quinta-feira, 25 de julho de 2024

Gasolina na bomba a R$ 6,13

 

O preço da gasolina nos postos brasileiros subiu, em média, R$ 0,16 por litro, correspondente a 2,7% sobre o preço praticado até então.    O preço na bomba é o efeito de repasse do reajuste promovido pela Petrobras, nas suas refinarias, há duas semanas.  O aumento é o primeiro desde a posse da nova presidente da Companhia, Magda Chambriard, há cerca de um mês. 

         Segundo a ANP, o combustível foi vendido, em média, a R$ 6,13 por litro, sendo o maior valor desde o início do governo do Presidente Lula e a primeira vez que o preço da gasolina fica acima de R$ 6, desde setembro de 2023, já considerando a inflação do período.  O último aumento ocorreu no período entre 02/07 a 8/7/2023, que teria absorvido o aumento de tributação federal, que passou para a média de R$ 5,67 cada litro.

           O Brasil é auto suficiente em petróleo, em termo de volume de consumo e de produção, estimado em cerca de 3,6 milhões de barris/dia, da reserva do "pré-sal", cujo petróleo é do tipo pesado, mais conhecido como TWI, com referência ao petróleo americano.  Porém, ironicamente, o Brasil não possui refinarias que processam o petróleo produzido pela Petrobras.  As refinarias brasileiras só processam petróleo do tipo Brent, mais conhecido como petróleo leve, de melhor qualidade e aceitação pelo mercado global, obrigando a Petrobras a fazer o "passeio" do petróleo, exportando o petróleo extraído do pré-sal e importando o petróleo do tipo leve, no mercado internacional, sobretudo da Arábia Saudita.

           Assim sendo, o preço dos combustíveis na bomba, pago pelos consumidores, na "bomba", obedece o preço internacional do petróleo do tipo Brent, sobretudo o petróleo importado da Arábia Saudita.  Assim, sendo, os sucessivos presidentes da República são agraciados com presentes de alto valor, dos reis sauditas, que, invariavelmente, são objetos de "investigações" pelos órgãos de controle do Governo federal.  

          Desta forma, o petróleo é objeto de cobiça dos governantes de plantões, de ontem e de hoje.   Invariavelmente, quem paga a conta é o consumidor brasileiro, em forma de combustíveis na bomba, gás de cozinha e de insumos essenciais para diversos produtos, desde fertilizantes a produtos elaborados de plásticos.  

              Ossami Sakamori      

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Tesouro Nacional, o último bastião da política fiscal

 
Estão nos noticiários da imprensa brasileira, o "contingenciamento" do Orçamento público federal feito pelos ministros da área econômica, Fernando Haddad da Fazenda e Simone Tebbet do Planejamento, em cerca de R$ 25 bilhões, referente ao Orçamento Fiscal de 2024.   Contingenciamento é "jargão" utilizado em finanças públicas, para retratar o montante de recursos "bloqueados", no pagamento de contas do Governo federal, antevendo um provável de mais um "déficit primário" no Orçamento público federal.  
        A nova denominação dada à "política fiscal" como sendo de "arcabouço fiscal", pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad para apresentar a mesma situação, a do "caixa" do Governo federal, confunde a população, como se o referido ato, o de "contingenciamento" fosse, um remédio novo.   A novidade é o uso de "novos termos" para os problemas antigos, como uma maneira de enganar a população e ao próprio mercado financeiro desavisado.
             Felizmente, os servidores do Tesouro Nacional, estão atentos com a situação fiscal dos Governos federais, de plantões.  O atual secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron de Oliveira, defende o aumento no limite de emissão de títulos do Governo federal no exterior, fazendo captação ou empréstimo junto aos investidores institucionais e especulativos, com os títulos do Governo brasileiro.   Esclarecendo que os gastos públicos não são da sua área, a do Tesouro Nacional, que faz, apenas, a vez de "caixa" do Governo federal.   
             O importante, sempre, para a saúde financeira do Governo federal é o equilíbrio fiscal, entre as receitas e as despesas, sem que seja necessário recorrer aos "empréstimos" junto ao público, pagando a taxa de juros Selic, atualmente em 10,50% ao ano.    O problema não é a taxa básica de juros Selic, mas, a necessidade do Governo ter que recorrer aos empréstimos.  Depois de um pequeno "superávit primário" de pouco mais de R$ 54 bilhões, o primeiro ano do Governo Lula, mostrou-se um total desastre, com o "déficit primário" de R$146 bilhões, entendendo-se de que nesta conta, ainda, não engloba o pagamento de juros da dívida pública, muito menos o pagamento do principal da dívida.    
     Felizmente, o Tesouro Nacional é responsável pela situação de "caixa" do Governo federal, resultado da receita e despesa, seja ele, os responsáveis de qualquer coloração ideológica.   A presidente Dilma, PT/MG, caiu porque tentou apresentar a "contabilidade criativa", descolado à da situação de caixa do Tesouro Nacional.  O Presidente Lula que não ouse interferir no Tesouro Nacional, para fazer do Orçamento Público, a mercê da sua vontade política, porque o resultado será imprevisível.  
            O Tesouro Nacional é o último bastião da política fiscal do Governo federal.
            Ossami Sakamori          

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Me tira o tubo!

 

Mais uma vez, os vendedores de ilusões, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad e a ministra de Planejamento, Simone Tebbet, anunciam ao mercado financeiro, o "contingenciamento" de despesas do Governo federal em R$ 15,5 bilhões, na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2023.   Se o "mercado financeiro", leia-se mercado de ações e mercado de câmbio, vão aceitar como atos de "responsabilidade fiscal" do Governo Lula, são outros quinhentos!
        O Governo Lula, trata os investidores institucionais, que "apostam" no "futuro promissor" do País, baseado nas riquezas minerais e nos desempenhos do setor agropecuário, como parte do seu joguinho de bibelôs.  O Governo Lula, através dos ministros da área econômica, apresentou, ontem, quinta-feira, 18, através dos ministros da área econômica, o "contingenciamento" de R$ 15,5 bilhões no Orçamento Fiscal de 2024.
            O valor de contingenciamento, em ralação ao Orçamento Fiscal de 2024, aprovado pelo Congresso Nacional, é "insignificante", diante do número aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023, cuja receita e despesa ascende a R$ 5,5 trilhões, conforme PLN 29/2023.  Deste valor, uma boa parte dos gastos do Governo federal, continua sendo o refinanciamento da dívida pública, que vai consumir cerca de R$ 1,7 trilhão em 2024, sendo que este valor só tem "impacto contábil" no Orçamento federal, em função da "rolagem da dívida pública".  
            O principal fator, que o "mercado financeiro" fica atento é a capacidade de pagamento ou incapacidade de gerar o "superávit primário" que é o valor de dinheiro que pagaria, ao menos, parte do pagamento de juros da dívida pública, que deve encerrar o ano de 2024, entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões, baseado na taxa básica de juros Selic.  Vamos esclarecer, também, que a taxa básica de juros Selic, motivo de crítica do Presidente Lula, está baseado na aceitação ou não pelos investidores institucionais, que tem como opção os títulos do Tesouro americano, que oferece a taxa básica de juros ao entorno de 5% ao ano, em dólar ou US$.  
            O contingenciamento de despesas do Governo federal em R$ 15,5 bilhões, diante do conjunto de cenário exposto acima, serve apenas para mostrar a total incompetência da equipe econômica, comandada pela dupla de professores, que pouco entendem do planejamento econômico e financeiro do País.  Se os agentes financeiros, produtivos e especulativos, vão assimilar ou não, a medida anunciada pela dupla Haddad/Tebbet, sobre o contingenciamento, são "outros quinhentos".   Vamos ver, quem vai travestir de "otário" diante nesta medida anunciada.   Me tira o tubo! já dizia a personagem representado pelo Jô Soares, nos bons tempos da Rede Globo.  
             Ossami Sakamori

quarta-feira, 17 de julho de 2024

Brasil, a chacota internacional

 

A preocupação com contas públicas do Brasil ultrapassou a fronteira do País, sobretudo porque o seu  PIB - Produto Interno Bruto alcança a posição de 8ª economia do mundo, logo atrás do grupo de países conhecidos como G7, que baliza a situação econômica e financeira do mundo global.  

          O jornal francês, Le Figaro, replicado na revista Veja, lembra que o Presidente Lula, durante a campanha eleitoral de 2022, multiplicou suas promessas, fazendo investidores temerem as "despesas extravagantes", prometendo respeitar a "disciplina orçamentária".    No entanto, ainda segundo o jornal francês, os números do primeiro ano do governo, mostraram o aumento de 12,5% nos gastos públicos, que resultou no "déficit primário" de 2,1% do PIB, após o "superávit primário" de 0,5% em 2022.             Chama a atenção, ainda, o jornal Le Figaro, que o peso da dívida pública aumentou, passando para 88,1% do PIB e a "sustentabilidade" das finanças públicas passou a ser questionada.   As mesmas alertas tem sido constantes neste blog, porém, não tem ganho a devida importância sobre a "política fiscal" da dupla no comando na economia do País, a professora Simone Tebbet e advogado Fernando Haddad, respectivamente, ministra do Planejamento e ministro da Fazenda do atual Governo.

            Para reforçar a ideia de quão frágil a economia do País, a última notícia, de ontem, contada pelo ministro Fernando Haddad, de que a Diretriz Orçamentária de 2025 deverá prever um "Superávit primário"  de R$ 25 bilhões, que, certamente, será mais uma promessa do Governo Lula, com total "desrespeito" ao Orçamento Público, peça fundamental para gastos públicos de qualquer país minimamente responsável.   A mudança de denominação de "política fiscal" para o pomposo nome de "arcabouço fiscal" só serve para enganar o público leigo e por vezes, até ao público seleto de investidores institucionais.  

             O fato concreto é que a "política fiscal" do País, é desenhado, literalmente, "sobre as coxas" do Presidente Lula, pela dupla de comando da economia do País, com a nova denominação de "arcabouço fiscal" ao bel prazer do Presidente Lula, sendo os gastos públicos inchados com 38 ministérios e órgãos vinculados, sem  nenhum pudor, tal qual referido pelo jornal francês Le Figaro.  Como pode ver, o episódio já ultrapassou a fronteira do País, para a vergonha do povo brasileiro, que sustenta o Governo perdulário.  

            Ossami Sakamori

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Acorda, povo brasileiro !


Já estamos  no segundo semestre de 2024 e o País está caminhando a trancos e barrancos, vencendo os obstáculos históricos de má gestão pública, a do Governo da União.  Infelizmente, o Brasil não tem políticas públicas que sobrepõe às gestões de Governos de ocasiões, sejam de matizes ideológicas de direita ou de esquerda.  Cada "governo de plantão" vende o seu "peixe" como convém aos seu reduto eleitoral preferencial.  

          Desde a crise econômica do período da presidente Dilma Rousseff, em 2014/2015, o Governo federal, de "plantões", que se sucederam, não conseguem fechar as suas próprias contas com o "superávit primário", que não engloba nem o pagamento de juros da dívida pública.  O gráfico abaixo mostra a trajetória das contas públicas do Governo federal.  O referido gráfico mostra claramente que o País não saiu, ainda da crise econômica financeira do Governo Dilma, PT/MG, razão pela qual a presidente da República, Dilma Rousseff sofreu impeachment  pelo Congresso Nacional da época.   


           As contas públicas, no mundo todo, tem importância fundamental para a "estabilidade" econômica e política do país.  O Brasil, dentro do contexto global, atual, tem importância fundamental, pela extensão territorial e pela posição de 8ª economia do mundo, consolidada pelos sucessivos governos, de direita à esquerda, do governo militar ao governo civil.   Felizmente, o País, não tirou do foco o crescimento econômico, com ou sem "política econômica", que deveria orientar os diversos atores que compõe a complexa diversidade cultural e social do País.  

        Um dos grandes empecilhos para o crescimento econômico sustentável, é o tamanho da dívida do Governo federal, cujo juros básicos beira aos "raios" de 10,5% ao ano, "descolado", para cima, em relação à inflação média atual, que marca ao entorno de 4% ao ano.   O Banco Central administra a "política monetária" baseado nas contas públicas "deficitárias" para tentar "segurar" a inflação próximo da sua meta de 3% ao ano.   

          O Presidente Lula, não deveria fazer críticas ácidas contra o Banco Central, sobretudo ao seu presidente, o Campos Neto, pela prática de "política monetária" sóbria, não acompanhando a "gastança", sem critério macroeconômico, do Governo federal, cujo resultado poderia provocar a volta da inflação, o inimigo invisível da população, sobretudo para aquela de "baixa renda". 

            Infelizmente, o Brasil não tem equipe econômico à altura do que o País merece, nem tão pouco uma "política econômica" que engloba os diversos setores econômicos, sobretudo os produtivos, como o industrial e de inteligência, além do setor agropecuário.   Enquanto não temos a "política econômica", o Brasil continua "exportando" mão de obra qualificada para os países do Primeiro Mundo, como União Europeia e Japão.  

             Infelizmente, dentro deste quadro, o Brasil do Presidente Lula espera "em vão", seu churrasquinho e cerveja nos finais de semana.

                Ossami Sakamori

quarta-feira, 10 de julho de 2024

Brasil continua país do terceiro mundo

 

Brasil mostra que continua fazendo parte do "terceiro mundo", igual a muitos países do continente africano.  O termo "terceiro mundo" até caiu em desuso por discriminar os países "em desenvolvimento" como o caso do nosso País, que ocupa a posição de 8ª economia do mundo, logo atrás da França, do velho continente.   No entanto, o Brasil ainda guarda os velhos costumes da época do Império, onde prevaleceu a vontade da família Real, a do Dom Pedro I e passando pela princesa Isabel. 

          Foi no dia 15 de novembro de 1889, segundo historiadores, houve a "Proclamação da República.  Hoje, os diversos historiadores concordam que o processo pode ser entendido como um "golpe de Estado". O processo, embora não tenha ocorrido derramamento de sangue, não ocorreu de forma espontânea, sendo a família imperial compelido a deixar o País, na nova situação de poder.   

            De lá para cá, a história brasileira, nos mostra que os sucessivos governos da República, nunca deixou de lado os resquícios do "golpe do Estado", de uma determinada "casta" de pessoas, que mandam no País, como se ainda fosse a "velha República", onde um punhado de gente vem revezando na condução do seu destino.   Invariavelmente, este punhado de gente, abrigado em siglas partidárias, do "regime militar" ao do período democrático, mandam e desmandam como se fossem os "reis e rainhas" da nova República, como "feudos" particulares.

            O Brasil, em nome da manutenção da República, os políticos de vários matizes, de esquerda a direita, se revezam no "poder" para atender, invariavelmente, à sua própria clientela, de votos, abrigados em siglas partidárias ou os escaninhos de "interesses econômicos".  O povo, aquelas pessoas que votam, são "meros" instrumentos políticos para "tomada ou manutenção" do poder político.   

            Sendo assim, como narrado acima, o País não tem uma "política econômica" e muito menos uma "política fiscal" equilibrada, onde as despesas são pagas com os impostos que se arrecada.   Os últimos governos, desde a pior crise econômica financeira deste século, 2014/2015, o Poder Executivo não consegue pagar as suas contas, com o que se arrecada, conforme preceituava a Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, onde já se dizia que o Governo federal deveria conter os seus gastos no limite da sua arrecadação.

           Houve tentativa, no Governo Temer, de conter os gastos públicos no limite dos gastos de 2016, corrigido pela inflação para períodos posteriores.   A previsão de gastos públicos, segundo a Emenda Constitucional 95, previa que os gastos públicos deveriam se limitar aos limites previstos pela Emenda.  Em 2020, sobreveio a pandemia do Covid-19, e a referida Emenda foi para o "lixo", literalmente.  De lá para cá, ninguém mais falou em Emenda 95 e muito menos em "equilíbrio fiscal", nos termos contidos na Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000 ou na Emenda 95 de 2016.  

         O fato concreto é que o Brasil não consegue pagar as suas próprias despesas, provocando "déficit fiscal" ou "rombo fiscal", como eu costumo nominar à situação.  Em não conseguindo pagar as suas próprias despesas, com "rombo fiscal" de R$ 246 bilhões, em 2023, primeiro ano do Governo Lula e com perspectiva de que haverá novos "rombo fiscal" neste ano, deixando a meta do equilíbrio fiscal para o próximo ano, 2025.

         Na tentativa de "justificar" os "rombos fiscais" do Governo federal, o Presidente Lula voltou a sua metralhadora verbal contra a "política monetária" do Banco Central, cuja função primeira é de manter o "poder de compra" da população ou a "inflação" sob controle, que está hoje, abaixo de 4% ou próximo da meta de inflação do COPOM, do Banco Central.  

            Volto a insistir, que o Governo Lula, não tem "política econômica" que oriente os setores produtivos, nacionais e estrangeiros a fazerem os seus investimentos, criando empregos e renda para o País.   Infelizmente, o Presidente Lula, só pensa em "gastar", apontando a culpa da falta de "crescimento econômico", ao presidente do Banco Central, Campos Neto e ao setor produtivo.                                Desta forma, o Brasil continua com o olhar e pensamento da "velha República", do tempos imemoriais, da "subserviência" ao seu "curral eleitoreiro", a da população carente de cultura e renda, para manutenção do poder de mando no País.   Quiçá, um dia o País possa ter uma moeda de "valor referência" como o "dólar americano" do topo da página.

             Ossami Sakamori

sábado, 6 de julho de 2024

Brasil deverá crescer 2% em 2024.

Com trancos e barrancos, já se foi o primeiro semestre de 2024.  Nesse período, o noticiário da área econômica, ficou restrito à briga do Presidente Lula com o presidente do Banco Central, Campos Neto, sobre a taxa básica de juros Selic, que baliza a média de taxa de juros da dívida interna do Governo federal.  Aliás, não foi propriamente, uma briga, mas a crítica ácida do Presidente Lula contra o presidente do Banco Central sobre a taxa básica de juros Selic, que está, atualmente, em 10,5% ao ano.  Na minha opinião, cada logo deveria cuidar do "seu galinheiro".  

           A má notícia é que o Governo federal, não está conseguindo pagar as suas contas, apenas, com  os impostos, contribuições e tarifas que cobram dos contribuintes, pessoas físicas e pessoas jurídicas.  O ministro da Fazenda e ministra do Planejamento, apesar de mudança de denominação à política fiscal para "arcabouço fiscal", para enganar os agentes econômicos e financeiros, como se a mudança da denominação trouxesse melhora no desempenho da política fiscal.  

             O resultado fiscal, do Governo federal, com a velha ou a nova denominação, continua apresentando o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" para cobrir os gastos correntes da estrutura do Governo federal, sem considerar o pagamento de juros da dívida pública.  Para quem não tem familiaridade com os termos da macroeconomia, se levar em conta, o  pagamento de juros da dívida pública, se denominaria "déficit nominal".  Para um país ser considerado um país ser considerado como país do Primeiro Mundo, o País deveria produzir "superávit nominal", situação que não se vê, desde a crise econômica financeira do Governo Dilma, PT/MG, em 2014/2015.   

           O Governo Lula, teima em não seguir os melhores preceitos da "macroeconomia" e promete "gastos públicos", sem a respectiva receita para evitar o "déficit primário" ou o "rombo fiscal".  Para piorar a situação das contas públicas, a equipe econômica, composta pelo professor Fernando Haddad, na Fazenda e pela professora Simone Tebet no Planejamento, sem a mínima noção das "teorias macroeconômicas" adotadas pela economia dos países considerados "sérios", servindo-se, ambos ministros, apenas como "capacho" do Presidente Lula que dá suas receitas "macroeconômicas", baseado tão somente "achismo", dos seus "vagos" conhecimentos da macroeconomia.   

             Na minha opinião, o Brasil que ocupa a posição de 8ª economia do mundo, não  poderia se dar o "luxo" de basear a sua "política fiscal" baseado, tão somente, em "achismo" do Presidente da República ou de uma equipe econômica que pensam estar inventando uma nova teoria econômica, que é, simplesmente, a ausência dela.   O Brasil só não vai para o "buraco sem fundo", por conta das exportações de produtos primários como a agrícola, as frutas tropicais,  o florestal e o minério de ferro, com pouca agregação de valores.   Por conta destes segmentos, o Brasil terá crescimento do PIB ao nível de 2% em 2024.   O crédito do crescimento econômico do País, felizmente, independe dos governantes de plantões, seja de que matiz ideológica for.   O Presidente Lula quer creditar o crescimento econômico do País à sua política econômica, inexistente.  

              Ossami Sakamori

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Cala a boca Magda !

 

O Presidente Lula afirmou em entrevista, ontem, dia 2, terça-feira, de que a subida do "dólar" o preocupa e que a alta constante da moeda americana faz parte de um "jogo especulativo" e de "interesses" conta a moeda brasileira, o real.    De pronto, posso afirmar de as cotações do dólar americano, em valorização constante, em detrimento da  moeda brasileira, vem da "pouca clareza" sobre as "contas públicas" do seu próprio Governo, que já fechado o primeiro semestre do exercício de 2024, ainda não está clara a previsão orçamentária do Governo federal. 

           Já estamos a caminhar o primeiro mês do segundo semestre de 2024 e ainda não temos a exata noção do que será o Orçamento Público federal do ano em curso.  O Presidente Lula optou em "gastar o que for preciso" para manter a sua popularidade em alta perante, segundo ele, junto à classe menos favorecidas.   No discurso é bonito verbalizar à população de classe menos privilegiada da população e colocar a culpa ao Banco Central do Brasil, pela prática de uma política monetária que assegure o poder de compra do "real".   

           Como em qualquer parte do mundo, a política monetária não tem viés político.  O Banco Central do Brasil faz o que pode para "segurar" a inflação próximo da meta de 3% ao ano, apesar de nem ter a previsão do Orçamento Público de 2024.   Os ministros da área econômica, Planejamento e Fazenda, ainda, no "meio do ano", não tem fechado o "arcabouço fiscal", o mesmo que política fiscal do ano em curso.   O mercado financeiro anda "ressabiado" com o déficit primário gigantesco, de R$ 249 bilhões no fechamento da conta de 2023.  O Governo Lula não tem feito dever de casa, para ter o direito de fazer críticas ásperas ao Banco Central ou ao Campos Neto, seu presidente, sem fazer o próprio dever de casa.

              O "real", oficialmente "real brasileiro" é a moeda corrente oficial do Brasil, assim como o "dólar" é moeda americana, que tem sido referência em transações comerciais e financeiras do mundo global, apesar de existirem o "euro" e "yuan" como moedas alternativas, para transações bilaterais.  O real brasileiro foi criado em 1º de julho de 1994, que permitiu a drástica queda de inflação no País.   Isto é fato!

           Desta forma, a própria história do Banco Central, incluindo os dois períodos governamentais do próprio Presidente Lula, de 2003 a 2011, onde o seu presidente Henrique Meirelles, oriundo do setor bancário, no comando do Banco Central, garantiu a estabilidade da moeda "real" ou a inflação do período, sob controle.   O que o Campos Neto, presidente do Banco Central, faz não tem nada diferente do que o Henrique Meirelles fez nos dois períodos do seu governo no passado.

           O Presidente Lula e todos com "matizes ideológicos" da esquerda, que o acompanha, a culpa de tudo, da pouca eficiência do Governo federal é do seu adversário político ex-presidente Bolsonaro e todos que ocupam ou ocuparam cargos importantes, como é o caso do presidente do Banco Central, Campos Neto.   O Presidente Lula culpa a Faria Lima, leia-se, "mercado financeiro" e FIESP na Avenida Paulista, os empresários "pesos pesados" pela alta do dólar, que nada mais é do que a "fuga" do capital estrangeiro do País, rumo aos portos mais seguros, como Estados Unidos e União Europeia.    

            Quanto mais, o Presidente Lula se mete sobre a "política monetária" do Banco Central, assusta os investidores institucionais, especulativos e produtivos.  Há muitas opções para os investimentos na economia global, a mais recente, a Argentina do governo liberal, Javier Miei.  Para completar, os ventos na Europa indicam, também, uma participação maior dos liberais no comando dos parceiros comerciais do Brasil.  

          Esta situação fez-me lembrar do antigo programa de TV: "Cala a boca, Magda!" 

           Ossami Sakamori

terça-feira, 2 de julho de 2024

A picanha na mesa do trabalhador já chegou ?

 

O Brasil insiste em andar na contra mão da economia global.  Enquanto isso, com o resultado das eleições nos principais países do mundo, os "novos ventos" levam para ideologia da "direita", com os parlamentos ou os congressos nacionais sendo eleitos pelos parlamentares, com tendência de pensamento liberal, sobretudo nos aspectos da condução das suas políticas econômicas.   

            O Brasil do Presidente Lula, vai na contramão da tendência global, dando guinada para a "esquerda" ou para economia socialista, com o aumento de gastos públicos para manutenção de estrutura do Governo, cada vez mais "inchados" e voltados para atender os seus interesses pessoais, os da classes especiais de funcionários públicos e de estruturas sociais que, "em tese", atenderia os interesses da maioria da população pobre.

            Passando os olhos nos países socialistas como Cuba e Venezuela, aqui na América Latina, podemos constatar que o "socialismo" à moda "latino americana" está longe de ser uma solução para o desenvolvimento de cada país.  Pelo contrário, estes países "socialistas" tem tido péssimo desempenho econômico e redistribuição de renda, o pior possível.   

             As últimas eleições, as mais importantes, a da Argentina e a da França, mostraram a tendência global para uma guinada para a "direita", representada pelas políticas econômicas, com menor interferência do "Estado" na economia.   Os países cuja política econômica socialista é bem vinda, só mesmo, para os países como a Suécia, onde a "cultura" ou a "escolaridade" da população, não se compara com ao do Brasil.   

             O Presidente Lula e o seu partido de sustentação, o PT, segue, "em tese", ideologia socialista, onde, a distribuição de renda seria igualitária.   No Brasil, a socialismo funciona para a classe de funcionários públicos, federais, do Executivo, Judiciário e Legislativo, de alta classe, porém, para a "classe trabalhadora", os benefícios do "socialismo" não chegam.   Há uma vaga promessa de que a "picanha na mesa" do trabalhador para fazer "churrasquinho" nos finais de semana ou mesmo "arroz" a R$ 20 cada pacote de 5 quilogramas, chegará em breve.   Tudo é uma vaga promessa à classe menos favorecida, sem abrir mão das suas próprias mordomias, como viagens de finais de semana pelo altos escalões do Governo federal, bancados com os aviões e combustíveis da FAB.   Isto não se vê, mesmo nos países socialistas como já citados anteriormente.  

             Assim, no Brasil, qualquer político, de esquerda à direita, as suas despesas pessoais, o Governo federal bancam, tal qual famílias dos reis dos países produtoras de petróleo do Oriente Médio.  Fica fácil pregar a "redistribuição de renda" para os "pobres", com dinheiro do contribuinte classe média, usufruindo eles próprios os benesses que os cargos lhes conferem.   

              Ossami Sakamori 

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Na economia, boa coisa não está para vir...

 

O Brasil costuma andar, sempre, na contra mão do mundo global.  Grande parte é por culpa do País estar nas mãos de dirigentes que querem fazer o nome como o "salvador da Pátria", com velhos métodos, como nas velhas novelas do mesmo nome, que fez sucesso na TV.   No fundo, no fundo, na vida real, são os "picaretas" que querem deixar nome nos anais da história brasileira como "o melhor Presidente" que o País já teve.  

              Nas últimas semanas, uma série de indicadores econômicos tem demonstrado o contrário.   Enquanto uma boa parte dos países ricos e novos países emergentes começam a deixar a crise econômica e financeira, em grande parte, extensão da crise devido a Covid-19, para trás, o Brasil caminha na direção oposta, entrando na fase da economia com total incerteza, devido, sobretudo à política fiscal, totalmente desiquilibrada e incerta, com contínuo déficit primário, o dinheiro que falta para cobrir as despesas correntes do Governo federal, sem mesmo contar com o grosso da despesa que são os pagamentos de juros da dívida pública.

             O Presidente Lula, PT/SP, insiste em criticar a política monetária do Banco Central, como se ela fosse a única culpada da dificuldade de fechar as contas do Governo federal.   O Presidente Lula não tem feito sua parte, a de déficit primário zero, que seria a primeira obrigação de um chefe do Executivo, a de pagar as despesas com o dinheiro que arrecada.   A Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, já previa que o Governo federal poderia gastar tão somente o dinheiro que se arrecada.   Devido a impossibilidade de cumprir as metas da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Governo Temer, aprovou a Emenda 95, que limitava os gastos públicos, aos níveis de 2016, corrigidos pela inflação corrente.  Nem isso, o Governo Lula, cumpre.

             Como, em tudo no Brasil, as leis não são cumpridas, sem que haja as novas regras que as substitua.  E, o festival de gastança, continua no Governo Lula, com o número de ministério passando de 25 para 38, com a criação de novos cargos e estruturas funcionais, que demandam despesas do Governo federal.   E, o exemplo da gastança vem da Presidente Lula, com suas já notadas viagens internacionais com a primeira dama Janja da Silva, com "mordomias" que deixariam de inveja os mais poderosos reis da Arábia Saudita, os donos das maiores reservas de petróleo do mundo.  

            O mercado financeiro, já percebeu que o Governo Lula não está preocupado em obedecer o limite dos gastos públicos, deixando o Tesouro Nacional, à mercê da sua vontade pessoal.   O Presidente Lula, não faz questão de seguir o "teto" dos gastos públicos, limitado pelo Orçamento Público, aprovado pelo Congresso Nacional, no ano precedente. 

            O mercado financeiro, antecipa os fatos e os investimentos estrangeiros especulativos batem em retirada do País, provocando a alta do dólar, que representa a desvalorização da moeda nacional, o real, perante a moeda americana.   Na outra ponta, enquanto não há uma política econômica que oriente os investimentos produtivos, as empresas transnacionais batem em "retirada" do País, deixando o Brasil cada vez mais dependente de "importações".

     Com a retirada dos dólares, dos investimentos estrangeiros especulativos e produtivos do País, a nossa moeda, o "real", continua "desvalorizando" e deixando o Brasil na rabeira das valorizações da Bolsa de Valores globais.   O movimento global dos investimentos especulativos é como "manada de boi", onde, onde vai o "líder", vai o restante da manada, na mesma direção, a do corredor de um "matadouro". 

            Nesta hora, é preciso manter a calma... Deixem suas aplicações do Tesouro Direto e esperar o que virão no horizonte próximo.  

            Ossami Sakamori        


domingo, 30 de junho de 2024

Lojas Americanas IV

 

A recuperação judicial das Lojas Americanas, ficou "perfeita" para os três principais acionistas, até então, os respeitados investidores, o trio que era conhecido no mercado financeiro como referência, que ganha uma nova situação, com a prisão do principal executivo da Companhia.  Não costumo fazer referências às situações das empresas, porque se trata de investimentos privados, de "risco", daqueles que acreditaram no "papel" para auferir os lucros nas suas aplicações via "renda variável".   Infelizmente, estes minoritários ficaram com os "micos" na mão.

           O noticiário da grande imprensa, da última semana, estampa a prisão do principal executivo da Americanas, o CEO ou o Diretor Executivo, contratado pelos acionistas majoritários, havia mais de 4 anos para a função, para responder civil e criminalmente à condução da Companhia.  Sabiamente, o CEO, preso na Espanha é espanhol de nascimento, que lhe assegura defender sobre a "possível" ocorrência de fraude contábil, na falência das Americanas, em posição confortável, protegido pela legislação local, a espanhola.   No "jargão" do mercado financeiro, o Diretor Executivo, exercia função de "laranja" do trio de, até então, investidores multibilionários respeitáveis.

            Os principais acionistas, até então, curiosamente, morando nos paraísos fiscais da Europa, com cidadanias "conquistadas" na Suíça, um notável paraíso fiscal. 

             Para os acionistas minoritários das Lojas Americanas, restam esperar o resultado da Recuperação Judicial, que corre na Comarca da cidade de Rio de Janeiro, com novos contornos, que demorarão "séculos" para chegar numa solução final.  No "jargão" do mercado financeiro, os acionistas minoritários estão, literalmente, com os "micos" na mão.  

                Ossami Sakamori


sábado, 29 de junho de 2024

O dólar US$ pode buscar R$ 6 até o final do ano

 

A moeda americana, o dólar americano, US$, fechou no último dia útil do mês de junho ou final do primeiro semestre, em R$ 5,59, maior valor desde 10 de janeiro de 2022, quando fechou em R$ 5,67.  O fato concreto é que, toda vez que a moeda americana sofre valorização no País, significa que a moeda brasileira, o "real", está perdendo o poder de compra.   

           Segundo informações do mercado financeiro, em apenas 4 meses, a saída do capital estrangeiro da Bolsa brasileira, neste ano, 2024, já supera os R$ 32 bilhões, contrastando com o ingresso líquido do ano passado, que foi de R$ 45 bilhões, o que levou o índice da Bolsa, o Ibovespa, no final do ano passado, 2023, aos 134.000 pontos.

           Por mais que façamos esforço para justificar a saída do dólar americano, o principal fator é a "atropelada" política fiscal do Governo Lula e a "desastrada" confrontação do Presidente da República em relação à política monetária do Banco Central do Brasil, mais do que quaisquer outros fatores econômicos, como a falta de uma política econômica que mostre aos investidores institucionais e especulativos, a fazerem os seus investimentos no País.  

           O cenário externo, não há nenhuma mudança significativa no horizonte próximo.  O FED dos Estados Unidos mantém a taxa de juros ente 5% a 5,25%, em moeda local, não mostrando sinais de mudança na economia americana "aquecida", com o índice de desemprego nos patamares, os mais baixo dos últimos 10 anos.   Segundo, analistas do mercado financeiro, está previsto um pequeno corte de juros dos títulos americanos, ao redor de 0,5% anda no final deste ano.   

            O que, realmente, está acontecendo no Brasil é a previsão da meta da política fiscal para 2024, de um novo déficit primário em contraste com a promessa de equilíbrio fiscal, resultado de sucessivos aumentos de despesas e sem nenhum corte de gastos públicos.   Pelo contrário, o Presidente Lula, vem impondo à equipe econômica, os novos gastos públicos, aproveitando-se da pior desastre ecológica dos últimos 80 anos, no Rio Grande do Sul.   

       Com a estabilidade da economia americana, nos níveis atuais e taxa de juros variando de 5% a 5,25% para os títulos do Tesouro, o dinheiro dos investidores especulativos estão deixando o Brasil e "retornando" aos países economicamente estáveis e seguras do que a economia instável como a do Brasil, que está dependente das noites "mal dormidas" do Presidente Lula.  

          Enquanto isto, o dólar americano está revoando aos países de origem, tendo que os brasileiros terem de pagar mais reais, R$, para cada dólar americano, US$.   O movimento da revoada dos dólares às suas origens, não deve terminar tão cedo, na minha avaliação, podendo a cotação bater nos R$ 6 para cada US$ 1, até o final deste ano.  

            Ossami Sakamori

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Os fieis seguidores do Presidente Lula

 

O Presidente Lula está ultrapassando dos seus limites de racionalidades, nas suas falas, cada vez mais exacerbadas e grosseiras, sobretudo em se dirigindo à classe produtiva que sustenta a estrutura do poder central, com pesados impostos e encargos que recaem sobre tudo que se produz no País.  E, ninguém faz nada para impedir o ímpeto verbal que recai sobre os contribuintes, ricos e pobres. 

            Foi-se o tempo em que FIESP, mais conhecido como "Faria Lima", influía na formulação da política econômica, que inexiste no atual Governo.  Presidente Lula, "pinta e borda" sobre o setor produtivo, como que manipula os seus aliados políticos.   A reunião de fachada, do Conselho de Desenvolvimento Econômico, antes representado pelos grandes nomes como Antônio Ermínio de Moraes do setor de cimentos ou um peso pesado da indústria como Jorge Gerdau Johannpeter, do setor siderúrgico.   Foi-se o tempo em que os grandes investidores produtivos tinham voz ativa na formulação da política econômica.  

              O Presidente Lula, com a sua "santa ignorância" em assuntos "macroeconômicos", executa, na ausência de um ministro do Planejamento e um ministro da Fazenda, à altura de um País que ostenta a 8ª economia do mundo, atrás, apenas, dos 7 países com maiores PIB do mundo, manipula o Orçamento Público federal como se fosse "caixa" do "boteco de esquina", ao seu "bel prazer", não importando se os gastos, feito "no grito", traduzem resultado de um "déficit primário" ou o dinheiro que falta para pagar as contas do Governo federal, que incluem as da saúde pública, educação e segurança pública, essencialmente.   Lembrando que o déficit primário é o dinheiro que falta para cobrir as despesas do Governo, exceto o pagamento dos juros da dívida pública. Quando inclui o pagamento de juros da dívida pública, denomina-se déficit nominal, termo que já não se usa há algum tempo.  

           O fórum adequado para discussão do Orçamento público é o Congresso Nacional, mas este se omite, em "conluio" com o Poder Executivo, desde que contemplado seja as verbas parlamentares para atendimentos dos respectivos "redutos eleitoreiros".   Uma voz que deveria ser discordante, seria da Faria Lima, mas o seu presidente é comprometido com o Presidente Lula, sendo ele filho do ex-vice-Presidente José de Alencar, nos primeiros dois mandatos do Presidente Lula.   

            Por enquanto, até que termine a sua gestão, o Banco Central, que executa a política monetária, tentando manter o "poder de compra" da população ou a inflação.   O mandato do atual presidente, Campos Neto, termina neste final deste ano.   O Presidente Lula deverá nomear o seu substituto até o final deste ano.  Assim, será, como o "diabo" quer.

         Até lá, o Presidente Lula vai abastecendo de "capim" para os seus fieis seguidores, incluído nestes, os que compõe a Faria Lima, até que eles se conscientizem de que estão indo contra eles próprios.   

                Ossami Sakamori 

          

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Os bonecos de marionetes do Presidente Lula

 

A notícia sobre os gastos do Governo federal não é boa, apesar da equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad e pela ministra do Planejamento, Simone Tebbet, tentarem mostrar ao mercado financeiro nacional e internacional, que as contas públicas estão caminhando na direção correta, dentro da previsão do "arcabouço fiscal", um termo inventado pela dupla, que quer dizer apenas "política fiscal", sob comando do Presidente Lula.    Ambos ministros, nada mais são do que os "bonecos de marionetes" manipulados pelos dedos do Presidente Lula.  

            O déficit primário, que nada mais é do que o "dinheiro que falta" para cobrir as despesas do Governo federal, no mês de maio marcou o segundo pior desempenho para o mesmo mês, desde que o Tesouro Nacional começou registrar os dados em 1997, perdendo apenas para o resultado do mês de maio de 2020, o ano que o País atravessou a pandemia da Covid-19, onde a arrecadação caiu drasticamente em função da inatividade da economia no Brasil e no mundo global. 

              No mesmo período de 2023, já na administração do Governo Lula, o déficit primário, foi de R$ 45 bilhões.  No entanto, o que chama atenção é que a receita líquida que aumentou em R$ 13,5 bilhões, enquanto as despesas subiram R$ 27,7 bilhões, fazendo comparação com o mesmo mês de maio de 2023.   O aumento de despesas do Governo federal, desproporcional, para cima, em comparação com os números do atual Governo, no mesmo período, significa que o ano de 2024, deverá, novamente, terminar com o "déficit primário" ou o "dinheiro que falta" para pagar as próprias despesas, excluído o pagamento de juros da dívida pública. 

           O País, só não quebra porque tem o poder de "emitir moeda" ou emitir títulos do Tesouro Nacional, sem nenhum respaldo ou "garantia" da solvência.  Enquanto, isto, o Banco Central, com sua política monetária tenta "segurar" a inflação, com taxa básica de juros Selic muito além da meta de inflação do BC, que é de 3% ao ano.   Porém, há um perigo iminente, para a manutenção do poder de compra do "real", quando o Presidente da República e os ministros da área econômica, tentam se meter na política monetária do Banco Central.   

            Sem querer fazer crítica à condição pessoal do Presidente Lula, de ser um "analfabeto funcional", o Brasil não pode ser administrado como um  "boteco de esquina", onde não há nenhum critério técnico para política fiscal do Governo federal, muito menos de uma delineada política econômica que oriente os investidores nacionais e internacionais a realizarem os investimentos produtivos, criando empregos e renda para a população brasileira.    

             Certamente, a culpa da situação não é somente do Presidente Lula, mas sobretudo da classe política e os empresários da Faria Lima, de ficarem apenas o "bajulando", sem o mínimo de pudor.   Cadê as manifestações da FIESP e do CNI, cobrando posições, que este insignificante comentarista, o faz com veemência que o assunto merece. 

            Ossami Sakamori

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Seca na Amazônia, este filme Déjà Vu


Enquanto a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Rede/AC, se preocupa com as queimadas no pantanal, instalando "gabinete de crise", segundo ela, onde não se pode esquecer dos fenômenos naturais devido aos efeitos El Niño e La Niña, que ocorrem no Brasil, todos os anos, alguns destes com consequências devastadoras no extremo sul e norte do País.   

           Os fenômenos naturais previsíveis são sentidos em maior ou menor gravidade, todos os anos, em períodos opostos, no sul e no norte do País.   A ministra do Meio Ambiente, costuma criticar as administrações anteriores sobre as consequências, sempre, devastadoras para as regiões extremas do País, seja no extremo sul ao extremo norte, esquecendo-se de olhar o próprio umbigo.

        Quando das cheias, em quase totalidade do território do Rio Grande do Sul, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, queixou-se da "falta de planejamento" para fazer frente às ocorrências de fenômenos naturais, todos os anos, pelos fenômenos já conhecidos pelos brasileiros do norte ao sul, devido ao efeito de aquecimento ou esfriamento do Oceano Pacífico, sempre na mesma época do ano.  

             Pois, o efeito El Niño está a terminar, neste período de inverno brasileiro, deixando "rastros" de devastação, sobretudo no Rio Grande do Sul.   Inicia-se, nos próximos meses, o período de secas na Região  Amazônica, devido ao efeito da La Niña, cujo resultado é o inverso do que ocorreu no extremo sul.   Repetidamente, todos os anos, o Rio Amazonas, sofre o efeito do fenômeno das secas, cujas consequências são igualmente devastadoras, uma vez que a população que vive na região, dos afluentes do Rio Amazonas, vivem e sobrevivem dos rios que cortam a floresta Amazônica, de leste ao oeste e do norte ao sul.   

            O ministério do Meio Ambiente, deveria tomar providências cabíveis, antecipando-se ao fenômeno natural, do período de secas na região Amazônica, que representa nada menos que 1/3 do território brasileiro e cerca de 35 milhões de pessoas dependentes do bioma, conhecido como "pulmão" do mundo.  A essa altura, deveria instalar, segundo o termo usado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o "gabinete de crise", para prover das assistências necessárias, seja em "infraestruturas" ou em "socorros" para sobrevivência dos ribeirinhos, no período de seca, que se avizinha.   Avisada, está!

            É uma pena que a Marina Silva, a nossa ministra do Meio Ambiente, esteja mais preocupada em defender o fim do uso de "petróleo" e seus derivados como fonte de energia,  para fazer "nome" na comunidade internacional como "defensora" do meio ambiente.   Enquanto isto, a população ribeirinha da região Amazônica, aguardam, "resignadamente", as medidas e providências necessárias para minorar os problemas da seca que se avizinha para os próximos meses.       

            A realidade brasileira é contado como os "contos de carochinha", que a ministra Marina Silva, quer transmitir ao público seleto de "intelectuais" e de "ambientalistas de plantões", do Brasil e do mundo global, enquanto o povo ribeirinho padece de necessidades básicas, no período mais crítico de seca da Amazônia.   Este filme, já assistimos "trezentas" vezes, entra Governo, sai Governo.   Única classe que ganha com as cheias e secas, é a classe política do País, incluída a ministra Marina Silva, Rede/AC.

             Ossami Sakamori  

terça-feira, 25 de junho de 2024

Marina Silva é uma verdadeira ET

 
Crédito da imagem: Veja

Segundo a grande imprensa, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nessa segunda-feira, 24, que "o País está diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal por causa dos incêndios e reforçou que as que "as queimadas são provenientes de ações humanas".  Certamente, a ministra queria dizer que os culpados pelas queimadas não são provocadas pelos seres "extraterrestres". 

          As sucessivas ocorrências de fenômenos ambientais, atípicas, como as vividas no estado de Rio Grande do Sul, no último mês de maio, as enchentes que não se via desde 1941, provocadas pelo efeito El Niño, uma corrente de ar que vem do Oceano Pacífico, em decorrência do aquecimento do Oceano Pacífico.   O clima quente no verão do hemisfério norte, em cerca de 1,5º acima da média dos últimos 100 anos, também, creio ser fenômenos climáticos inerentes ao nosso planeta Terra.   Os minúsculos seres humanos terão que conviver com os fenômenos naturais do planeta Terra, que já passou por várias fases do clima no decorrer da sua existência.

          Ao invés de querer apontar os culpados, como quer a nossa ministra do Meio Ambiente, Marina Silva como fez na última COP29, apontando como o "culpado" do  aquecimento do planeta ao "petróleo", sem apresentar soluções alternativas, para minorar o problema.   Ela quer demonstrar ao mundo, ser a "dona da verdade".  Até há pouco tempo, a ministra Marina Silva, culpava o Governo Bolsonaro como o responsável pelo "desmatamento" da Amazônia.

            Enquanto isso, debaixo do nariz dela, são concedidas as licenças ambientais para exploração de jazidas minerárias, no coração do bioma Amazônia, sensíveis às interferência do ser humano, que vão deixar as empresas transnacionais, cada vez mais ricas.   E, para dar maior visibilidade política, a ministra Marina Silva, se posiciona contra a exploração do petróleo do "pré-sal" da margem equatorial do Brasil, pela Petrobras, esta com larga experiência em exploração do "pré-sal" na costa leste do País.  

        Conclui-se que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, procura "visibilidade" para ser a "maior autoridade" em "meio ambiente" do mundo global, mais do que a "competência técnica" lhe permite ser.   A ministra está mais para uma verdadeira ET, uma extra terrestre, do que "expert" em meio ambiente. 

              Ossami Sakamori

segunda-feira, 24 de junho de 2024

A reciclagem de resíduos sólidos

 
Crédito da imagem: Folha de São Paulo

Segundo a reportagem publicada na Folha de São Paulo, de hoje, para a qual credito a imagem e o conteúdo deste comentário, a produção global de plástico cresce mais do que outro material, como metal e aumentou 4 veze mais do que nos últimos 30 anos.   Assim sendo, o seu descarte aumentou no mesmo ritmo e bateu 450 milhões de toneladas por ano, pela última estimativa.  

           Dentro dos problemas ambientais, além do desmatamento de florestas e devastação de biomas importantes, o que causa problemas no mundo todo, são os descartes de resíduos que vão parar em lixões e na natureza, contando que, apenas 9% do plástico descartado no planeta é reciclado. Literalmente, podemos dizer que no Brasil não há "reciclagem" de plásticos e de outros resíduos sólidos que são "jogados" ou "descartados" nos lixões ou na natureza. 

            No Brasil, os resíduos sólidos, em sua grande parte vão para os "aterros sanitários" de cada cidade.   Os aterros sanitários, no Brasil, são "soluções" encontrados pelas administrações municipais para "livrarem-se" de um grande problema ambiental, que são  os resíduos plásticos.   No entanto, uma boa parte dos resíduos plásticos do globo "boiam" nos rios e lagos, que afinal desaguam nos mares do mundo, não merecendo atenção dos países do Primeiro mundo, para um dos velhos problemas, que são as poluições dos oceanos com os resíduos plásticos.

          Em função do "despejo" de resíduos plásticos nos oceanos, há no Oceano Pacífico, uma "ilha flutuante" do tamanho da França, onde acumula, 1,8 trilhões de pedaços de plásticos que acabam contaminando milhares de animais marinhos entre a Califórnia e o Havaí.   No Brasil, o descarte de plásticos, uma parte contaminam as baías de principais cidades do País e uma boa parte dele, segue ao Oceano Atlântico, contaminando os peixes marinhos, que a população brasileira "consome" sem aperceber-se das contaminações invisíveis ao olho nu.

             O plástico que provém do petróleo, deverá predominar, enquanto perdurar a produção de petróleo no mundo, responder pela fabricação de diversos produtos, que vão desde as garrafas pets aos diversos produtos e equipamentos domésticos e industriais.  Diante da irreversibilidade do uso de plásticos, pelo menos, nas próximas décadas, haveria que prover a reciclagem dos resíduos sólidos, especialmente, daqueles proveniente de plásticos.   Hoje, isto não ocorre, infelizmente.

           Com o tamanho problema que se avizinha no horizonte próximo, a "reciclagem" dos resíduos sólidos torna-se importante na "pauta ambiental", além da já conhecida "preservação" das florestas e de outros biomas que asseguram o frágil equilíbrio do meio ambiente, sob aspecto de mudanças climáticas.  

           Infelizmente, no Brasil, o Ministério do Meio Ambiente, se preocupa tão somente em desmatamento ou queimadas de biomas, sensíveis à mudança climática do planeta, servindo como instrumento político, sempre se referindo os números atuais aos do Governos anteriores, transformando o tema importante como preservação ambiental em assunto meramente político partidário.    A ministra Marina Silva quer posar de ambientalista nos fóruns globais, mas está longe de ser "ícone" da preservação do meio ambiente global.  

           Preservação do meio ambiente é dever não só dos ambientalistas, mas do conjunto da sociedade que dela se beneficia. 

            Ossami Sakamori

domingo, 23 de junho de 2024

Na economia, ninguém faz milagres.

A moeda é um patrimônio mais importante na economia de qualquer país do mundo.  Vamos analisar o dólar (US$) para os americanos ou o Euro $ para os membros da Comunidade Econômica Europeia.   Sobretudo o dólar americano (US$) que é usado como moeda padrão nas nas liquidações de transações comerciais e de serviços, através do mecanismo do Swift, a cotação do dólar americano no mercado financeiro indica a "estabilidade" ou "fragilidade" da política fiscal de cada governo.

           A moeda brasileira, em vigor, o Real ou R$, foi criado em 1994, no governo Itamar Franco, para sair do "cipoal" de inflação que o País se encontrava, nos anos precedentes.  A troca de moeda era constante, de Cruzeiro a Cruzeiro Novo, até então.   No período mais recente, no Governo do Presidente Bolsonaro, na fase pior da crise econômica devido a pandemia da Covid-19, houve o pico de desvalorização da moeda Real ao nível de R$5,94 para cada US$ 1.   

      Na prática, a valorização ou a desvalorização da nossa moeda, o real (R$), quando há mais "saída" de capital estrangeiro do que a "entrada".  Isto acontece, quando o mercado financeiro global percebe uma situação "anômala" no mercado doméstico, o nosso, como medidas "impensadas" na política fiscal do Governo federal, já que não há política econômica que sirva de balizamento ou orientação para investimentos produtivos no Brasil.  

           O mercado financeiro internacional, percebeu que o Governo Lula está sem rumo, sobretudo na execução do seu Orçamento Fiscal do ano em curso e dos anos que estão por vir, 2025 e 2026.  Já em 2023, o Governo Lula produziu um déficit primário gigantesco, o dinheiro que faltou para pagar as suas contas do Orçamento fiscal de 2023.  

         Na altura de terminar o primeiro semestre de 2024, a política fiscal da dupla Simone Tebet e Fernando Haddad, que eles insistem em chamar de arcabouço fiscal, inexistente no dicionário da macroeconomia, continua indefinido.   E, para piorar, o Presidente Lula anda prometendo obras e transferência para estados e municípios com vistas às eleições municipais deste ano, sem nenhum critério.   O mercado financeiro não está alheio às falas desastradas sobre a política fiscal do Governo e deu início a "retirada" de investimentos estrangeiros no País, seja "especulativo" ou "produtivo".  

             Para completar a cena "tragicómica" da situação da nossa moeda, o Real, nessa segunda-feira, dia 17, passou a ser a "pior" moeda entre os  países emergentes em 2024, o dólar (US$) usado com parâmetro, acumulava uma valorização de 10,54% enquanto o Peso argentino acumulava uma valorização, no mesmo período, de 10,48%.  Significa que o real teve desempenho pior que o peso argentino.  Lembrando que o atual governo argentino se enquadra como economia liberal, da Universidade de Chicago.

         Para quem acompanha a política fiscal ou ausência dela, no Governo Lula, a menor desvalorização do Peso argentino em relação ao dólar do que a desvalorização do Real brasileiro, não deixa de ser um "sinal de alerta" sobre o desacerto da política fiscal do atual Governo e ausência completa de uma política econômica.   Na economia, ninguém faz milagres. 

                Ossami Sakamori  

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Campos Neto está no caminho correto

 

Não tem procedência a critica do Presidente Lula contra o presidente do Banco Central, Campos Neto, pela manutenção da taxa básica de juros Selic em 10,5%, decidida pelo COPOM - Comitê de Política Monetária, na última reunião.  O COPOM é um órgão do Banco Central, constituído em 1996, que tem função de definir a política monetária, dentre elas, definir a taxa básica de juros dos títulos do Tesouro Nacional.  

         O critério para estabelecimento da taxa básica de juros Selic é eminentemente técnico, que leva em conta os diversos fatores da economia, sobretudo a taxa de inflação presente.   Para estabelecimento da taxa Selic, leva-se em conta, sobretudo, ao resultado fiscal passada e projeção do resultado fiscal dos próximos 6 meses, ao mínimo, com o objetivo de alcançar a meta de inflação futura, hoje, cravada em 3% pelo próprio Banco Central.   

           Os dados disponíveis do Banco Central consta que a inflação acumulada em 12 meses, teve subida de 3,69% para 3,93%, com uma ligeira alta.  Os números disponíveis no Banco Central, mostram um sinal de alerta para não "afrouxar" a política monetária, neste momento.    A função do Banco Central em qualquer país do mundo é assegurar o "poder de compra" da sua moeda, qualquer que seja o país, seja ele os Estados Unidos, Alemanha ou Japão, respectivamente, primeira, terceira e quarta economia do mundo. 

           Como referência, a taxa básica de juros dos títulos do Tesouro americano está, hoje, no intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano.   Os Estados Unidos estão acometidos de mesmo problema do Brasil, o "déficit primário" do Governo, que está previsto em US$ 1,92 trilhão, ante US$ 1,69 trilhão em 2023.  A dívida pública americana correspondia em 123% do PIB,  razão pela qual a inflação americana está no nível desconfortável para os padrões americanos.  

            Voltando à taxa básica de juros Selic do Banco Central, que remunera os títulos do Tesouro Nacional, diante do déficit primário substancial, de R$ 243 bilhões em 2023 e previsão de déficit primário de R$ 76 bilhões em 2024, está totalmente razoável.   Para quem é leigo na macroeconomia, o déficit primário é dinheiro que falta para pagar as contas normais do Governo federal, excluído o pagamento de juros da dívida pública e muito menos a amortização da parte dela.   A situação do Brasil se assemelha à de qualquer Pessoa Física ou Jurídica que não consegue pagar "sequer" os juros da dívida, muito menos fazer amortização da parte dela e vai "rolando" até onde pode.  O Brasil através do Tesouro Nacional acumulava dívida de R$ 6,64 trilhões no mês de abril.   Apenas, como referência, a Lei Orçamentária Anual de 2024 prevê gastos totais de R$ 5,5 trilhões.   Em resumo, o Brasil deve mais do que a despesa total do ano.   

         Dentro deste contexto, não procede a "grita" do Presidente Lula contra Campos Neto, do Banco Central, sobre o nível da taxa básica de juros Selic, sem antes "revisar" os gastos do Governo federal, a começar pelo cortes de despesas de viagens internacionais, como "auto convidado", comportando-se, o casal presidencial, como os "novos ricos", tudo à custa do dinheiro público.

             Um presidente da República, de qualquer país, deveria ter um ministro da Fazenda e ministro do Planejamento, com mãos fechadas, com política fiscal equilibrada e uma política econômica compatível com dimensões continentais e com população de 203 milhões de pessoas.   O fato que não há nenhum destes pré-requisitos necessários para Brasil ser considerado como "país em desenvolvimento".    

       Haveria de ter feito uma profunda reflexão, antes de fazer críticas à política monetária do Banco Central, sem que cada uma das partes envolvidas, não fizerem os seus próprios deveres de casa.   Campos Neto, no meu entender, diante da situação que atravessa o País, está no caminho correto.

             PS: O Governo Lula está como aquele indivíduo que não consegue fechar a conta do mês, sem usar o "limite" do "cartão de crédito".   A dívida virou uma "bola de neve".

             Ossami Sakamori