Crédito da imagem: Exame
Não chora, não, Dilma!
Amanhã, será o seu último adeus ao sonho que esperava ter vivido para entrar na história e na memória eterna do povo brasileiro. Não, Dilma, não será assim, pela sua própria escolha.
Não chora, não, Dilma!
Amanhã, você poderá, ainda, decidir pela renúncia ao cargo máximo da República Federativa do Brasil, país que você imaginou ser varanda do seu apartamento em Porto Alegre. Dilma, você poderá entregar o pedido de renúncia ao cargo de Presidente da República, antes da abertura dos trabalhos nesta segunda-feira, dia 29.
Não chora, não, Dilma!
A narrativa que você quis construir, de uma guerrilheira, de uma mulher macho, de uma mulher alinhada com a ideologia socialista, não será possível completar. Dilma, a narrativa da sua vida não ficará como você desejava que fosse. Dilma, o mundo, felizmente, não está sujeito à vontade de apenas um indivíduo ou de apenas "uma indivídua", se assim você preferir que a trate.
Não chora, não, Dilma!
Você mesma procurou o caminho do impeachment, pela sua arrogância, sua falta de humildade, sua soberba, de se achar uma mulher que iria ficar na história do País como gerentona. Dilma, o tratamento que você própria quis construir junto com o seu padrinho político, a gerentona, está longe de ser a verdade.
Não chora, não, Dilma!
A sua arrogância e sua incompetência levou o País a bancarrota, ao maior desastre do último século. Dilma, você destruiu o Brasil com sua incompetência e sua arrogância. Dilma, você deixou legado ao povo brasileiro, que levará alguns anos até poder recuperar a autoestima, o orgulho perdido.
Não chora, não, Dilma!
Durante longos 13 anos no comando, direta ou indireta, da maior Companhia estatal do País, implantou ou deixou implantar o maior esquema de ladroagem dos cofres públicos da história brasileira. Dilma, não adianta dizer que não tem sua assinatura nos papeis da burocracia porque todos fatos comprovam o seu digital nos atos de lesa pátria.
Não chora, não, Dilma!
Nem o ex-presidente da Câmara dos Deputados e nem o seu substituto natural ao cargo de presidência de República, são os seus algozes como quer fazer parecer aos menos avisados, a sua platéia preferida. Dilma, você própria cavou a sua própria sepultura, pela sua soberba e arrogância. Dilma, não há golpe! Não há golpe dos seus inimigos políticos ou golpe de estado como quer fazer parecer.
Não chora, não, Dilma!
À partir de amanhã em caso de renúncia ou à partir do término da votação do impeachment, finalmente, o povo não será mais obrigado a usar o tratamento tão inadequado, a de "presidenta" da República. Dilma, no futuro, certamente, haverá uma mulher na presidência de República, mas esta não mais se tratará como "presidenta", felizmente, aos ouvidos dos brasileiros letrados.
Não chora, não, Dilma!
Amanhã, dia 29, estará no plenário as "dilmetes", sob o comando de uma beneficiária de muitas ladroagens, a sua fiel escudeira. Dilma, vou reproduzir abaixo a imagem das "dilmetes" para guardá-la para sua história da vida política. O povo, não terá nenhuma saudades deste triste episódio da República.
Não chora, não, Dilma!
Volte ao aconchego da sua família em Porto Alegre, junto à filha, genro e netos, porém, sem o séquito de segurança paga pelo contribuinte. Dilma, você já prestou o desserviço ao povo brasileiro. Dilma, você já afundou o País no último degrau da economia com dezenas de milhões de desempregados, com perspectivas sombrias das suas vidas.
Não chora, não, Dilma!
Amanhã, no plenário do Senado Federal, ao se defender, não chore! Dilma, amanhã, você se mostre mulher macho que enfrenta a adversidade. Dilma, amanhã, não se faz de vítima do golpe, porque golpe foi você que deu à população com promessas falsas em eleições. Dilma, felizmente, o Brasil respira o estado democrático de direito. As instituições da República Federativa do Brasil, obedecendo a Carta Magna da República, lhe proporcionou todas chances de defesa da permanência no cargo.
Não chora, não, Dilma!
Dilma, arrume sua mudança com destino a Porto Alegre, tão rápido possível, deixando o Palácio da Alvorada para os novos inquilinos previsto pela Constituição da República. Dilma, dê seu último adeus aos Palácios, porque o povo brasileiro, não aguenta mais pronunciar o seu nome e nem vê-la dando pedaladas nos arredores da Alvorada.
Não chora, não, Dilma!
Dilma, vá com Deus ao seu destino! Vá com humildade, que lhe falta, para se recolher à vida doméstica, cuidando da filha, do genro e dos netos, em Porto Alegre, donde nunca deveria ter saído. Dilma, recolha-se à sua insignificância de origem.
Não chora, não, Dilma!
Deste que escreve estas linhas, não encontrará nenhuma gota de lágrima, neste derradeiro momento da sua vida política.
É com prazer que digo: Adeus Dilma!
Ossami Sakamori