sábado, 30 de novembro de 2013

Apesar de 47% na DataFolha, Dilma não se reelege!

Dilma se reelegeria com 47% de votos contra 19% do Aécio e 11% do Eduardo Campos, se eleições fossem realizadas hoje, foi o que constatou a pesquisa DataFolha divulgada hoje.  Em relação à pesquisa anterior houve crescimento da Dilma e recuo para o Aécio Neves e Eduardo Campos.

Acontece que as eleições não acontecem hoje.  As eleições estão marcados para dia 5 de outubro do ano que vem.  Até lá, muitas águas vão rolar.  O quadro econômico ao que tudo indica deverá estar pior do que o quadro de hoje.  É provável, também, que haja abertura de investigação sobre o mensalão da Dilma.  Só sabemos que situação da Dilma não vai estar igual a de hoje, isto é mais do que certo.

No meu entender, olhando da janela, concluo que a intenção de voto da Dilma em 47% é muito pouco.  A exposição permanente, em nível nacional, até pelo cargo que ocupa, pela televisão colocando  sempre em destaque o nome da presidente, é natural que Dilma seja lembrada pela população, isto é mais do que óbvio.  Ademais, o governo gasta em verbas publicitárias cerca de R$ 1,5 bilhão para expor a imagem da Dilma.  Deste total, cerca de R$ 700 milhões vai para Rede Globo, plim-plim, só para lembrar.  

A intenção de votos para Aécio em 19% e Eduardo Campos em 11%, sem a mesma exposição que conta a Dilma, considero extraordinário.  Quem é o Aécio fora do estado de Minas Gerais?  Quem é o Eduardo Campos fora do estado de Pernambuco?  Hoje, eles não são nada, em termos de exposição da imagem em nível nacional.  Ainda assim, as intenções de votos somados dá 30%, hoje.  Ponderando todos os fatores expostos, 30% é um bom índice.  

Devido à lei de desincompatibilização dos que estão ocupando cargos executivos, a campanha eleitoral deverá começar à partir do dia 4 de abril do ano que vem.  A pesquisa sobre intenção de voto, começa a ter consistência à partir de então.  Até lá, tudo é joguinho de faz de conta.  Não serve para nada, nem para um lado, nem para outro lado.  

Muitas águas vão rolar debaixo da ponte, ainda.  Fiquem atentos ao fato novo que marcará o primeiro semestre de 2014, o início de investigação do mensalão da Dilma. Se isto vier a confirmar, vai abalar a República do PT.  A maioria dos meus prognósticos tem confirmado porque me baseio em informações de fontes seguras.  Vamos ver para que vieram o MPF e STF. Com o novo procurador Rodrigo Janot à frente da Procuradoria Geral da República, as minhas esperanças ficaram mais vivas do que nunca.   

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori 

Brasil. Os elos perdidos!

Ontem, uma leitora me perguntou o que eu ganho em fazer oposição ao governo Dilma ou se alguém me paga para fazer insistentes críticas à política econômica (sic) do governo Dilma. De repente, caiu-me a ficha.  

O que este dinossauro está a fazer participando em redes sociais e editar blog para expor os seus pensamentos?  Pois, no mundo dos poderosos sou uma insignificância ou melhor não sou absolutamente nada.  Nada de nada!  Sou apenas um reles cidadão no meio de 200 milhões de pessoas que habitam este País.

Explico.  Há 5 décadas que ouço os governantes dizerem que o Brasil é um país do futuro.  Ouço dizer isto desde os meus 18 anos, portanto, há 51 anos passados.  E eu entrei nesta onda.  Vamos dizer, toda população do Brasil entrou.  Há 50 anos, sonhei que o Brasil estaria ombreando com os países desenvolvidos.  Em alguns poucos momentos da história recente, imaginei mesmo que o futuro estava bem próximo.  Mas, foi ilusão de pensamento.  

Restam-me, apenas 1 década no máximo, no meu caso, a assistir este Brasil alcançar o futuro que sempre almejei para minha pátria amada.  E custo a acreditar que os velhos costumes da política brasileira, os mais atrasados possíveis, continuam a vigorar no País.  Os velhos e novos caudilhos querendo impor sua vontade própria, sem se preocupar com o País, apenas se preocupando em satisfazer a sua vaidade própria.  

Em sua maioria, os políticos, conjugam o verbo na primeira pessoa do singular, EU.  E utilizam o pronome no singular, MEU.  Não me lembro de ter votado para entregar o meu País para qualquer um destes, apenas deleguei função de representação legislar ou para administrar as unidades da federação.  

O elo perdido.  

Custo a acreditar que ainda há 22 milhões de pessoas economicamente miseráveis, ganhando menos que R$ 70 per capita mês, índice estabelecido pela ONU.  Isto representa mais do que 10% da população.

Custo a acreditar que ainda há 55 milhões de analfabetos funcionais no País.  Isto representa mais do que 1/4 da população.  

Custo a acreditar que morrem doentes nos corredores dos hospitais públicos.  Há 50 anos não acontecia isto.  Significa que o sistema de saúde não acompanhou o aumento populacional do País.

Custo a acreditar que morrem cerca de 50 mil pessoas em acidente de trânsito, por ano.  Este número é o mesmo que dos soldados americanos mortos na Guerra do Vietnã. 

Custo a acreditar que ocorrem cerca de 50 mil homicídios todos os anos.  Não adianta apenas repressão para acabar com os homicídios.  Vamos lembrar apenas que o País fez investimentos nessas pessoas, mesmo precários, com recursos públicos.

Custo a acreditar que temos apenas 30 mil Km de ferrovias, o modal de transporte o mais viável economicamente, sendo a maioria das linhas sucateadas. Comparativamente, EEUU tem 226 mil Km de ferrovias em operação.  

Custo a acreditar que estamos perdendo exportações de commodities pela deficiência dos portos brasileiros.  Enquanto os países do primeiro mundo navegam em verdes mares.  

Custo a acreditar que o governo não tem capacidade de investimento nem mesmo no modal menos onerosa em termo de inversão de capital, mas a mais onerosa em termo de custo para usuários.  As rodovias brasileira, em sua maioria, estão esburacadas.  

Custo a acreditar que o País não procura alternativas de energia viáveis em quantidade suficiente para atender ao menos a demanda mínima de crescimento do PIB.  A energia elétrica gerado pela hidroeletricidade está no fim.  Parecem que não caiu a ficha dos planejadores do País.

Custo a acreditar que estamos importando combustíveis prontos porque a capacidade de refino de petróleo já esgotou há muito tempo.  Logo vem a crise de porto a atrapalhar as importação de combustíveis prontos.  

Custo a acreditar que o País ainda mantém o monopólio de petróleo, sem que a Petrobras, a única empresa com delegação do governo, tenha capacidade de suprir as necessidades do País em termo de demanda. 

Custo a acreditar que os professores apanhem dos alunos nas escolas.  Isto há 50 anos, seria escândalo!  Houve inversão de valores?  Houve degeneração dos bons costumes?  O que houve realmente não saberia precisar.  Eu mesmo fiz parte do magistério há 40 anos passados.  Éramos respeitados. Éramos, eu disse.

Custo a acreditar que o País é governado pelos presidentes ladrões, sem escrúpulos, sem vergonha na cara, incapazes para o exercício do cargo.  Todos, sem exceção, querem ser os heróis ou salvadores da pátria.  Disputam espaços na história do País.  Todos que passaram pela história deste País foram ou são vaidosos e egoístas.  Nenhum deles pensaram ou pensam na população que os elegeram ou que a elegeu.  

O meu pedido.  Deixe-me, este reles cidadão, que não tem expressão nenhuma no contexto político, manifestar os pensamentos, iludido de ver o Brasil do futuro ainda em vida.  Para mim, só tem 10 anos para acontecer!  E para você, tem quantos anos? 

Vamos apostar no Brasil, procurando restabelecer os elos perdidos, vamos?  Vamos jogar o osso no ar para ver o que acontece?  

Ossami Sakamori


sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Aumento da gasolina na bomba vai ser uma bomba!

O aumento de combustíveis veio menos que o mercado esperava.  A Petrobras anunciou o aumento de 4% para gasolina e 8% para diesel.  Ainda assim, segundo Graça Foster a gasolina está defasada em 6,5% e diesel em 19%.  Aqui funcionou a política dos preços administrados pela Fazenda, na tentativa de conter a inflação.

Pelo reajuste anunciado, menor do que o esperado, está praticamente certo de que virá pelo menos mais um aumento no primeiro semestre do ano que vem.  A Petrobras continuará arcando com o prejuízo devido a defasagem de preços.  Isto vai causar o aumento de endividamento da Companhia, que já está no limite de risco estabelecido por ela mesma.  Com certeza o Plano de investimento da Petrobras de US$ 236 bilhões, fica adiada por tempo indeterminado.  

Qual é o impacto da defasagem do preço dos combustíveis entre o mercado internacional do petróleo e o preço dos combustíveis na bomba?  Fala-se que o petróleo é nosso, portanto não teria nenhum impacto, tanto para a Petrobras como para a balança de pagamentos do País.  Tudo mentira!  A defasagem de preço dos combustíveis na bomba e preço internacional do petróleo influi decisivamente, nos dois itens enumerados.

O Brasil consome 3,2 milhões de barris/dia de petróleo, enquanto produzimos 2,0 milhões de barris/dia.  O tão festejado petróleo do pré-sal, proveniente do campo de Libra, só vai produzir petróleo à partir de 2020, portanto continuaremos importando petróleo, sim.  Se considerarmos importação de petróleo na forma bruta, considerado preço de US$ 100 por barril, o Brasil dispenderia só em conta petróleo cerca de US$ 43,8 bilhões no próximo ano.  

Como as nossas refinarias não produzem tudo que consumimos, o País é obrigado a importar combustíveis prontos, aumentando ainda mais o dispêndio da conta petróleo na balança comercial.  Não há exportação fictícia de plataformas marítimas que cubra o déficit comercial por conta do petróleo.  E as nossas novas refinarias, uma em Pernambuco e outra no Rio de Janeiro, só começarão produzir combustíveis somente à partir de 2015.  

O efeito do aumento dos combustíveis, somente será sentido no índice inflacionário, no primeiro trimestre do ano que vem.  O aumento de combustíveis será agravado, com o aumento do preço de etanol na bomba, em função da entre-safra do cana de açúcar que começa em meado de dezembro e se estende até o início de abril.  No mês de janeiro tem ainda, para agravar o índice inflacionário o aumento do salário mínimo.  

Por todos fatores considerados, embora o aumento dos combustíveis tenha vindo abaixo da expectativa do mercado, é como jogar a gasolina na fogueira, literalmente.  Como o próximo ano é ano de eleições, a presidente Dilma, tem medo de utilizar os instrumentos clássicos de contenção da demanda para segurar a inflação.  

O aumento da taxa básica de juros anunciados pelo Banco Central na última quarta-feira para 10%, para uma inflação oficial, IPCA de 5,85%, foi muito infeliz, também.  Como não houve medida de contenção de consumo, a taxa Selic acaba funcionando como fator de realimentação da inflação, bem ao contrário do que apregoa o Banco Central.  Foi um tiro no pé, também. 

Apesar da inflação oficial, IPCA, estar dentro do teto da meta de 6,5%, a inflação do bolso está beirando a marca de 2 dígitos.  Isto está parecendo a inflação da Argentina onde a inflação real descolou da inflação oficial.  Há perigo de acontecer situação semelhante no Brasil, a inflação oficial se distanciar cada vez mais da inflação do bolso de cada cidadão. Tomara que a presidente Dilma tenha mente lúcida para não entrar numa furada como a da Argentina!

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori 


Economia BR. CNI, FIRJAN e FIESP acordaram, até que enfim!

Nada como um dia atrás do outro.  As entidades, as três mais representativas da classe industrial do Brasil, saiu em coro, para criticar o governo Dilma, sobre a política econômica equivocada.  Antes tarde do que nunca.  Vejam os trechos pinçados do jornal Folha e meus comentários.

Folha. Normalmente após um aumento de juros, empresários da indústria e do comércio saíam em coro para criticar o que chamavam de miopia e de radicalismo do Banco Central para controlar uma possível expectativa de inflação.  O discurso agora é outro: a inflação é fato, e não mais expectativa. E a culpa é do governo, que não faz a lição de casa nem corta os próprios gastos para permitir ao país ter juros menores. 

Folha. "Não precisou combinar nada. CNI, Firjan e Fiesp fazem parte do mesmo grupo. É o grupo que espera, há dois anos, o governo dizer que o pior já passou e que agora vai melhorar. Não dá para melhorar fazendo o de sempre. O que vamos fazer diferente? Cortar gasto para aumentar o investimento", disse André Ribeiro, economista da Firjan. 

Comentário.

Demorou mas caíram na real.   As críticas ainda são pontuais e não traduz ainda a crítica sobre o equívoco generalizado da politica econômica (sic)  da Dilma.  Mas é bom começo.  Até que enfim criaram coragem de criticar sobre fatos consumados.  Este blog vem fazendo isto desde fevereiro de 2012, dada da inauguração, sobre o erro sistêmico da política econômica do governo Dilma.

Critiquei durante todo este tempo, a ausência de agentes privados ou empresários no debate sobre o erro sistêmico da política econômica (sic).  Embora tardia, as entidades como CNI - Confederação Nacional da Indústria, Firjan - Federação das Industria do Rio de Janeiro e Fiesp - Federação das Indústrias de São Paulo, em tom uníssono resolveram mostrar a que vieram.  

Só para lembrar aos leitores e a elas próprias entidades de classe, que o setor industrial que representava 26% do PIB no início do governo Lula, hoje não representa mais do que 13% do PIB.  Grande parte da culpa da desindustrialização e do encolhimento do setor, deve-se à própria adesão sistemática da própria classe à política econômica equivocada dos governos Lula e Dilma.  

Vamos apenas lembrar para refrescar a memória de que as entidades de classe, antes poderosas, perderam espaço de interlocução com o governo, desde que adotou apostura da adesão automática à decisão do poder constituído.  Bons tempos eram aqueles que a voz de uma destas entidades balançava o gabinete presidencial.  

Bons tempos do posicionamento do Fiesp, pós Theobaodo de  Nigris.  Tinha voz ativa, dava o norte para a equipe econômica do governo fazer o planejamento estratégico do setor.  O atual presidente Paulo Skaf era um cara que todos respeitavam pelo seu posicionamento, mas este também aderiu. Quantas vezes, antes, eu me debruçava para ler os seus comentários.  Mas, infelizmente, aderiu ao governo Dilma para viabilizar o seu projeto político de ser alternativa para o Geraldo Alckmin, virando boneco de marionete da Dilma.

Do texto acima, conclui-se que a inflação é fato e não mais expectativa.  A segunda conclusão é de que governo deve cortar os gastos correntes e aumentar os investimentos.  Coisa óbvia, que qualquer estudante de economia enxerga.  Eu mesmo elegi como um dos 7 pecados capitais de um político, gastar apenas o que pode.  Ainda, assim continua ainda com o pensamento equivocado de que juros baliza inflação.  Não, os juros são termômetros, não remédios!

Folgo em saber que não estarei mais sozinho, escrevendo, escrevendo, sempre apontando o equívoco da política econômica do governo Dilma.  Sim, me recolherei no meu devido canto, apenas para fazer coro às críticas do governo Dilma como todo, se de fato as entidades de classe, qualquer que seja do setor produtivo, mostrarem para o País para que vieram.

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Tolerância Zero para deputado traficante!

Folha. O deputado Gustavo Perrella (SDD) usou parte da verba indenizatória a que os deputados estaduais têm direito mensalmente na Assembleia Legislativa de Minas Gerais para abastecer o helicóptero da sua empresa, apreendido no domingo passado (24) com 445 kg de cocaína. Nas prestações de contas apresentadas pelo deputado ao Legislativo Estadual, foram gastos neste ano ao menos R$ 11.253,44 com combustíveis para aeronaves. 

Comentário.  

O deputado em referência cometeu 6 dos 7 pecados capitais elencados por este blog.  Vejamos, então.

1. Mentiu ao povo descaradamente, disse que ele nada sabia.
2. Roubou dinheiro público, abastecendo helicóptero com verba indenizatória.
3. Misturou o público do privado.
4. Comportou-se como baixeza de um marginal.
5. Administrou o dinheiro público com se fosse dar em árvore.
6. Não se comportou como cidadão decente.

Só não fez dívida acima da capacidade do Estado, porque ele é do poder legislativo.

Um político como este que cometeu 6 dos 7 pecados capitais, deveria ser cassado sumariamente, independente do partido que ele pertence.  Não tem essa se é da base do governo ou não.  O sujeito, o deputado, deve ser julgado politicamente, independente do partido que pertence.  

Precisamos urgentemente começar a faxina nos 3 poderes da República, só assim o Brasil merecerá o título da República Federativa.  Só assim o Brasil será orgulho de todos nós!

Queremos o nosso Brasil decente! Vamos apostar no Brasil, com mudança da nossa própria postura, vamos?  

Ossami Sakamori


Brasil paga Selic de 10%, a mais alta do mundo!

Ontem, o Banco Central cravou a taxa básica de juros, Selic, a 10,0% ao ano.  Desde ontem, o Brasil é o campeão em pagamento de taxas básicas de juros reais do mundo.  A conta é simples, juros (10,0%) menos inflação (5,85%) é igual a juros reais (4,15%).  

Vamos fazer a conta rapidinho.  Vamos admitir que a dívida pública federal brasileira é de R$ 2 trilhões como quer considerar o governo quando se fala em dívida pública.  Embora, a taxa efetiva que o Banco Central desembolsa seja ligeiramente superior ao 10% em média, em função de dívidas contraídas a taxas maiores, grosso modo o dispêndio de juros reais, descontado a inflação é de R$ 83 bilhões.  O dispêndio bruto de juros, utilizando o conceito de dívida líquida, sabidamente equivocada, será de R$ 200 bilhões, anuais.

Se o País quiser manter o mesmo nível de endividamento em relação ao PIB, terá que gerar superávit primário de no mínimo R$ 83 bilhões.  Isto é dispêndio somente de juros reais.  Isto equivale a quase o dispêndio do SUS - Sistema Único de Saúde.  Isto é o dinheiro que vai faltar na educação e na segurança pública.  Na realidade é isto que significa o dispêndio de juros reais que governo Dilma apregoa pagar ao mercado.

Os contra minhas críticas querem argumentar que os EEUU, Japão e Alemanha tem dívida pública superior em percentual sobre o PIB em relação ao Brasil.  Sim de fato eles tem endividamento superior que o do Brasil.  Acontece que os países citados pagam ao mercado, na captação, juros reais negativos ou seja abaixo da inflação.  Então, a conta deles são completamente diferentes da nossa.  Brasil paga, desde ontem, juros de 4,5% acima da inflação, comendo uma boa parte da arrecadação do governo federal.  Não há como fazer comparação.  É como querer comparar melancia com abóbora.  

A presidente Dilma e sua equipe econômica, alardeiam e o público engole sem soltar um pio, de que a política econômica do governo Dilma tem fundamentos sólidos.  Não, isto não é verdade!  Este blog vem mostrando ao longo da sua existência (desde fevereiro de 2012) de que há erro sistêmico na política econômica (sic) da Dilma.  

Que fundamentos sólidos, se o Tesouro necessita pagar juros reais, os mais altos do planeta?  Que fundamentos sólidos, se a política fiscal é equilibrada com gambiarras que até os leigos percebem?  Que fundamentos sólidos se o governo está se batendo em fechar a conta da balança de pagamentos?  

Vamos, também, acabar com esse conceito errado de que o aumento da taxa básica de juros, Selic, segura inflação.  Não, não segura nada.  Não estamos nos EEUU, Alemanha ou Japão, onde os fundamentos da economia realmente existe.  A inflação nos EEUU não passa de 2,5% há décadas, na Alemanha está em torno de 1% ao ano e no Japão há deflação.  Curioso é que o novo governo japonês, estabeleceu como meta de inflação a ser perseguido de 2%, na tentativa de estimular a economia.  Japoneses estão atrás da inflação!

A taxa básica de juros reflete o grau de confiança que tem os investidores especulativos.  Quanto mais dúvida sobre a economia do País, mais juros o País terá que pagar.  Quanto mais juros pagar, o País fica com endividamento cada vez mais difícil de solver.  O que aconteceu com os países europeus que estão em dificuldade, como Portugal, Grécia e Espanha.  Eu já disse aqui 300 vezes de que taxa básica de juros, Selic, é termômetro e não remédio para inflação.  Se bobear, a taxa básica de juros muito acima da inflação, poderá realimentar a própria inflação!  

O mercado, nos últimos 20 anos, associou o conceito de que o aumento da taxa básica de juros segura inflação, porque os sucessivos governos, desde os governos FHC, Lula e agora Dilma, venderam a ideia como se isto fosse verdadeiro.  Ledo engano!  O aumento da taxa básica de juros, não diminui o consumo, como entendem os incompetentes formuladores da política econômica.  O aumento de taxa básica de juros enriquecem cada vez mais os já ricos.  Enriquecem os banqueiros, os multinacionais e os que tem financiamentos subsidiados de 3,5% ao ano do PIS, o Bolsa Empresário.  

Há inúmeros mecanismos que inibem o consumo.  Só formuladores da política econômica da Dilma não enxergam.  Nem vou citar aqui, os tais mecanismos, que são bastante técnicos na sua implementação. A equipe econômica sabe disso, os empresários sabem disso, os analistas de mercado sabem disso.  Mas, não piam!

Quem apoia o aumento de taxa básica de juros como fundamento econômico para segurar a inflação, deve ter fugido da escola.  Xô, nem pensar em trazer de volta o Meirelles, Gustavo Franco e Armínio Fraga!  Eles pensam como a dupla Mantega & Tombini pensa.  E o que dizem os candidatos à presidência da República em substituição à Dilma sobre o tema?  Pensam da mesma forma?

Assim, não dá!

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Recado! Os 7 pecados capitais dos políticos.

Sem rodeios, vou direto no assunto.  Já me encheu a postura política dos governantes e dos parlamentares brasileiros. Segue abaixo os 7 pecados capitais que um político deveria observar. 

1.  Mentir ao povo descaradamente.

2. Roubar dinheiro público.

3. Misturar o público do privado, sobretudo em benefício próprio.  

4. Comportar-se como baixeza de um marginal.

5. Administrar o dinheiro público como se ele fosse dar em árvore.

6. Fazer dívida acima da capacidade que o Estado tem.

7. Não se comportar como cidadão decente.

Teria muitos outros pecados que os políticos deveriam observar além desses, mas pelo menos estes 7 teriam que ser postura mínima exigido para ser político com "p" maiúsculo.  Atendidos os quesitos mínimos, o Brasil será um outro País de uma grandeza que merece.

Enquanto as exigências mínimas, tão poucas, não forem cumpridas pelos nosso representantes nos 3 poderes da República, o País está fadado a continuar como republiqueta de 5ª categoria.

Ainda assim, acredito firmemente que o País ainda tem solução.

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori

Por trás da queda de 6,9 % das ações da Petrobras.

Folha. Para Leandro Ruschel, diretor da Leandro & Stormer, a interferência do governo em diversos setores afasta os investidores externos do país.  "O governo tem agido contra os interesses do mercado, e esse jogo, além de perigoso, não tem funcionado. É o caso da Petrobras: a resistência ao reajuste nos preços dos combustíveis visa conter a inflação, mas, mesmo assim, o índice oficial de preços no país continua em patamar elevado", avalia Ruschel. 

Comentário.  Bingo!  Alguns analistas do mercado e a imprensa tem dado destaque sobre política econômica equivocada do governo Dilma.  Ainda bem.  Não estou sozinho nesta luta diária.  Nada como um dia atrás do outro para os analistas e o público perceberem tão nefasta é a política econômica que visa apenas interesse eleitoreiro da presidente Dilma.  Isto já está dando água no barco.

Destaca-se da notícia da Folha as interferência do governo  Dilma sobre os preços administrados que tem afastado os investidores externos.  Outra observação é que as medidas tomadas, equivocadamente, para segurar a inflação não está produzindo efeitos que se esperava.   Foi dito por um leitor deste blog, que inflação se deve à expansão da base monetária, independente de medidas pontuais equivocadas.  

Folha. O Banco Central deu continuidade pela manhã ao seu program de intervenções diárias no câmbio para aumentar a liquidez do mercado e segurar a alta da moeda americana.  A autoridade monetária já tem feito esses leilões com frequência no mercado para tentar conter a alta da moeda americana. 

Comentário.  O que eu tenho dito é confirmado pela Folha.  O governo Dilma, vem segurando a alta do dólar, como parte da política econômica.  As intervenções do Banco Central desde junho último vendendo os títulos do Tesouro atrelados à variação cambial, num montante de US$ 100 bilhões, já não está mais fazendo efeito.  Até porque os títulos denominados de swap cambial tradicional, embora seja atrelado à variação cambial, não é venda futura de dólares.  Digamos que é um dólar falso, um dólar virtual.  

O mercado vem absorvendo com facilidade as vendas diárias destes papeis, é outro sinal de que o mercado acredita na alta do dólar.  Isto traz consequências paradoxais. 

O dólar no patamar mais alto ajuda os setores de commodities e setor industrial brasileiro que terão preços dos produtos competitivos no exterior, voltando gerar o superávit na balança comercial, como era tradicional no Brasil.  No entanto, como o País se tornou "dependente" dos produtos importados, dentro da política econômica que visa apenas dar "sensação" de poder de compra para a população, a alta do dólar influi devastadoramente no índice inflacionário.  Digamos, que seria inflação devido ao custo e não propriamente da demanda.  

Todas estas notícias vieram na esteira da expressiva queda da cotação dos papeis da Petrobras na Bovespa, ontem.  Os papeis da Petrobras tiveram queda de 6,9%, somente ontem.  Esta instabilidade dos preços deverá continuar até reunião do Conselho de Administração da Petrobras na próxima sexta-feira.  Curiosamente, ontem de manhã, antes da abertura do pregão, postei matéria sobre queda de braço entre Dilma e Graça Foster acerca do tema de aumento de combustíveis.  

A minha percepção é de que o mercado financeiro nacional e internacional já estão cansados de ver as gambiarras feitas pelo governo Dilma para tentar equilibrar a já desequilibrada e econômica brasileira.  Brasil da Dilma simplesmente perdeu a credibilidade.  E as consequências virão na sequência, no curto prazo.  O início de 2014, será marcada com o rebaixamento de nota pelas agências de classificação de riscos.  Se bobear viramos Grécia ou Espanha.  

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Aumento de gasolina. Queda de braço entre Dilma e Graça Foster

Esta semana, o Conselho de Administração da Petrobras, vai votar sobre o reajuste automático dos combustíveis, segundo a fórmula apresentada pela Graça Foster, presidente da Companhia.  Havia expectativa de que a fórmula havia sido combinado entre a presidente Dilma e a Graça Foster, mas parece ter feito água.

Presidente Dilma e ministro Mantega, segundo a imprensa, estão em sintonia em relação à matéria.  A Petrobras continuará sendo usado como instrumento de política monetária do governo federal, sobretudo no esforço para manter o índice inflacionário dentro do teto da meta estabelecido pelo Banco Central.  

Devido a proximidade de relacionamento pessoal da Graça Foster com presidente Dilma, desde época do regime militar, o mercado tinha entendido que a Graça Foster, no tocante ao assunto do reajuste automático dos combustíveis, teria tido anuência da presidente Dilma, quando foi anunciado a nova fórmula proposta pela presidente da Petrobras.  Pelo que a imprensa noticia, a relação entre ambas teriam azedada.  Graça Foster não é mais a interlocutora oficial da presidente Dilma.  Não sabemos, onde e quando o elo se rompeu.

Contrariando a expectativa do mercado e da própria Graça Foster, que pressiona pelo reajuste pelo menos "convergente" (termo usado pela Graça Foster) já que é impossível, na atual conjuntura, os reajustes em "paridade" com o preço internacional do petróleo.  Esta prática é adotada em quase todos países desenvolvidos, menos no país do Nicolás Maduro, onde os combustíveis são altamente subsidiados.  Brasil adota ou quer adotar uma fórmula semelhante ao da Venezuela, diferenciando apenas na sua dosagem.

O fato concreto é que o Brasil consome cerca de 3,2 milhões de barris/dia de petróleo, enquanto a Petrobras produz em seus poços em torno de 2 milhões de barris/dia.  A defasagem entre o consumo e produção se deve sobretudo ao aumento da frota de veículos, estimulado pelo crédito fácil do governo Dilma e por conta do apagão no sistema elétrico brasileiro.  Este último, compensado  com acionamento de térmicas movido a combustíveis fósseis.  

Acontece que, como o petróleo é monopólio do Estado, a Petrobras é obrigado a importar cerca de 1,2 milhões de barris/dia, em forma bruta ou pronta para consumo na bomba.  Por outro lado, para agravar ainda mais a situação da Petrobras, as suas refinarias estão funcionando à carga plena, não conseguindo atender à demanda dos combustíveis.  As refinarias em construção entrarão em operação, na melhor das hipóteses, no início de 2015.  Brasil importa combustíveis prontos, evidenciando mais ainda o rombo na balança comercial brasileira.  

Diante  do quadro, a Petrobras importa gasolina no mercado internacional a preços bem acima do que vende nas refinarias.  Com a política de tarifas administradas, contidas, a Petrobras subsidia a gasolina para a população, provocando um "rombo" na geração de caixa da Companhia.  Por enquanto, a Petrobras está recorrendo a empréstimos externos para "bancar" a política econômica equivocada da presidente Dilma.  O próximo aumento deverá vir bem aquém do necessário para mudar a situação econômica e financeira da Petrobras.  Petrobras está virando sucata!

Por estas e outras que refuto a fala da presidente Dilma de que os pessimistas apostam contra o Brasil.  Não, o povo brasileiro não aposta contra o Brasil.  Quem está apostando contra o Brasil é a presidente Dilma!  Veja que situação chegou, com a política econômica (sic) equivocada!  

Dilma, a senhora é a principal culpada disso tudo, por conduzir uma política econômica bolivariana à moda Nicolás Maduro da Venezuela.  Tudo desemboca na crise econômica. Chega uma hora que dá náuseas, só de pensar que Dilma concorre à reeleição!

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Leilão dos aeroportos. A farsa da Dilma.

Terra. Na sexta-feira, Dilma foi mais enfática durante discurso em Fortaleza, logo após o resultado da disputa ter sido anunciado. “Os pessimistas hoje, infelizmente, vão ter um dia de amargura. Não deu errado”, afirmou no momento. 

Comentário.

Não vem que não tem.  Sou a favor da entrega da administração dos aeroportos do Brasil para a iniciativa privada.  Por mim, até que demorou a acontecer.  Ainda assim, as obras necessárias para recepcionar os turistas estrangeiros por conta da Copa do Mundo não serão beneficiados com as melhorias propostas pelas concessionárias.

A presidente Dilma mais parece uma pessoa com síndrome de "perseguida".  Ninguém, nenhum dos 200 milhões de brasileiros torcem contra o Brasil.  Dilma, no cargo de presidente poderia ter dispensado o recado para os "pessimistas".  Para conhecimento dela, nenhum brasileiro torce contra o Brasil.  Só mesmo na cabeça dela, de recalcada, que poderia pensar uma coisa dessa.

No mais, vamos destrinchar um pouco, o resultado fantástico do leilão.  Quase R$ 21 bilhões de receitas para o governo, conforme anuncia a quatro ventos sobre leilões do Galeão e Confins.  Estranho que o governo estimou a receita bruta em R$ 18 bilhões, isto é R$ 3 bilhões a menos do que o valor mínimo que as concessionárias vão recolher ao governo.  Tinha baralho marcado?

No mais, vamos dissecar a receita prevista do leilão, os R$ 21 bilhões.  As concessionárias, se comprometem pagar ao governo, o lance do "pedágio", em suaves prestações anuais no período da concessão.  Isto é, as concessionárias, as duas somadas, vão recolher menos de R$ 1 bilhão por ano ao governo.  Bem diferente do que o governo passa a impressão de que foi arrecadado, no leilão, os R$ 21 bilhões em "cash".  

Outra lance curioso é que do total de menos de R$ 1 bilhão por ano, nas duas concessões, 49% será paga pelo Infraero, uma estatal do governo federal.  Resumindo, as concessionárias vão recolher aos cofres do governo, menos que R$ 500 milhões ao governo federal por ano.  

É certo que o ministério da Fazenda, vai considerar como receita do governo, o total de R$ 21 bilhões que vai receber ao longo do período da concessão, para cobrir o rombo do Orçamento da União, na tentativa de gerar o "superávit primário" prometido no início do ano.  Seria considerar a receita futura como sendo receita presente.  Isto é alquimia do ministério da Fazenda.  

Dá-se impressão de que as empreiteiras vão colocar algum dinheiro na ampliação e melhorias dos aeroportos leiloados.  Ledo engano.  Os investimentos necessários para a ampliação e melhoria, certamente, virão do BNDES a juros subsidiados dentro do programa PIS - Plano de Investimento Sustentável.  

Resumindo, as empreiteiras, só fizeram pose.  Na prática, não vão desembolsar dinheiro nenhum.  Durante o período de operação, vão gerar receitas para pagar os financiamentos do BNDES, as parcelas correspondente ao valor prometido em leilão e custos operacionais de tal forma que ainda dê lucro razoável para os empreiteiros concessionários.  

Mesmo assim, com todas gambiarras não anunciadas pela presidente, fico feliz com o resultado do leilão, contrariando ao imaginário preconceituoso contra os ditos "pessimistas" pela Dilma.  Será que pessimista não seria ela, a Dilma?  

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Ossami Sakamori 




domingo, 24 de novembro de 2013

Inflação. Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Esta é a última matéria da série: Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?  Hoje, vamos falar sobre a inflação do governo Dilma e as consequências que estão por vir.

Eu já disse que o governo Dilma comete um erro sistêmico utilizando como âncoras para segurar os preços, o dólar depreciado e tarifas administradas engessadas.  Como não tem almoço de graça,  estão aparecendo contas para pagar.

Por conta do real apreciado ou dólar depreciado, não está mais fechando a balança de conta corrente, como foi mostrado numa matéria anterior.  Está ao mesmo tempo desindustrializando o País, inviabilizando até a inovação tecnológica no setor.  

Por conta do real apreciado importamos desde os insumos para indústrias até os produtos primários.  Importamos desde componentes de computadores a componentes de panelas elétricas. De produtos primários importamos até feijão da China.  Esta pequena amostra já mostra que o dólar depreciado está causando um estrago violento na economia brasileira.  Está desindustrializando.

Por conta do real apreciado mandamos turistas brasileiros gastarem o dinheiro que não temos, em termo de País, no estrangeiro, ao invés de estarmos atraindo turistas estrangeiros para deixar o dólar aqui dentro.  Dilma optou por esta política populista para manter o índice de aprovação que garanta a sua reeleição.

Quanto às tarifas administradas, é uma questão a ser analisada com cuidado.  A redução de tarifa de energia e contenção do aumento do preço de gasolina na bomba, puxou para baixo a inflação.  Mas, por outro lado, está causando rombo nas contas públicas.  Dilma deu benefícios para consumidores de energia e de combustíveis, para manter a popularidade, mas estourou o Orçamento da União.  

A União não consegue, em razão do exposto, gerar superávit primário para pagar pelo menos uma boa parte dos juros da dívida do Tesouro Nacional.  As tarifas administradas está dando água, já está chegando no limite.  Não tem mais como adiar os aumentos, para pelo menos manter a Eletrobras e Petrobras respirando.

O mercado financeiro internacional e agências de classificação de risco, já deram sinal de alerta.  No mínimo, no próximo ano, os investimentos estrangeiros diretos (IED) ficarão congelados ou na posição de stand by, agravando mais ainda a situação crítica da balança de pagamentos.  Uma hora, já no início de 2014, o Banco Central terá que flexibilizar as intervenções no câmbio.  O BC terá que deixar flutuar para não queimar reservas.  E aí, tudo indica que o dólar vai apreciar ou o real vai depreciar.  

Como a economia está ancorada no dólar depreciado, barato, quando a moeda americana alcançar a cotação de equilíbrio, haverá aumento generalizado de preços.  Já foi dito acima que o Brasil depende de produtos e insumos importados em dólares, para reforçar o argumento de aumento generalizado de preços.  

Com o dólar em alta, fatalmente o aumento de combustíveis virão.  A Petrobras vem servindo como instrumento de política monetária do governo federal, mas já chegou no fundo do poço.  Segurar o aumento de combustíveis seria como colocar a Petrobras na UTI. A Companhia não terá mais dinheiro para continuar com o Plano de Investimento de US$ 236 bilhões, anunciado pela Dilma.  

Devido à política econômica equivocada da Dilma, há sério risco de Brasil experimentar, novamente, o "espiral" inflacionário.   O País já experimentou vários espirais por conta do descontrole das contas públicas e das políticas econômicas equivocadas.   Não está longe, a experiência do Plano Cruzado, Plano Collor, Plano Bresser e Plano Verão.  Em tese, o Plano Real teria vindo para ficar.  No entanto, não esperava o País que administração irresponsável da presidente Dilma, viesse abalar a estrutura do Plano.  

Estamos, numa situação descrita pelo povo: "se correr o bicho pega, se parar o bicho come".   Por mim, o bicho nem vai me pegar ou o bicho nem vai me comer!  Antes que aconteça o pior, seria de conveniente que a presidente Dilma e presidente Lula deixassem de aspirar mais um novo mandato do PT no governo.  O povo terá que manifestar nas ruas e nas urnas, para que haja mudanças!

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma e sem Lula!  Chega!

Ossami Sakamori 

Setor industrial e inovação tecnológica. Vamos apostar, sem Dilma.

Hoje, estou a falar da penúltima matéria da série "Vamos apostar a favor do Brasil, sem Dilma".  Trata-se da matéria mais complexa e espinhosa.  Nem mesmo as entidades representativas da indústria faz análise sintético e contundente, como irei fazer na sequência.  Perdoem os empresários da indústria, mas vou falar em nome deles.

O fato concreto é que o setor industrial representava no início do governo Lula, 26% do PIB.  Hoje, o setor não representa mais do que 13% do PIB.  Hoje, a indústria não é mais carro chefe para criação e ou manutenção de empregos no País, como fora no passado recente.  Perdeu o posto para o setor de agronegócios.  

Na tentativa de resumir assunto tão complexo, podemos eleger como vilão  da desindustrialização do País a dois fatores, o câmbio e o custo Brasil.  A inovação tecnológica vem na esteira dos dois problemas mencionados.  Os empresários da indústria não sentem estimulados para promover inovação tecnológica no País.  Preferem soluções prontas vindo de estrangeiro, por questão puramente econômica/financeira.  

O câmbio defasado ou dólar demasiadamente depreciado desestimula exportação e estimula importações.  Desestimulando exportações, deixam de criar empregos aqui no Brasil.  As indústrias brasileiras, preferem importar componentes, com série de inovações tecnológicas e fazer apenas montagem.  O que acontece na Zona Franca de Manaus, acabou virando regra para o resto do País.  Viramos País que criam empregos nos países de origem dos produtos.  

Além da defasagem do câmbio, o custo Brasil está cada vez mais exacerbado.  Os impostos, na média, representa cerca de 38% do preço de produtos no varejo.  O custo de encargos trabalhistas no Brasil é uma das mais alta do mundo, senão a mais alta.  Para cada R$ 100 de salário bruto, tem um custo adicional, em média, 145% sobre o valor da folha.  Sendo assim, o cálculo de custo da mão de obra deverá ser considerada 245% do valor bruto da folha.  Isto é custo Brasil. 

O custo Brasil, ainda é onerado pela infraestrutura deficiente e cara, como já mencionamos na matéria sobre a infraestrutura.  Além do custo que poderá onerar em até 10% sobre o valor do produto, sobretudo em commodities, há que considerar ainda a deficiência de portos se torna bastante onerosa para exportações.  O custo Brasil, onera não só indústrias, mas sobretudo ao setor de agronegócio, também.  

No campo de inovação tecnológica, como foi dito acima, não há estímulo.  Com o câmbio defasado ou dólar depreciado é preferível comprar tecnologia já desenvolvida lá fora.  É questão matemática.  Não adianta nada, o governo Dilma, tentar estimular a inovação tecnológica, se o câmbio não ajuda.  

No quesito inovação tecnológica existe problema cultural que ainda hoje persiste nas universidades brasileiras, o isolamento das pesquisas científicas do setor produtivo brasileiro.  As pesquisas, as poucas que são realizadas nas universidades, são de âmbito acadêmico, longe de ser pesquisas tecnológicas que possam atender as indústrias brasileiras.  Não há elo de ligação entre universidades e indústrias consumidoras de inovação tecnológica.   Isto eu falo de cadeira, pois já fui professor da Universidade Federal do Paraná.  

Pois com este breve relato, vocês podem avaliar de que todos temas tratadas neste blog, são interdependentes.  Os governos, não só o do PT, mas todos anteriores passando pelo PSDB, não se preocupam em apresentar um consistente "Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social" que contempla em globo todos temas tratados aqui.  

Os planos, dos últimos governos, que me lembro, são providos de "programas" pontuais, apenas com intensão de ganhar eleições.  Pensam os governantes: o povo que se lixem!  Eles se preocupam apenas no "poder", seja para dar continuidade ou para retomada dele.  Pronto, já falei.  Agora, resta mais um tema que é sobre inflação, de uma série que denominei:  Vamos apostar à favor do Brasil.  

Dilma aposta contra o Brasil !  Nós, eu e 200 milhões de brasileiros, apostamos, verdadeiramente, à favor do Brasil.

Ossami Sakamori 




sábado, 23 de novembro de 2013

OBESOS PEDEM SOCORRO!

Este blog, não tem opinião formada sobre o tema tratado.  No entanto, as manifestações postadas nas redes sociais são inúmeras que considero de suma importância.  Os trechos que seguem, em itálicos, são reproduções de matéria a mim enviada, isento de minha participação.  O espaço destinado ao comentário no rodapé deste, serve para manifestações à favor ou contra sobre o texto reproduzido.  Democracia é isto! 

A matéria:

Os inibidores de apetite são coadjuvantes no tratamento e controle da obesidade e, até 2011, eram comercializados no Brasil sob prescrição médica e a custos acessíveis. 

Em 50 anos de uso por milhares de pessoas, nunca houve registro de óbito por uso dos inibidores (Anfepramona, femproporex e mazindol) entre brasileiros. Sem justificativas plausíveis e sem argumentação técnica e científica, a ANVISA simplesmente proibiu a venda desses medicamentos, de maneira irresponsável e arbitrária e sem deixar qualquer opção de tratamento para substituir.

Dados do Ministério da Saúde dos últimos 18 meses apontam que o número de problemas de saúde conseqüentes de excesso de peso aumentaram em torno de 50%, ao passo que, paralelamente, o índice de óbitos provocados por cirurgia bariátrica tornou-se freqüente nesse mesmo período, justamente após a proibição dos medicamentos.

Preocupado com a situação e após tomar conhecimento dos riscos da proibição aos doentes obesos, através das entidades representativas da classe médica (Abeso e Abran), o deputado federal Felipe Bornier/RJ redigiu o Projeto de Lei 2431/11, que suspende a decisão da ANVISA, devolvendo aos cerca de 50 milhões de obesos no Brasil, o direito a tratamento seguro e com acompanhamento médico.

À custa de muita pressão e súplica junto aos deputados, após quase 2 anos o projeto foi aprovado em 18/9/2013 pela CSSF (Comissão de Seguridade Social e Família) e no último dia 19/11/2013, pela CCJC (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania). 

Essas aprovações só foram possíveis graças à ação ininterrupta de um grupo formado inicialmente por algumas garotas, no Facebook, que agora já reúne mais de 2 mil pessoas, todas sofredoras com as conseqüências do aumento de peso. 

Algumas mulheres chegaram a ser abandonadas pelos maridos depois que voltaram a engordar, entrando em depressão e piorando ainda mais o estado de saúde físico e mental.

A angústia aumentou esta semana depois que o deputado Marcelo Almeida, membro suplente da CCJC, que nunca havia se preocupado em participar de quaisquer discussões da comissão, tentar atrapalhar a sequência da tramitação do projeto. O tal deputado recolhe assinaturas junto aos deputados, com o intuito de impedir que o PL siga ao Senado... ameaça, inclusive, pedir impugnação das duas aprovações.  O citado deputado é assumidamente “testa de ferro” da ANVISA, além de ser da área da construção civil e nada entender de saúde ou medicina e, ainda, responder por corrupção e desvio de verbas em seu estado, o Paraná.

Temos o apoio de médicos, da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade) e da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), que lutam junto conosco (um grupo do facebook apelando aprovação aos deputados, incansavelmente, já 2 anos). Os deputados Beto Albuquerque, Decio Lima e Sergio Zveiter, da CCJC, e da CSSF, Dr. Paulo César e Luiz Carlos Mandetta, que são médicos,  nos apoiam, batalharam pela aprovação nas respectivas comissões.

Não podemos ficar sem esses remédios. Além dos problemas de saúde, a proibição ainda incrementa e estimula o mercado negro, com pessoas que cobram preços altíssimos por produtos sem qualquer controle de qualidade e, na maioria das vezes, remédios falsificados (feitos com farinha, maisena etc.).
Além disso, a obesidade não é fruto meramente de preguiça, comodismo ou gula. São problemas glandulares, hormonais, psicológicos, metabólicos, entre outros, que impedem que a pessoa emagreça ou mantenha o peso sem u auxílio de terapia medicamentosa.  

As fontes de informações estão guardadas no meu arquivo. 


Postado a pedido do Markito de Souza: @MarkitoDeSouza

Brasil da Dilma. Contas externas com problemas!

O jornal Folha, de ontem, traz notícias que merecem ser traduzido em linguagem de leigo, o conteúdo delas para melhor entendimento de uma série da matérias que venho postando há alguns dias, aqui.  Já falei de dólar, de tarifas administradas, de política fiscal e de infraestrutura, até o momento.  Esta matéria, complementa a minha tese de que o dólar está demasiadamente depreciado.  Vamos, lá, então.  

Folha. No acumulado do ano até outubro, o resultado negativo nas contas externas de US$ 67,5 bilhões também é recorde para o período e 70,5% maior que o registrado nos primeiros nove meses de 2012 (US$ 34,1 bilhões). 

Comentário.  O resultado das contas externas de US$ 67,5 bilhões, contempla, balança comercial, pagamento de serviços, royalties, juros, entrada ou saída de capital especulativo.  O número mostra que o País gastou mais do que recebeu.   

Folha. O fluxo de investimentos produtivos foi robusto em outubro, mas insuficiente para compensar o rombo na conta corrente. No mês passado, entraram US$ 5,4 bilhões destinados a compra de participação em empresas ou empréstimos intercompanhias, elevando o saldo do ano para R$ 59,1 bilhões. 

Comentário.  Os investimentos produtivos que se refere a Folha, diz respeito ao investimento estrangeiro direto (IED).  É o fluxo de dólares proveniente de investimento estrangeiro no País.  São dólares que as empresas transnacionais trazem para o País, para montagem ou expansão de suas atividades.  Nem sempre, estes investimentos são para criação de novas empresas, pode ser apenas "aquisição" de empresas ou projetos já instalados.  

Nas últimas décadas, o País vem equilibrando a balança de pagamentos, cobrindo o déficit da balança de conta corrente (contas externas) com o fluxo de investimentos produtivos (IED).  Pelos números anunciados, a balança de pagamento (soma de todos os fluxos de dólares) de 2013, ainda não fechou. A balança de pagamentos até outubro está em US$ 67,5 bilhões (-) US$ 59,1 bilhões (=) US$ 8,4 bilhões.  Em tese, a diferença US$ 8,4 bilhões seriam coberta pela reserva cambial.  

Folha. Os recursos destinados a títulos de renda fixa, que vinham bombando nos últimos meses após a retirada do imposto cobrado sobre investimento estrangeiro nessas aplicações, recuaram fortemente em outubro (entrada de apenas US$ 196 milhões). No ano, o saldo ainda é positivo em US$ 28 bilhões, mas os dados parciais de novembro mostram uma saída de US$ 1,5 bilhão. 

Comentário.  Vejam o que acontece na balança de conta corrente. Se não houvesse fluxo positivo de "capital especulativo" em US$ 28 bilhões, o rombo da conta externa, não mais seria mais os US$ 67,5 bilhões, mas sim maior. Normalmente o capital especulativo são para aplicação em títulos do Tesouro Nacional, à taxa Selic.  Como está havendo escassez de entrada de investimentos produtivos (IED), certamente, o Banco Central, na próxima reunião deverá aumentar a taxa de juros básicos Selic.  Não sabemos se aumentará 0,25% ou 0,5%, isto é inexorável.  Brasil depende do dinheiro do agiota para sobreviver, o que é triste.

Folha. Apesar do dólar mais caro, os gastos de brasileiros com viagens ao exterior não param de crescer.  Essas despesas somaram US$ 2,324 bilhões em outubro, maior valor mensal da história. No ano, o valor também é recorde: US$ 21,251 bilhões. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pelo Banco Central. 

Comentário.  Diz a Folha que apesar do dólar mais caro, os gastos dos brasileiros com viagens ao exterior não param de crescer.  Isto tem 2 significados.  O primeiro é que na contra-mão dos países desenvolvidos, o Brasil não investe em atrair turistas estrangeiros.  O afluxo de turistas estrangeiros poderiam reforçar o ingresso de dólar no País, além de criar empregos aqui no Brasil, no setor de turismo. 

O segundo significado é que apesar de dólar estar mais caro, ainda não está tão caro assim.  O dólar mais caro, ainda assim está muito barato.  Isto reforça a minha tese, a primeira de uma série de matérias, de que o real está demasiadamente apreciado ou que o dólar está demasiadamente depreciado.  Usem como quiserem os termos, ambas querem dizer a mesma coisa.  

Resumindo. Demonstra mais uma vez, que há erro sistêmico na política econômica (sic) da Dilma.  Só estaria coerente com a política populista bolivariana da Dilma.  E assim, vamos nos rastros da Venezuela de Nicolás Maduro, a passos largos para descontrole total da economia.  Chegará um ponto que nem os melhores alquimistas encontrarão a fórmula da salvação. 

Não tem outra solução.

Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos? 

Ossami Sakamori

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Prendam todos mafiosos! Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Agora, está um falatório só na imprensa, sobre máfia dos fiscais do Kassab, PSD e do cartel de fornecedores do Metropolitano de São Paulo, que envolvem gente graúda do PSDB.  Até parece contraponto para a condenação dos réus do mensalão, na sua maioria do PT.  

O falatório está ficando como conversa de comadres.  Basicamente, é uma briga entre os membros do PT e PSDB.  Eu já digo que é briga de comadre porque a mim me parece, ambos partidos, como gatos siameses.  São tão parecidos um com o outro que não dá para distinguir entre si.  Talvez, a briga é porque a fome pela comida é tanta que esquecem até da compostura. 

O circo está armado.  Uns querem comer outros.  Há no meio da briga, os tiros muito amigos.  Há declaração de amores, às vésperas de eleições.  Há corte de noivas virgens e noivas viúvas.  Há conspiração.  Há rasteira.  Há inveja. Há futrica de tudo que é lado.

O processo de compra de votos pelo PT já foi julgado e os condenados já estão dormindo no Presídio Papuda.  Uai, por que então não acelera o processo mensalão mineiro, envolvendo o deputado Azeredo, PSDB?  Uai, por que o Haddad não denuncia ao MPE os envolvidos no esquema de ISS?  Uai, por que o PT não manda a MPF investigar os responsáveis pelo cartel do Metropolitano de São Paulo?

Eu não entendo mais nada, o que acontece neste País.  Agora, tem bancada do Papuda na Câmara dos Deputados, de deputados presos.  A presidente da República, manda recado pelo rádio, a mensagem de solidariedade ao preso Genuíno, com justificativa de que ela fora preso junto com a esposa do Genuíno.  Isto mais está parecendo o Comando Vermelho, do tráfico de drogas entre os que estão fora e os que estão dentro. Isto para mim, me parece zona, no fiel sentido da palavra.

Doa a quem doer, que faça justiça e prendam todos que locupletaram com o dinheiro público, no mesmo presídio do Papuda.  Eu que sou apenas reles cidadão, que paga impostos, conforme determina a lei, tostão por tostão, e quando fico inadimplente pago com multas astronômicas, quero todos ladrões do dinheiro público na Penitenciária Papuda, seja de que cor for o comando que faz parte.  

Vamos apostar a favor do Brasil e mandar prender todos que roubam o dinheiro público, independente da cor partidária! 

Ossami Sakamori


Infraestrutura. Vamos apostar no Brasil, sem Dilma, vamos?

Infraestrutura é minha praia. Daria para escrever matéria com 100 laudas, mesmo assim não estaria completa.  Vou tentar resumir em uma página, o que se torna um trabalho incompleto, mas o suficiente para o entendimento de maior parte da população.  Os técnicos que me perdoem pela falta de detalhes.  

Basicamente há 3 modais de transportes, sobretudo para cargas, a hidrovia, a rodovia e a ferrovia.  Em proporção menor a aerovia.  O modal hidrovia é o mais barato em termo de custo operacional e a mais caro é modal rodovia.  Até por este motivo, a ferrovia é o modal deveria ser prioridade nos investimentos do governo tendo em vista ser mais econômico e viável sobretudo para o Brasil que tem extensão territorial continental. 

Brasil começou certo, implantando o modal ferrovia pelo Dom Pedro II, o segundo modal mais barato em termo de custo de frete.  A primeira ferrovia foi inaugurada em 30/4/1854, portanto há 150 anos, num trecho de 14 Km pelo Dom Pedro II.  Hoje, o País possui cerca de 30 mil Km de linhas férreas implantadas.  Alguns trechos desativados e outros estão em operação na forma de concessão à iniciativa privada.  Isto é um número ridículo se compararmos com 226 mil Km de ferrovia nos EEUU, todos na mão de iniciativa privada e em plena operação.

Há uma série de entraves para o desenvolvimento do modal ferroviário.  Um dos problemas é o custo de implantação que, em tese, seria maior do que o custo de implantação do modal rodoviário.  Tem alguns problemas de ordem técnica, também, a serem vencidos, tais como a uniformização de bitolas (espaço entre trilhos).  As primeiras ferrovias foram implantadas no sistema métrico (inglês), mas o Brasil já estabeleceu em adotar o sistema de bitola larga (1,60 m) para ferrovia de carga. No entanto, há miscelânea de bitolas no Brasil.  Só como curiosidade, o restante da América do Sul, adota bitola Standard (1,435 m).

A companhia Vale é operadora da ferrovia Carajás (PA) - Itaqui (MA), em sistema bitola larga.  Se não fosse o modal ferrovia para transporte de minérios, os preços não seriam competitivos no mercado internacional.  Outra ferrovia com bitola larga, é a ferrovia Norte-Sul, iniciado no governo Sarney, portando há mais de 20 anos, e até hoje não concluída.  O governo Dilma prometeu, em discurso, construir 10 mil Km, nos próximos anos, mas até hoje, nenhuma licitação foi feita.  Pelo jeito, por muito tempo, vamos utilizar os trens de carga trafegando a 30 Km/h, pelas linhas de bitola estreita, do tempo do império.  

Quanto ao modal hidroviário, não vou estender na análise.  As hidrovias, em funcionamento, são basicamente as hidrovias da bacia do rio Amazonas e seus afluentes e a hidrovia do rio Tietê.  O rio São Francisco que poderia servir de importante modal de escoamento para as cargas, tem 2 óbices.  O primeiro é que há barragens do Sobradinho e de Paulo Afonso que inviabiliza escoar a carga até o porto.  O segundo problema é que o rio São Francisco está totalmente assoreado, não permitindo circulação de embarcações de carga.

O Brasil possui extensa costa que poderia fazer funcionar o serviço de cabotagem, diminuindo o custo de transporte de cargas.  Mas, o serviço de cabotagem está inviabilizado pela legislação sobre a matéria, além de portos não atenderem à necessidade mínima da demanda.  Nem o escoamento de produtos e commodities que são transportados até o porto para exportação consegue dar vazão.

Bem o modal aeroviário, serve apenas para transporte de passageiro, que bem ou mal vem suprindo à demanda.  Com concessões de alguns aeroportos importantes para a iniciativa privada, vão atendendo a necessidade imediata do País.  Quanto ao transporte de carga, só há 3 aeroportos com estrutura de atendimento para o setor, o aeroporto de Campinas (Viracopos), de Manaus e Petrolina (PE).  Demais aeroportos do Brasil, só conseguem atender os cargueiros em meia carga, por falta de extensão de pista e ou infraestrutura para recepção de cargas.  

Enquanto o modal ferrovia, viável de ser implantado no Brasil, as rodovias atendem além do tráfego de veículos de passageiros, os veículos de cargas, entupindo as rodovias.  O modal rodoviário, além de ser muito mais caro, fazendo parte do "custo Brasil", ocasionam dezenas de milhares de mortes por acidentes de trânsito.  Mesmo assim, a malha rodoviária é mal cuidada e em sua maioria em pista simples. Sobre este modal de transporte, nem há necessidade de alongar muito na minha análise, a própria população sente na carne, o estado lastimável que se encontra as rodovias brasileiras. 

Resumindo.  Em matéria de infraestrutura no Brasil, a falta de planejamento de longo prazo, a falta de vontade política em resolver a situação, postergam sempre os investimentos para os próximos governos e aprofunda cada vez mais o fosso entre a oferta de serviço e necessidade de escoamento dos produtos, para oo mercado interno e para exportações.  

O governo PT que prometeu a mudança, está no governo há 11 anos e nenhum planejamento de longo prazo apresentou.  Resume-se em alguns projetos do PAC, como tentando costurar uma colcha de retalhos, com buracos para todo e quanto é lugar.   Definitivamente, a continuidade do atual governo é continuidade dos problemas já mencionados.  Que os novos postulantes à presidência da República que mostrem o que se pretende fazer em matéria de infraestrutura. Já não é suficiente prometer planos mais planos, apenas para agradar os eleitores.  Que seja o mínimo, mas que apresente o plano para infraestrutura, que possa ser o início da recuperação do tempo perdido há décadas.

Vamos apostar a favor do Brasil, sem Dilma, vamos!

Ossami Sakamori