terça-feira, 30 de julho de 2019

Taxa Selic virá 6% ao ano?




Amanhã, quarta-feira, será conhecida a taxa de juros Selic estabelecida pelo Comitê de Política Monetária - Copom. A expectativa do mercado financeiro é que haja corte de 0,5% sobre a atual taxa de 6,5% ao ano. Para quem não sabe, o Copom sob comando do presidente do Banco Central, decide a taxa básica de juros Selic a vigorar nos próximos 45 dias. A taxa básica de juros Selic é referência para remuneração dos títulos da dívida do Tesouro Nacional, leia-se dívida pública federal.  

Se houver corte de 0,5%, a nova taxa de juros Selic será de 6% ao ano, a menor taxa de juros dentro do Plano Real.  O Copom foi instituído em 1996, com o objetivo de regular importantes aspectos da economia brasileira, seguindo a estratégia do Tesouro Nacional.  A taxa de juros Selic serve de referência para a dívida pública federal no montante de R$ 5,5 bilhões brutos ou R$ 3,9 trilhões líquidos.  Para os pequenos aplicadores em Tesouro Direto, haverá um pequeno refluxo na taxa de remuneração, por conta da nova taxa Selic. 

O mercado financeiro comemorará a nova taxa, se houver a queda prevista.  No entanto, a queda da taxa de juros Selic é decorrência  de profunda retração da economia que perdura desde 2015. A recessão que já dura há quase 5 anos, o mais longo período dentro do Plano Real, tem provocado a baixa da inflação ao patamar de 4% ao ano, a menor dentro do Plano.  À essa altura, não sabemos se comemoramos a menor taxa básica de juros Selic ou se lamentamos a profunda depressão que o País vive, com número de desempregados e desalentados recordes.  Há cerca de 50 milhões de trabalhadores nessas condições!   

Se não houver reformas estruturantes na economia, como a previdência, em fase final da aprovação pelo Congresso Nacional, bem como, a reforma tributária em fase inicial em discussão na Câmara dos Deputados, a comemoração da taxa Selic, a mais baixa do Plano Real, é muito prematura.  Até hoje, não sabemos exatamente a política econômica e a política monetária que leve o Brasil ao desenvolvimento sustentável ao longo dos anos.  Até hoje, só sabemos que o ministro da Economia Paulo Guedes prega a economia liberal a exemplo dos "Chicago boys" do Augusto Pinochet e da política econômica do Ronalgo Regan. 

Taxa Selic virá 6% ao ano?

Ossami Sakamori

segunda-feira, 29 de julho de 2019

O dinheiro dos impostos está indo para ralos!



O Estadão de hoje, traz matéria interessante sobre a carga tributária no Brasil.  Vou resumir ao máximo com intenção de informar ao público, com pouca familiaridade com a política econômica do governo.  No entanto, creio importante população em geral, saber quanto custa a manutenção do governo para cuidar das nossas vidas.  Em 2018, a carga tributária do País atingiu 35,06% do PIB - Produto Interno Bruto.  Isto equivale a dizer que cada habitante, incluindo os bebês recém nascidos, pagou equivalente a R$ 11.494,00 em impostos em 2018.  Certamente, este ano, a população deverá contribuir com um pouco mais, apesar da "recessão".

O valor dos impostos, incluídos impostos federais, estaduais e municipais, foi de R$ 2,39 trilhões.  O valor corresponde a 34,76% do PIB e é o maior salto dos últimos 17 anos, considerando série histórica iniciada em 1947.  Deste valor, cerca de 65,7% corresponde aos impostos cobrados pela União, os estados com 27,2% e os municípios com 7,2%. 

O que mais impressiona, dentro contexto apresentado, são as reclamações dos administradores públicos em todos os níveis de que "não há verbas" para atender, nem ao mínimo de serviços públicos essenciais para a população, tais como educação, saúde e segurança pública.  Vejo espantado, também, de que o Ministério da Economia vem, sistematicamente, contingenciando as verbas nos serviços essenciais para se enquadrarem dentro do Orçamento Fiscal.  Como podem ver, não é por falta de arrecadação é que a população está "abandonada" pelos poderes públicos.  

O dinheiro dos impostos está indo para os ralos, literalmente.

Ossami Sakamori



domingo, 28 de julho de 2019

Economia do País. Dá para ser feliz assim?

 

Quem não fugiu das aulas de macroeconomia, vai entender sobre o que está acontecendo no País, pelo menos nos últimos 10 anos.  Há uma indagação do empresariado, do mercado financeiro e do povo brasileiro, o porquê do Brasil continuar "patinando" nos últimos anos, incluído este.  Presidente Jair Bolsonaro, ainda candidato, prometeu ao povo uma mudança profunda na economia.  Paulo Guedes, escolhido como ministro da Economia, prometeu implementar a economia liberal pregado pela Universidade de Chicago e implementado pelo ditador Augusto Pinochet do Chile, há pelo menos 50 anos, pelos conhecidos seus "Chicago Boys".

Muito antes, a economia liberal foi implementado pelo presidente Ronald Reagan dos Estados Unidos (1981 a 1989).  A administração Reagan ficou marcado como que promoveu a maior "desregulamentação da economia", num país marcado como "economia do mercado" e também conhecido como a democracia mais longeva do mundo.  Não é por acaso que os Estados Unidos é a maior economia do mundo, respondendo por 25% do PIB mundial, com cerca de 5% da população do planeta.  

Nesse ínterim, o Brasil passou pelo regime militar, de 1964 a 1985, o mesmo que o Chile passou.  A diferença é que Augusto Pinochet adotou os "Chicago Boys" e deu-lhes a autonomia para formulação da política econômica que perdura até os dias de hoje.  Paulo Guedes pode ter frequentado a mesma Universidade de Chicago, mas não teve a aula com o professor de todos eles, o Milton Friedmann.  O ministro da Economia sempre esteve atuando no "mercado financeiro" e é "operador" eficiente deste.  Na prática, o ministro Paulo Guedes nunca esteve à frente do setor produtivo.  Paulo Guedes não conhece o "chão de fábrica".  

O preâmbulo é necessário para entender, a atual política econômica e monetária do País.  O ministro da Economia fala em equilíbrio fiscal, isto é, déficit primário "zero".  Para entender, o País apresenta "déficit primário" desde 2015. Já no ano de 2000, o Congresso Nacional aprovava a Lei de Responsabilidade Fiscal, que já previa "gastar somente aquilo que arrecada".  Para permitir o contínuo "déficit primário", desde 2015, o governo Temer aprovou a Emenda do teto dos gastos que estabeleceu como o teto dos gastos aos de 2016, corrigido pela inflação.  

Hoje, estamos no regime em que o "déficit primário" é permitido, desde que os gastos públicos não sejam maiores do que de 2016.  Vamos lembrar que em 2016, o PIB brasileiro cresceu apenas 1%.  Enquanto estiver em vigor a Emenda do teto dos gastos públicos, o País está impedido de fazer investimentos em educação, saúde e segurança pública.  O País está com mãos atadas, também, para fazer investimentos em infraestruturas, tão necessárias para baixar o "custo Brasil".  O País está fadado a crescer 1% ao ano, se depender do governo federal. 

A Emenda do teto dos gastos públicos, providencialmente, excluiu dos gastos públicos, o pagamento de juros da dívida pública.  É aqui é que mora o "perigo".  O Brasil tem dívida pública bruta ao redor de R$ 5,5 trilhões e dívida pública líquida ao redor de R$ 3,9 trilhões.  Considerando a taxa Selic de 6,5%, o total de gastos com juros ascende a R$ 350 bilhões.  Os clientes do Paulo Guedes, no setor privado, são beneficiários da taxa Selic alta.  O País está pagando a taxa de juros reais a mais alta do mundo, junto com a combalida Turquia.  Isto, o ministro da Economia não faz referência.

Tem gente graúda, de banqueiros a grandes conglomerados empresariais, rindo atoa com a política econômica e monetária do Guedes e Campos Neto, auferindo as vultosas rendas sem mover uma palha e sem correr risco nenhum. Enquanto isso, 50 milhões de trabalhadores vivem na "rua da amargura", sem saber o rumo da vida e saber para quem recorrer.  

Dá para ser feliz, assim?

Ossami Sakamori


sábado, 27 de julho de 2019

Liberação do FGTS não passa dos R$ 22 bilhões



Paulo Guedes espera liberar cerca de R$ 22 bilhões do FGTS, de setembro deste ano a abril do próximo ano, para injetar o dinheiro, direto, na economia.  Segundo a Caixa Econômica Federal, 84,4% do total de 254 milhões de contas tinham saldo menor que 1 salário mínimo. Se efetivamente, este dinheiro será sacado pelos trabalhadores são outros quinhentos.  Muito destas contas são "inativos" há muito tempo, e que já foram objetos de liberação anterior no governo Temer.  Seja como for, é uma tentativa desesperada do ministro da Economia para que o crescimento econômico do País, o PIB de 2019, não fique abaixo de 1%.  

A liberação das contas abaixo de R$ 500, que corresponde quase 85% do total de contas, é uma forma de Caixa Econômica baixar o custo de manutenção dessas contas.  Há contas contas com valor residual de R$ 2, mas que faz parte da estatística de 254 milhões de contas.  A Caixa Econômica não informa, mas a Instituição cobra pela administração e manutenção da conta FGTS, 2% sobre o saldo total do R$ 379,2 bilhões de FGTS, por ano, o que corresponde a pouco mais de R$ 7 bilhões de remuneração.  Nada é de graça.  O governo sempre cobra pelos seus serviços prestados, direta ou indiretamente à população.

Estruturalmente, os recursos do FGTS, que são dinheiro dos trabalhadores, normalmente financiaram os projetos de infraestrutura como os programas de saneamento básico e de habitações.  Em algum momento, os subsídios ao programa Minha Casa Minha Vida foram pagas com o dinheiro dos trabalhadores.  Isto já foi objeto da denúncia deste blog no período do governo Dilma.  Fazer política com o "dinheiro alheio" é a prática comum dos governantes, independente de matizes ideológicos. 

Neste final do ano, o comércio e o serviço vão receber cerca de R$ 220 bilhões referente ao 13º salário dos trabalhadores ativos e pensionistas do INSS.  Com liberação do 13º salário e do FGTS no mesmo período, vai mitigar o efeito da liberação dos recursos dos trabalhadores.  É mais mais uma mágica do ministro Paulo Guedes, tão igual quanto do ministro Henrique Meirelles, para tentar manter a popularidade dos seus chefes, presidentes da República. 

Ossami Sakamori 

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Porquê o Brasil está estagnado?



Na coluna de hoje do Estadão, a economista chefe da XP Investimentos faz a análise realista da situação econômica do País.  Diz a Zeina Latif: "Em meio a doses de desânimos em relação ao quadro econômico, muitos questionam quando será possível uma arrancada do crescimento". Continua ela: "A resposta passa pela compreensão do porquê o Brasil está estagnado".  É a pergunta que todos fazem, sem terem uma resposta adequada por parte dos responsáveis da política econômica do País. 

Segundo Zeina Latif, fazer diagnósticos não é tarefa fácil. Alguns economistas consideram que haveria necessidade de "choques" de curto prazo, como a da liberação do FGTS e PIS/PASEP do ministro Paulo Guedes. A equipe econômica do atual governo aponta a mudança profunda na política econômica dos últimos anos do governo PT, com o corte de gastos públicos, como saída para o crescimento econômico.  Num ponto essencial, concordo com a colunista do Estadão: Há uma falta generalizada do protagonismo estatal, em obras de infraestrutura, como sempre foram, os "carro chefe" do desenvolvimento acelerado do crescimento econômico.  As Parcerias Públicas-Privadas anunciadas são de longa maturação, isto é num prazo de 30 anos.  

A política econômica, dito como liberal, do Paulo Guedes, no entanto, esquece o principal objetivo da política econômica que é colocar o nível de desemprego em nível aceitável. Não é possível que o País "ignore" os quase 50 milhões de trabalhadores, dentre cerca de 110 milhões da força de trabalho, estejam em situações vulneráveis.  Trabalhadores em situações  vulneráveis são os desempregados, os desalentados, os nem-nem e os subempregados.  No Brasil, os trabalhadores com carteira assinada são apenas 33 milhões dentre 110 milhões da força de trabalho.  Enquanto a equipe econômica não se debruçar sobre o tema, como seria em qualquer país desenvolvida do mundo, não haverá uma arrancada para um crescimento sustentável.  

Como disse a analista chefe do XP Investimento:  "Vamos encarar os fatos.  Não há milagre para gerar uma arrancada de crescimento.  A fraqueza da economia não é conjuntural, mas sim estrutural".  Enquanto isso, a maioria da população brasileira vai continuar comendo o "pão que o diabo amassou".

Ossami Sakamori 

terça-feira, 23 de julho de 2019

O 13º salário vai inetar R$ 220 bilhões na economia.


No próximo mês o presidente da República deve assinar Decreto antecipando a primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS.  A medida vem para mitigar a declaração desastrada do ministro Paulo Guedes referente à liberação de R$ 100 bilhões do FGTS e PIS/PASEP.  Feito a conta, a liberação de tais recursos que deverá ocorrer entre setembro e dezembro e vai injetar na economia, menos  de R$ 20 bilhões.  Enquanto que o total do 13º salário de trabalhadores domésticos, rurais, urbanos ou avulsos e gratificação dos aposentados e pensionistas do INSS, vai injetar na economia, cerca de R$ 220 bilhões. 

Tradicionalmente, o último trimestre do ano, o movimento do setor de comércio e serviço equivale ao movimento dos primeiros três trimestres do ano.  Este fenômeno acontece todos os anos.  Há uma certa euforia neste período do ano, devido ao crescimento sazonal e um refluxo no primeiro trimestre do ano seguinte.  No entanto, o aquecimento do setor de comércio e serviço dá um certo ânimo para o governo e ao povo. Considerado o "fator 13º salário", a economia do País deve terminar o ano com o crescimento do PIB, algo como 0,8%, segundo estimativo do mercado.  

O primeiro semestre do ano de 2020, vai estar em tramitação no Congresso Nacional, a reforma tributária do deputado Baleia Rossi, MDB/SP, período em que a economia vai estar com "freio de mão" puxado.  O crescimento econômico só será consistente no segundo semestre de 2020.  Até lá, vamos apertando os cintos!

O 13º salário vai injetar R$ 220 bilhões na economia.

Ossami Sakamori 



domingo, 21 de julho de 2019

Brasil gastou R$ 928 bilhões com servidores públicos em 2018


A folha de pagamento dos servidores públicos foi de R$ 928 bilhões, equivalente a 13,6% do PIB, em 2018, e equivale aos gastos na previdência do setor público e privado.  O número computa os gastos com servidores ativos e inativos da União, estados e municípios.  Curiosamente, o número equivale à economia que a reforma da Previdência vai trazer País ao longo dos 10 anos.  O percentual dos gastos com os servidores públicos no Brasil é a maior dentre as maiores economias do mundo.  O percentual é menor, somente, ao da África do Sul.  

Dentre os países desenvolvidos, destacamos os gastos de alguns países com os servidores públicos, com diferentes graus de atendimento público em cada país:

Brasil - 13,6%
França - 12,3%
Canadá - 12,2%
Rússia - 9,2%
Estados Unidos - 9,1%
Alemanha - 7,2%
Chile - 6,6%
Japão - 5,3%

É evidente que os serviços prestados em três níveis de governo no Brasil, não se compara com qualidade de atendimento dos serviços públicos prestados pelos países acima mencionados.  Apesar de percentual de gastos com os servidores públicos serem expressivamente mais alta que os países desenvolvidos, a qualidade de serviços oferecidos pelos poderes públicos no Brasil é de péssima qualidade.  

Diante da constatação, salta aos olhos, a premência necessidade de fazer a reforma Administrativa, além da Previdência e Tributária.  

Brasil gastou R$ 928 bilhões com servidores públicos em 2018.

Ossami Sakamori



quinta-feira, 18 de julho de 2019

Paulo Guedes libera R$ 100 bilhões do FGTS.



O ministro Paulo Guedes da Economia parece ter acordado com a situação real da economia, que é de "depressão", conforme comentado em sucessivas matérias deste blog.  O governo vai liberar uma parcela das contas dos trabalhadores com carteira assinada.  Segundo o Ministério da Economia, isto vai possibilitar o crescimento econômico do País acima de 1% no primeiro ano do governo Bolsonaro.

Ainda, segundo o Ministério da Economia, a injeção de cerca de R$ 100 bilhões, referente à liberação do PIS e FGTS, dinheiro privado dos trabalhadores ativos, vai trazer incremento de 0,3% no crescimento do PIB, que o próprio governo estima, sem a liberação destes recursos em 0,81%. 
Na minha opinião, a estimativa do governo sobre a projeção inicial de 0,81% é otimista demais.  Sendo assim, minha nova projeção para economia do País para o ano de 2019 em nível positivo, porém, muito abaixo do 1% previsto pela equipe do Paulo Guedes.

Dois fatos a destacar nesta medida anunciada pelo Ministério da Economia.  O primeiro fato é que, o dinheiro é de propriedade dos trabalhadores, com carteira assinada, e este vai retornar ao "consumo", alavancando o crescimento econômico pífio, porém, em terreno positivo.  O segundo fato é que com a retirada de perto de R$ 100 bilhões dos recursos do PIS e FGTS, o País deixa de financiar projetos importantes como aqueles destinados à Minha Casa Minha Vida e saneamento básico.  Ganha-se de um lado, mas perde-se de outro.  

O governo Bolsonaro, no desespero, vai tirar os recursos tradicionalmente destinado aos investimentos para injetar diretamente no consumo.  A verdade é que o ministro Paulo Guedes tentou junto ao Banco Central, liberar o depósito compulsório dos bancos no mesmo montante, mas não conseguiu.  O que o ministro Paulo Guedes faz é uma anomalia, um ato de "desespero".  A política monetária em qualquer país é, tradicionalmente, conduzida pelo Banco Central.  Seja como for, a liberação dos recursos dos trabalhadores, ainda com carteira assinada, vai trazer algum alento à economia neste final do ano.

Paulo Guedes libera R$ 100 bilhões do FGTS.

Ossami Sakamori

É permitido reprodução desta matéria.  

terça-feira, 16 de julho de 2019

O novo IVA poderá ter alíquota de 30%



O ministro Paulo Guedes contesta a reforma tributária, de autoria do deputado Baleia Rossi, MDB/SP, em tramitação na Câmara dos Deputados.  O Ministério da economia prevê que o novo tributo, IBS - Imposto sobre Operações com Bens e Serviços, que incidiria sobre o consumo, seria o maior imposto sobre o valor agregado, o IVA, do mundo.  Calcula o Ministério que o IBS deverá ter alíquota de 30% sobre consumo.  O que há, na realidade, é uma disputa exposta pela reforma da Previdência, entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.  Em síntese as duas propostas levam ao mesmo efeito, a simplificação tributária. 

A proposta do Planalto, o que está sendo exposto na grande imprensa, é um IVA, sem computar o ICMS e ISS.  Na essência, não tem nenhuma diferença.  Nada impede que na tramitação do projeto do Baleia Rossi, exclua o ICMS e ISS, baixando a alíquota para algo como 20% ao invés de 30%.  Vamos lembrar que a atual carga tributária, somado todos impostos, federais, estaduais e municipais, está ao redor de 36% do PIB.  Em tese, a simplificação tributária proposta pelo deputado Baleia Rossi traria recuo na incidência de impostos, de 36% para 30%. 

A reforma tributária do Baleia Rossi, MDB/SP, tem o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, DEM/RJ.  Sob liderança do presidente da Câmara, a reforma tributária deverá sair à "cara do Centrão".  Como a tramitação da reforma da Previdência só terá aprovação pelo Congresso Nacional no final de setembro, dificilmente a reforma tributária será aprovada ainda este ano.  Sendo a reforma tributária aprovada no primeiro semestre de 2020, na melhor das hipóteses, o novo formato do imposto só entrará em vigor em 2021. Os novos impostos só entram em vigor no exercício seguinte ao ano da aprovação, de acordo com a Constituição.

O novo IVA poderá ter alíquota de 30% sobre o consumo.

Ossami Sakamori

É permitido reprodução do todo ou parte. 

segunda-feira, 15 de julho de 2019

Brasil não sai da depressão, em 2019



Na segunda-feira passada, dia 8, Boletim Focus do Banco Central revisou a previsão de crescimento do PIB - Produto Interno Bruto do Brasil pela 19ª semana seguida. A estimativa anterior que era o crescimento do PIB para 2019 em 0,85% passou para 0,82%.  A previsão está cerca de 1/3 do estimado na primeira semana deste ano, que era de 2,57% de crescimento do PIB neste ano.  No ritmo que vai, o PIB deste ano deve terminar no terreno negativo (-), configurando assim, o "estado de depressão" que o País vive desde 2015.  É herança maldita?  Adianta "colar" rótulos à essa altura?

Para mim, na função de articulista econômico, não é nada agradável anunciar previsão da continuação da "depressão" do País.  Na vida privada, vivo de consultoria de empresas.  Esse clima de "pessimismo" está permeado no meio empresarial, sobretudo do setor produtivo.  O setor que continua rindo atoa, ainda, é o segmento de investidor especulativo, que vulgarmente, o denomino de "agiota" do mercado financeiro.  Para este último setor, o mercado está à mil maravilhas. O Tesouro Nacional vem pagando juros reais positivo ao redor de 2,5% ao ano, para uma inflação próximo de 4%.  Isto é hilário!

O presidente Bolsonaro, infelizmente, perdeu a queda de braços com o Congresso Nacional na aprovação da reforma da Previdência.  Por mais que o presidente da República considere o modo de agir do Congresso Nacional como o da "velha política", o próprio presidente fez parte dela ao longo dos últimos 28 anos de vida parlamentar.  Não adianta, querer mudar a imagem de ser um presidente da República da "nova política".  Jair Bolsonaro é o retrato perfeito da "velha política".  

A reforma da Previdência só será aprovada pelo Congresso Nacional lá pelo final do mês de setembro.  Após a reforma da Previdência, virá a agenda mais pesada que é a da reforma tributária.  Pelo último desenho político, a reforma tributária do Paulo Guedes não passará.  A reforma tributária será a do deputado Baleia Rossi, MDB/SP. Na melhor das hipóteses, a reforma só será aprovada no primeiro semestre de 2020 e entrar em vigor em 2021.  Paulo Guedes pode ir tirando o seu "cavalinho" da chuva, que a reforma tributária dos sonhos dele, não passará no Congresso Nacional.

E, não venham com história de que sou um "fabiano".  Sou muito mais patriota e de direita do que muitos novos adeptos à economia liberal. O meu blog que combateu Dilma no auge da popularidade (77% de aprovação), mostra a minha ideologia.  Enquanto muitos estavam no "sofá", combati a ideologia da esquerda.  E, ponto final. 

Infelizmente, o Brasil não sairá da "depressão", em 2019. 

Ossami Sakamori

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domingo, 14 de julho de 2019

Estrela do Paulo Guedes está em decadência


É falsa a notícia da grande imprensa de que, com a reforma da Previdência aprovada pelo Congresso Nacional, o País vai retomar o rumo do crescimento econômico, ainda neste ano.  Sinto dizer, repetindo as minhas matérias anteriores, de que a reforma da Previdência é "hipossuficiente" para fazer voltar o Brasil ao caminho do crescimento econômico sustentável.  O "buraco" do Brasil está bem mais para baixo!

O Brasil está mergulhado em profunda "depressão econômica" só igualada com a crise econômica mundial de 1929.  O País entrou na rota da "depressão" em 2015, com queda do PIB em 2015 e 2016.  De lá para cá, o crescimento do PIB foi pífio, no entorno de 1%, número que mal cobre o crescimento populacional vegetativo do País.  Com a mudança do governo, de esquerda para ao de direita, o povo brasileiro esperou com a "mudança radical" na economia, de conservador para liberal.  Isto foi sonho de verão!  Parece que o sonho de crescimento econômico sustentável, como o do Chile, está longe de acontecer no Brasil, pelo menos no curto prazo.

No episódio da aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados, ficou visível a falta de "bancada do governo".  Quem comandou a aprovação da reforma da Previdência foi o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.  E pior dos piores aconteceu na votação do projeto de Emenda Constitucional, a reforma da Previdência só foi aprovada com o empenho e votos do "centrão".  Ficou evidente, que o governo não tem votos suficientes no Congresso Nacional.  Evidente, ficou também, de que quem decide é o "centrão", tudo como dantes do governo Bolsonaro.  A reforma da Previdência ainda terá que passar pelo segundo turno na Câmara dos Deputados e ainda terá que ser aprovado pelo Senado Federal.  Isto só vai acontecer no final de setembro, último mês do terceiro trimestre deste ano.  Acho difícil a aprovação da reforma tributária, um outro pilar da economia, ainda este ano.  Isto é agenda para 2020.

Infelizmente, o presidente Jair Bolsonaro fez o papel de "Rainha da Inglaterra", como ele próprio repudia a assumi-la.  Não saberia afirmar se vem para o bem ou para o mal, mas a estrela do Paulo Guedes está em "decadência".  Se eu estivesse no lugar dele, pegaria o boné e cuidaria dos meus negócios.  

Cada um é cada um, Guedes deve saber o que fazer da vida dele.

Ossami Sakamori

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sexta-feira, 12 de julho de 2019

Eduardo Bolsonaro, Embaixador do Brasil nos Estados Unidos.

Crédito de imagem: Veja

Ontem, dia 10, presidente da República Jair Bolsonaro, anunciou a indicação do seu "Zero 3", o terceiro filho, como Embaixador do Brasil nos Estados Unidos.  Eduardo Bolsonaro é formado em Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2008.  Antes de ingressar na política, ele era escrivão da Polícia Federal, concursado.  Atualmente, ele é deputado federal pelo PSL/SP.  

Ele, Eduaro Bolsonaro, tem "cacife" para ocupar qualquer função pública pelo fato de ser o deputado federal mais votado do Brasil, com 1.843.735 votos dos paulistas.  É claro, antes de tudo, ele é o terceiro filho do presidente da República, Jair Bolsonaro.  Ontem, dia 10, Eduardo Bolsonaro, completou a exigência do cargo de Embaixador, de ser maior que 35 anos.  

Horas depois do presidente da República anunciar o nome do filho para o cargo de embaixador na maior economia do mundo, ontem, o deputado Capitão Augusto, PR/SP, aliado do presidente Bolsonaro, protocolou uma Emenda Constitucional que autoriza um deputado de se tornar diplomata sem ter que renunciar o mandato parlamentar.  Eduardo Bolsonaro é atualmente, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.  

Único defeito que vejo, é que ele é aluno obediente, "de carteira", do escritor polêmico Olavo de Carvalho, conhecido como "guru" do presidente Bolsonaro.  Espero que, se nomeado Embaixador do Brasil para os Estados Unidos, que ele exerça e cumpra a função com independência, sem firula ideológica e sem o "guru", como tiracolo. 

Eduardo Bolsonaro será Embaixador do Brasil nos Estados Unidos e pronto.  Não se fala mais nisso!

Ossami Sakamori

É permitido reprodução desta matéria, sem prévia autorização.


segunda-feira, 8 de julho de 2019

CPMF pode voltar com força!



Praticamente, dada como certa a aprovação da reforma da Previdência pelo plenário da Câmara dos Deputados nesta semana, o assunto da "reforma tributária" ganha espaço e força na imprensa brasileira.  Como foi dito na matéria de ontem, a reforma da Previdência é "hipossuficiente" para cobrir os "rombos fiscais", incluído pagamento de juros da dívida pública do Brasil.  A reforma tributária não pode ser postergada para o próximo ano sob risco de ter mais um ano de paralisação na economia.  O Brasil não aguenta mais um ano de crescimento pífio, como deste ano.

O ministro da Economia, embora não afirme, defende a criação do IVA - Imposto do Valor Agregado que substituiria alguns impostos federais como IPI, PIS, Cofins e outros, deixando de fora o Imposto de Renda e a CIDE.  Não está definido no esboço da proposta, a inclusão ou não sobre Contribuição patronal sobre a folha de pagamento e nem tão pouco contribuição para manutenção do sistema "S", Senai, Sesc, etc.  O primeiro percentual do IVA aventado é de 25% não cumulativo, como ponto de partida. 

No entanto, volta a ganhar força, a recriação da CPMF, substituindo todos outros impostos federais.  A ideia inicial do Paulo Guedes era recriação da CPMF, o que foi "vetado" pelo então candidato à Presidência, Jair Bolsonaro.  O autor da proposta do Imposto Único, no formato da CPMF, era do atual Secretário da Receita Federal do Brasil.  As novas iniciativas aparecem com a divulgação de um estudo feito pelos empresários bem sucedidos, Luciano Hang e Flávio Rocha. Estes últimos, sugerem a recriação da CPMF com alíquota de 2,5% sobre todas transações financeiras.  

A CPMF pode voltar com força!

Ossami Sakamori

É permitido reprodução desta matéria.

domingo, 7 de julho de 2019

Paulo Guedes mente!



Com a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados, nesta semana, o mercado financeiro está otimista.  O ministro Paulo Guedes comemora a aprovação de uma das reformas estruturantes que o Brasil espera, com muito otimismo.  O governo Temer já tinha feito o esboço da reforma previdenciária, na sequência da reforma trabalhista, já em vigor.  No entanto, o envolvimento do Temer na Lava Jato, a tarefa ficou para o atual governo.  Seja como for, a reforma da previdência deverá ser aprovada pelo Congresso Nacional como saiu da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, até o final de setembro pelo Senado Federal.

É muito cedo para comemoração num País que está no atoleiro de "rombos fiscais", desde 2015. A principal causa do "déficit nominal", não é propriamente o "rombo da previdência".  Eu já escrevi que a reforma da previdência é hipossuficiente para retomada do crescimento e não vejo motivo para mudança do pensamento.  O maior problema do Brasil está no pagamento de juros da dívida pública federal cujo estoque já está no patamar de R$ 5,5 trilhões brutos ou R$ 3 trilhões líquidos.  O valor corresponde grosso modo ao pagamento de juros da dívida pública em R$ 375 bilhões ao ano.  

 A economia que virá com a reforma da previdência será ao redor de R$ 100 bilhões ao ano, já que a economia está projetado para 10 próximos anos é de R$ 1 trilhão.  Paulo Guedes e o Palácio do Planalto insiste e a grande imprensa insiste na divulgação do número de R$ 1 trilhão, para dar a "falsa ideia" de que a reforma da previdência resolve todos os problemas fiscais do Brasil.  O "rombo fiscal", somado o "déficit primário" e os "juros da dívida pública", ultrapassam R$ 500 bilhões por ano.  Como pode ver, mesmo após a reforma da previdência aprovada, o "rombo fiscal" continua a ser gigantesco R$ 400 bilhões anuais, pelo menos nos próximos anos, com tendência de aumento.  

Nem é necessário ser um gestor público,  Paulo Guedes do Ministério da Economia ou Campos Neto do Banco Central, para ensaiar um prognóstico de que o País está longe de entrar na rota de crescimento econômico sustentável.  Desafio os formuladores da política econômica contrapor à minha afirmação, sem utilizar das filigranas econômicas.  O povo já cansou das "mesmas ladainhas" utilizadas pelos governos anteriores.  A prioridade para os gestores públicos, será sempre, atender os investidores especulativos em detrimento aos investidores produtivos.

Enquanto não for feito, no mínimo, a prometida reforma tributária, o Brasil não entrará na rota do crescimento econômico sustentável.

Ossami Sakamori

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sexta-feira, 5 de julho de 2019

Sadi Gitz deixa mulher e 5 filhos


O empresário Sadi Gitz cometeu suicídio na manhã dessa quinta-feira, dia 4, durante um evento com a presença do ministro Bento Albuquerque de Minas e Energia e do governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD/SE), em Aracaju.  Segundo a imprensa local, ao término da fala do governador, o empresário, que se encontrava na plateia, falou algumas palavras e, em seguida, disparou um tiro contra a própria cabeça. 

O seminário que seria realizado no hotel Radisson, em Aracaju, iria discutir o rumo do setor de gás no Estado, foi suspensa por governador Belivaldo Chagas.  Em nota oficial o governador do Sergipe, declarou que "lamenta o ocorrido com o empresário Sadi Gitz, dono da cerâmica Escurial. A cerâmica já estava em recuperação judicial, sendo obrigado ao pagamento antecipado de gás para manter a fábrica em funcionamento.  O empresário era sobrevivente de milhares que empresas que enfrentam as mesmas dificuldades, no meio a pior depressão dos últimos 100 anos.  

O episódio serve de reflexão aos governantes, independente de matizes ideológicas.  Por outro lado, culpar somente o governo do PT pela depressão seria uma covardia e uma "desculpa" pela falta de uma política econômica e monetária adequada para tirar o Brasil do atoleiro se meteu.  Apenas, uma vaga ideia do liberalismo econômico do Paulo Guedes e política monetária ortodoxa do Campos Neto não levará o País ao rumo do desenvolvimento econômico sustentável.  

Com a tragédia, o País perde cerca de 200 funcionários e o bravo empresário deixa mulher e 5 filhos.     

Ossami Sakamori

O autor desta matéria é consultor de empresas, em gestão financeiras.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Reforma da previdência será aprovada na próxima semana!



A Comissão Especial da Câmara dos Deputados deve votar, hoje, o relatório da Previdência. Se aprovado, eu creio que será, o projeto vai para o plenário da Câmara na próxima semana, antes do recesso parlamentar que inicia no dia 17 de julho.  Na prática, o recesso parlamentar inicia somente após a aprovação da LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias do próximo ano, 2020.  E a LDO só será colocada em votação após a votação da Reforma da Previdência.  É reforma da previdência será a faca no pescoço dos parlamentares que esperam ansiosamente pelo recesso parlamentar (férias). 

Hoje, até o undécimo segundo, o texto final do relatório poderá sofrer modificações.  No entanto, ao que parece, tudo está pacificado.  Além da intensa articulação do presidente Rodrigo Maia, pela ausência do líder do governo, o relatório será aprovado, graças à articulação do presidente da Comissão, Marcelo Ramos (PL/AM) e do relator Samuel Moreira (PSDB/SP).  O relatório, aprovado na Comissão, irá para a votação no plenário da Câmara dos Deputados, na semana que vem.  Segundo presidente Rodrigo Maia (DEM/RJ), o relatório terá aceitação da maioria absoluta da Câmara dos Deputados que corresponde a 308 votos dentre 513 deputados.  Aprovado o texto na Câmara dos Deputados, no início de agosto, inicia o processo de análise e aprovação pelo Senado Federal.  O relator da reforma da previdência no Senado será o senador Tasso Jereissati (PSDB/CE).  O jogo já está jogado no Senado Federal, só não sabemos com que placar.

O mercado financeiro, também, já "considera como aprovada" a Reforma da Previdência, por isso não deverá ter grande alterações no índice Bovespa e nem tão pouco alteração na cotação do dólar.  O mercado já "precificou" a aprovação da reforma da previdência.  

O texto final da Reforma da previdência será aprovada pela Câmara dos Deputados, na próxima semana!

Ossami Sakamori

quarta-feira, 3 de julho de 2019

Acordo Mercosul - União Europeia : Quem ganha e quem perde


A nova presidente da Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia é a Ursula von der Leyen, até então ministra da Defesa da Alemanha, foi eleita nessa terça-feira, dia 2, substituindo o atual presidente Donald Tusk.  Ela é aliada da poderosa Chanceler Angela Merkel.  Ao mesmo tempo, foi anunciado o nome da Christine Lagarde para o posto de Banco Central Europeu (BCE), instituição responsável pela política monetária da zona do euro. 


O que nós, brasileiros, temos a ver com isso?  Tem tudo a ver. Após a aprovação pela União Europeia o Acordo comercial entre os blocos Mercosul e União Europeia, a Comissão Europeia, que desempenha função semelhante ao do Poder Executivo, comandará a implementação do Acordo comercial entre os blocos.  Ao contrário do que a grande imprensa brasileira dá destaque, o Acordo só se dará início daqui a 1 ano e meio. Neste período, os países que compõe o bloco Mercosul e os que compõe o bloco União Europeia, deverão aprovar o Acordo pelos respectivos poderes legislativos.  São 28 nações que compõe o bloco europeu e 4 países do bloco sul-americano.  É um longo caminho a percorrer, sobretudo pelo lado dos europeus.  

A anunciada vantagem anunciado pelo governo brasileiro, em números absolutos, pode não se concretizar.  Pelo lado do Mercosul, ganha em exportação de produtos primários, sobretudo agrícola.  No entanto, pelo lado do bloco União Europeia, ganha em exportação de insumos e produtos de alta tecnologia.  A velha fórmula do comércio, a da troca de produtos primários pelos produtos industrializados continuam igual a dos tempos coloniais.  Sem a menor dúvida, nessa troca comercial, quem ganha serão os europeus.  

Ossami Sakamori

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