Para tentar concretizar o trem-bala, o governo cedeu e ficará
responsável por todo o risco do negócio. Como contrapartida, exigirá
transferência tecnológica e comprovação de experiência, o que deixará a
disputa mais acirrada entre Europa e Japão. A presidente Dilma Rousseff
quer tirar o projeto da gaveta "o mais rápido possível". Nem que, para
isso, seja preciso remodelar o projeto. Fonte: Estadão.
"Hoje, passar o risco para a iniciativa privada é uma coisa muito cara. É
mais negócio assumir o risco do que pagar o dobro", justificou Bernardo
Figueiredo, ex-diretor-geral da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT), nomeado por Dilma como diretor-presidente da Etav,
estatal constituída na última quarta-feira e que será sócia compulsória
do vencedor do leilão. Fonte: Estadão.
Está claríssimo que o governo Dilma faz questão de assumir o risco do trem bala que ligará Campinas ao Rio de Janeiro. O orçamento inicialmente previsto é de R$ 33,5 bilhões. Fala-se no mercado que a obra não sai por menos de R$ 55 bilhões. Como todas obras do PAC, agora são considerados, REC, o valor poderá chegar facilmente em R$ 100 bilhões. O ônus do risco e de financiamento será do contribuinte, via Tesouro ou via BNDES com recursos repassados da União.
O presidente da empresa Etav, empresa recentemente constituída para especificamente para execução e operação do trem bala, é nada menos nada mais que o Bernardo Figueiredo, candidato reprovado à recondução ao ANTT, rejeitado pelo Senado Federal, por ter passado não tão probo, com fortes suspeitas de envolvimento em roubalheiras.
Se prevalecer o percentual de dinheiro desviado no DNITduto para campanhas eleitorais no passado recente, isto cheira roubalheira de algo como R$ 3,0 bilhões para próximas eleições, tudo em forma de dinheiro não contabilizado, uma forma "legal" (sic) de roubalheira oficializada.
Anotem e deixe este artigo nos arquivos do seu computador, para que no futuro próximo, verá que este bloguista tinha razão. Prevenir é melhor que remediar. Ou vamos ficar quietos, como sempre?
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
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