quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Clima tempo de novembro


Felizmente, após severas secas que abateu o Brasil, nas regiões leste, norte, centro-oeste e sudeste, com resultado diferente na região sul, está a terminar.  A principal razão da prolongada seca no Brasil se deveu ao efeito do fenômeno denominado El Niño, cuja corrente de ar vem do Oceano Atlântico em direção ao continente sul americano.   Isto já era previsto desde o mês de março deste ano e alertado pelos órgãos de monitoramento do meio ambiente como o INPE.  Nós mesmos, reproduzimos, nesse período, as ocorrências climáticas atípicas que poderiam advir devido aos fenômenos naturais do planeta Terra.

            Já era previsto pelos órgãos científicos que cuidam do clima do planeta, de que o efeito do El Niño terminaria no mês de novembro.   E, assim está ocorrendo, no nosso País, com a volta de período de chuvas em grande parte do seu território.   O aumento do nível do Rio Amazonas, nos últimos dias, tem demonstrado que nas cabeceira dos rios da região Amazônicas estão no início do período de chuvas.   Para a população que depende do rio Amazonas e seus afluentes, notícia melhor não poderia haver.

            Para o agronegócio, que depende das precipitações de chuvas, sobretudo na região Centro Oeste, melhor notícia não poderia ser.   Somado ao fim do ciclo de El Niño, inicia-se, a favor do setor agrícola, as precipitações oriundo do efeito La Niña, que é um fenômeno que ocorre todos anos, com o resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, vencendo a Cordilheira de Andes, carregando a umidade para região centro-oeste do Brasil, nesta época.   O fenômeno La Niña é o mesmo que ocorreu no mês de maio no extremo sul do Brasil, o Rio Grande do Sul.  Lembrando que o extremo sul do Brasil, sofre também a influência da "massa polar" que vem do sul do continente sul americano.

           Apenas, fico triste e indignado que o Ministério do Meio Ambiente, que deveria estar tratando do assunto, ainda, procura os "incendiários" das ocorrências das severas secas que abateu o País.  Marina Silva, o responsável pelo meio ambiente do País, sempre, corre "atrás do prejuízo", culpando as ocorrências ao Governo passado, como se algum ser humano pudesse influir nas mudanças climáticas do planeta.   

            A função do Governo é anunciar as possíveis futuras ocorrências do clima para que diversos órgãos do Governo e a iniciativa privada pudessem prevenir das situações futuras, como os níveis de reservatórios das hidroelétricas espalhados pelos rincões do País.  Felizmente, o agronegócio tem o seu próprio mecanismo de prevenção das climas, para melhor aproveitar da situação. 

          Que o Brasil seja abençoado com as melhores safras agrícolas para o equilíbrio das balanças comerciais.   Ao que parece, o clima vai ajudar para o bem do País.

             Ossami Sakamori         

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Taxação de grandes fortunas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer, a qualquer custo, criar o Imposto sobre grandes fortunas, no País e levará o tema para reunião do G-20,  o grupo de países que não fazem parte do G-7, as sete maiores economias do mundo, quais sejam: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Japão.  Os países em referências são considerados as 7 economias mais avançados do mundo e que representa cerca de 65% da riqueza global, equivalente a cerca de US$ 263 trilhões.  Apenas como referência, o Brasil que não faz parte do G7, mas sim, do G20, tem o PIB em US$2,3 trilhões.  

           A taxação sobre grandes fortunas, é um tópico importante da agenda do Brasil, cujo País está ocupando a Presidência temporária, cujo mandato termina na reunião da cúpula do G20, que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 14 e 16, do próximo mês.  Na mesma reunião, será indicado o país que presidirá o G20, para o próximo período.  Presidente Lula quer aproveitar do evento para "marcar" sua presença, ao menos dentre os países excluídos do poderoso grupo G7, onde orbitam os principais temas econômicos do mundo global.  

          A proposta brasileira sobre o tema, prevê a cobrança de um imposto mínimo de 2% sobre riqueza dos multibilionários, como já acontece em países importantes como Alemanha e Espanha.  O imposto proposto, vai na direção contrária ao interesse dos investidores brasileiros e transnacionais,  que já respondem por carga tributária incompatível com a contraprestação de serviços que o Governo federal oferece à população. 

          O pano de fundo da criação do novo imposto é cobrir o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" do Governo federal.  Com o novo imposto, o de "grandes fortunas", pretende arrecadar cerca de R$ 260 bilhões a cada ano, para tentar "zerar" o "déficit primário", que é o dinheiro que falta para cobrir as despesas do Governo federal, não incluindo neste valor o pagamento de serviços da dívida do Tesouro Nacional.  

               O Brasil do Presidente Lula e do ministro Fernando Haddad, não tem sequer uma "política econômica" que oriente os investidores produtivos nacionais e transnacionais no médio e longo prazo.   A tentativa, por enquanto, da criação de imposto sobre  "grande fortuna" e uma forma "desesperada" de "arrecadar" impostos para cobrir o pernicioso "déficit primário" do seu "arcabouço fiscal" que nada mais é do que a "política fiscal" sob outra nomenclatura.    

       O que chama atenção é que os empresariados do "Faria Lima" não se manifestarem sobre o tema, que afetariam os seus membros.   Enquanto isto, o capital estrangeiro, sai correndo do País, com reflexo na cotação do "dólar".   O empresariado brasileiro de grande porte, já retirou grande parte do seu capital financeiro, na direção dos "paraísos fiscais" ao invés de fazerem investimentos no seu próprio país, o Brasil. 

             Dá para ser feliz, assim ?

             Ossami Sakamori 

terça-feira, 22 de outubro de 2024

O que pode se esperar do Brasil


Ótima terça-feira para todos!

O País está no limite, nos principais índices que medem a economia, qual sejam, a inflação, a taxa de juros Selic e o crescimento econômico, segundo dados do Banco Central.   No terceiro trimestre deste ano, os principais índices macroeconômicos indicavam: a) taxa Selic em 10,75%, b) inflação dos últimos doze meses, fechado em setembro, em 4,5% e c) crescimento econômico anualizado, em setembro, marcando em 4,5%.  Para um País que não reúne as condições macroeconômicos do Primeiro mundo, isto, já é um alento.   

         Na minha opinião, os índices macroeconômicos apresentados, apesar de Governo federal não apresentar as suas contas públicas ou uma "política fiscal", que continuam deficitárias, sendo a de 2023, um "déficit primário" ou o "rombo fiscal" de R$ 230,5 bilhões, o que corresponde a 2,1% do PIB, conforme dados de janeiro deste ano.  Ainda, pelas prévias das contas do Governo federal, espera-se um novo "déficit primário" aos níveis do ano precedente, o que é um sinal bastante preocupante.

           Diante da situação narrada, a taxa Selic deve terminar o ano de 2024, com piso de 10,75% ou uma elevação da taxa para 11,25% com aumento de 0,5%.   O índice de inflação deve encerrar o ano dentro do "teto da meta" de 4,5%, cujo "centro da meta" do Banco Central é de 3%. As previsões são do mercado financeiro.  No Brasil e em qualquer país da economia global, a taxa básica de juros, Selic, é utilizado como instrumento para o controle da inflação e estabilizar o fluxo de capital estrangeiro.   

       Na minha opinião, a de um leigo em macroeconomia, os índices apresentados, estão nos "limites" dos previstos pelo Banco Central do Brasil.  Infelizmente, o Ministério de Planejamento que deveria ser o "farol" para condução de uma "política econômica" e o Ministério da Fazenda o executor dela, o que se vê, é uma sucessão de medidas de improvisos para tentar uma "política fiscal" equilibrada.   Entende-se que a "política fiscal" diz respeito aos gastos do Governo federal, que continua sendo "deficitário".   Ao designar as contas do Governo como "arcabouço fiscal" é um sofisma para enganar os "menos entendidos" em macroeconomia, o que quer dizer o mesmo de "política fiscal".  

           Esta situação da economia, como sendo de "poderia ser pior" é uma desculpa do Governo de plantão, para mostrar a sua própria "incompetência".  Passar a mão na cabeça dos incompetentes é um velho costume dos agentes financeiros e economistas de plantões.   Diante da situação, os investidores transnacionais, fogem do País, deixando o Brasil cada vez mais distante  dos países do Primeiro Mundo.   E tem gente que "aplaude" os governantes de plantões, ignorantes e incompetentes. 

            Enfim, Brasil é de todos nós!

            Ossami Sakamori    


sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Carga tributária no Brasil


A revista Veja, versão "on line", de hoje, 17 de outubro, traz uma listagem de empresas que respondem os processos no CADE, cujos processos, se resultarem em condenação, a multa para as empresas pode chegar em até 20% do faturamento anual dessas Companhias.   As multas, se aplicadas, no seu teto, inviabilizariam qualquer empresa, sobretudo as empresas nacionais e multinacionais que operam no País.


A LISTA DAS EMPRESAS QUE FORMAM O CARTEL, SEGUNDO O CADE:

1 – Alcoa Alumínio S.A.

2 – Avon Cosméticos Ltda.

3 – C&A Modas S.A.

4 – Cargill Agrícola S.A.

5 – Claro S.A.

6 – Coca Cola Indústrias Ltda.

6 – Coca Cola Indústrias Ltda.

7 – Companhia Siderúrgica Nacional

8 – Dow Brasil Sudeste Industrial Ltda.

9 – Danisco Brasil Ltda. (sucessora de Dupont Nutrition Brasil Ingredientes)

10 – General Moto... 11 – Goodyear do Brasil Produtos de Borracha Ltda.

12 – IBM Brasil – Indústria Máquinas e Serviços Ltda.

13 – Kimberly - Clark Brasil Industria e Comercio de Produtos de Higiene Ltda.

14 – Klabin S.A.

15 – Arcos Dourados Comercio de Alimentos Ltda.

16 – Monsanto do Brasil Ltda.

17 – Natura Cosméticos S.A.

18 – Nestle Brasil Ltda.

19 – Pepsico do Brasil Ltda.

20 – Philips do Brasil Ltda.

15 – Arcos Dourados Comercio de Alimentos Ltda.

16 – Monsanto do Brasil Ltda.

17 – Natura Cosméticos S.A.

18 – Nestle Brasil Ltda.

19 – Pepsico do Brasil Ltda.

20 – Philips do Brasil Ltda.

21 – Pirelli Comercial de Pneus Brasil Ltda.

22 – Sanofi Aventis Comercial e Logística Ltda.

23 – Sanofi Aventis Farmacêutica Ltda.

24 – Serasa S.A.

25 – Siemens Energy Brasil Ltda.

26 – BAT Brasil/Souza Cruz Ltda.

27 – IPLF Holding S.A.

28 – Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.

29 – Vale S.A.

30 – Volkswagen do Brasil Industria de Veículos Automotores Ltda.

26 – BAT Brasil/Souza Cruz Ltda.

27 – IPLF Holding S.A.

28 – Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.

29 – Vale S.A.

30 – Volkswagen do Brasil Industria de Veículos Automotores Ltda.

26 – BAT Brasil/Souza Cruz Ltda.

27 – IPLF Holding S.A.

28 – Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.

29 – Vale S.A.

30 – Volkswagen do Brasil Industria de Veículos Automotores Ltda.

31 – Votorantim Cimentos S.A.

32 – Votorantim Industrial S/A.

33 – White Martins Gases Industriais Ltda.

        Independente de julgamento que resultar nos processos que correm no CADE, um órgão do Governo federal, favorável ou desfavorável, a exposição dos nomes das Companhias da listagem, em grande parte, empresas transnacionais, expõe dois aspectos, o primeiro é que as leis e regulamentos que regem sobre os tributos no Brasil é muito "confuso", causa que motiva os processos administrativos em questão. 

            O fato concreto é que, sem analisar a procedência ou não destes processos administrativos ou judiciais, a legislação brasileira não é clara, o suficiente, que desestimula os investimentos produtivos de empresas transnacionais no País, que, em tese, criariam empregos e oportunidades.  

          Na outra ponta, o Poder público, precisa arrecadar cada vez mais para manter a estrutura do Governo, sobretudo a do Governo federal, para manter diversas formas de benefícios públicos e, sobretudo, manter a "máquina pública".   Estima-se, grosso modo que a estrutura da administração pública nos três níveis: federal, estadual e municipal, consomem,  grosso modo, cerca de 40% do PIB.    

        Em síntese: Os impostos e contribuições cobrados pelos governos, em três níveis, se assemelha aos dos países do "Primeiro Mundo", sendo que a contraprestação de serviços prestados à população é de "Terceiro Mundo".    

          Ossami Sakamori  

              

         















quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Taxa Selic - Credibilidade do Governo Lula

 
Segundo informações contidas no tradicional e conceituado jornal Folha de São Paulo, "as incertezas em relação aos juros nos Estado Unidos e ao cumprimento das metas fiscais e de inflação no Brasil refletiram nos leilões de títulos públicos realizados pelo Tesouro Nacional nessa terça, dia 15.  Ainda a Folha, "foram registradas as maiores taxas do ano para os três papeis indexados à inflação ofertados ao mercado".
           O Tesouro Nacional conseguiu colocar integramente os lotes com vencimentos de 2029 a 2035, os títulos "indexados" à taxa básica de juros Selic.  A má noticia é que houve inversão da curva de juros, com as taxas ficando mais altas nos títulos de curto prazo, o que é uma situação atípica, uma vez que, tradicionalmente, as de vencimento a longo prazo teriam os juros mais altos.
           De concreto é que o leilão teve juros reais, já descontada a inflação, ficou em 6,69% ao ano para vencimento em 2029 e 6,539% para as NTN (Notas do Tesouro Nacional) com vencimento em 2060.  Quando se fala em juros reais, já está descontado a inflação previsto para o período considerado.   Também, deve considerar que a taxa básica de juros Selic, hoje, está em 10,75% ao ano. 


           Para conhecimento de vocês, a taxa básica de juros do Tesouro americano, hoje, está entre 4,75% a 5%, cujo número já está embutida a inflação dos Estados Unidos, estimado hoje em 2,9% ao ano.   Considerando que nos Estados Unidos não tem a famigerada enganação dos governos do Brasil, que é a correção monetária.  Ainda assim, a taxa básica de juros do FED - Federal Reserve, que serve de referência aos ativos americanos, é que sido a referência mundial, assim como a moeda americana o dólar, "US$", que é utilizado para transações comerciais e financeiras.  
          Historicamente, os sucessivos governos no Brasil, gastam mais do que arrecada, provocando o "déficit primário" que é o dinheiro que falta para pagar as contas do Governo federal, sem ainda considerar, o pagamento de juros da dívida pública.  Apenas, para conhecimento de vocês, quando engloba o pagamento de juros como despesas do Governo, um eventual déficit se denomina "déficit nominal".  Há muito tempo que o Governo brasileiro não consegue gerar o "superávit primário", que, em tese, o dinheiro de sobra que seria usado para amortização da dívida pública.  
           Infelizmente, o "anormal" virou "normal" nas contas públicas do País.  O Brasil vive, de "pagar juros, tal qual cidadão que "corre atrás" para tentar pagar o saldo devedor dos cartões de crédito.   O Governo não consegue gerar "superávit primário", para pagar ao menos os juros da dívida publica.  A taxa Selic demonstra a "credibilidade" ou "falta de credibilidade" do Governo Lula.

           Ossami Sakamori    

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Rio dólar

 

Com instabilidade na cotação da moeda americana, o dólar, designado entre nós pela sigla conhecida US$, que é uma referência financeira mundial, desde o Acordo de Bretton Woods, que estabeleceu o "dólar americano" como moeda de pagamento internacional, vinculando-o ao ouro em paridade fixa.  Só para conhecimento, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial foi criado nesta mesma Conferência.   Foi em 1971 é que o Presidente Nixon declarou o fim da "paridade" entre o dólar e o ouro, passando à partir deste momento, o dólar passou a ser determinado pela livre oferta e demanda no mercado financeiro e comercial.   

            Hoje, a reserva em dólar, que é controlado pelo FED, o Banco Central americano, é largamente utilizados no mercado financeiro globql, apesar da moeda E$, o Euro, a moeda comum utilizado pelos membros da Comunidade Econômica Europeia, sem desmerecer o espaço do dólar americano como moeda de trocas comerciais fora da Zona de Euro.   Até os chineses, acumulam reserva cambial em dólar americano, bastante robusta, para garantir as transações comerciais internacionais.

           O preâmbulo é necessário para que possamos propor a criação do "Rio dólar", que seria numa Zona territorial, onde se admitiria as transações em dólar americano, o mesmo dólar que é utilizado para transações financeiras internacionais, criando "reserva cambial" brasileira em forma de conta corrente, computando todas transações financeiras e comerciais, com submissão absoluta do Brasil ao  mercado financeiro global ditado pelos Estados Unidos.  

           O que seria o "Rio dólar".   A designação do Rio será apenas para indicar a jurisdição e permissão, sob controle do Banco Central brasileiro, os depósitos em contas correntes, de empresas e do Governo federal, permitindo eventuais aplicações em moeda americana para os correntistas dos bancos estrangeiros e nacionais, com filial (física) no Estado do Rio de Janeiro.   As movimentações financeiras em dólar americano, US$, só poderão ser feitas pelas instituições financeiras "autorizadas" pelo Banco Central do Brasil e as reservas em dólares controlados pela própria instituição como vendo sendo feito, hoje.   Não seriam permitidos "saques" em dólar espécie, para impedir transações de atividades ilegais como tráfico de drogas.   

            O Rio dólar, funcionaria tal qual funciona nos paraísos fiscais como Singapura e tantos outros, onde são feitas operações financeiras e notórios conglomerados comerciais brasileiros.   Considero hipocrisia, um ex-ministro da Economia, um alto escalão do Banco Central e figuras notórias das atividades comerciais, fazerem o uso das filiais constituídas nestes paraísos fiscais, para livrarem-se dos pesados tributos brasileiros.

          Muito embora, a Reserva cambial brasileira, robusta, hoje, cerca de US$ 350 bilhões, depositados em bancos americanos e financiando as instituições multilaterais como o BID e FMI, o "Rio dólar" poderia ser aplicados em instituições de fomento como BNDES, sediado no Rio às empresas transnacionais como a Petrobras e a Vale do Rio Doce, ao invés de depósito em instituições financeiras americanas, que em tese, financia as empresas e países do terceiro mundo.  

           É evidente que, para implantação do "Rio dólar", requer mudanças constitucionais e legislação da área financeira, para comportar a tal ousadia.   É uma tarefa hercúlea, porém, seria inserção do Brasil no mundo cada vez mais globalizado e competitivo.   O problema econômico financeiro do Brasil não se resume em discussão, do trivial "taxa Selic", que está sendo motivo de "briga", permanente entre o Presidente Lula e o Banco Central.

         Modernizar o sistema financeiro brasileiro é fator primordial para inserção do Brasil no contexto da economia global em querendo ser um dos "players" importantes no contexto mundial, mais do que fazer parte de um G7 ou G20, motivo de chacota entre os players globais importantes.   

               Ossami Sakamori

domingo, 13 de outubro de 2024

Situação da poluição no Brasil


Na imagem do topo, capitada pelo satélite das entidades de monitoramento do clima do planeta terra,  a cor vermelha está indicando a poluição do ar no continentes sul-americano e em especial, a situação do Brasil, sobretudo em função do prolongado período de seca que assola o País.  Pela dimensão continental do Brasil, a imagem mostra situação "aproximada" e poderá, no decorrer dos próximos dias, mudar para melhor ou para pior.   Com a chegada das chuvas, no final deste mês para o inicio do próximo mês, a situação deverá ser para melhor.   

        
             A   imagem acima, disponível na Folha de São Paulo, de hoje, mostra claramente o efeito da poluição da atmosfera, mostrada e confirmada pela imagem postada no topo desta página. 

          Entre boas notícias é que as últimas medições do nível d'água no Rio Negro, na altura da cidade de Manaus, mostravam, estabilidade, nos níveis de 28,11 metros, há 2 dias, o que significa, a proximidade das chuvas na região da Amazônia, antes previsto para o inicio de novembro, conforme comentamos no dia 31 de março, "Brasil passa pela Amazônia".   A estabilidade no nível do Rio Amazonas, na altura da cidade de Manaus, significa que ao seu montante, está havendo o início do período de chuvas na região.  

            A imagem alarmante da poluição do ar, mostrada pela imagem do satélite e sentido pelos habitantes das regiões atingidas pela poluição, grande parte causadas pelas queimadas, felizmente, está chegando no seu período final.  

          Infelizmente, este comentário deveria ter sido feito pelo Ministério competente, a do Meio Ambiente, cuja titular, a ministra Marina Silva, diz monitorar da sua "sala de situação", tentando, esquivar-se da responsabilidade pelo que ocorre no meio ambiente do País.

            Ossami Sakamori

PS: Agradeço aos comentários postados pelos leitores deste, neste blog, sendo favorável ou desfavorável.  Respondendo ao comentário postado abaixo, quero dizer que minha função de comentarista, é chamar atenção dos fatos que ocorrem no nosso País.  Cabe ao poder público, em nível federal, estadual e municipal, cujos orçamentos que consomem cerca de 40% do PIB, apresentar, baseado em estatísticas e ocorrências reais, apresentar soluções, antecipadamente a cada situação comentada neste blog.   Todo comentário será bem vindo, para melhoria das condições da vida da população brasileira.    Este espaço, o do blog, é cedido gratuitamente pelo portal Google.  

sábado, 12 de outubro de 2024

Dólar disparando !

 

É uma desgraça quando o País não tem "equipe econômica" à altura do potencial econômico, com dimensões continentais, cujo território está situado entre o equador e o trópico de capricórnio, sem deserto e sem ocorrências de acidentes geográficos que inviabilizariam o importante setor produtivo agrícola. 
            Infelizmente, o País caminha na "contra mão" do mundo econômico global, onde, até a China do regime comunista prospera e ocupa a posição de segunda economia do mundo.  O Brasil com todo o potencial que tem, tenta alcançar a posição de 8ª economia, atrás de um país insular como Japão e um país incrustado no meio do continente europeu, como a França.  A situação que o País se encontra, apesar do potencial econômico que possui, é compensado com pessoas que faltam o "brio" de ser um "brasileiro" e se contenta em "camuflar" o seu patrimônio em "paraísos fiscais" como Singapura e alguns outros países que se prosperam com os recursos "estranhos", fugidos dos países atrasados como o do Brasil.  
       O Presidente Lula, ontem, fez um pronunciamento, com claro recado para os grandes e importantes investidores nacionais e estrangeiros.  Em resumo, ele disse que: tem "super ricos" demais, que deveriam estar contribuindo com os tributos "extras" para poderiam proporcionais comida  na mesa dos trabalhadores, um  "bordão" antigo que se utiliza nas épocas de campanha eleitoral.  
             O Presidente Lula, quer isentar o pagamento de Imposto de Renda para os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensal,  o que não é uma política econômica fora da realidade brasileira.   O que estranha é a busca de "compensação" dos recursos que deixariam de arrecadar nos setores produtivos nacionais.   O Presidente Lula quer compensar a perda de arrecadação, ao invés de corte de despesas, criando "imposto para os "super ricos", afugentando os investidores nacionais e internacionais para realizarem investimentos nos setores produtivos do País.  O resultado da sua fala, não detalhada, fez com que o dólar disparasse no mercado financeiro, ontem, uma clara demonstração de fuga de capitais estrangeiros do País.  Isto é mau sinal.
           O cenário acontece, exatamente onde há carência de investimentos produtivos no Brasil, sobretudo no setor industrial, como acontece nas maiores potências do mundo, como nos Estados Unidos e na China.  
              Infelizmente, o Presidente Lula, está vivendo a época da sua atuação no Sindicato  dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campos.   O Lula da Silva é o mesmo, velho, sindicalista do século passado, cuja visão do mundo econômico global era totalmente diferente.  O mundo mudou e o Brasil, também.   Hoje, o mundo tem viés global, onde a tecnologia e o capital não tem mais fronteiras como no passado. 
         O Brasil, ao contrário da fala do Presidente Lula, precisa de "investimentos privados", para sustentar o "setor público" que "incha" a cada governo que passa.  E, essa última fala do Presidente em taxar os "super ricos", presume-se que sejam os investidores nacionais e internacionais, vem na mesma direção da falta de uma "política econômica" que dê segurança jurídica e empresarial para investidores institucionais.   
          A fala ou a visão equivocada do Presidente operário, sobre capitais financeiros, que sustentam a economia e contribuem com os impostos, só  faz piorar a situação das contas públicas, que consomem cerca de 40% de tudo que o País produz ou movimenta.  Para piorar a situação, o Presidente Lula não está bem assessorado pelos ministros da área econômica, a Simone Tebet e o Fernando Haddad, que pouco ou nada entende da macroeconomia.  
             
            Ossami Sakamori 
                    
                    

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Onde anda ministra Marina Silva ?


As informações sobre o clima no Brasil são totalmente desencontradas, que deixam os brasileiros "sem saber o que fazer".   Neste quesito, este que escreve, tem feito esforço para "alertar" a população que depende do clima e tempo para suas atividades produtivas como o agronegócio.   Venho, desde 31 de março deste ano, chamando atenção sobre uma das piores secas, na maior parte do Brasil, sem que as autoridades que deveriam estar cuidando do clima como o Ministério do Meio Ambiente, estão sempre, correndo atrás dos fatos consumados, numa verdadeira corrida para "apagar os incêndios".

            A imagem do topo é previsão de clima para o mês de outubro, que de maneira geral, vai contar com o "escassez" de chuvas nas regiões sudeste/ centro oeste, onde as atividades agrícolas, em grande escala, são predominantes.   A situação configura exatamente como as instituições científicas como INPE, já previa em março deste ano, cuja alerta foi postado neste blog sob o título "Brasil passa pela Amazônia"  no dia 31/3.

             O que me espanta é o Ministério do Meio Ambiente, cujo titular é uma ambientalista, a Marina Silva, não chamar atenção para os fatos que já eram conhecidos há mais de 6 meses.   A ministra Marina Silva, tenta, à essa altura, identificar os criminosos, incendiários, do ponto de vista dela, sem tomar providências cabíveis, para debelar as queimadas, sem a necessária mobilização dos governadores das regiões afetadas, sempre se desculpando e tentando justificar a sua incompetência, comparando os números da sua gestão com os do Governo Bolsonaro.   No meu entender, o assunto meio ambiente não deve misturar com a política partidária.   O Ministério do Meio Ambiente deveria estar cuidando para minorar os efeitos das secas, sob o ponto de vista científico, que fatalmente, vai  trazer as consequências na formação do PIB do País.

            De toda forma, os setores produtivos do País deveriam estar sendo informados pelos órgãos competentes do Governo federal, sobre as mudanças climáticas, atípicas para o País, já que a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, só sabe "apagar o fogo", lá vamos nós, os ambientalistas de plantões, chamar atenção do setor produtivo brasileiro, para os efeitos climáticos atípicos, que ainda estamos a vivenciar nos próximos meses.  

           Ossami Sakamori

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

O PIB do Brasil cresceu 2,5% nos últimos 12 meses

 

A economia do Brasil cresceu 2,5% nos últimos 12 meses, considerando junho de 2023 a junho de 2024, o que coloca o País em 6º lugar entre as economias de países emergentes, o grupo de países que compõe o G20.  O grupo G20, reúne algumas maiores economias do mundo, exceto os países do Primeiro Mundo, o G7.

            Ainda, assim, segundo os dados disponíveis, o Brasil, só cresceu menos que Índia, Indonésia, China, Rússia e Estados unidos e igualou com o índice da Turquia.  A grande "desculpa" para o pífio crescimento, é que os países como Coreia do Sul, Canadá, México, França, Itália e Reino Unido, além da Zona de euro, como um todo, tenha crescido menos.   Para o Brasil poder entrar no Clube dos mais ricos, o G7, o País deverá fazer lições de casa importantes.

            O PIB, Produto Interno Bruto, do Brasil em 2023, foi de R$ 10,9 trilhões.  O trimestre fechado em junho deste ano, o PIB marcou R$ 2,887 trilhões.  Esclarecendo que o PIB mede apenas os bens e serviços finais, para evitar dupla contagem.  Se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, o PIB será de R$ 300, uma vez que a farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão.  Enfim, o PIB, são medidos no preço em que chegam ao consumidor.  Dessa forma, levam em consideração, também, os impostos sobre os produtos comercializados.

           O PIB, portanto, não é o total da riqueza existente em um país, mas sim, a riqueza que um país produz.  Esse é um equívoco muito comum, pois dá a sensação de que o PIB seria o estoque de valores que existem na economia, como uma espécie de "reserva nacional".  Na realidade, o PIB é um "indicador" de fluxo de "novos" bens e serviços finais produzidos" durante um determinado período, que se considera, para efeito de comparação com demais países, para o período anual que vai de janeiro a dezembro de cada ano.   

              Segue o gráfico de evolução do PIB do Brasil, anualizado, para efeito de comparação entre diversos períodos do Governo.                 

          
           Com os comentários acima, espero que vocês tenham a exata noção do que seja o número tão comentado pelo Governo Lula e pelos analistas econômicos, não se deixando enganar pela espetacularização do tema. 

               Ossami Sakamori

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central.

 

Há mais de doze anos contemplando e comentando sobre a política econômica dos sucessivos Governos federais, quando vejo o Senado Federal aprovando o nome do presidente do Banco Central, dá um certo alívio em ver o nome do Gabriel Galipolo (pronuncia-se galípolo) aprovado pelo Senado Federal, sobretudo aos que militam na área econômica e aos investidores nacionais e internacionais.  Ele assume a presidência do Banco Central no dia 1º de janeiro do próximo ano, em substituição ao Campos Neto, atual presidente.

             Para quem não é da área, o Banco Central é o "guardião" da moeda do País, no caso o "real", através da "política monetária", que em essência cuida do "poder de compra" da moeda ou manter a inflação próximo da própria meta do Banco Central.  Isto é assim em toda parte do mundo desenvolvido onde predomina o "livre mercado", com menor influência do Estado, na economia.   A moeda referência do mundo global tem sido o "dólar americano", US$, dentro deste conceito global.   As regras para manter o poder de compra da moeda é igual em toda parte do mundo.   A principal referência é a "paridade" com o "dólar americano".

             O presidente indicado pelo Presidente Lula e aprovado pelo Senado Federal, vai ser responsável pela "política monetária" do Governo federal, para manter o poder de compra da moeda brasileira, sobretudo com a "valorização" ou "desvalorização" dela em relação às moedas do mundo global, como o dólar americano, o euro do Mercado Comum europeu e do yuan, a moeda da China.  O Brasil será competitivo ou não, no mercado econômico global, conforme o valor relativo da moeda brasileira em relação às moedas estrangeiras.  

             O indicado, que assumirá o comando no início do próximo ano, já foi braço direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não chega a ser "boa referência", cujo resultado do primeiro ano foi o "rombo fiscal" ou o "déficit primário", gigantesco, próximo de R$ 250 bilhões.  A dúvida que resta, pelo menos para mim, é se ele na posição de "guardião" da moeda brasileira, conseguirá desempenhar a função do Banco Central, com independência em manter a "poder de compra" do "real" ou manter a inflação dentro ou próximo da meta de inflação, da atual política monetária do Banco Central.  A atual meta de inflação do BC é de 3%, podendo variar 0,5% para cima ou para baixo.

          O currículo do Gabriel Galípolo, formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pós graduado em "política econômica" é considerado bom.   Na vida pública, atuou na Secretaria de Transporte Metropolitanos do Estado de São Paulo, no governo José Serra, PSDB.  No setor privado, Galípolo esteve no Banco Fator, entre 2017 e 2021.  Espero que o nomeado à Presidência do Banco Central, responsável pela política monetária, do atual Presidente da República, tenha independência suficiente para comandar o Banco Central, dando prioridade ao poder de compra da moeda "real" ou a "inflação" sob controle, próximo da meta de 3%.   

            Desejo sucesso ao economista Gabriel Galípolo na presidência do Banco Central do Brasil, à partir de janeiro do próximo ano, para o bem estar de todos brasileiros !

           PS:  Não confundir "política econômica" que é função do Governo federal com a "política monetária" que é função do Banco Central.  Isto é assim em todo o mundo, de direita à esquerda.

             Ossami Sakamori

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Lula : Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço

 

Poluição no Brasil : Observatório Copernicus
Na continuidade da seca no Brasil, traz junto com ela, a poluição da atmosfera, devido ao período prolongado de secas e agravado com as queimadas na região, que abrange quase todo o território brasileiro, com exceção da região sul, que ao contrário das demais regiões, é atingido outro fenômeno  conhecido como La Niña, provocado pelo aquecimento do Oceano Pacífico.  
             A imagem do topo é do Observatório Copernicus, cujo Programa de Observação da Terra da União Europeia, que analisa planeta e do seu ambiente em benefício para cidadãos europeus.  As observações são feitas por satélites e dados colhidos in situ pelos órgãos do próprio Observatório.  Infelizmente, o Brasil corre atrás do prejuízo, com observações via satélite do  INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, sem devida interpretação dos dados pelos órgãos ligados ao clima como o Ministério do Meio Ambiente e órgãos subordinados a ele, como IBAMA e ICMBIO.
              Felizmente, os órgãos de pesquisas ambientais dos países do Primeiro Mundo, fornecem dados sobre os fenômenos climáticos que influenciam sobremaneira no continente sul-americano, entre os quais o Brasil.   O fenômeno da poluição do meio ambiente, é devido sobretudo às queimadas decorrentes do fenômeno El Niño, que tem provocado período prolongado de secas no País.  Em unanimidade, os órgãos ambientais independentes atuantes no País vem alertando o Governo sobre o fenômeno atípico de secas, desde março deste ano, sem que o Governo federal tenha tomado alguma medida preventiva para o fenômeno atual.  
             No meio de imenso problema para o meio ambiente, sobretudo ao setor produtivo agropecuário, os órgãos do meio ambiente, liderado pelo Ministério do Meio Ambiente, vem ao público,  anunciar medidas pontuais e paliativas, como "acompanhar" o fogo se alastrando nos biomas Amazônica, pantanal, cerrado e agreste nordestino.   A ministra Marina Silva do Meio Ambiente, acompanha do seu gabinete, com ar condicionado, o fogo se alastrando em todo o País.   
            Senhora, ministra Marina Silva, o Instituto Copernicus da União Europeia, está indicando outro dado alarmante, o decorrente das queimadas desenfreadas devido à seca prolongada, a "poluição da atmosfera" que, certamente, vai influir diretamente na saúde da população brasileira.   Com certeza, embora o Presidente Lula defenda o "meio ambiente" como prioridade do Governo perante o Primeiro mundo, o resultado da poluição do ar, "debaixo do seu nariz" não servirá como exemplo para nenhum país do planeta, muito menos para os do Primeiro mundo.    
             Falta ao Brasil fazer o seu próprio dever de casa para ter condição de "dar lição" aos países do Primeiro mundo, penso eu.   Presidente Lula, aplica a já conhecida frase dos espertos: "Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".
   
                Ossami Sakamori

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Classificação de risco da Moody's. Comemorar o que?

 

Na última terça-feira, dia 1º de outubro, a agência de classificação de risco, Moody´s, melhorou a nota de crédito do Brasil, de Ba2 para Ba1 e manteve perspectiva do País como "positiva".   Ainda, segundo a vice-presidente da agência, Samar Maziad, se houver um ajuste fiscal pelo lado dos gastos públicos obrigatórios, o País tem possibilidade de atingir o "grau de investimento", segundo o critério da Agência. 

           A nota de crédito da Moody's, uma agência privada que emite "notas de créditos", segundo o seu critério e classificação,  não deixa de ser uma boa notícia, colocando o Brasil, como país a um passo de atingir o chamado "grau de investimento", patamar em que o país se tornaria "seguro" ou "com baixos riscos de "calote" para empresas e pessoas que tem ou pretende fazer investimentos no País.   

          Para vocês entenderem melhor, as agências de riscos são empresas privadas que atendem as solicitações de seus clientes, instituições financeiras, organismos internacionais e de investidores privados avaliarem o "risco" de seus investimentos feitos no País, para as entidades públicas e privadas, incluído os investimento em títulos do Tesouro Nacional.   As mais conhecidas são a Fitch, a Moody's e Standard & Poor's, que, periodicamente, enviam técnicos  aos países avaliados para analisarem as condições da economia do país, incluído as contas do Governo federal.  


          A nova nota de classificação de riscos do País, sem dúvida, não deixa de ser uma conquista do Brasil, mas, conforme pode ver no gráfico acima, está longe de ser de um país "bom pagador".   O Brasil está mal saindo da classificação da categoria de "especulação", de baixa classificação para grau de investimentos médio, cuja nota está longe de ser de um país com uma boa credibilidade.  
              O grau de investimentos indicado pela agência de riscos, do lado positivo, uma grande parte é devido aos saldos da balança comercial, francamente favorável ao Brasil, devido sobretudo às exportações de produtos primários como minério de ferro e produtos agropecuários.   Além do País possuir reserva cambial robusta, US$ 355,03 bilhões em 31 de dezembro de 2023, que funciona como espécie de "saldo médio" para compensar a falta de  credibilidade junto aos investidores internacionais.

               
          A nota de classificação de riscos da Mood's reflete o "performance" do Brasil, sobrevivendo aos sucessivos governos, perdulários e ineficazes, que mal conseguem pagar as suas contas públicas, provocando sucessivos déficits primários ou o dinheiro que falta para pagar as suas próprias contas, sem mesmo considerar o pagamento de juros da dívida pública.  Desta forma, não vejo motivo para "comemorações" demonstradas pela equipe econômica do Governo Lula.
    Para consolidar ou ascender à classificação de riscos, o Brasil, como país, precisa fazer o "dever de casa", equilibrando os gastos públicos, com equilíbrio fiscal sem os perniciosos 
déficits primários, que não inclui pagamento de juros da dívida pública.  As comemorações por setores do Governo federal, guarda a semelhança com um time de futebol que comemora no final do campeonato em não cair para a segunda divisão.  
              Brasil perdeu o "brio" de tentar ocupar a posição de ser um país do Primeiro mundo, contentando em fazer parte do G20, grupo de países que não se enquadram no G7, as 7 maiores economias do mundo global.  
            
              Ossami Sakamori            

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Verdade nua e crua

 

O Governo do Brasil, representado pelo Presidente Lula, se comporta como um "novo rico", igual a um certo famoso cantor sertanejo com "ostentação" digno de um "estelionatário", gastando dinheiro dos "otários" que sustentavam um grande esquema de "lavagem de dinheiro".   O governo do Presidente Lula gasta mais do que arrecada, coberto com o dinheiro de empréstimos feitos junto aos otários, pessoas físicas e jurídicas, que aplicam os seus recursos em títulos do Governo federal, cuja remuneração é atrelada à taxa básica de juros Selic, dos títulos do Tesouro Nacional. 

            O privilégio das gastanças dos recursos públicos não é apenas deste Governo.   Historicamente, o Brasil não conhece as boas normas de uma administração pública competente e vem pagando os juros da sua dívida as maiores do planeta, tal qual um país digno do "terceiro mundo".   O Brasil paga a taxa básica de juros da dívida, a taxa Selic, de 10,75% ao ano, enquanto a inflação dos últimos 12 meses está em 4,35%.   Ao meu ver, o remédio aplicado, a taxa básica de juros, está mais cara do que a média da taxa básica de juros dos títulos dos governos dos países desenvolvidos.    Como referência, o Tesouro americano paga taxa básica de juros dos seus títulos, de 4,25% a 4,5%, para a inflação dos últimos 12 meses de 2,9% ao ano.

    Grande parte desta distorção, acompanhada de perto pelo Banco Central, são os gastos do Governo federal, excluindo os juros da dívida pública.  Mesmo com aumento de receitas do Governo federal, as contas do primeiro semestre deste ano, fechou com o "rombo fiscal" ou "déficit primário" de R$ 68,69 bilhões, representando uma alta de 55% frente ao mesmo período do ano passado.    Não se sabe a que número vai terminar o ano fiscal de 2024.

            Vamos recapitular... O déficit primário é o dinheiro que falta para cobrir as despesas do Governo federal, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública.  A parcela de dívida que vencem, somado os juros da dívida pública, são rolados com a taxa básica de juros Selic, aumentando, exponencialmente, o montante da dívida pública, representado pelos títulos do Tesouro Nacional.    Na outra ponta, estão os agiotas nacionais e internacionais que vivem dos rendimentos dos seus capitais especulativos.

              A estimativa do próprio Tesouro Nacional, a dívida pública dos governos, incluído União, estados e municípios, corresponde a cerca de R$ 8,8 trilhões, referente ao mês de julho, correspondendo a cerca de 80% do PIB - Produto Interno Bruto, segundo dados do Banco Central.  Transportando os números para uma Pessoa Física, o montante da dívida corresponderia a 80% do rendimento bruto total anual.   Desta forma, o montante da dívida pública brasileira é "impagável" e ficará como herança para gerações futuras.   Em resumo: Cada brasileirinho que nasce, já vem carregado de uma dívida do Governo federal, de cerca de R$ 40 mil, assumida pelos sucessivos gestores públicos, alfabetizados ou analfabetos funcionais.      

               Ossami Sakamori