quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

O Brasil é como um mastodonte!


A pauta econômica no Congresso Nacional - Câmara dos Deputados e Senado Federal, para próximos 6 meses será a "reforma da previdência".  O tema é importante para zerar o "déficit primário" do Orçamento Fiscal, para este e para os próximos anos.  Estancar o crescente aumento do "rombo fiscal" para os próximos anos, inclusive deste governo, é prioritário para o governo Jair Bolsonaro. A tarefa não é fácil.

Segundo o secretário  especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, que disse ontem, quarta-feira, dia 20: "que foi determinação do presidente Bolsonaro de que todos devem contribuir". Repetiu o secretário a frase que teria sido do presidente: "Esse é o esforço de salvarmos o sistema previdenciário e apresentarmos uma nova Previdência no Brasil. Então a responsabilidade é de todos. Todos os segmentos têm que dar sua contribuição nesse processo".

Segundo o Rogério Marinho, o governo vai apresentar um projeto que vai levar em conta todos os segmentos da sociedade brasileira, incluído militares e funcionários públicos. Pretende a reforma da previdência, dar direção ao sistema previdenciário dos estados e municípios, também. 

Em razão do óbvio, as demais pautas econômicas com a reforma tributária ficarão para o segundo semestre em diante. Grandes novidades não devemos esperar para este semestre na política econômica  O primeiro semestre, também, serve para harmonizar a relação entre as diversas secretarias dentro do próprio "super Ministério da Economia". Muitos esqueletos ainda terão que tirar dos armários, ainda.  


O Brasil está mais para um "mastodonte", sendo o maior peso, o próprio peso da máquina burocrática.  É herança cultural que vem dos portugueses, pois, pois!  O Brasil está longe de ser um "tigre", como os países asiáticos são considerados, ágeis e eficientes. O Brasil ainda tem muito chão para caminhar.  

Ossami Sakamori

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Luiz Bonat substituirá o Sérgio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba

Crédito da imagem: Gazeta do Povo

juiz federal Luiz Antonio Bonat, da 21.ª Vara Federal de Curitiba, manteve a candidatura e será o substituto do ex-magistrado e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, na 13.ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato. Segundo a Gazeta do Povo, ele se candidatou na noite de segunda-feira (21), último dia das inscrições para a seleção, e manteve a inscrição até o dia 24, quando foi encerrado o prazo para desistências. 

Nos bastidores do meio judicial, há quem encare sua candidatura como uma surpresa. Mas vários colegas garantem: a vaga estará em boas mãos. Segundo a juíza federal da 6ª Vara Civil de Curitiba: “Ninguém comentava o nome dele, foi uma surpresa. Mas o jurisdicionado e a imprensa podem ficar tranquilos: é muito competente, sério e dedicado. E não faz nada com a intenção de aparecer”.

Neste momento, a comparação de Luiz Bonat com Sergio Moro é inevitável. “Ele, juiz Bonat, é considerado linha-dura, mas é uma pessoa justa e sensata. Não é um carrasco. É muito parecido [com Sergio Moro] pela competência e por não se expor demais”, pondera a magistrada Vera Ponciano, ao descrever quem é o novo juiz da Lava Jato.

Falta ainda, a confirmação do nome pelo TRF4, nos próximos dias.  A nomeação Luiz Bonat vai atender ao critério de antiguidade que o Tribunal adota, portanto, não tem nada que modifique a pretensão do novo juiz.  

Ossami Sakamori
@Saka_Sakamori

sábado, 26 de janeiro de 2019

Tragédia do Brumadinho, o exemplo do descaso e ganância


Não tem nada que justifique a tragédia do rompimento da barragem do Brumadinho de propriedade da Vale, ocorrido ontem, dia 24 de janeiro de 2019. Temos apenas que lamentar as mortes e  os desaparecimentos decorrente do rompimento da barragem do rejeito da mineração.  Foi uma tragédia anunciada, após a última do mesmo gênero ocorrido em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão em Mariana. 

O fato é que os esforços dos bombeiros do estado de Minas Gerais serão inúteis para tentar resgatar pessoas em vida.  Com afirmou lamentando, o governador de Minas Gerais: "Vamos resgatar somente corpos".  Nem mesmo as instalações dos "gabinetes de crise", do Planalto, em Brasília e Belo Horizonte, à essa altura, não servem para nada.  O presidente Jair Bolsonaro vai sobrevoar a região atingida, hoje pela manhã, como de "praxe".  Isto tudo, apesar de "protocolar", em nada alivia a dor e sofrimento de dezenas de famílias dos mortes e desaparecidos. 

Voltando para traz, a Agência Nacional de Mineração, que é responsável pela fiscalização das barragens de rejeito mineral, afirmou que os relatórios técnicos da Vale garantiam a estabilidade da estrutura de barragem de Brumadinho.  Por outro lado, a Vale declarou que fez inspeção das barragens, a última, em dezembro de 2018, pela auditoria independente e nada de anormal encontrou.  Isto vai ficar sendo como "verdadeiros" e nada mais.

No Brasil, em especial, muitas coisas não são levados a sério. Uma herança dos portugueses, as empresas são obrigados a apresentar relatórios, "um monte de papel", que não servem para nada.  Do outro lado, os burocratas do governo aceitam e ficam satisfeitos com os relatórios, "um monte de papel", para se livrarem das responsabilidades.  Tanto os diretores das empresas como burocratas do governo, se satisfazem com os relatórios, "um monte de papel" para justificarem os seus altos salários.  

As tragédias, no Brasil, são recorrentes pela negligência dos responsáveis, pelo lado da iniciativa privada e conluio dos burocratas do governos do outro lado.  Se o Brasil fosse um país sério, o presidente da Vale e o diretor da Agência, teriam apresentado suas renúncias, sem antes pedir desculpas às famílias das vítimas e à população.  Certamente, num país do primeiro mundo, os responsáveis pela tragédia, seriam responsabilizados pela Justiça. 

Na condição de perito judicial, posso garantir que haverá muitas outras "tragédias anunciadas" no País, e o último sempre cairá no esquecimento da mídia e população.  

A tragédia do Brumadinho é o clássico exemplo do descaso e ganância sobre coisas públicas no Brasil. 

Ossami Sakamori

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Por enquanto, Paulo Guedes pouco falou

Crédito da imagem: Veja

O Ibovespa - índice que compõe as ações mais negociadas da Bovespa/BMF, tem batido sucessivos recordes. Ontem, dia 23, véspera de feriado em São Paulo, o Ibovespa fechou em 97.677 pontos. Ainda assim, se corrigido pela inflação do período, o índice está bem abaixo do pico de 2008. O mercado de ações, tem ainda muito chão para percorrer. 

O motivo do otimismo, é a declaração do ministro da Economia Paulo Guedes, durante o Fórum Econômico Mundial, de que  a reforma da previdência que o governo vai enviar ao Congresso Nacional pode economizar aos cofres públicos, em até R$ 1,3 trilhões, sem especificar em que período.  De toda forma, independe de ser um número vago e sem ao menos dar informações detalhadas sobre as reformas pretendidas, o "mercado financeiro" as pegou bem. 

Segundo a grande imprensa, o Paulo Guedes teria afirmado que a realização da reforma dará ao Brasil um "poderoso efeito fiscal" com duração por 15, 20, 30 anos". E ainda, afirmou: "Ou é isso, ou vamos nos tornar a Grécia".

Curiosamente, eu tenho afirmado em sucessivas matérias neste blog, de que a "dívida pública federal" poderá levar o Brasil, celeremente, ao caminho da Grécia ou Turquia. Um dos principais componentes, além  das reformas estruturantes são os juros reais Selic pago pelo governo ou a eliminação do "déficit primário" (o dinheiro que falta para pagar as despesas correntes) será um fator preponderante para o desenvolvimento sustentável do País.

Passado 24 dias da posse do novo governo, os investidores institucionais aguardam, ansiosamente, o detalhamento da política econômica do novo governo. Urge a apresentação da política econômica completa, além da apresentação de vagos números.  O governo não pode continuar se portando como amador, porque os investidores institucionais só vão colocar o "dinheiro novo" só quando houver definição clara da política econômica, em números.  

Por enquanto, o ministro da Economia Paulo Guedes só apresentou aos investidores institucionais, as boas intenções. No meu entender, isto é muito pouco para um país que procura avidamente por novos investimentos no sistema produtivo. 

Ossami Sakamori

    

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Presidente Bolsonaro: "ser ou não ser", eis a questão


Ontem, o presidente Bolsonaro não compareceu ao encontro com a imprensa internacional, preparado que estava para acontecer no Centro de Congressos de Davos, dentro do programa do Fórum Econômico Mundial. O evento estava marcado para às 16 h. Às 16h15, uma funcionária do Fórum foi à sala de imprensa e anunciou oficialmente o cancelamento. Isto não pegou bem para o presidente Bolsonaro e para o Brasil.

Na véspera, dia 23, terça-feira, o presidente Bolsonaro discursou numa sessão especial, reservada a chefes de governo, pelo Fórum.  O discurso que estava previsto pela comitiva brasileira em 30 minutos, foi reduzido a menos de 10 minutos pela direção do Fórum.  Visivelmente constrangido, o presidente Bolsonaro respondeu às perguntas do fundador do Fórum Klaus Schwab sobre temas importantes para investidores, como as reformas. 

Ninguém entendeu, segundo a grande  imprensa, porque teria ocorrido o cancelamento do encontro.  Assim como todos brasileiros, torço pelo sucesso do presidente Bolsonaro, porque o sucesso dele  é o nosso sucesso.  Brasil passou por "depressão" braba de 2015/2018, a pior crise econômica desde depressão mundial de 1929.  O Brasil passa por uma crise econômica e uma crise moral sem precedente.  O Brasil tem somente duas saídas: crescer menos  ou crescer estupendamente.  Para tanto, o presidente Bolsonaro precisa definir com muita clareza para que lado quer ir.

Por influência do escritor e filósofo Olavo de Carvalho, o autodenominado "guru" do Bolosonaro, o presidente nomeou para o Ministério de Relações Exteriores, o diplomata de segunda linha do Itamaraty, o Ernesto Araújo.  O novo ministro de Relações Exteriores do Brasil defende a "anti-globalização" e  "alinhamento automático" do Brasil aos Estados Unidos.  Sob a orientação do Ernesto Araújo, o presidente Bolsonaro, cancelou a realização do COP-25 no Brasil.  Isto pegou muito mal para o mundo. Deixou o mundo "globalizado" com um pé atrás. 

Tudo que está ocorrendo, o "frio" tratamento do Fórum Econômico Mundial, o símbolo máximo da "globalização", ao presidente Bolsonaro, já era esperado.  Sob comando do Ernesto Araújo no Itamaraty, o Brasil defende, pelo contrário, a "anti-globalização". É um detalhe que a imprensa brasileira não tem dado destaque, mas é isto. Brasil está a caminhar na "contra-mão" do mundo.  Esse tipo de "arroubo", nós já vimos em outros tantos "filmes". 

Outro fato que destacou no primeiro painel do presidente Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial, o povo brasileiro já conhece: a falta de definição e clareza sobre as principais reformas estruturantes como a da previdência e a tributária. No mundo globalizado, não permite amadorismo e nem tão pouco o improviso.  

Antes de tudo, internamente, o presidente Bolsonaro terá de definir para que lado quer conduzir o País: O Brasil vai caminhar para "globalização" ou "anti-globalização".  Já dizia o famoso William Shakespeare, no século XVI: "Ser ou não ser", eis a questão. 

Ossami Sakamori

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Discurso do Bolsonaro em Davos



Veja o discurso do presidente da República Jair Bolsonaro, no dia de hoje, 22 de janeiro de 2018, no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça:

Assumi o Brasil em uma profunda crise ética, moral e econômica. Temos o compromisso de mudar nossa história.

Pela primeira vez no Brasil um presidente montou uma equipe de ministros qualificados. Honrando o compromisso de campanha, não aceitando ingerências político-partidárias que, no passado, apenas geraram ineficiência do Estado e corrupção.
Gozamos de credibilidade para fazer as reformas de que precisamos e que o mundo espera de todos nós.
Aqui entre nós, meu ministro da Justiça, Sérgio Moro, o homem certo para o combate à corrupção e para o combate à lavagem de dinheiro. 
Vamos investir pesado na segurança para que vocês nos visitem com suas famílias, pois somos um dos países primeiros em belezas naturais, mas não estamos entre os 40 destinos turísticos mais visitados do mundo. Conheçam a nossa Amazônia, nossas praias, nossas cidades e nosso Pantanal. O Brasil é um paraíso, mas ainda muito pouco conhecido.
Somos o país que mais preserva o meio ambiente. Nenhum outro país do mundo tem tantas florestas como nós. A agricultura se faz presente em apenas 9% do nosso território e cresce graças a sua tecnologia e à competência do produtor rural. Menos de 20% do nosso solo é dedicado à pecuária. Essas commodities, em grande parte, garantem superávit em nossa balança comercial e alimentam boa parte do mundo.
Nossa missão agora é avançar na compatibilização entre a preservação do meio ambiente e da biodiversidade com o necessário desenvolvimento econômico, lembrando que são interdependentes e indissociáveis.
Os setores que nos criticam têm, na verdade, muito o que aprender conosco.
Queremos governar pelo exemplo e queremos que o mundo restabeleça a confiança que sempre teve em nós.
Vamos diminuir a carga tributária, simplificar as normas, facilitando a vida de quem deseja produzir e empreender, investir e gerar empregos.
Trabalharemos pela estabilidade macroeconômica, respeitando os contratos, privatizando e equilibrando as contas públicas.
O Brasil ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional, e mudar essa condição é um dos maiores compromissos deste governo.
Tenham certeza de que, até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios. (sic)
Nossas relações internacionais serão dinamizadas pelo ministro Ernesto Araújo, implementando uma política na qual o viés ideológico deixará de existir.
Para isso, buscaremos integrar o Brasil ao mundo, por meio da incorporação das melhores práticas internacionais, como aquelas que são adotadas e promovidas pela OCDE.
Buscaremos integrar o Brasil ao mundo também por meio de uma defesa ativa da reforma da OMC, com a finalidade de eliminar práticas desleais de comércio e garantir segurança jurídica das trocas comerciais internacionais.
Vamos resgatar nossos valores e abrir nossa economia.
Vamos defender a família e os verdadeiros direitos humanos; proteger o direito à vida e à propriedade privada e promover uma educação que prepare nossa juventude para os desafios da quarta revolução industrial, buscando, pelo conhecimento, reduzir a pobreza e a miséria.
Estamos aqui porque queremos, além de aprofundar nossos laços de amizade, aprofundar nossas relações comerciais.
Temos a maior biodiversidade do mundo e nossas riquezas minerais são abundantes. Queremos parceiros com tecnologia para que esse casamento se traduza em progresso e desenvolvimento para todos.
Nossas ações, tenham certeza, os atrairão para grandes negócios, não só para o bem do Brasil, mas também para o bem de todo o mundo.
Estamos de braços abertos. Quero mais que um Brasil grande, quero um mundo de paz, liberdade e democracia.
Tendo como lema “Deus acima de tudo”, acredito que nossas relações trarão infindáveis progressos para todos.
Meu muitíssimo obrigado.
O presidente Jair Bolsonaro, foi infeliz quando disse: "até o final do meu mandato, nossa equipe econômica, liderada pelo ministro Paulo Guedes, nos colocará no ranking dos 50 melhores países para se fazer negócios. (sic)".  O Brasil já ocupa posição dentre 50 maiores países do mundo em comércio exterior.  No entanto, o Brasil é o 5º maior país em extensão territorial e o 6º país em população. A proposição nos pareceu aquém da expectativa.  A equipe de assessoria "comeu a bola", pois o discurso foi escrito e revisado pelos ministros que o acompanham na viagem. 

Ossami Sakamori

domingo, 20 de janeiro de 2019

Bolsonaro embarca para o Fórum Econômico Mundial de Davos

Crédito da imagem: Globo

Presidente Bolsonaro embarcará hoje, dia 20, domingo, para participar, em Davos, do tradicional encontro, que reúne todos os anos, no mês de janeiro, as lideranças mundiais, políticos, banqueiros e empresários, o Fórum Econômico Mundial.  O encontro deste ano terá como tema principal a "Globarização 4.0: Moldando uma arquitetura global na área da quarta revolução industrial", segundo a agenda do Fórum. 

No próximo dia 22, terça-feira, o presidente Bolsonaro discursará na sessão plenária do Fórum. Segundo o Planalto, o presidente fará a defesa da democracia e da aprovação das reformas. O presidente também destacará que o país está aberto aos investimentos privados. Bolsonaro terá encontro com os chefes de Estado presentes no Fórum e com os investidores internacionais.  O presidente Jair Bolsonaro retornará ao Brasil no dia 24, sexta-feira.  Nesse ínterim assume a chefia do Executivo, o vice-presidente, general Hamilton Mourão. 


O Fórum Econômico Mundial, como se denomina, foi fundado em 1971 por Klaus M. Schwab, um professor de administração na Suíça.  O Fórum é sediado em Colgny, Genebra, Suíça. O Fórum tem escritórios regionais em Pequim e em Nova York. A sua mais alta esfera de governança é o Conselho de Fundação, órgão formado por 22 membros, que incluem o ex-primeiro ministro do Reino Unido Tony Blair e a Rainha Rania da Jordânia. 

O Fórum Econômico Mundial é mantido por suas 1.000 empresas membros, cujas receitas devem ser de no mínimo de US$ 5 bilhões.  Certamente, o George Soros, o mega-investidor e inimigo do "guru" Olavo de Carvalho, participa desse grupo seleto.  Esse grupo de mega-empresários é que financia a realização deste e  de outros eventos do Fórum.  A reunião anual em Davos, realizada anualmente, participam os CEO das 1.000 empresas membros e cerca de 2.000 convidados, entre os quais está o presidente da República Federativa do Brasil.  


Os últimos presidentes do Brasil, incluídos FHC, Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer participaram do Fórum Econômico Mundial de Davos.  Num desses encontros que o ex-presidente e presidiário Lula da Silva foi chamado pelo também ex-presidente Obama dos Estados Unidos como "o cara".  No momento, o Brasil em séria crise financeira desde 2015, não está bem na foto.  Cabe ao presidente Bolsonaro desfazer esta imagem negativa do País.

O presidente fez questão de participar do Fórum Econômico Mundial de Davos, imagino eu, para mostrar aos investidores internacionais a oportunidade de investimentos no País, apesar ter feito algumas críticas ácidas contra investimentos estrangeiros, sobretudo os de China.  Cabe ao presidente Bolsonaro desfazer o mal estar causado pelas críticas e pelo aparente "alinhamento automático" aos Estados Unidos, não tão bem visto pelo mundo global. Diplomacia é isto: muita conversa!

O Fórum Mundial de Davos, deste ano, perdeu o "brilho" com a ausência anunciada do presidente dos Estados Unidos, o Donald Trump. Com as ausências confirmadas, o Fórum deste ano, deve reunir menos de 50% do PIB do mundo. Vamos torcer que o presidente Bolsonaro, na ausência do principal figura, ganhe o "holofote" da imprensa mundial para vender a imagem do Brasil dos novos tempos. 

Bolsonaro embarca para o Fórum Econômico Mundial em Davos, hoje.

Ossami Sakamori
@Saka_Sakamori

sábado, 19 de janeiro de 2019

A verdadeira Caixa Preta do BNDES






































Prometi comentar sobre a Lista de devedores, a tal Caixa Preta, postada no site do BNDES e assim vou fazer.  De princípio podemos dizer que a lista divulgada está longe de retratar a situação real do "comprometimento" do "patrimônio líquido" do Banco.  No rodapé da própria lista, está a observação de que as operações do Cartão BNDES, com pessoas físicas e debêntures simples não foram incluídas neste ranking.  Desta forma não podemos, com apenas estes dados, afirmar que o BNDES está sadio.  Não, certamente, não está. 

Na lista de devedores não estão incluídos os empréstimos concedidos aos países, dentro do programa de estímulo às exportações, o tão falado empréstimos aos países amigos do ex-presidente Lula, entre os quais, Cuba, Angola, Venezuela e outros.  São as tais 20 obras financiadas com dinheiro do contribuinte conforme relatei na matéria Lula é um vagabundo! , que somados dá alguns US$ bilhões.  A lista apresentada, é realmente seletiva, cheio de "noves fora". 

De qualquer forma, vamos a um breve comentário sobre os empréstimos lista.  1º) A Petrobras figura como principal devedor do BNDES, com R$ 62 bilhões, que no meu entender não deveria se socorrer num Banco estatal; 2º) A Embraer aparece como segundo maior devedor com R$ 49 bilhões. Sobre a Embraer, sabemos que foi vendido 80% das ações por pouco mais de R$ 20 bilhões. Onde a Embraer vai buscar o restante para quitar a dívida junto ao BNDES, não sabemos; 3º) A Odebrecht e a Braskem (50% da Odebrecht) tem dívida, somado, de R$ 25 bilhões; 4º) O grupo Oi Telecomunicações, em Recuperação Judicial, carrega uma dívida (impagável) de R$ 15 bilhões;  5º) A JBS figura na lista com R$ 7 bilhões, mas a "minha fonte" afirma que neste montante não está computado a última operação de R$ 13 bilhões.  Assim sendo, a JBS deve R$ 20 bilhões; 6º) A Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil juntos devem para BNDES, cerca de R$ 15 bilhões. Certamento, foi para cobrir os "rombos" das instituições bancárias estatais.

A lista de devedores do BNDES está longe de retratar a realidade do comprometimento do Banco junto aos seus devedores.  O braço de investimento do Banco de fomento, o BNDESpar, tem participações R$ bilionárias em maioria das empresas e companhias listadas, que é uma "outra Caixa Preta", muito pior do que a própria lista de maiores devedores do BNDES.  Em 20 de fevereiro de 2015, escrevi : O risco BNDES é de R$ 974 bilhões . Apenas para leigo entender, o "risco" significa "exposição ao risco".

Presidente  Bolsonaro, há que expor a verdadeira situação do BNDES, abrindo de verdade a tal Caixa Preta do BNDES.  Somente com a abertura total da Caixa Preta, o povo brasileiro vai saber em que medida "Lula é um vagabundo!".  Ah, ia me esquecendo, o BNDES terá que devolver R$ 100 bilhões referente a parte do empréstimo ao Tesouro Nacional. Ainda, assim, o BNDES vai ficar devendo mais R$ 150 bilhões, aproximadamente. É mole?

Joaquim Levy tem "rabo preso", presidente?  

Ossami Sakamori






Divergências à parte, somos todos Bolsonaro!


Há uma controvérsia nas redes sociais. De um lado os que são admiradores ferrenhos do presidente Bolsonaro e do outro lado os que fazem críticas pontuais sobre as suas falas ou sobre algum ato do governo.  Sinto que as divergências estão acentuando entre os "totalmente" à favor do presidente e outros com "visão crítica" sobre atitudes e medidas do governo.  As coisas não deveriam estar acontecendo desta forma.  Jair Bolsonaro é presidente de todos nós, desde 1º de janeiro deste ano.

Mesmo o autodenominado "guru" do presidente, o escritor e filósofo Olavo de Carvalho, se deu o "direito" de dar seu pito fora do prumo.  Na última aparição na rede social, o neo-brasilianista mandou à m* (sic) a delegação de deputados do partido do presidente, PSL, à China.  Para quem tem acesso direto ao presidente, poderia ter dirigido pessoalmente ao presidente a palavra de baixo calão e não utilizar redes sociais para recados.  

Presidente Jair Bolsonaro é um ser normal como qualquer um de nós.  Ele tem os seus "arroubos" e utilizam, muitas vezes, palavras não tão conveniente para um chefe do Estado.  No entanto, precisamos reconhecer a sua qualidade de "voltar atrás" nas suas afirmações quando percebe o dano que causou ou que poderia causar.  O nosso presidente é militar de profissão, foi capitão do Exército até entrar na vida política.  É de esperar de um militar uma linguagem "rude" e "direta" utilizada nos quarteis.  Seria exigir demais que o presidente Bolsonaro fosse uma pessoa "polida".  

O que tem me incomodado é o fato de que muitos adeptos e seguidores do presidente, através de linguagens "rudes" estar colocando a população brasileira em lados opostos, os prós e os contras o presidente da República.  Nem todos que fazem críticas ao presidente Bolsonaro fazem parte do PT ou são contra a "direita".  As coisas não são bem assim. Nós contra vocês era a tática preferida do PT.    

Divergências à parte, somos todos Bolsonaro!  

Ossami Sakamori

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Olavo de Carvalho não é mais "guru" do presidente Bolsonaro!

Crédito da imagem: Veja

O filósofo, pensador da direita e neo-brasilianista, auto-intitulado "guru" do presidente Jair Bolsonaro, o escritor Olavo de Carvalho, marcou em redes sociais, o seu distanciamento do governo, após indicar nome de dois ministros, Ernesto Araújo para Mineitério de Relações Exteriores e Ricardo Vélez para Ministério de Educação.  Ainda bem. Era muita pretensão da sua parte continuar pensando como o "guru" do presidente da República.  Presidente Bolsonaro não é "pau mandado" de ninguém. Bolsonaro tem visão própria sobre quaisquer temas sobre ideologia e política partidária.  

Ao se referir à viagem da comitiva de deputados do PSL à China para conhecer a tecnologia de identificação pela face, precipitou-se em afirmar que a comitiva teria ido "negociar" a compra de tecnologia "sistema chinês".  Primeiro é que uma delegação de deputados não tem poder para negociar qualquer contrato, pois isto é de competência do Poder Executivo.  Segundo é que a tecnologia de identificação pela face é uma tecnologia de "domínio público". 

Disse o autodenominado "guru" do presidente Bolsonaro, se referindo à viagem da comitiva do PSL: "E eu sou o guru dessa porcaria? Eu não sou guru de merda (sic) nenhuma!"  Ainda bem que o neo-brasilianista Olavo de Carvalho se posiciona no seu devido lugar.  Bolsonaro não é nenhum boneco ventríloquo, Bolsonaro tem luz própria.  Acertando ou errando a responsabilidade da condução do País é do presidente Bolsonaro, eleito legitimamente em 2018.

Olavo de Carvalho não é mais "guru" do presidente Bolsonaro!  Ainda, bem!

Ossami Sakamori
@Saka_Sakamori


quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Posse de armas é solução para problemas de segurança?


O povo comemorou a edição do Decreto liberando, sob condições, a posse de armas de fogo no Brasil.  Foi cumprimento de uma promessa da campanha eleitoral do presidente Bolsonaro, a de armamento da população para proteger-se da violência que assola o País.  Compartilho com os que comemoram, mas ao mesmo tempo fico triste de ver a realidade de um País que "exige" o armamento da população. A questão principal é o descaso dos sucessivos governos, em todos os níveis, incluindo o próprio Planalto, para prover a população do mínimo de serviços públicos que esta espera.  Temos pouco a comemorar com a liberação do posse de armas de fogo.

A questão de segurança pública é apenas a ponta de um imenso "iceberg" que esconde o verdadeiro problema da população brasileira, a de falta de educação formal, a falta de atendimento em saúde pública e sobretudo a falta de oportunidade de emprego digno para a classe trabalhadora.  Estamos a atacar o efeito do problema, ao invés de atacar a verdadeiras causas, o de desemprego e carência de educação do povo.

Apesar do Brasil gastar 1/3 do PIB - Produto Interno Bruto em estruturas do governo, incluído nível municipal, estadual e federal, o País não consegue gerar empregos dignos, com carteira assinada, o suficiente para manter o País em paz.  Num contingente de 208 milhões de população e 108 milhões da força de trabalho, o número de trabalhadores com carteira assinada não passa dos pífios 33 milhões.  Assim, fica difícil qualquer sociedade, seja da direita ou da esquerda, manter o "estado de espírito" da população sereno.  Só mesmo brasileiro para aguentar tudo isso! 

Segurança pública é responsabilidade do governo e ponto final.  Não será armando a população "até os dentes" que a situação vai melhorar.  Não seria melhor, o Planalto se preocupar com criação de empregos formais do que prover a população da sua própria segurança?  Não seria melhor combater a causa do que ao efeito?

Vamos torcer que o ministro Sergio Moro da Justiça e Segurança Pública e o ministro Paulo Guedes da Economia promovam a transformação do País, necessárias, para que não tenhamos de estar preocupado com a nossa própria segurança. 

Ossami Sakamori

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Porque o Cesare Battisti seguiu direto para Itália

Crédito da imagem: Estadão

A Interpol efetuou prisão do italiano Cesare Battissti na cidade de Santa Cruz de La Sierra e levado à Itália diretamente da Bolívia para Itália, contrariando a expectativa do governo brasileiro.  O governo Bolsonaro estava preparado para buscar o Battisti na Bolívia, deslocando um aeronave da Polícia Federal na cidade de Corumbá, cidade na fronteira do Brasil com a Bolívia.

O que se sabe é que o Battisti fez um pedido de asilo ao governo do presidente da Bolívia 3 dias depois de Temer assinar  o decreto de extradição.  No documento, o italiano teria vinculado sua fuga à eleição de Bolsonaro.  Desde então, o Battiti permanecia foragido e seu nome foi incluído no alerta vermelha da Interpol.  Na tarde de sábado, dia 12, foi preso em Santa Cruz de La Sierra, sem oferecer resistência, pela Interpol.

O voo direto de Bolívia para Itália causou estranheza para o governo brasileiro, mas o ministro da Justiça da Itália afirmou que o voo direto, sem passar pelo Brasil, permite que o Battisti cumpra a pena completa a que foi condenado pelos homicídios: a prisão perpétua.  Caso ele fizesse escala no Brasil, seriam impostas as regras do acordo de cooperação para extradição entre os dois países, que segue limites fixadas pelas leis e a Constituição brasileira, mais brandos do que as italianas.  Eis a razão da não passagem pelo Brasil. 

Assim, Cesare Battisti segue direto para Itália.

Ossami Sakamori


domingo, 13 de janeiro de 2019

SOS, Alegrete!



Alegrete e Uruguaiana, RS, pedem socorro.  O município de Alegrete, na fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, começou contabilizar os prejuízos com a enchente que atinge a cidade devido a cheia do rio Ibirapuitã, que subiu até 13,7 metros acima do nível normal, ontem, dia 12. O que marca a tragédia é o descaso do poder público.  O Planalto está ocupado com causas maiores como o déficit fiscal e sobra muito pouco tempo para causas fúteis.  

A situação da cidade é de calamidade pública. As unidades de saúde estão comprometidas, com equipamentos como raio-X, tomógrafo e máquinas de eletrocardiograma submersas, segundo o prefeito local. O prejuízo estimado é de R$ 3 milhões. A importância num universo de Orçamento público estadual ou federal é pequena, mas para o município como Alegrete, faz muita diferença. Um levantamento da Defesa Civil aponta que há 2.448 pessoas fora de casa. 

Na agricultura, há prejuízo na bacia leiteira, com estimativa de mais de R$ 100 mil em leite jogado fora pela incapacidade de escoar a produção. A perda nas colheitas de arroz e soja podem passar dos R$ 40 milhões, diz o prefeito.  Num conjunto de produção nacional, o volume é muito pequeno, mas para aquela população é vital para a sua sobrevivência. 

É triste ver que, durante a campanha eleitoral, os candidatos vão até as remotas localidades, mas quando há tragédia como essa, destinam miséria de verbas destinadas para desastres naturais.  Sabe-se que o governador Eduardo Leite destinou R$ 500 mil para o município enfrentar o problema.  Até o momento, o ministro de Desenvolvimento Social Osmar Terra, que é gaúcho, nada manifestou.  Infelizmente, os costumes políticos, em nada muda.  Só muda os nomes que ocupam as cadeiras do poder.

SOS, Alegrete!

Ossami Sakamori




sábado, 12 de janeiro de 2019

Dólar baixo é tiro no pé para o Brasil

Crédito da imagem: Veja

O dólar teve queda acumulada nos últimos 30 dias, em 5,12%.  Nesses primeiros dias de 2019, dentre os 140 países mais desenvolvidos, o real é a moeda que mais valorizou ante a moeda americana (dólar).  A perspectiva desenhada pelos analistas econômicos mostra a baixa do dólar, deve-se sobretudo à desaceleração da economia mundial e a travada batalha comercial entre Estados Unidos e China (primeiro e segundo em PIB do mundo).  Isto tem consequência.

O Banco Central do Brasil não está fazendo intervenções no mercado de câmbio, como fazia quando o dólar esteve alto, através da venda de swap cambial tradicional.  Como no governo desastrado da Dilma, o Banco Central atua na alta do dólar (real desvalorizado), mas não atua na baixa do dólar (real valorizado).  O tão defendido "câmbio flutuante", levado ao pé da letra, num sentido (na baixa do dólar), mas nem tanto noutro sentido (na alta do dólar), pode trazer consequências nefastas ao País. 

Os formuladores da política econômica, tem medo de defender as "intervenções" no mercado de câmbio e os fazem quando a intervenção é para conter a alta do dólar (real valorizado).  Tudo tem a explicação.  O dólar alto (real desvalorizado) é impopular, porque produz sensação de impotência da moeda local, enquanto o dólar baixo (real valorizado) produz sensação do poder de compra, sentido sobretudo nos gastos no exterior.  

Este filme já assistimos nos sucessivos governos do PT.  O dólar baixo (real valorizado) criou-se a classe de "emergente", que "de repente" viu as viagens internacionais muito barato.  Com dólar baixo (real valorizado), a classe "emergente" fazia viagens à Nova York (uma das cidades mais cara do mundo) para fazer compras de roupas, sapatos e enxovais de bebê.  Com o dólar baixo, não valia mais o setor industrial produzir no País.  Importava-se de tudo, sobretudo nos governos da Dilma, de tomates para industrialização ao feijão preto.  Deu no que deu!  Houve a desindustrialização do País, criando um contingente enorme de desempregados e sub-empregados, cerca de 40 milhões, tornando o contingente de trabalhadores com carteira assinada reduzida a apenas 33 milhões de trabalhadores diante da força de trabalho de 105 milhões. 

A defendida pelo ministro da Economia Paulo Guedes e o próprio mercado financeiro sobre a independência do Banco Central é um equívoco para um país emergente como o Brasil.  Fica a dúvida se o novo presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, pertencente ao mercado financeiro, vai continuar defendendo o dólar baixo (real valorizado) ou o dólar alto (real desvalorizado).  O Brasil não tem espaço para praticar o "cambio totalmente flutuante" como se fosse países de economia desenvolvida como Estados Unidos, Alemanha e Japão.  Será que o "câmbio monitorado" como faz a China não seria uma opção para um país no estágio de desenvolvimento como o nosso?  

Esse mesmo recado passei ao governo Dilma, em 2012: O dólar baixo é tiro no pé para o Brasil.

Ossami Sakamori

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

#RenanNão

Crédito de imagem: Estadão

Ministro Dias Toffoli, em plantão no STF, manteve secreta a votação para a presidência do Senado Federal, conforme prevê o Regimento Interno da Casa. O senador Renan Calheiros, MDB/AL, já faz campanha ostensiva entre os seus pares.  O senador já comandou o Senado Federal por quatro vezes e conhece bem a máquina da Casa.  O nome do senador não agrada ao Planalto, uma vez que ele fez campanha ostensiva ao candidato do PT Fernando Haddad na sua reeleição ao Senado em Alagoas.  #RenanNão.

Segundo corre nos bastidores do Senado, estão na disputa os senadores Simone Tebet, MDB/MS, Tasso Jereissati, PSDB/CE, Davi Acolumbre, DEM/AP, Álvaro Dias, Podemos/PR , Esperidião Amim, PP/SC e Major Olímpio, PSL/SP.  Segundo bastidores, o senador pelo São Paulo foi lançado para contrapor à candidatura do senador Renan Calheiros, mas está longe de reunir adesão à sua candidatura dos demais postulantes. 

Apesar da vontade exposta pela população em ver como o seu representante está se posicionando e sobretudo para ver  os projetos importantes do presidente Bolsonaro serem colocados na pauta de votações, a eleição da mesa diretora do Senado, desta feita, vai ocorrer baseado no Regimento Interno, em vigor ou seja em votação fechada.  Se quisesse mudar, teria que ter mudado o Regimento Interno na legislatura que está a terminar. 

Alguns políticos, sobretudo os da nova safra, estão a defender a votação aberta para eleição da Mesa Diretora da nova legislatura, mas estes estão, apenas, vendendo ilusão para angariar a simpatia dos seus eleitores.  Seria muito mais prático os senadores fazerem campanha para um dos candidatos alternativos, com muita articulação política. Vamos lembar que no Senado Federal há necessidade de 41 dos 81 votos dos senadores para sagrar-se presidente do Senado e do Congresso Nacional.

#RenanNão

Ossami Sakamori


quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Embaixador Ernesto Araújo impõe desgaste ao presidente Bolsonaro


Eu já disse na matéria de ontem que o "embaixador" Ernesto Araújo era "pequeno" para um dos cargos mais importante de qualquer governo, o de Relações Exteriores.  Pela tradição do Itamaraty, antes do governo do PT, o indicado para Chanceler tinha exercido a função de embaixador do Brasil nos Estados Unidos ou embaixador do Brasil no Reino Unido.  O "embaixador" (sic) Ernesto Araújo foi indicado para importante função do novo governo, pelo autodenominado "guru" do presidente, o escritor neo-brasilianista Olavo de Carvalho. Pois, o novo "embaixador" está mostrando a sua inabilidade na função. 

O ministro de Relações Exteriores, o "embaixador" Ernesto Araújo, demitiu o presidente da Apex - Agência de Promoção de Exportações do Brasil, Alecxandro Carreiro, nomeado por ele próprio, no último dia 3.  Em nota, o ministro afirmou que o pedido de demissão partiu do próprio Carreiro.  Segundo Estadão, o motivo da demissão teria sido o fato de Carreiro estar demitindo os antigos funcionários, pressupõe quadro do PT, sem qualquer transição. 

Ainda, segundo a grande imprensa, o chanceler Ernesto Araújo teria indicado ao presidente Bolsonaro, o nome do embaixador Mario Vlalva, desta vez, com "ampla experiência em promoção de exportações", para  a presidência da Apex.  O fato é que o "desgaste" do episódio recaiu nos ombros do presidente Bolsonaro, querendo ou não.  

O "embaixador" Ernesto Araújo impôs o primeiro desgaste ao presidente da República, pela inabilidade na função. 

Ossami Sakamori



quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Ministro Ernesto Araújo não se sustenta

Crédito da imagem: Estadão

Por mais que o escritor Olavo de Carvalho seja competente e que tenha sido referência para que o presidente Bolsonaro pudesse consolidar a sua posição política de direita, ele não pode se achar o "guru" do presidente.  Jair Bolsonaro se elegeu com o seu posicionamento político e sua carisma próprios.  O presidente Bolsonaro está longe de ser um boneco ventríloquo, como o escritor quer que o seja. O nosso presidente tem um longo currículo: foi aluno da Academia Militar de Agulhas Negras, foi capitão do Exército, vereador e deputado federal por longos 28 anos.  Ninguém pode se achar o "guru" do presidente. 

É certo que o escritor Olavo Carvalho, um neo-brasilianista (mora nos Estados Unidos), tenha lapidado o pensamento do presidente, com ideias contra a ideologia da esquerda, alertando sobretudo da disseminação da ideologia emanada do "Foro de São Paulo".  É certo também que o Olavo Carvalho tenha indicado o ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo e o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodrigues, boliviano de origem e naturalizado brasileiro, não o credencia em indicar um nome para a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos.  O presidente tem seu posicionamento próprio!

A grande imprensa noticia que o futuro embaixador do Brasil nos Estados Unidos será o diplomata Nestor Forster Júnior, um amigo e seguidor do Olavo de Carvalho, de longa data, segundo outras fontes.  O Nestor Forster Júnior é ministro de segunda classe da Carreira Diplomata do Ministério de Relações Exteriores, da Embaixada do Brasil. Se de fato ocorrer a nomeação, o presidente Bolsonaro estará fugindo das regras que o cargo de Embaixador do Brasil nos Estados Unidos, sempre mereceu devida importância.  Os Estados Unidos é de longe a maior potência econômica e bélica do mundo, representando 25% do PIB do mundo.  

O próprio ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo, apesar de ter exercido funções importantes como Vice-Chefe de Missão na Embaixada do Brasil nos Estados Unidos, de 2010 a 2015, somente em junho de 2018, foi promovido a Ministro de Primeira Classe.   As informações constam do wikipedia de que o posto é usualmente chamado de "embaixador", mesmo que o diplomata jamais tenha chefiado  uma embaixada.  Este é o caso do ministro Ernesto Araújo e do Nestor Forster Júnior. Eles nunca foramm "embaixadores" de fato.  Só de mentirinha...

A mudança da embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, um tema polêmico que poderá afetar o comércio exterior do Brasil, bem como, a última "atrapalhada", consertado à tempo pelo presidente, sobre a "concessão" da instalação de uma base militar dos Estados Unidos no Brasil, deve ter sido ideia do "guru" Olavo de Carvalho e sua equipe.  Sem querer botar a lenha na fogueira, o "guru" Olavo de Carvalho defende o "alinhamento automático" do Brasil aos Estados Unidos. Há controvérsia sobre o assunto!

Sem querer fazer previsão, que tenho acertado com alguma frequência, o ministro Ernesto Araújo deverá ser a primeira baixa do quadro de ministros do Planalto.  

Ossami Sakamori
@Saka_Sakamori

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Bolsonaro mostra para que veio

Crédito de imagem: Estadão

À partir de hoje, serei breve nos meus comentários, neste blog. Farei um pouco mais breve e menos técnico.  Nas últimas três matérias escrevi sobre a falta de informação sobre a política econômica do governo Bolsonaro e as "saias justas" que estavam ocorrendo no Planalto (vou substituir d'agora em diante o "poder da República").

Segundo a grande imprensa (mídia impressa e televisiva), ontem, antes da posse dos presidentes dos bancos estatais, a Caixa, BB e BNDES, reuniram-se no gabinete do presidente (vou utilizar quando eu me referir ao presidente Bolsonaro), o  ministro da Economia Paulo Guedes, o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni e o próprio presidente.  O objetivo foi para "afinar" o discurso que provém do Planalto e provocado um certo "mal estar" entre eles. 

No novo governo (do Bolsonaro) não existe um ou uma "porta voz" do Planalto. Doravante, os anúncios das matérias econômicas, como a da reforma tributária e um novo pacto federativo deverão ser anunciadas pela equipe econômica.  As matérias políticas ficará sob a responsabilidade do Onyx Lorenzoni, ministro chefe da Casa Civil. 

O importante é que o presidente é perspicaz e inteligente. O presidente apercebe e reconhece quando comete algum erro ou engano.  Sistematicamente, o presidente tem voltado atrás nas suas afirmações, sem nenhum constrangimento.  Isto, para muitos pode ser defeito ou insegurança, mas no meu entender é uma qualidade rara para quem detém o poder máximo da República.  Diga-se de passagem, o poder conquistado pelo presidente nas urnas, através de eleições diretas. 

Assim, o presidente Bolsonaro vai conquistando o respeito dos seus comandados e sobretudo da população brasileira.

Bolsonaro mostra para que veio.

Ossami Sakamori