 2015 e não conseguiu sair dela, até hoje. As reformas estruturantes, como a administrativa e tributária ficaram para serem discutidos no ano que vem, por conta da pandemia em 2020. A pandemia desorganizou ainda mais a economia e em particular as finanças públicas. O País criou um rombo extra de R$ 800 bilhões, por conta da pandemia, denominado de Orçamento de Guerra, apartado do Orçamento Fiscal de 2020. A dívida do Tesouro Nacional já alcança 100% do PIB.
O Orçamento Fiscal de 2021, está engessado com a Emenda de teto dos gastos públicos que, tão somente, atualiza o Orçamento Fiscal de 2016, corrigido pela inflação do período. O governo federal não poderá contar em 2021, com o Orçamento de Guerra, um extra de R$ 800 bilhões, que irrigou a economia do País na pandemia, o que minimizará a queda do PIB, ao redor de 4,5% em 2020. O País vai entrar em 2021 sem os R$ 800 bilhões extras que irrigaram a economia em 2020, com o "auxílio emergencial" e diversas formas de estímulos fiscais e creditícios para empresas.
Para quem estuda macroeconomia, o quadro da economia do Brasil para 2021, chega a ser assustador. Não haverá a outra perna da letra "V", a de ascensão como quer Paulo Guedes. Todas reformas que não foram feitas em 2020, cruciais para o País, como a tributária e administrativa vão ser discutidas no primeiro semestre de 2021. O País, na melhor das hipóteses, voltará a crescer no segundo semestre do próximo ano. O Brasil só tem possibilidade de retomada de crescimento a médio prazo num formato em "U".
Para nós, pobres contribuintes e motores da economia do País, só temos que torcer que o ministro da Economia, Paulo Guedes, saia do seu redoma de discursos liberais e faça o dever de casa, aprovando "de vez" a reforma tributária e a reforma administrativa, condição indispensável para o crescimento sustentável do País.
Paulo Guedes é um tremendo fanfarrão!
Ossami Sakamori
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
O PIB do Brasil será "negativo" 4,5%, segundo BC
sábado, 14 de novembro de 2020
Caixa Econômica vai financiar microempreendedor
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
Biden promete rever tarifa de aço e alumínio
Os produtores brasileiros de aço e alumínio estão animados com a eleição de Joe Biden, democrata, à presidência dos Estados Unidos, ao contrário do governo do presidente Bolsoaro, que sempre esteve alinhado com o ainda presidente Donald Trump, republicano. O motivo é a expectativa das duas indústrias sobre a revisão de barreiras tarifárias dos produtos brasileiros àquele país, que chega a 124%.
Fazer oposição ao novo governo dos Estados Unidos, só porque, no juízo do Palácio do Planalto, de que o governo Joe Biden é de "esquerda", é uma pensamento retrógrada. Se assim fosse, o Planalto deveria cortar relações comerciais com o maior comprador de commodities do Brasil que é a China, um país comunista, de partido único. Não, não deve, misturar as relações privadas com o público. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Sem querer ofender aqueles que pensam contrário, o nosso país está ainda em fase de desenvolvimento, necessitando cada vez mais de parceiros comerciais para financiar os nossos investimentos e de trocas comerciais entre os países trazer crescimento sustentável ao Brasil. Vamos lembrar que a China e os Estados Unidos são, respectivamente, primeiro e segundo importador dos produtos brasileiros. Esfriar relações comerciais e diplomáticas, para atender vontade privada de um presidente da República é voltar ao tempo do império.
Ofender ou tratar com desdém os principais parceiros comerciais, por conta de uma ideologia, é um total desrespeito ao povo que habitam aquelas nações. Está na hora de Brasil como Nação, se comportar como tal, deixando de lado as desavenças ou aproximações pessoais de seus mandatários temporais. Brasil é de todos brasileiros, independente de classes sociais, de ideologias e de raças. Brasil não deveria se comportar como Burundi, republiqueta centro-africano.
Ossami Sakamori