sexta-feira, 30 de novembro de 2018

O PIB do Brasil deve terminar o ano de 2018 em 1,6% positivo



Segundo IBGE, o PIB brasileiro cresceu 0,8% no terceiro trimestre deste ano.  Fazendo comparação com o mesmo trimestre, o terceiro de 2017, o PIB avançou 1,3%.  O crescimento do PIB vem se repetindo há quase dois anos, iniciado no primeiro trimestre de 2017.  Com relação ao segundo trimestre, houve crescimento de 0,8%.  No período, o terceiro trimestre de 2018, o PIB alcançou R$ 1,716 trilhão, que é o resultado de tudo que o País produziu no período considerado.  

Fazendo projeção para o ano de 2018, considerando que há quase dois anos o resultado do PIB é positivo.  Neste ano, 2018, o PIB deve alcançar próximo de R$ 7 trilhões ou equivalente a cerca de US$ 1,9 trilhão considerando o dólar médio que é utilizado pelos organismos internacionais como FMI, para aferição do PIB de cada país. 

Diante do resultado do terceiro trimestre deste ano e dos resultados dos últimos 7 trimestres (quase dois anos), podemos afirmar, sem medo de errar, que o PIB de 2018 deverá terminar o ano, próximo de 1,6% positivo.

Ossami Sakamori
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domingo, 25 de novembro de 2018

Bruno Covas é o responsável pela reconstrução do Viaduto do Marginal do Pinheiro

Crédito da imagem: Terra

É preocupante ver as providências e anúncios estarem sendo feitos pelos órgãos técnicos da Prefeitura Municipal de São Paulo, sem a observância do requisito mínimo necessário para garantir a segurança do usuário após o eventual "conserto" e entrega do viaduto em concreto armado do Marginal Pinheiros, uma importante via de comunicação e acesso da cidade de São Paulo.

Quando há rompimento de um elemento estrutural com mais 50 anos de uso contínuo, como é o caso, é apenas um “aviso prévio” de que o elemento estrutural está “muito doente” ou em “profunda fadiga”.  Neste caso em específico, onde não há sequer cópia do projeto estrutural do viaduto, conforme noticiado pela imprensa, é irresponsabilidade estabelecer um “diagnóstico preciso”, apenas pelas observações visuais ou através de "indícios". 

Segundo informado pela imprensa, refazer o “apoio” (o conjunto de coluna e “neoprene”), nas condições semelhantes “de antes” do acidente, é de no mínimo irresponsabilidade dos administradores públicos. A solução para o caso requer um estudo técnico mais profundo.

Recomendo que o diagnóstico da estabilidade e segurança do viaduto em referência seja feita observando os rigores das normas técnicas.  É importante que o diagnóstico e solução não seja feito por peritos que não tenha conhecimento específico do assunto sobre a construção e manutenção de pontes e viadutos.  O que terá que ser feito deverá ser feito, não importa o custo da obras.  

Fica notificado através deste, o prefeito da cidade de São Paulo Bruno Covas para que se "abstenha" de tomar medidas de "improviso", sem obedecer a mínima regra de engenharia brasileira, uma das mais conceituados do mundo.  O caso requer soluções técnicas e não uma solução política.  Interesse da vida humana em primeiro plano, antes de interesse político ou orçamentário. 

Bruno Covas é o responsável pela reconstrução do viaduto do Marginal Pinheiros.

Ossami Sakamori


sábado, 24 de novembro de 2018

Alcolumbre poderá ser presidente do Senado



Segundo a revista Veja, o candidato preferido do presidente eleito Jair Bolsonaro para a presidência do Senado Federal é David Alcolumbre, DEM/AP.  O senador começou a carreira política como vereador em Macapá, capital do estado do Amapá em 2001, foi deputado federal pelo Amapá de 2002 a 2010 e foi eleito senador nas eleições de 2014.  Ele é considerado senador do "baixo clero", sendo um dos 13 senadores que não possuem nível superior, o que também, não é demérito nenhum.

Alcolumbre como ele é designado, se confirmar como presidente do Senado Federal, contando com o apoio político do presidente Bolsonaro, à partir de 1º de fevereiro do próximo ano, enterra a pretensão do senador Renan Calheiros, MDB/AL, no comando da Senado.  A ascensão do Alcolumbre, atrapalha também a pretensão do deputado Rodrigo Maia, DEM/RJ, de comandar a Câmara dos Deputados.  Não caberia o comando de duas casas do Congresso Nacional por tradição.  

Assim sendo, o DEM será ao lado do PSL, o partido do presidente da República, o principal partido de sustentação do governo.  O DEM já conta com Tereza Cristina, DEM/MS, no Ministério da Agricultura, Onyx Lorenzoni, DEM/RS, na Casa Civil e Luiz Henrique Mandetta, DEM/MS, no Ministério da Saúde.  

Ossami Sakamori

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

IPCA-15 desacelera para 0,19% em novembro



A inflação medida pelo IPCA-15 diminuiu para 0,19% em novembro, vindo abaixo de nossa projeção e do consenso de mercado (0,24% ambos). Segundo o IBGE, foi a menor variação para um mês de novembro desde 2003 e, com isso, o indicador acumula 4,0% no ano e 4,4% em doze meses. Cabe lembrar que o IPCA-15 é antecedente do IPCA oficial e a meta central para inflação deste ano é de 4,5%.

Em novembro, houve desaceleração em 6 dos 9 grupos componentes do IPCA-15, com destaque para Transportes (combustíveis, principalmente), Habitação (bandeira amarela nas contas de luz) e Saúde (farmacêuticos e higiene mais baratos). Em sentido inverso, a inflação de Alimentação acelerou (+0,54%) influenciada pelos in natura. E os artigos residenciais e despesas pessoais também tiveram discretas
elevações. Até o encerramento de novembro, avaliamos que as influências baixistas dos preços de combustíveis e eletricidade serão ainda maiores, levando o IPCA do mês para próximo de -0,1% M/M e 4,2% A/A.

Desconsiderando os preços mais voláteis, os indicadores de tendência inflacionária continuaram bem comportados neste IPCA-15. As três medidas de núcleo de inflação que mais se aproximam da tendência do IPCA oficial continuam estacionadas ao redor de 3,3% A/A há mais de um ano e meio. Considerando os sete núcleos monitorados pelo Banco Central (BC), sua variação se mantém em 2,9% no mesmo período. E o índice de difusão (parcela de subitens com alta de preço no mês) veio em 53% em novembro, algo abaixo de sua média em doze meses (55%). Ver gráfico.

Em resumo, a inflação oficial continua surpreendendo para baixo e os indicadores de núcleo seguem em patamar apropriado para a atual política monetária estimulativa do BC. Isto, juntamente com a adequada ancoragem das expectativas (com a qual a nova gestão do BC tende a se comprometer) e a gradual recuperação da economia doméstica (partindo de um elevado nível de ociosidade), corroboram o nosso call de que a taxa Selic será mantida em 6,50% até, pelo menos, o 3T19. O andamento, ainda que gradual, das reformas também é importante neste cenário. Os sinais emitidos até agora pelo governo recém-eleito apontam que esta hipótese ainda é a de maior probabilidade.

Neste quadro de inflação e juros baixos, maior confiança na economia e implementação da agenda reformista, avaliamos que os preços de ativos mais arriscados ou menos líquidos devem se valorizar de maneira mais rápida que os demais.

Conheça mais sobre nossos fundos em: www.dmigroup.com.br.









Daniel Xavier, economista-chefe @DMI_Group


Vélez Rodrigues para Ministério da Educação

Crédito da imagem: Estadão

Pouco se sabe sobre o professor colombiano, naturalizado brasileiro, Ricardo Vélez Rodríguez, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Educação.  O Estadão diz que o nome do professor Veléz Rodrigues é nome desconhecido da comunidade educacional, crítico ao Enem e com afinidade ao Escola Sem Partido.  O professor Vélez Rodrigues, ainda segundo Estadão, é professor-colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora.  Atualmente, também, Professor Emérito da Escola de Comanda do Estado Maior do Exército.

O professor Vélez Rodrigues teve indicação do filósofo e brasilianista Olavo de Carvalho.  O professor é autor de um livro em que critica o PT, chamado "A Grande Mentira - Lula e Patrimonialismo Petista". Vélez Rodrigues, segundo Estadão, é favor da "reforma de ensino médio" do governo Temer, editada em 2017.  Resta saber se o credencial de ser contra PT seria o suficiente para comandar uma pasta tão importante como ao da Educação.  Por enquanto, vamos dar o voto de confiança ao professor colombiano indicado pelo presidente Jair Bolsonaro.

Ossami Sakamori

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Médicos cubanos são heranças do governo PT

Crédito da imagem: Rádio Cidade/ AM


Grande imprensa brasileira é muito distraída. As notícias sobre os "médicos cubanos" tomam conta da primeira página, como se "de repente" tivesse descoberto a estreita ligação do governo do PT com o governo de Cuba.  Este blog, em 23 de agosto de 2013, portanto, há mais de 5 anos publicou matéria sobre o assunto que já foi polêmico na ocasião.  A contratação dos "médicos cubanos" já era "morte anunciada", há mais de 5 anos.

Escrevi na sexta-feira, 23 de agosto de 2013:

Médicos cubanos são escravos brancos!

Ontem à noite, assisti entrevista do senador Humberto Costa, PT,  líder do governo no Senado. Simplesmente, fiquei estarrecido, tamanha safadeza que governo Dilma pratica com relação ao médicos cubanos.  Por sinal, os primeiros médicos estão desembarcando no Brasil, hoje.  

Segundo senador Humberto Costa, ex-ministro de Saúde do governo Lula, os médicos cubanos serão contratados pelo governo brasileiro, via OPAS - Organização Pan-americana da Saúde, órgão da ONU.  Até aqui, tudo bem.  O governo brasileiro vai pagar para OPAS,   R$ 10 mil, por médico mês, num dispêndio total de R$ 480 milhões do governo brasileiro.   A OPAS vai repassar este valor integralmente para o governo cubano, ainda segundo Senador.  

Ainda, segundo senador Humberto Costa, não sabe dizer quanto o governo  cubano vai pagar para os médicos.  Estão a falar que os médicos cubanos receberiam em benefícios e salários cerca de 30% do valor pago pelo governo brasileiro à OPAS.  Mais ou menos como venda de escravos brancos pelo governo cubano ao governo brasileiro, com recibo passado pela OPAS, fato que não me espanto por conta do regime vigente naquele país.   O que estranho é o governo brasileiro concordou com o governo cubano, sobre o trabalho escravo dos médicos cubanos, no território brasileiro.
O que me causou mais espanto foi a declaração do senador Humberto Costa de que os 4.000 médicos estão sendo preparados pelo governo cubano há mais de 1 ano e meio.  Isto significa que o acerto do tráfico de escravos brancos, já fora tratado e acertado  antecipadamente entre os governos de ambos países, desde governo Lula.  Agora, entendo claramente a justificava do Lula em tornar segredo de Estado, os acordos firmados entre ele e Raul Castro, há cerca de 3 anos.  

Disse o líder do governo Dilma no Senado: os "revalida" dos médicos cubanos "foram dispensados" pelas condições impostas pelo governo brasileiro de que tais médicos se servirem em áreas restritas designadas pelo governo brasileiro.  Segundo Humberto Costa, os médicos cubanos terão licenças para atuarem, tão somente, em áreas restritas designadas. As condições são semelhantes aos escravos africanos que eram comprados pelos fazendeiros para trabalharem em territórios circunscritos.

O governo brasileiro, já tem uma mancha na história recente, com o tratamento dado aos imigrantes japoneses do início do século passado.  O governo brasileiro, incentivou e permitiu que um rico empresário japonês vendesse os escravos japoneses aos barões do café, "por cabeça", para trabalharem em territórios circunscritos às fazendas dos barões do café, mediante contratos leoninos, que nunca sobravam dinheiro aos imigrantes.  Parece que será assim o destino dos médicos cubanos no Brasil.  

Com certeza, os médicos cubanos serão incorporados ao conjunto de população brasileira, mediante formação de famílias (com filhos) no período de vigência dos contratos para conseguirem os vistos de permanência.  É o sonho dos médicos cubanos, mesmo que tenham de exercer serviços em forma de escravos brancos, seria uma forma de se ver livre do regime comunista do Raul Castro.    

Concluindo, os médicos cubanos nada mais são do que escravos brancos!

Ossami Sakamori

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Brasil tem os Paulo Guedes boys

Crédito de imagem: Estadão

O gestor de investimentos e ministro de Economia Paulo Guedes, reivindicou e ganhou o super poder na área econômica dentro da estrutura do governo Bolsonaro.  Conforme seu desejo, o Ministério da Economia será o resultado da fusão do Ministério da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio.  Segundo a grande imprensa, Paulo Guedes confirmou a criação de uma nova Secretaria a de Privatizações.

Segundo a informação da grande imprensa, a estrutura do Ministério da Economia não está bem definido.  Não se sabe ainda, se seria criado três super secretarias executivas correspondente às áreas de Planejamento, Fazenda e Indústria e Comércio ou ainda seria criado seis secretarias diretamente ligado ao Secretário-geral do Ministério da Economia.  Esta indefinição na área burocrática ocorro a menos de 40 dias da posse do novo governo.  

O Paulo Guedes é antes de economista, um operador do mercado financeiro.  É certo que o Paulo Guedes e a maioria da sua equipe são formados na Universidade de Chicago, mas apenas isto não nos dá garantia de que a economia do País terá viés liberal do Milton Friedmann, o formulador da teoria econômica daquela Universidade. 

Para quem não é da área, Milton Friedman (1912-2006) foi um dos economistas mais influentes da segunda metade do século XX e um defensor intransigente do "livre mercado".  Ele foi defensor da "teoria quantitativa da moeda", que saliente a importância da quantidade de dinheiro como instrumento importante para determinar a inflação e o crescimento econômico.  Friedman, foi o líder da Chicago Scholl of monetary economic, tendo sido consultor econômico dos presidentes americanos Ronald Reagan e Richard Nixon. Na década de 1980, foi o responsável pela desregulamentação da economia americana. 

Tudo que o presidente Jair Bolsonaro promete, começa pela manutenção de diversos programas sociais e investimentos público-privado na infraestrutura como principal instrumento para alavancar o desenvolvimento do País. O programa econômico do Paulo Guedes mais se assemelha à teoria econômica do outro renomado economista americano, o Jonhn Mainard Keynes (1983-1946).  A conhecida e demonizada "teoria neoliberal" praticada pelos sucessivos governos do Brasil, foi o instrumento utilizado pelo governo Roosevelt à partir de 1929, para tirar os Estados Unidos da "grande depressão".  

O mundo, cuja realidade foi posta a prova pela crise financeira mundial de 2008, nunca terá sido tão simples a ponto de aplicar uma das teorias consagradas ao pé da letra.  Em 2008, a "bolha financeira mundial" estava alavancada em mais de 10 vezes o tamanho da economia real.  Para correção do rumo da economia mundial foi firmado o acordo de Basileia III, diminuindo a alavancagem do mercado financeiro em 9 vezes.  Ainda assim, o mercado financeiro mundial continua altamente especulativa e preocupado tão somente à "rentabilidade" e "segurança" dos seus investimentos.  

Diante do exposto, é certo dizer que a teoria liberal do Paulo Guedes está longe de parecer a teoria liberal do professor Milton Friedmann da Chicago University.  Nenhum brasileiro vai se igualar ao professor americano!  O ambiente da economia mundial é tão diverso dos anos 1980, que é temeroso dizer considerar os renomados nomes indicados como equipe do presidente Bolsonaro como os novos "Chicago boys", designação que fora dada a um grupo de aproximadamente 25 jovens economistas chilenos que formularam a política econômica do ditador Augusto Pinochet do Chile na década de 1970.  

A única certeza é que o Brasil viverá nos próximos anos, a teoria econômica do Paulo Guedes e de sua equipe. O resto corre por conta do imaginário dos articulistas econômicos e dos investidores novatos do mercado financeiro.  

Ossami Sakamori
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terça-feira, 20 de novembro de 2018

Maurício Valeixo deverá ser novo diretor-geral da Polícia Federal

Crédito da imagem: BandNewsFM

O delegado da Polícia Federal Maurício Valeixo deverá ser o diretor geral da Polícia Federal na gestão do ministro indicado Sério Moro do novo Ministério da Justiça e Segurança Pública.  Valeixo é atual superintendente da Polícia Federal no Paraná e tem sólida ligação com o Sérgio Moro.  Delegado Maurício Valeixo é descrito pelos seus colegas como "profundamente operacional". Com o currículo que tem, o delegado Valeixo vai atuar fortemente no Combate à corrupção e crime organizado no novo Ministério sob comando do ministro Sérgio Moro.

  Crédito da imagem: Estadão

Outro nome que estava cotado para ocupar a direção da Polícia Federal foi a da delegada Erika Marena, atual superintendente da Instituição em Sergipe.  Marena como é conhecida, atuou ao lado do delegado Marcio Adriano Anselmo no início da Operação Lava Jato, a quem deve o nome da Operação.  Em 2016, ela foi preterida na indicação para diretor-geral pelo presidente Michel Temer, que preferiu o nome do Fernando Segóvia.  Erika Marena deve ocupar uma função de destaque no novo Ministério da Justiça e Segurança Pública.  

A República de Curitiba como ficou conhecido o grupo de delegados da Polícia Federal e da Procuradoria Federal em Curitiba, deverá compor os cargos chaves na gestão do Sérgio Moro frente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública. 

Ossami Sakamori

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Castello Branco na Petrobras é uma boa escolha!

Crédito de imagem: Estadão

Ao contrário do que se cogitava, a permanência do Ivan Monteiro na presidência da Petrobras, o economista Roberto Castello Branco deverá assumir o comando da estatal Petrobras.  Credencial para tanto, o economista tem. Castello Branco já foi diretor do Banco Central e da Vale. Como Paulo Guedes, Castello Branco é formado na Universidade de Chicago, onde concluiu o pós-doutorado. Castello Branco é professor da FGV e fez parte do Conselho de Administração da Petrobras durante o governo Dilma. 

Roberto Castello Branco já foi cogitado para presidência do Banco Central antes da escolha do nome do Roberto Campos Neto para o posto.  Castello Branco, segundo o Estadão, é visto como homem de confiança do Paulo Guedes e já vinha contribuindo com propostas para o programa do futuro governo na área de óleo e gás.  O Ivan Monteiro, antes cogitado para a presidência da Petrobras, deverá ser nomeado presidente do Banco do Brasil, donde é egresso.

Castello Branco na Petrobras é uma boa escolha!

Ossami Sakamori

domingo, 18 de novembro de 2018

Bolsonaro entregará Base de Alcântara aos Estados Unidos



O presidente eleito Jair Bolsonaro deve alugar (entregar) a Base de Alcântara, localizada em Maranhão, aos Estados Unidos.  A Base é conhecida entre nós pelos sucessivos mal sucedidos lançamento de foguetes da Força Aérea brasileira.  A área de cerca de 40 mil hectares é ligeiramente maiores que o município de Belo Horizonte ou município de Curitiba.  

Basicamente, há duas vantagens na instalação de uma base de lançamento em Alcântara.  A primeira é que a base está próxima da linha de equador e haverá economia de 30% em combustíveis ou 30% a mais equivalente em cargas.  A segunda condição é que a Base de Alcântara fica localizada no litora, onde o descarte de uma eventual falha de lançamento será feito no mar. 

Asseguram os entendidos em matéria que os acordos de salvaguarda são praxe nessa área e não comprometem a soberania nacional (sic).  No entanto, o assunto é um tanto espinhoso a ponto de já ter havido anteriormente, algumas tentativas fracassadas com o mesmo governo norte americano.  Com o alinhamento automático com os Estados Unidos a ser implementada na área diplomática e comercial pelo governo Bolsonaro, a locação da Base de Alcântara para os americanos deverá ser um processo natural. 

Na prática, uma instalação de uma base americana em qualquer país do mundo, mediante contrato de locação, é como "entregar" a soberania daquele pedaço de território à Força de Defesa americana.  Na configuração de locação, não será permitida a entrada de brasileiros à base "alugada", sem a permissão do governo americano.  Mesmo os eventuais funcionários brasileiros da Base, deverão ter os vistos especiais, pois que a área será considerada de segurança máxima pelo governo dos Estados Unidos da América. 

Isto tudo, faz parte da nova política externa do governo Bolsonaro, "contra a globalização e à favor do alinhamento automático aos Estados Unidos" na política externa. Dentro de pouco, estaremos, também, fazendo parte da OTAN.  

Ossami Sakamori

sábado, 17 de novembro de 2018

Juíza Gabriela Hardt nega pedido sobre processo referente ao Instituto Lula

Crédito da imagem: Ajufe

Antes mesmo da oitiva do Lula no dia 14, quarta-feira, a juíza substituta Gabriela Hardt da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba já tinha negado "novos interrogatórios" ao Lula e ao empresário Paulo Melo, na ação sobre supostas propinas da Odebrecht num outro processo, o da compra de um terreno para abrigar o Instituto Lula e uma cobertura (vizinho ao imóvel residência do Lula) em São Bernardo do Campo. Lula tinha pedido um novo depoimento em razão do afastamento do juiz Sérgio Moro em razão da nomeação à pasta do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Sentenciou a juíza: “Não detendo o princípio da identidade física assento constitucional, e não sendo ele absoluto, com o afastamento do Juiz Titular fica o Juízo que o substituir ou o suceder responsável pelo julgamento deste processo, não havendo que se falar em qualquer afronta ao ordenamento jurídico”, afirmou Gabriela Hardt.  A magistrada registrou ainda que "cabe à defesa comprovar eventual prejuízo na prolação da sentença por outro juiz, o que, em princípio, não ocorreu".
Penso que, se o Lula continuar a afrontar a juíza Gabriela Hardt, certamente, "vai ter problemas". 
Ossami Sakamori

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Paulo Guedes nomeia Campos Neto, seu presidente do Banco Central

Crédito da imagem: Estadão

O presidente eleito Jair Bolsonaro confirmou o nome do Roberto de Oliveira Campos Neto para o cargo de presidente do Banco Central do Brasil.  Como o nome indica, ele é neto do economista Roberto Campos, ministro do Planejamento do governo Castelo Branco.  O futuro presidente do Banco Central está no quadro de executivo do Banco Santander há 16 anos.  Campos Neto, como é chamado pelos seus colegas, é economista e tem especialização em Finanças pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, e é reconhecido por seu perfil técnico.

O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, considera o Roberto Campos Neto um profissional com sólida formação e profundo conhecimento da área econômica.  

Campos Neto vai encontrar o desafio de colocar nos eixos a política monetária desastrada dos últimos governos, que elevou a dívida pública bruta para os atuais R$ 5,5 trilhões.  Terá pela frente colocar a persistente inflação de 4,5%, apesar de cerca de 35 milhões de desempregados, desalentados e sub-empregados.  O novo presidente do Banco Central terá a tarefa administrar o câmbio que está fora da paridade, com dólar baixo ou o real valorizado, desestimulando o setor produtivo exportador.

Certamente o Paulo Guedes terá no economista Campos Neto, uma pessoa de sua estrita confiança frente ao Banco Central para poder implementar uma política econômica liberal sustentável.  O futuro presidente do BC é próximo de Paulo Guedes e já vinha contribuindo com ideias para o programa de governo desde antes da eleição. 

Ossami Sakamori


General Oswaldo Ferreira desista da Infraestrutura

Crédito da imagem: Estadão

O general da reserva Oswaldo Ferreira, indicado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, não mais assumirá o Ministério da Infraestrutura, que engloba as áreas de transportes, portos, aviação civil, ferrovias, saneamento, recursos hídricos e mobilidade urbana.  Oswaldo Ferreira não explicou o motivo da desistência, mas coincidiu com a indicação do seu colega de farda, o general de reserva Jamil Megid Júnior para equipe de transição do governo Bolsonaro.

general de reserva Jamil Megid Júnior foi vice-chefe do Departamento de Engenharia e Construção do Exército. Trabalhou na segurança da Rio +20, na Jornada Mundial da Juventude, na Copa do Mundo e nas Olimpíadas de 2016. Antes, foi coordenador-geral do Comitê Organizador dos Jogos Mundiais Militares, em 2011. 

Crédito da imagem: Globo

As coisas na política funcionam assim. Você dorme ministro e acorda sem pasta.  

Ossami Sakamori
Fb/saka.sakamori

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Marcos Galvão cotado para Ministério de Relações Exteriores

Crédito da imagem: Estadão

Marcos Galvão está na lista de ministros do presidente eleito Jair Bolsonaro deverá divulgar nos próximos dias. Talvez, até hoje.  Ele é do quadro do Itamaraty, como quer o futuro presidente.  Marcos Galvão é atual Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores, o que vem a ser substituto imediato do atual ministro Aloysio Nunes. 

Marcos Bezerra Abbott Galvão nasceu em Nova York, em 1959, se formou em 1980 pelo Instituto Rio Branco e concluiu mestrado em Relações Internacionais pela American University em Washington nos Estados Unidos. Entrou na carreira diplomática, como terceiro secretário, em 1980. Foi secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda. Está no posto de secretário geral do Ministério das Relações Exteriores desde 25 de maio de 2016.

Marcos Galvão preenche todos requisitos que o presidente eleito exige para a função.  

Ossami Sakamori


segunda-feira, 12 de novembro de 2018

O nome do Joaquim Levy no BNDES não se sustenta

Crédito da imagem: Estadão

"Com extensa experiência em gestão pública, PhD em economia pela Universidade de Chicago, Joaquim Levy deixa a diretoria financeira do Banco Mundial para integrar a equipe econômica do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro", informa o Estadão, como sendo nota da assessoria de imprensa do ministro da Economia indicado, Paulo Guedes.  

Pelo comportamento que tem demonstrado presidente Bolsonaro até aqui, o nome do Joaquim Levy não se sustenta.  O nome deverá passar pelo crivo do gabinete de Segurança Institucional vinculada à Presidência da República.  Para o cargo de presidente do BNDES, não basta ser competente, com trânsito no meio empresarial.  Contra ele pesa o histórico de ter participado do governo do PT, o da Dilma, como ministro da Fazenda e ter pertencido ao governo do Sérgio Cabral.  Para uma função pública como presidência de um banco de fomento estatal, não basta ter competência, mas terá que "demonstrar" ser uma pessoa de reputação ilibada.  Joaquim Levy, infelizmente, terá que explicar muito sobre a participação na festa de aniversário do Sérgio Cabral em Paris, nos bons tempos.

De pouco que entendo da política, o nome do Joaquim Levy não se sustenta no cargo de presidente do BNDES.

Ossami Sakamori

domingo, 11 de novembro de 2018

Brasil gasta R$ 350 bilhões ao ano em juros da dívida pública



Grande bobagem ficar discutindo a independência do Banco Central como se todos problemas da política monetária originasse desse suposto "mal".  Nada disso é verdade.  Um mandato fixo de quatro anos para o presidente do Banco Central como propõe o Paulo Guedes, ministro do presidente eleito Bolsonaro, não deveria ser o tema central da política monetária.  O assunto da política monetária é ao mesmo tempo simples e complexa que nenhum presidente da República tem ousado manifestar sobre o tema.  Muitos articulistas econômicos tem ousado a manifestar sobre o tema.  E, o povo otário pensa que o Brasil está resolvido com a eleição de um novo presidente.  O buraco é bem mais para baixo!

O maior  problema do Brasil é o endividamento público.  O endividamento público bruto está pouco acima de R$ 5,5 trilhões e o endividamento líquido está ao redor de R$ 3,8 trilhões.  A diferença entre os endividamentos públicos decorre sobretudo da manutenção da Reserva cambial de cerca de US$ 390 bilhões ou R$ 1,46 trilhão e também da diferença de juros de empréstimos subsidiados às empresas como JBS & outras.  Enfim, a dívida pública bruta é de R$ 5,5 trilhões, que corresponde a cerca de 78% do PIB corrente.  

Antes de fazer o cálculo do dispêndio do País com os juros, precisamos considerar que a nossa Reserva Cambial está sendo aplicado no mercado de títulos do Tesouro americanos a uma taxa média de 2%, muito abaixo dos 6,5% da taxa básica de juros Selic.  A Reserva Cambial funciona, na prática, como o "saldo médio" que os bancos comerciais exigem dos devedores duvidosos.  E, os empréstimos feitos ao BNDES, em tese, deveria render a taxa Selic, mas isso só ocorre na teoria porque os empréstimos feitos às empresas amigos do Planalto foram feitas à taxa média de 3,5% ao ano, fixo.  Enquanto isso, o povo paga 350% ao ano de juros  sobre os saldos devedores do cartão de crédito ou 150% ao ano sobre saldos devedores.  

Fazendo cálculo dos juros dispendido pelo governo da União, independente de o presidente do Banco Central ter mandato fixo e ele se chamar José ou Antonio, grosso modo será de $ 350 bilhões por ano.  O valor corresponde a cerca de 5% do PIB, o que é uma babilônia de dinheiro. O agravante no caso do Brasil que o prazo médio das dívidas públicas é de 7 anos, enquanto em países desenvolvidos o prazo médio está ao redor de 20 anos.  Repetidamente, tenho chamado atenção ao problema do endividamento da União ou do Tesouro Nacional, no entanto, as autoridades monetárias, o Ministério da Fazenda e o Banco Central tem feito ouvidos de moucos.  

Fala-se muito em "déficit primário", que é o dinheiro que falta para cobrir as despesas correntes do governo federal, como se fosse o único problema do País, mas o "buraco" está mais para baixo.  Se considerar também o pagamento de juros, o "déficit nominal", o total do "rombo fiscal" está próximo de R$ 500 bilhões a cada ano.  Como disse o Paulo Guedes, só de juros, o Brasil gasta um "Plano Marshall" por ano.  Para quem não se lembra, o Plano Marshall foi o dinheiro que os Estados Unidos que doou aos aliados na Segunda Guerra Mundial para a reconstrução do continente europeu. 

Colocado assim, mesmo os leitores leigos já perceberam que a independência do Banco Central é questão de natureza secundária.  O fato concreto é que a política monetária executada pelos banqueiros, Meirelles e Ilan, só atenderam e atendem aos interesses do próprio sistema financeiro.  O mandato fixo ao presidente do Banco Central é como entregar a chave do galinheiro para o lobo.  

Enfim, Brasil gasta R$ 350 bilhões ao ano em juros da dívida pública ao ano.  A continuar insistindo nessa política monetária equivocada, o Brasil caminha celeremente à situação da Turquia, Itália e Grécia.  Não será a independência do Banco Central que resolverá o problema do endividamento público brasileiro.

Brasil gasta R$ 350 bilhões ao ano em juros da dívida pública. 

Ossami Sakamori


sábado, 10 de novembro de 2018

Kakay: "Moro terá um final melancólico". Não, não terá!

Crédito da imagem: Estadão

“Moro terá um final melancólico”, é o título da matéria do colunista Morris Kachani, postado em 08 Novembro 2018, num grande e conceituado jornal, o Estadão.  Nunca vi tantas frases mal colocadas na matéria citada pelo Kakay, o notório advogado das conhecidas figuras políticas envolvidos em corrupção desvendado, em maior parte, pela Operação Lava Jato.  Kakay fala e ninguém contrapõe sua ideia?  

Kakay diz, segundo a coluna do Estadão, sobre o ainda juiz Sérgio Moro: "Ele é um péssimo juiz. Mas um homem competente, o que é diferente. É um homem que hoje, do meu ponto de vista, ao sair de Curitiba e assumir o ministério da Justiça de um presidente que ele ajudou a eleger, é um homem que usou o judiciário”.  

E continua, com o comentário sobre presidente eleito Jair Bolsonaro: “Nós vamos ter um embate em muito pouco tempo. Ele terá como chefe uma pessoa que não tem ideia formada sobre nada. O presidente é folclórico, nunca deve ter lido um livro, não tem um plano de segurança nacional, não tem nada, o presidente é feito de pequenas expressões que chocam mas que agradaram um eleitorado carente com essa ideia de corrupção, antipetista e tal”.

Quem tiver a curiosidade de ler a íntegra da matéria poderá acessar à página do Estadão: Inconsciente coletivo , blog do colunista Morris Kachani, que traz amplo comentário do Kakay, advogado das figuras políticas notórias da ladroagem dos cofres públicos.  O Estadão cumpre o seu papel de imprensa livre, cedendo o espaço para uma entrevista polêmica.  

Tanto quanto Estadão, tradicional jornal que lutou a favor do restabelecimento da democracia após longo período de regime militar, este blog cumpre o seu papel de repudiar veementemente as idéias e pregações do advogado já mencionado acima.  Se ninguém contesta, dá-se impressão de que a ideia do advogado é predominante.   

Ao contrário do que apregoa o advogado Kakay, o Moro e o Bolsonaro, com certeza, terão sucessos e finais felizes nos seus propósitos, colocarão o Brasil, dentro do Estado Democrático de Direito, no rumo de desenvolvimento sustentável, combatendo sobretudo os notórios vendilhões da República.  

Ossami Sakamori

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Bolsonaro deve indicar Evaristo Miranda para Meio Ambiente

Crédito da imagem: Agência Senado

Evaristo Miranda, chefe da Embrapa Territorial, poderá ser o ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro.  Evaristo é formado em Agronomia na França em 1976 e tem mestrado e doutorado em Ecologia pela Universidade Montpellier.  Em 1980, ingressou como pesquisador na Embrapa Terra, em Petrolina. Foi professor, cumulativamente, do Instituto de Botânica da Universidade Federal Rural de Pernambuco e do Instituto de Biociência da USP.  

Como pode ver, o provável ministro do Meio Ambiente, Evaristo Miranda tem ligação com agronegócio e até por conta disso, tem aval da Tereza Cristina, indicada para a pasta do Ministério da Agricultura.  Evaristo Miranda preenche o perfil técnico que o presidente eleito deseja para a pasta do Meio Ambiente.  A indicação deverá ocorrer no decorrer na semana que vem. 

Ossami Sakamori




quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Bolsonaro indica Tereza Cristina para Agricultura

Crédito de imagem: Agência Brasil

Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias, conhecida apenas como Tereza Cristina na Câmara dos Deputados, foi convidada para a pasta do Ministério da Agricultura pelo presidente eleito Jair Bolsonaro, na data de ontem.  Ela é primeira mulher a ser convidada para um posto importante no governo Bolsonaro. Ela foi indicada mais por sua competência e merecimento do que apenas pela condição de ser uma mulher.

Tereza Cristina, 64 anos, é engenheira agrônoma, ruralista, deputada federal pelo estado de Mato Grosso do Sul pelo DEM.  Em 2018, foi reeleita como deputada federal com 75.068 votos.  Tereza Cristina foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo de Mato Grosso do Sul no governo André Puccinelli, MDB/MS. 

Tereza Cristina é líder da bancada Ruralista na Câmara dos Deputados. Neste ano, Tereza Cristina foi uma das lideranças que defenderam a aprovação do Projeto de Lei 6.299, que flexibiliza as regras para fiscalização e aplicação de agrotóxicos no país. Foi indicada para o posto por um grupo de 20 membros da pela Frente Parlamentar Agropecuária ao presidente eleito Bolsonaro.  

Ossami Sakamori


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Brasil poderá crescer 3,5% em 2019

Crédito da imagem: Veja

Paulo Guedes, futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro, prevê crescimento de 3,5% no ano que vem, se a reforma da Previdência do Michel Temer fosse aprovada pelo Congresso Nacional ainda este ano.  Na minha opinião, isto é apenas um "balão de ensaio" para ir esquentando a discussão da Previdência no ano que vem.  Assim, o novo Congresso Nacional, à partir de fevereiro de 2019, seria a primeira pauta para discussão e aprovação no Congresso Nacional renovado.

Aprovando ou não aprovando a reforma da Previdência em tramitação no Congresso Nacional, ainda este ano, a agenda do próximo ano estará recheada de reformas estruturantes que o governo Bolsonaro pretende.  Paulo Guedes, além da Reforma da Previdência, promete mudar a forma de arrecadação de impostos e contribuições através de mudanças estruturais, como a criação do IVA, requerendo para tanto o prestígio do presidente eleito Bolsonaro.  As referidas reformas, da Previdência e de impostos, terão que ser aprovado ainda no período de "lua de mel" do presidente eleito Bolsonaro, sob pena de não ter sucesso.  

Nestes primeiros dias após consagrado eleito, o Jair Bolsonaro tem mostrado flexível nas posições sobre diversos temas que o País requer.  Isto é primeiro sinal para ganhar confiança da população e do mercado financeiro.  Dentro deste contexto, é plausível esperar o crescimento do Brasil entre 3% a 3,5% no próximo ano, como prevê o Paulo Guedes, o futuro ministro da Economia.

Brasil poderá crescer 3,5% em 2019.

Ossami Sakamori


terça-feira, 6 de novembro de 2018

COPOM: acompanhando a agenda de reformas



Os membros do COPOM reafirmaram, na Ata publicada hoje, que a atual conjuntura econômica ainda prescreve taxa de juros abaixo da taxa neutra. Este estímulo pode, contudo, ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação e/ou seu balanço de riscos piorem. Isto nos parece pouco provável à luz das sinalizações feitas pelo governo recém-eleito, que pretende prosseguir com a agenda de reformas. Tais sinalizações, inclusive, promoveram importante alívio nos indicadores de condições financeiras.

O cenário do Banco Central (BC) é de recuperação gradual da atividade doméstica em meio a um quadro internacional de maior aversão ao risco, decorrente da normalização dos juros nos EUA e do comércio global enfraquecido. A inflação subjacente segue em nível apropriado e as expectativas inflacionárias estão em linha com as metas. As projeções do BC para o IPCA apontam para 4,4% (2018) e 4,2% (2019), em ambos os cenários simulados (referência ou mercado), sendo que o pico do IPCA em doze meses tende a ser atingido no 2T19. Já para 2020, a projeção oficial oscila entre 3,7% [com Selic@ 8,00% e BRL@ 3,80 (2019)] e 4,1% [Selic@ 6,50% e BRL@ 3,70 (2019)]. As metas do CMN para o IPCA são: 4,5% (2018), 4,25% (2019) e 4,00% (2020).

Quanto aos fatores de risco em torno de seu cenário, o Comitê confere maior peso à possibilidade de frustração com as reformas/ajustes econômicos, especialmente em um contexto de piora do quadro externo (riscos altistas). Por outro lado, a elevada ociosidade da economia (desinflacionária) é admitida pelo colegiado, bem como a menor assimetria do balanço de riscos na comparação com a última reunião (19/set). Esta menor assimetria deriva da rápida correção observada nos prêmios de diversos ativos, em antecipação a um desfecho eleitoral construtivo para as reformas macroeconômicas, em nossa visão.

Sobre os próximos passos do BC, avaliamos que:
i) A atividade doméstica seguirá em moderada recuperação; os indicadores de confiança mais recentes parecem apontar para certo crescimento represado, que estava apenas aguardando maior clareza no horizonte para se materializar. Partindo de uma base fraca, este crescimento será ainda insuficiente para gerar pressões inflacionárias de demanda;
ii) O balanço de riscos tende a se tornar equilibrado; na medida em que as sinalizações reformistas do novo governo sejam traduzidas em medidas concretas sob avaliação do Congresso. O equilíbrio de forças no Congresso parece, inclusive, favorável à implementação de medidas neste início de mandato;
iii) As expectativas inflacionárias devem permanecer ancoradas; pois os pilares básicos da política econômica doméstica devem ser preservados a partir de 2019, conforme indicado pelo novo Ministro da Economia.

Desta maneira, com o Congresso sob nova direção e o andamento adequado da agenda econômica, avaliamos que a taxa Selic será mantida em 6,50% ao ano até o terceiro trimestre de 2019, pelo menos. Daqui para frente,o adequado andamento das reformas será crucial para manter reprimidos os prêmios de risco, colaborando também para manter a política monetária estimulativa. No longo prazo, a agenda de reformas pode assegurar igualmente a redução da taxa estrutural de juros da economia e a sustentabilidade do crescimento.









Daniel Xavier, economista-chefe@DMI_Group