domingo, 30 de janeiro de 2022

Brasil crescerá 5% em 2022

 


No início do ano, dia 1º de janeiro, escrevi sobre projeção da economia para 2022, na matéria "Previsão da economia para 2022", contrariando previsão de instituições financeira como o Itaú, que prevê o recuo do PIB em (-) 0,5%, a CNI em 1,2% e o próprio Ministério da Economia em 2,1%.  E, eu próprio, fiz previsão "acima de 2,5%, há apenas um mês.  Na mesma matéria, fiz indicação de inflação oficial, IPCA de 2022, algo em torno de 7,5%, contrariando o Boletim Focus que prevê 5,0% e dólar comercial, no final deste ano, fechando nos níveis de R$ 5 a  R$ 5,90.  Estou fazendo a primeira revisão, hoje, após menos de um mês.  O quadro está mudando.

           Como vocês sabem, a economia de qualquer país depende do crescimento das principais economias do mundo e depende, também, do grau de confiança dos investidores produtivos, nos setores industriais, agronegócios e comércio em geral.  As notícias que vem de fora, sobretudo dos Estados Unidos e da Europa, mostram que estes países vão investir pesado, já prevendo o início do fim da pandemia que assola o mundo, desde 2020.  O pior, parece ter passado, sobretudo, devido à vacinação em massa das populações dos países mais ricas do mundo, leia-se mercado consumidor dos produtos brasileiros.

           Devido à sinalização do FED - Federal Reserve, o Banco Central americano, de fazer pequenos ajustes nos juros dos títulos do Tesouro americano durante este ano, ao invés de movimentos bruscos de alta repentina, o mercado financeiro parece ter ficado mais calmo.  Há sinalização de que o principal motor da economia, deverá crescer ao redor de 5% em 2022, devido a um forte investimento, cerca de US$ 1,9 trilhões, em infraestruturas.  Isto, traz reflexo imediato para o Brasil, mais do que as medidas econômicas que estão sendo tomadas pelo governo brasileiro no front interno.  Sim, o que o "tio Sam" faz, no Brasil ecoa.  Explica-se: os Estados Unidos é o principal parceiro comercial do Brasil, não só no comércio, mas também, em serviços.  

           No front interno, o governo federal ou o Ministério da Economia e o Banco Central do Brasil não tomarão nenhuma medida de impacto ou de sobressalto, a não ser aquelas já previstos em Orçamento Fiscal de 2022 e não serão adotadas nenhuma medida econômica nova, por ser ano de eleições.   O Banco Central, deverá adotar taxa básica de juros Selic substantiva para tentar conter a inflação no patamar de um dígito (menos de 10%).  A inflação deverá terminar o ano em 7%, maior do que a maioria dos analistas prevê para o ano de 2022.  

             A economia do País, vai começar a "rodar", com injeção da recursos do Auxílio Brasil, cerca de R$ 80 bilhões; com gastos de Emendas dos deputados e senadores que vai além dos R$ 36 bilhões;  com recursos do Fundo Eleitoral; com investimentos privados provenientes das licitações de infraestruturas feitas durante os anos 2019/201.  Tudo isto, num contexto de "dólar barato" (em relação ao pico de 2021) e os investimentos produtivos nacionais e internacionais se realizando e com o possível e provável quadro da pandemia se retraindo no mundo todo.  Tudo isto, me faz rever o crescimento do  Brasil para o ano de 2022 em 5%.  

           Ossami Sakamori           

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Brasil continuará sendo quintal da terra do tio Sam?

 


A notícia mais comentada no mercado financeiro, ontem, foi a notícia do crescimento da economia americana em 2021, ao nível  de 5,7%, o índice mais alto desde 1984, quando o Ronaldo Reagan estava na Casa Branca. Reagan foi quem implementou a desregulamentação  da economia, baseado na teoria do economista Milton Friedman da Universidade de Chicago.  O crescimento espantoso dos Estados Unidos, em meio a pandemia Covid-19, mostra que independente das teorias macroeconômicas, o poder público é balizador do desenvolvimento ou subdesenvolvimento de qualquer país.

            O custo do acelerado crescimento na terra do "tio Sam" foi a inflação ao nível de consumidor, que nos Estados Unidos é medida pelo CPI (índice de preços ao consumidor), que no acumulado do ano de 2021, foi de 6,7%, a maior alta desde o acumulado de 12 meses, de junho de 1982.  Em tese, isto demonstra que a inflação é perfeitamente controlável mesmo em crescimento acelerado.  Os números contrasta com os do Brasil: IPCA, de dois dígitos (acima de 10%) para crescimento abaixo de 5%.  

            Vocês podem me questionar o por quê do meu comentário, sobre a economia americana.  Pois, afirmo que tem tudo a ver.  Os Estados Unidos são os maiores parceiros comerciais do Brasil, tanto em importação como em exportação.  Os Estados Unidos são compradores de nossos produtos primários ou produtos industriais semiacabados.  O Brasil, por outro lado, é comprador de componentes para as nossas indústrias, além dos produtos prontos para o consumo.  A presença dos investidores americanos, diretos e indiretos no mercado de capitais do País, também, se faz notar.  

              A dependência do Brasil em relação aos Estados Unidos, terra do "tio Sam", é como de um pai para com o filho.  Para início de conversa, a moeda referência no Brasil é o "dólar americano" e as nossas "Reservas cambiais", pouco acima de US$ 350 bilhões, são aplicados, também, em moeda americana, diga-se títulos do Tesouro americano, preferencialmente.  O mercado financeiro brasileiro move-se ao sabor da bolsa de Nova York e do Federal Reserve (FED).

             Como foi explicado no preâmbulo, o crescimento dos Estados Unidos foi espantoso, o maior dos últimos 50 anos. Enquanto o Brasil vai amargando um crescimento pífio, menos de 5% em em 2021 e a inflação rompendo dois dígitos (acima de 10%).  O crescimento dos Estados Unidos, está alicerçado em audacioso programa de investimentos do governo federal, num montante de US$ 1,9 trilhões, equivalente grosso modo a R$ 10 trilhões em nossa moeda.   Ainda assim, o Banco Central americano (Federal Reserve) reluta em aumentar a taxa de juros dos títulos do governo americano.  Enquanto o Banco Central do Brasil inclina em romper 10% ao ano, neste início do ano.

            Como comentei em matérias anteriores, o nosso mercado financeiro, o Poder Executivo e o Congresso Nacional, defendem fervorosamente a Emenda 95, a do teto dos gastos públicos.   A Emenda 95 é camisa de força ou de "forca" para limitar os investimentos públicos em níveis pífios.  Ao contrário, o governo americano, no enfrentamento da pandemia, está fazendo vultoso investimento, quase R$ 10 trilhões em nossa moeda, equivalente a mais de 5 vezes ao nosso Orçamento Público federal, em "obras públicas" e auxílio à população mais vulnerável. 

           A falta de competência dos gestores públicos, os nossos, é demonstrada com o resultado de índice de inflação de dois dígitos e crescimento econômico incompatível com a potencialidade e necessidade do País continental com 230 milhões de pessoas que nele vive.   Penso eu, que os candidatos à Presidência da República, em 2022, deveriam contemplar uma saída gloriosa para a nossa economia como que fez o Joe Biden, presidente americano.   Sem um plano econômico/social ousado, continuamos sendo o "quintal" da terra do "tio Sam".

             Ossami Sakamori   

quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

Os impostos no Brasil

 

A boa notícia de ontem, 25/1, é que o Brasil foi admitido com possibilidade de ingresso na OCDE - Organização de Cooperação do Desenvolvimento Econômico junto com o nosso vizinhos, a Argentina.  Brasil terá, ainda, 3 anos para demonstrar que tem condições de participar de uma Organização multilateral que visa desenvolvimento do planeta.   Participar da OCDE, ainda requer que o País faça alguns deveres de casa, entre os quais a facilidade de ingresso dos setores produtivos internacionais ao País.   Neste último quesito o Brasil, pelo contrário, é campeão da complexidade  em receber indústrias transnacionais.   

           Uma das dificuldades, na avaliação dos investidores produtivos internacionais é o sistema tributário brasileiro.  Há dezenas de tributos, tarifas e contribuições, que só mesmo um grande escritório de contabilidade ou um escritório de advocacia tem competência para orientar adequadamente os investidores estrangeiros.   Os empresários brasileiros, já estão acostumados em enfrentar as naturais concorrências dos setores em que competem, procurando de alguma forma as "brechas" na legislação para pagar menos tributos.  

            Para os novos empreendedores produtivos, os tributos no Brasil, grosso modo, podemos enumerá-los em três níveis: federal, estadual e municipal.   Além das tarifas de toda espécie, maioria delas cobradas, hoje, pelas empresas terceirizadas, que vão do "pedágio" de rodovias ao pagamento de "estacionamento" nas cidades.  Os impostos, federais, estaduais e municipais são, basicamente, destinados para manter as suas respectivas máquinas públicas.

          São de competência da União, os impostos e contribuições que responde a cerca de 60% do total de arrecadação, que hoje representa cerca de R$ 1,8 trilhão, correspondente, grosso modo, a cerca de 1/3 do PIB.

a) IPI - Imposto de Produtos Industrializados.

b) II - Imposto de importação, para mercadorias vindas de fora do país.

c) IOF - Imposto sobre operações financeiras.

d) CIDE - Contribuição de intervenção no Domínio Econômico.

e) Cofins - Contribuição de financiamento da seguridade social.

f) INSS - Instituto Nacional do Seguro Social.

g) PIS - Programa de Integração Social.

h) IRPF - Imposto de Renda Pessoa Física

i) IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica

j) Tarifas aduaneiras.

k) Tarifas aeroportuárias.

m) Contribuições aos Fundos setoriais, como Fundeb (educação básica), Fundo de equalização de diversos setores entre os quais FMM (Fundo de Marinha Mercantil).  

            De competência dos estados da Federação, que representa cerca de 28% do total de arrecadação de impostos do País, são:

a) ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias.

b) IPVA - Imposto sobre a propriedade de veículos a motores.

c) ITCMD - Imposto de transmissão causa mortis e doação.

            E, finalmente, os impostos municipais, que responde por cerca de 5,5% da arrecadação total do País, são :

a) IPTU - Imposto sobre propriedade urbana.

b) ISS - Imposto sobre serviços.

c) ITBI - Imposto de transmissão de bens imóveis.

         Para finalizar, segundo o site do Impostômetro , em 2019, foram gastos 153 dias dos 365 do ano para pagamento de impostos.  E, a contraprestação de serviços pelo poder público é de terceiro mundo. 

         Para os investidores produtivos estrangeiros, recomendo como primeira medida, contratar um bom escritório de consultoria tributária, para conhecer os diversos tributos, suas incidências e as alíquotas que mudam ao sabor do apetite arrecadatório, dos governos do País.  

          Ossami Sakamori

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Brasil, a jaboticaba do mundo



Os economistas, com conhecimento da macroeconomia, sabem que o futuro do Brasil está fadado à estagnação ou a um crescimento pífio. É como 2 +2 = 4.  Não precisa ser um "expert" para saber disso.  Dito e feito, o País, após entrar em pior depressão dos últimos 100 anos, período 2014/2015, que culminou em impeachment da presidente Dilma, em agosto de 2016, desde então, a economia do País nunca mais entrou nos eixos.  A constatação do que afirmo, poderá ser comprovado através da posição relativa do País na economia mundial.   O Brasil passou de 8ª economia do mundo, antes da crise, para 12ª posição, atrás até da Coreia do Sul, um pequeno país do oriente com 52 milhões de habitantes.   


           O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou ontem, o Orçamento de 2022, com o valor de investimentos, ao menor nível da história, com total de R$ 42,3 bilhões.  A grande imprensa critica o governo de ter priorizado os recursos para interesse eleitoral como o Auxílio Brasil e fundo eleitoral.  A grande imprensa esquece que é defensor "ferrenho" da Emenda 95, a do "teto dos gastos públicos", considerando-a como "regra de ouro".   Nada disso é verdadeiro.  A Emenda 95 é uma "camisa de força" ou "camisa de forca" que limita o Orçamento Fiscal do governo da União, ao mesmo nível de 2016, corrigido tão somente pela infração do período.  Lembrando que o ano de 2016 foi o auge da crise econômica do País.  Pior referência não poderia ser.

           Eu já escrevi: O fim da Emenda 95 é inadiável . A Emenda 95 foi um artifício que o ministro da Economia do governo Temer, Henrique Meirelles, encontrou para retomar a credibilidade dentre banqueiros internacionais para continuar financiando ou rolando os títulos da dívida do Tesouro Nacional, leia-se União Federal.  O artifício encontrado pelo Henrique Meirelles não pode servir como parâmetro ou "dogma" das contas públicas para futuro.   Para aqueles que tem memória curta, antes da Emenda 95, já existia a Lei da Responsabilidade Fiscal de dezembro de 2000, onde se dizia que o Governo não pode "gastar mais do que se arrecada".   Na prática a Lei de Responsabilidade Fiscal disciplinava os gastos públicos, condenando o "déficit primário" ou o "rombo fiscal".  Conclui-se que a Emenda 95 foi o artifício encontrado para ganhar credibilidade entre os banqueiros.

              Brasil está fadado ao crescimento pífio, se depender do governo federal, enquanto vigorar a Emenda 95, considerado como "regra de ouro" pelo mercado financeiro e pelos servidos públicos federais.   A Emenda 95, limita os gastos públicos, incluído os gastos em investimentos, como que uma "camisa de forca".   A Emenda 95, é uma Emenda Constitucional, portanto, todo e qualquer presidente da República, presente ou futuro, devem segui-la, sob pena de "perda de mandato".   

            Vejo os candidatos ao cargo de presidente da República propondo "crescimento econômico" e "comida na mesa" para todos brasileiros, sem revogação da Emenda 95.  Falar é fácil.  Difícil é executar qualquer plano de crescimento econômico, via investimentos públicos, cumprindo fielmente a legislação atual, dentre as quais a Emenda 95.   Enquanto persistir a Emenda 95, o Brasil está fadado a ocupar posição de mediocridade e ser motivo de chacota dentre os países do primeiro mundo.  O Brasil se orgulha de ser a "jaboticaba" do mundo, o fruto que só dá no País.

            Ossami Sakamori



terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Amazônia é nossa!

 


A ideia pode ser maluca, mas tem consistência, a que vou apresentar na sequência.  Estou propondo a criação do Ministério da Amazônia, dentro da estrutura da administração pública federal do País, tal qual um Ministério de Desenvolvimento Regional, que atende regiões mais pobres do País.   Não, não seria um novo estado da federação e nem uma estrutura que competiria com demais ministérios do governo federal.   A ideia me veio após o evento internacional denominado de COP26,  a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima que foi realizado entre 1 e 12 de novembro de 2021, na cidade de Glasgow, na Escócia, onde o Brasil teve participação pífia.      

          Ao contrário da afirmação do nosso ministro do Meio Ambiente, em entrevista aos meios de comunicação do País, o assunto sobre a preservação da Amazônia não fez parte da plenária da Conferência.  O assunto sobre a mudança climática foi discutido pelas grandes nações, com ênfase sobre a matriz energética atualmente em uso, entre os quais o petróleo e o carvão mineral, as principais origens da poluição do planeta Terra.  Segundo o ministro do Meio Ambiente, o assunto Amazônia foi tratado em reunião setorial entre os ministros do Brasil e da França, sem nenhum destaque na COP26.   O fato é que, o assunto Amazônia nem subiu para ser discutido na reunião plenária da COP26.  

            Como eu afirmei na matéria sobre o Brasil e COP26 o País sofre do "síndrome do cachorro magro".  A principal matéria sobre a Conferência foi sobre aquecimento global devido a queima de petróleo e carvão mineral, as maiores fontes de poluição do planeta, neste momento.  Os maiores poluidores, hoje, sem dúvida nenhuma, são os Estados Unidos e a China, em termos quantitativos de poluentes.  Pelo menos na reunião plenária da Conferência, o assunto sobre "queimadas" da Amazônia e sobre a emissão de "gás metano" devido à atividade pecuária, não entraram nas pautas principais de discussão na COP26.  Não vamos colocar o mundo contra nós.  O mundo, simplesmente, ignorou o Brasil e sua Amazônia.

            Voltando ao assunto da criação do Ministério da Amazônia.  Eu penso que o assunto da preservação das florestas da Amazônia, bem como a preservação dos cerrados brasileiros, são de importância fundamental para o futuro do Brasil.   Creio que o tema Amazônia e cerrados deveriam ser discutidos como assuntos prioritários pelo governo brasileiro, considerando como pauta permanente.   Não podemos, falo em termo de soberania do País, deixar o assunto Amazônia e cerrados dependentes de "benesses" e "esmolas" de países do primeiro mundo.  Tentar vender o "crédito de carbono" para financiar os projetos de preservação da Amazônia é se "apequenar" perante o mundo.  Não se pode alegar a falta de dinheiro, se gastamos R$ 4,9 bilhões em campanhas eleitorais para eleger representantes do povo.

        O que assistimos, no momento, é uma completa improvisação no que se refere ao "desmatamento" na região e um completo desleixo na "ocupação sem controle" dos cerrados.   Quanto há "queimadas", convoca-se o Vice Presidente da República, um general do Exército reformado para "sobrevoar" a região.  Isto tudo, deixa espaço grande para uma ONG como Greenpeace ocupar as páginas das imprensas nacionais e internacionais.   E, um prato cheio para presidente francês, que quer se promover às custas da nossa Amazônia.   A culpa não são dos europeus, mas do próprio Estado brasileiro, pela omissão sobre os temas que envolvem os biomas Amazônia e cerrados.  A Amazônia não é ônus, mas um bônus, para o Brasil.  Os problemas e soluções da Amazônia e cerrados são nossos!

            O País precisa pensar sobre a Amazônia como um "ativo ambiental", que poucos países do mundo tem.  Deixar a preservação da Amazônia à própria sorte, é uma  irresponsabilidade nossa, dos brasileiros, para com as futuras gerações.  Vamos só lembrar que o bioma Amazônia e os cerrados representam cerca de 2/3 do território  brasileiro! Atualmente, como mostramos acima, a responsabilidade de preservação dos biomas Amazônia e cerrados estão totalmente difusos.   Esperar pelos financiamentos de Fundos estrangeiros para resolver os nossos próprios problemas (soluções) é como "querer" a interferência de países estrangeiros nos nossos biomas, já cobiçados pelo mundo.

            Atualmente,  o Poder Executivo Federal é acionado somente quando há queimadas ou alguma devastação da floresta.   O bioma Amazônia e dos cerrados, atualmente, ficam à mercê da vontade dos organismos estrangeiros e de investimentos privados, pontuais, de empresas brasileiras.  Segundo se sabe, o Ministério do Meio Ambiente espera ter recursos com a venda de "crédito de carbono" para os Fundos estrangeiros numa demonstração da nossa incompetência e ignorância.  Quem financia, quer gestão! Além de tudo, os países do primeiro mundo estão com 100% do seu tempo tomado em desenvolver energia limpa, para substituir as energias provenientes de petróleo e do carvão de pedra, conforme demonstrado na COP26. Ao contrário de que alardeia, os europeus estão pouco preocupados com a nossa Amazônia a não ser por ONGs como Greenpeace.    

             Toda ação que se queira levar à sério, terá que ter estrutura formal para "cuidar" do assunto tão específico.  O Ministério da Amazônia viria suprir essa falta de iniciativa e coordenação dos sucessivos governos.  O novo Ministério da Amazônia faria supervisão sobre legislação que trata sobre o bioma Amazônia e dos cerrados.  O Ministério da Amazônia teria sob seu guarda-chuva, o Banco da Amazônia e o FCO, para direcionar os investimentos na área correspondente a Amazônia Legal e áreas dos cerrados do Centro Oeste.  A responsabilidade, dessa forma, das queimadas e da devastação dos biomas, ficariam sob responsabilidade do Ministério da Amazônia.   Chega de, a cada episódio de devastação ou queimada, ter que chamar o Vice Presidente da República para missão específica.  

           O novo Ministério da Amazônia  poderia, também, ser o gestor de vários Fundos, nacionais e estrangeiros, como aqueles recursos doados pelos governos da Noruega e da Alemanha, no montante de R$ 3,2 bilhões, depositados no BNDES. Os tais recursos está sem utilização por falta de regulamentação e de um gestor específico para preservação do bioma Amazônia e dos cerrados.  O Ministério da Amazônia deverá ter Orçamento específico para a pasta, assim como acontece com outras, num montante anual de cerca de R$ 20 bilhões, para preservar 2/3 do território brasileiro.  O orçamento corresponde cerca de 1% dos gastos públicos do governo federal, sem contar ainda com os recursos provenientes de diversos Fundos nacionais e estrangeiros.  O investimento vale a pena!

     Vamos deixar claro que o Ministério da Amazônia, não substituiu nenhum estado brasileiro, pelo contrário, o Ministério da Amazônia estará ao lado dos governadores dos Estados para as eventuais intervenções necessárias para a preservação da Amazônia e dos cerrados.  Só assim, podemos dizer ao mundo de que a "Amazônia é nossa!"

          Ossami Sakamori       

          

sábado, 15 de janeiro de 2022

Brasil vai crescer, no mínimo, 2,5% em 2022 !

 


Segundo a agência de notícias Reuters, na coluna da jornalista Luana Maria Benedito da UOL, o Citi piorou suas projeções para a atividade econômica brasileira, o PIB de 2021 de 4,5% para 4,4% e o de 2022, mantendo a projeção 0,3%. As projeções de instituições financeiras nacionais, como o grupo Itaú, projeta o PIB de 2022, em (-) 0,5%.  Resolvi escrever mais esta matéria que é repetição da anterior, para levar um pouco de alento aos empresários brasileiros, aos investidores do mercado acionário brasileiro e à própria população brasileira.

         Por mais que o "mercado financeiro" insista em projeções da economia de forma negativa, não enxergo o desempenho econômico do País tão catastrófico com enxergam os agentes financeiros, acompanhado pelos analistas econômicos, dito, os entendidos na macroeconomia.   Com detalhes na Projeções econômicos para 2022, detalho como cheguei na minha estimativa em 2,5% para o PIB de 2022.  A cada movimentação no Palácio do Planalto, me faz a crer que o crescimento do PIB previsto por mim, será superado, com folga.  Não será nenhuma surpresa para mim, se o PIB deste ano terminar acima de 4%.   

           A sinalização de que o PIB de 2022 cresça ao número próximo de 4%, está nas liberações de verbas para obras emergenciais, "extra teto" dos gastos públicos, grande parte com motivação política eleitoreira.  Nessa semana, o Presidente da República transferiu a liberação de verbas de natureza política ao ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, PP/PI, tirando hegemonia do Ministério da Economia para o assunto econômico.  Com a transferência das autorizações de gastos públicos, com ou  sem previsão orçamentária para o comando ao Ciro Nogueira, leia-se "Centrão", o ano de 2022, não será diferente de todos "anos de eleições" precedentes, não vai faltar dinheiro para campanhas políticas.

           Vão quebrar a "cara" os apostadores do Apocalypse Now para o Brasil, sobretudo, neste fim do primeiro mandato do presidente Jair Bolsonaro!   Essa gente quer ver a derrota do atual Presidente da República nas próximas eleições, esquece de que, ao mesmo tempo, estará apostando contra o desenvolvimento do País, ao menos, em 2022.  De esquerda à direita, passando pelo centro, os candidatos à presidência da República, estão pensando em satisfazer os seus próprios "egos", esquecendo-se do interesse maior, que é o interesse do País.   Desta forma, reafirmo, com segurança:

             Brasil vai crescer, no mínimo, 2,5% em 2022 !

             Ossami Sakamori 

               

          


quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Projeção econômica para 2022

 


No início do ano, como acontece todos os anos, os principais agentes econômicos, empresários de pequeno a grande porte, investidores institucionais, nacionais e internacionais, fazem as suas própria projeção das atividades econômicos para o ano em curso.   No meio da pandemia, as principais instituições financeiras divulgam, também, suas projeções para servir de "norte" aos seus clientes.  O mercado financeiro especulam ao "sabor" das projeções de diversas origens e tendências,  "apostando" ao sabor dos seus interesses.

         PIB. Para o PIB - Produto Interno Bruto do País, no caso, medido de janeiro a dezembro de 2022, o Boletim Focus do Banco Central, prevê crescimento do País em 0,4% enquanto o Ministério da Economia prevê crescimento de 2,1%.  O Itaú, instituição financeiro que tem credibilidade e com alto índice de acertos, prevê recuo do PIB deste ano em (-) 0,5% e a CNI - Confederação Nacional da Indústria, em crescimento de 1,2% e, 2022.  Na minha avaliação, o PIB do País, medido de janeiro a dezembro, deverá estar acima de 2,5%, já contando com o "arrocho de liquidez" que será promovido  pelo Banco Central no primeiro quadrimestre deste ano.  

          IPCA. Para a projeção do IPCA, inflação oficial, o Boletim Focus prevê 5,0% e o Ministério da Economia em 4,7%.  Com IPCA fechando o ano de 2021, em dois dígitos, acima de 10%.  Apesar do "arrocho" do primeiro quadrimestre, que deverá ser promovido pelo Banco Central, a inflação deverá terminar o ano de 2022, em 7,5%.  Lembrando que o  ano de 2022 é ano de eleições e a equipe econômica deverá ser compelido a "afrouxar" os gastos públicos diretos (Tesouro Nacional) e os indiretos (Bancos públicos).  Uma eventual flexibilização dos gastos públicos acima da Emenda 95, contará, certamente, com o apoio do Congresso Nacional, que, também, estará envolvido até o pescoço com as eleições do outubro próximo.

            Selic. Dentro do contexto, a taxa Selic no primeiro quadrimestre, na reunião do COPOM de 2 de fevereiro próximo, deverá ficar, entre, 9,75% e 10,5%.  A segunda reunião do COPOM, deste ano,  previsto para março/2022, a tendência é manter a taxa de fevereiro ou com pequena variação conforme inflação do período precedente.  Nos dois quadrimestres seguintes, maio/agosto e setembro/dezembro, o COPOM deverá ajustar a taxa Selic ao redor de 7,5%, compatível com a inflação previsto para o período.

             Dólar. O dólar comercial, em 2022, continuará sob controle do Banco Central, aos níveis de R$ 5 a R$ 5,90.  Lembrando que o Banco Central tem vários instrumentos para manter o dólar no patamar indicado, como Swap cambial, mercado spot e conta, ainda, com o confortável Reserva cambial acima de US$ 350 bilhões.  O Banco Central, além dos instrumentos mencionados, tem ao seu favor a desvalorização do dólar motivado pela inflação próxima de 5% nos Estados Unidos.

            Desemprego. O índice oficial de desemprego, embora não reflita a situação real de desempregados, conforme demonstrado na matéria Brasil tem 63,8 de trabalhadores vulneráveis , deverá terminar o ano com índice ligeiramente inferior a 12%, apesar de nossa projeção de crescimento da economia em 2,5% em 2022.  O índice de desemprego no País, não reflete a realidade do mercado de empregos apesar de seguir os critérios adotados e aceitos internacionalmente.

          Muita cautela é recomentada no planejamento da gestão empresarial deste ano, 2022.  

           Ossami Sakamori


sábado, 1 de janeiro de 2022

Previsão para economia em 2022.

 


A população brasileira está entrando ao novo ano, apreensiva e cheio de dúvidas quanto ao desempenho da economia brasileira em 2022.  Os empresários, de grande a pequeno porte, estão encarando o ano de 2022, com muita desconfiança.   A inflação está fechando o ano de 2021 com dois dígitos, acima de 10% ao ano, e isto tem tirado sono de todos brasileiros.  O desempenho da economia do País, antes previsto, acima de 5,5% em 2021, deverá fechar o ano em 4,5%, número ligeiramente superior ao recuo da economia em 2020, de 4,1%.  Noves fora, nesses dois anos de pandemia, o Brasil teve crescimento pífio de 0,4%, o que distancia o País do primeiro mundo, cada vez mais.    

         O maior temor do mercado financeiro, dos empresários e da própria população, é a volta de hiperinflação.  Inflação de dois dígitos (acima de 10%) é uma lembrança aterrorizante para todos.   O Brasil, no passado não tão distante,  viveu o fenômeno da hiperinflação, cujos remédios deixaram marcas profundas para cada brasileiro.    O congelamento de preços e ou bloqueio de depósitos em contas correntes, são marcas que estão associados ao combate à hiperinflação.  O fenômeno da hiperinflação inicia, devagarinho, com o aumento de preços em dois dígitos, como é o caso da inflação desse ano de 2021.  O presidente do Banco Central, Campos Neto, sabe muito bem disto.  E, espero, tomará medidas!

          O descompasso das medidas tomadas entre o Banco Central e o Ministério da Economia, levou o País a uma situação iminente de "estagflação" (estagnação + inflação) nos próximos meses.   Para um País que, nem bem saiu da "quebra" em 2014, a pior crise econômica dos últimos 100 anos e baixo crescimento nos anos que seguiu e a pandemia nos anos de 2020 e 2021, o evento atípico, não poderia ter vindo em pior hora.  O País, em 2020, por conta da pandemia Covid-19, se endividou em R$ 571 bilhões, extra Orçamento Fiscal, para "segurar" a queda do PIB - Produto Interno Bruto em 4,1%.  Dentro deste contexto, o crescimento do PIB em 2021, previsto em 4,5%, mal cobre a queda do PIB do ano anterior.   Em 2 anos, o País deverá crescer 0,4%.  

          Por outro lado, a inflação de 2021, está a fechar ao redor de 10,5% em 2021, justificado pela alta expressiva de petróleo no mercado mundial e o preço dos commodities no mercado internacional, sobretudo de minérios e de produtos agropecuários, curiosamente, puxado pela demanda no mercado mundial.   Se a alta dos commodities no mercado mundial foi ótimo para o setor de mineração e para o setor agropecuário, foi péssimo para a população em geral que está a pagar o preço da inflação de dois dígitos (acima de 10%).  Para o governo federal, de certa forma, foi um ano bom.  O ano de 2021 foi marcado com forte crescimento na arrecadação tributária, em consequência, diminuindo o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" para R$89,8 bilhões, segundo Ministério da Economia.

          No final do ano, como acontece todos os anos, houve injeção de cerca de R$ 232,6 bilhões na economia, por conta do 13º salário.  Segundo Dieese - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, o valor equivale a cerca de 2,7% do PIB.  Nenhuma outra medida econômica semelhante deverá acontecer no primeiro trimestre. O tão propalado pagamento de "Auxílio Brasil" para cerca de 19 milhões de chefes de famílias não representa valor significativo para movimentar a economia como um todo.     

            Como acontece todos os anos, o primeiro trimestre é um período morno para o setor produtivo, com exceção para o setor de turismo.  Com expectativa do Banco Central em aumentar a taxa Selic na próxima reunião do COPOM, para 10,25%, o ímpeto da força da inflação deve perder fôlego no primeiro trimestre.  O Banco Central, com Reserva cambial acima de US$ 350 bilhões, deverá manter cotação do dólar entre R$ 5,00 a R$ 5,99, em 2022.  O mercado financeiro prevê a inflação de 7% em 2022, o que não deixa de ser uma boa notícia.   Mas, a má notícia é que o mesmo mercado financeiro prevê o crescimento do País ao redor de 1,5% em 2022, o que é pífio, comparado com projeção de crescimento dos países do primeiro mundo.    

        O perigo do descontrole nos Orçamentos Fiscais de 2022, federal e estaduais, devido aos gastos por conta das campanhas eleitorais estará presente, sobretudo, no segundo semestre. O governo federal e os estaduais, além dos Orçamentos fiscais devem utilizar os recursos das instituições financeiras como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e dos Fundos Constitucionais, para alavancar as campanhas eleitorais.   Porém, o descontrole nos gastos públicos, devido às campanhas eleitorais, poderá colocar em "cheque" a política monetária contracionista do Banco Central.  Este filme, já vimos várias vezes no Brasil.  Tomara que desta vez seja diferente.   

           Na minha opinião:  Se o Banco Central tomar medidas contracionistas no primeiro trimestre e na sequência, adotar medidas que levem ao equilíbrio fiscal, com o Ministério da Economia acompanhando a sinergia do BC, o País terminará o ano de 2022, com inflação sob controle ao nível de 7%, com o crescimento econômico acima de 4% e terminaremos o ano com um novo ou atual presidente eleito para quadriênio 2023/2026.   O "boom" do crescimento econômico só deverá acontecer à partir de 2023.     

              Ossami Sakamori


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