Hoje, último dia do mês de julho, não tenho nenhuma novidade na área de contas públicas, a não ser, a divulgação do "contingenciamento" de R$ 15 bilhões no Orçamento da União, deste ano, com vista a adequar a execução dos gastos públicos, dentro do LOA - Lei Orçamentária Anual, aprovado no ano precedente. Isto tudo, é para "inglês" ver, porque os gastos públicos caminham para mais um "déficit fiscal" no ano em curso. Isto vamos conferir no final deste ano. Tomara que eu esteja errado.
Embora, eu não seja comentarista da área política, não poderia deixar de passar em branco o assunto do "auto posse" do presidente Nicolas Maduro, como presidente da Venezuela, sobretudo em função do "posicionamento" do Brasil sobre o assunto. A OEA - Organização dos Estados Americanos, que é o principal fórum regional para o diálogo, análises políticas e tomada de posições, manifestou contrariamente ao "auto posse" do presidente venezuelano, apesar do candidato da oposição ter mostrado na mídia, o resultado de 74% das urnas favoráveis ao seu candidato.
Enquanto isso, o Partido dos Trabalhadores, PT, do Brasil, manifestou reconhecimento da vitória do Nicolas Maduro como presidente da República. O Presidente Lula, após séries de consultas ao seu "adido informal" da diplomacia brasileira, Celso Amorim, finalmente, declarou o processo de eleições perfeitamente normal, incitando o presidente eleito da Venezuela apresentar as "atas das eleições", que comprovem a lisura das eleições. Lembrando que o Comitê eleitoral é formado pelos membros indicados pelo próprio Executivo, ao contrário do Brasil, que o TSE é, em tese, um órgão independe do Governo.
Com exceção da Bolívia, os principais países da América Latina, manifestaram "desconfiança" ao resultado antecipada pelo Nicolas Maduro. O Brasil, através do seu Presidente da República, manifesta a confiança e lisura das eleições, eivadas de dúvidas pelos principais atores políticos globais. Vamos lembrar, também, que na posse do Presidente Lula, em janeiro de 2023, o presidente Nicolas Maduro, foi o único chefe do Estado que mereceu "recepção de honra" no Palácio do Planalto.
Na véspera da sua manifestação, o Presidente Lula, conversou, segundo a grande imprensa, com o presidente americano, Joe Biden, cujo chefe da diplomacia, Antony Blinken, declarou aguardar o resultado definitivo das eleições, confirmado pelos órgãos competentes e aceito pelos organismos multilaterais.
Enquanto isso, na capital venezuelana cresce as manifestações dos membros do partido da oposição, que garante ter eleições ganhas, conforme as 74% das atas apuradas. A líder da oposição Marina Corina Machado, ex-deputada e líder da oposição, exige do Nicolas Maduro a entrega das atas de eleições, que demonstre a "suposta" lisura das eleições. As últimas notícias dão conta de manifestações contrário ao autoproclamado Nicolas Maduro, com mortes e centenas de manifestantes presos.
O Brasil é mais uma vez, centro de controvérsia, após o episódio da tomada de posição desfavorável ao Israel, no conflito entre grupo terrorista Hamas e israelitas na Faixa de Gaza, após ataque do Hamas, no dia 7 de outubro do ano passado. O Presidente Lula se posiciona, junto com o presidente boliviano, contrariamente aos demais países da América Latina, na "posição favorável" ao ditador venezuelano, Nicolas Maduro. A foto do topo, demonstra claramente, a afinidade entre ambos.
Ossami Sakamori