sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Acordo Mercosul / União Europeia

 

A presidente da Comissão Europeia, que reúne representantes dos países membros da União Europeia, se encontra na reunião da cúpula do Mercosul (criado em 26/3/1991), para aprovar a "minuta" do Acordo entre Mercosul e União Europeia, que posteriormente, deverá ser ratificado pela Comissão Europeia, onde ela preside.  

          Para entender melhor o contexto da provável aprovação do acordo entre os dois blocos comerciais, a União Europeia e o Mercosul, convém lembrar da biografia da Ursula Von der Leyen, que passaremos a denominar, simplesmente como Ursula (pronuncia-se Úrsula), é belga de nascimento e alemã de adoção, 66 anos, é médica de formação, pertence ao CDU, o mesmo partido que pertence a não menos atuante, Angela Merkel, que foi Chanceler da Alemanha entre 2005 e 2021.

              A "minuta" do Acordo Mercosul - União Europeia, prevê o livre comércio entra os dois blocos econômicos, nos dois sentidos, aumentando significativamente a interação das atividades comerciais, culturais e sociais.  O "repentino" interesse dos europeus no Acordo, em grande parte, deve-se às anunciadas medidas protecionistas anunciadas pelo presidente eleito Donald Trump, em taxar as importações de produtos e serviços vindo do exterior, para proteger o setor produtivo americano.  Trump está correto no seu entendimento, em proteger o setor produtivo americano.  

             Para o Brasil, os interesses comerciais e de serviços, diante do novo quadro "pintado" pelo presidente eleito, Donald Trump, coincidem com os da União Europeia.   Na prática, a implementação do Acordo Mercosul/ União Europeia atende menos aos interesses econômicos de ambos blocos do que aos interesses políticos, como querem os políticos do Mercosul.   É normal, que cada ator político envolvido procure "capitalizar politicamente" do que real interesse econômico da população de ambos blocos.  

           Para o setor agropecuário brasileiro, o Acordo Mercosul - União Europeia, não isenta as "exigências sanitárias" de cada país do bloco europeu.  Certamente os produtores rurais de cada país do "bloco europeu farão pressão aos governos locais, para darem preferência aos produtos agropecuários locais.

            Seja como for, o Acordo Mercosul - União Europeia, transformará a "geografia econômica" de ambos blocos, tornando-os, na somatória, a terceira potência econômica global, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.   Já diz o adágio popular: "juntar a fome com a vontade de comer", eis a situação do Acordo comentado acima.  

                Ossami Sakamori

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Brasil, um país desgovernado !

 

Acordei, hoje, dia 5 de dezembro, já próximo ao final do segundo ano do governo do Presidente Lula, muito preocupado, não pela sua posição política, que todos nós conhecemos, mas, sobretudo, pelo seu jeito de resolver as coisas, nos arroubos, baseado tão somente nos seus instintos políticos.   Ele se preocupa, acima da tudo, na sua "popularidade" perante à população brasileira e sua presença no cenário internacional.  

             Três dias após o anúncio das emendas ao "arcabouço fiscal" ou à "política fiscal", para tentar eliminar o famigerado "déficit primário" das contas do Orçamento Público federal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não conseguiu explicar, claramente, ao público e aos parlamentares o que deverá votar na iniciativa do Executivo sobre o "corte" de "gastos públicos" para tentar equilibrar ou tentar equilibrar as contas públicas. 

             Para o público em geral e até mesmo aos analistas econômicos de plantões, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, consegue enganar com o seu "arcabouço fiscal", que nada mais é do que a "política fiscal", nomenclatura consagrada no mundo global.   Vocês próprios, estão vendo que, estou perdendo o meu e o tempo de vocês nos "preâmbulos", para que possa analisar a situação do Brasil, friamente.

            Analisando ou tentando analisar as medidas propostas pelo Executivo ao Congresso Nacional, não saberia afirmar se elas contém os cortes nos gastos públicos do Exercício fiscal deste ano, 2024 necessários para equilíbrio das contas públicas.  Receio que as medidas propostas são cheias de "boas intensões", mas que, na prática, faltando tão somente poucos dias ao final do exercício fiscal, mais uma vez, o Governo do Presidente Lula, vai apresentar mais um "déficit fiscal" na sequência do "déficit primário" de R$ 230 bilhões no exercício fiscal de 2023.

             Enfim, o Governo do Presidente Lula não tem apresentado a devida "transparência das contas públicas", tal qual fez a Presidente Dilma, que acabou culminando em seu "impeachment"  pelo Congresso Nacional. 

             Infelizmente, o Brasil com 212 milhões de pessoas habitando o território de mais de 8,5 milhões de Km e 8ª economia do mundo, com forte presença nas exportações de produtos primários, estejamos vivendo esta situação "vexatória" aos olhos do mundo global.    Esta situação, afugenta os investidores institucionais nacionais e internacionais, tão necessários para o desenvolvimento sustentável do País.

              Ossami Sakamori

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

A velha tese populista no Governo Lula

 

Assistindo a um programa de comentários macroeconômicos sobre o crescimento econômico do Brasil, neste terceiro trimestre,  independente do número, que resultou em aspecto positivo para o governo do Presidente Lula, neste segundo mandato.  Constatei, também, a completa ignorância dos comentaristas econômicos do País.  Os leitores deste, não pode caminhar no campo do "achismo", sobretudo quem vive no meio empresarial, por isso, resolvi tomar um minuto do seu tempo para esclarecer eventuais dúvidas.

            Alguns dos equívocos recorrentes é sobre a responsabilidade da "política econômica" como sendo do Banco Central do Brasil.   A "política econômica", é e será, sempre, dos Ministérios do Planejamento e do Ministério da Fazenda.   O Banco Central do Brasil, como é em qualquer país desenvolvido, executa a "política monetária", que diz respeito ao "poder de compra" da moeda do país, no nosso caso, o real ou o  R$, como a população conhece como a nossa moeda.  O BC executa a "política monetária" através de diversos instrumentos, entre os quais a taxa básica de juros Selic.  Desta forma, é incabível a interferência ou a tentativa de interferência pelo Poder Executivo, sobretudo pela Presidência da República.    

           Cabe ao Poder Executivo a árdua tarefa de estabelecer a "política econômica" que engloba a "política fiscal" do Governo, que o ministro da Fazenda insiste em chamar de "arcabouço fiscal", para enganar a população brasileira, sem nenhum pudor.   Em resumo, o Banco Central deve cuidar da "inflação" ou o "poder de compra", no nível aceitável para a população e ao setor produtivo do País.   

           A "política econômica", ausente no governo do Presidente Lula, é dele, como chefe máximo do Poder Executivo, mas, também, da equipe econômica, composta pela ministra do Planejamento, Simone Tebet e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.    Faz-nos a falta de figuras como Roberto Campos, de um Mário Henrique Simonsen ou mesmo de uma figura folclórica como o do ministro Delfim Neto.   Na falta destas figuras, o Presidente Lula, fica "palpitando" com maior desenvoltura, na área econômica, para infelicidade do povo brasileiro.  

           Já dizia o então ministro da Fazenda Delfim Neto, do regime militar: "É preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo".   Ao que parece, os sucessivos Governos do Brasil, tem pressa em dividir o bolo antes dele crescer, para deixar os seus nomes na história do País.                       

                Ossami Sakamori              

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Há nuvens negras no horizonte do Brasil

 

Ontem, dia 2, primeiro dia útil do último mês do ano, assisti pelo meio de comunicações do País, a fala do ministro da Fazenda do Governo do Presidente Lula e fiquei "estarrecido" e "preocupado" com o rumo que o País a tomar, com as medidas anunciadas pelo ministro sobre as contas públicas do País, independente da nomenclatura que se queira dar a elas.   Parecia, ao meu ver, no seu pronunciamento, de que, ele próprio, o ministro da Fazenda, estava convicto de que as medidas anunciadas tirarão o País da situação de sucessivos "déficits primários" nas contas públicas federal.

          Somente no aspecto da "preocupação",  com o mínimo de conhecimento que eu tenho sobre a macroeconomia, pude me solidar da sua postura "cabisbaixo", de ontem.   É grave a atual situação fiscal do Brasil !    Mais do que analistas econômicas de entidades públicas e privadas, como IPEA, CNI, FIESP, o mercado financeiro composto de investidores nacionais e estrangeiros, de capital produtivo e de capital especulativo, perceberam o sinal  de "fadiga do arcabouço fiscal", apresentado pelo Fernando Haddad, nesses últimos 2 anos, do Governo do Presidente Lula. 

           Na economia acontece o mesmo que na engenharia, onde eu tenho algum conhecimento, o sinal de uma possível e provável "ruptura" acontece somente na véspera.  Um edifício ou um viaduto emite sinal de desabamento, antes, como o País, já cansou de ver acontecer.   O sinal de uma provável ruptura no mercado financeiro brasileiro vem do movimento de retirada dos dólares, moeda forte, investidos pelos especuladores e investidores produtivos no País.  

          Houve ou está havendo migração ou repatriamento da moeda forte, o dólar americano, para os países de origem.   Isto é apenas um "sinal de alerta" de um possível e provável "colapso" no mercado financeiro e de investimentos produtivos estrangeiros no País, num futuro bem próximo.   Infelizmente, não será a taxa Selic, uma das mais alta do mundo, que vai impedir a "revoada" do capital estrangeiro do País, tão necessária, para o seu desenvolvimento.  Há sinais claros de que há nuvens negras no horizonte próximo!

        Deus queira eu esteja equivocado na minha análise sobre os fatos narrados aqui.

             Ossami Sakamori   

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

A ausência de uma "política econômica" no governo Lula


Este mês de dezembro, o Governo do Presidente Lula completa dois anos de mandato dentro do período de quatro anos conquistado nas eleições de 2022.   Nestes dois anos imprimiu o seu estilo de governo, recheado de "improvisos" e com estrutura do Governo federal "inchada", com os 38 ministérios, que faltam edifícios na esplanada dos ministérios da Capital federal, para auxiliá-lo na administração do setor público federal.

          Segundo o portal da transparência, no mês de julho de 2024, havia 1.221.304 servidores federais, que administram a "política fiscal" ou o "arcabouço fiscal" como quer denominar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.   Um novo nome dado à "política fiscal" nos dá impressão de uma tentativa de "enganar" os políticos e analistas econômicos.  Curiosamente, para o meu espanto, está conseguindo enganá-los.

             Na matéria precedente, tratamos sobre a "política fiscal".  No âmbito da macroeconomia, a "política monetária" que cuida do "valor de compra" da moeda Real é função do Banco Central, sobretudo, através do balizamento dos juros da dívida do Tesouro Nacional, através do instrumento da taxa básica de juros Selic, como fazem as maiores economias do mundo.  

              No entanto, falta ao Governo do Presidente Lula, o principal instrumento para o desenvolvimento sustentável do País, que é a "política econômica", indispensável em qualquer país do mundo, sobretudo num país do tamanho e importância do Brasil perante o mundo global.   A "política econômica" deve mostrar o direcionamento que o Governo quer dar ao desenvolvimento do País, estabelecendo regras e incentivos, sobretudo aos setores tecnológicos e industriais, preparando-os para competição no mercado global, cada vez mais acirrada.   Faz-nos a falta de uma figura como a do Roberto Campos, avô do atual presidente do BC, que foi ministro de Planejamento do Governo Castelo Branco, idealizador do BNDES, do FGTS e Banco Central do Brasil.

            Falta ao Governo do Presidente Lula, além das medidas sociais que atendem as camadas mais pobres da população, uma "política econômica" para que o Brasil possa sair da posição de mero e simples fornecedora de commodities para os países tecnologicamente mais avançadas do mundo global.

             Ossami Sakamori               

domingo, 1 de dezembro de 2024

Brasil tem futuro !

 

O que vou escrever, aqui, neste primeiro dia do mês de dezembro de 2024, poderá tirar emprego de milhares de funcionários públicos de alto escalão do Governo Federal e de analistas econômicos conceituados que reinam absolutos em comentários sobre crise fiscal, nos principais meios de comunicação do País.   Ao mesmo tempo, desvendar o segredo "polichinelo" do ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da ministra Simone Tebbet, do Planejamento.  

              Para o professor que fui, da Escola de Engenharia da UFPR, no final da década de 1960, onde, procurei desvendar o "segredo" da complexa cadeira de "Estabilidade das Construções", a "teoria macroeconômica" praticada pelos gestores públicos brasileiros, que se torna complexa porque o próprio gestor público pretende "enrolar" os leigos em macroeconomia, para "massagear" os seus próprios egos.

             A grande maioria dos gestores das finanças públicas, sobretudo, os ministros do Planejamento e da Fazenda, aproveitam da situação de "ignorância" sobre a matéria, a macroeconomia, para maioria da população para "vender" a situação como sendo  "complexa", um assunto que é de singular compreensão.  Para esta situação de falsa complexidade, sobram espaços para comentários dos "analistas econômicos" para interpretar vocabulários novos dos ministros da área econômica, como o "arcabouço fiscal" para substituir a tradicional nomenclatura, a "política fiscal" do Governo federal.

            Feito este preâmbulo para elucidar a "enganação" que os ministros da área econômica, quero esclarecer, que a teoria macroeconômica que os gestores públicos devem ou deveriam seguir está sintetizada na Lei complementar 101/2000  , que, além de dispor regras claras sobre gestão financeira e econômica do Brasil, diz claramente, no Artigo 4º, atendendo o Artigo 165 da Constituição, que obriga os gestores públicos no item a) do parágrafo I, o dever do "equilíbrio entre receitas e despesas".   Faz algum tempo que os sucessivos gestores públicos, não vem respeitando a mais simples regra das finanças públicas, a do "equilíbrio fiscal",  sempre com o pretexto de atender a demanda da população carente do País.  O resumo: "Não gastar mais do que se arrecada".

           No meu entender, um país que caminha com visão de curto prazo, como o  Brasil sempre se portou, o  "amanhã próspera" do País está cada vez mais distante e eternamente dependente dos países desenvolvidos, em tecnologia, sendo o Brasil apenas exportador de commodities e de mão de obra qualificada para suprir as demandas internacionais. 

              Vale a pena pensar e repensar sobre o futuro do País.  Pensar grande e agir com vontade para tornar o Brasil dentre as maiores potência econômica e social do Mundo.   Um dia, quem sabe, o problema da pobreza e da fome serão assunto para as primeiras damas, como foi para a dona Ruth Cardoso, a precursora da Bolsa Família no País. 

              Na terra de cegos, quem tem um olho é Rei, já diz o adágio popular, muito lembrado no País.  Quem é quem nesta história?

             Ossami Sakamori

sábado, 30 de novembro de 2024

A dívida pública atinge R$ 9 trilhões !

 

O Brasil do Presidente Lula, apesar de apresentar alguns números positivos na economia, tal como a retomada do crescimento econômico do País, no terceiro trimestre deste ano, 2024, apresenta ao mesmo tempo, número alarmante da dívida pública federal ou do Tesouro Nacional.  A marca da dívida pública do Brasil bateu, impressionante número de R$ 9 trilhões, neste penúltimo trimestre do ano.  

           O número ganha relevância, se comparado com o PIB - Produto Interno Bruto, que representa toda riqueza produzido no País, incluído os setores da indústria, agropecuária, comércio e serviços, incluído, também, o setor público, que juntos somaram em 2023, cerca de R$ 10,9 trilhões.  A dívida pública, desta forma, corresponde a 82,5% do PIB. É um número alarmante.  No Governo Lula, somente os dispêndios com os juros da dívida do setor público somaram R$ 111,6 bilhões, até o mês de outubro de 2024, segundo Tesouro Nacional.

            O endividamento público não é situação apenas do Brasil.  Os Estados Unidos, a maior economia do mundo, por exemplo, com o PIB de US$ 27,36 trilhões, carrega uma dívida pública de cerca de US$ 36 trilhões.   A inflação americana anda por volta de 2,4% ao ano e a taxa básica dos juros do Tesouro americano, a taxa Selic deles, está entre 4,50%aa à 4,75%aa, ligeiramente acima da inflação.  

              Finalmente, o endividamento público não é fator importante em qualquer país do mundo, se o objetivo dele, o do endividamento público é para prover o País nas áreas de educação, saúde pública e infraestruturas para garantir o desenvolvimento sustentável ao longo das décadas, o que parece não ser o objetivo deste e de sucessivos governos do País.    Os caros e escassos recursos públicos, via de regra, são direcionados para a "nefasta" prática de "clientelismo" com o objetivo de permanência nos poderes da República, sem a necessária "meritocracia".   Afinal, quem paga a conta, somos nós, os reles cidadãos brasileiros de segunda classe.

             Apesar do número preocupante, está longe do Brasil entrar em "colapso financeiro", a consequência é o pagamento de juros, taxa Selic, cada vez mais alto.  Brasil paga juros de "agiotas", literalmente.

              Ossami Sakamori  


sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Dólar rompe R$ 6

 

Durante o dia de ontem, acompanhei opinião de renomados consultores econômicos, dirigentes de entidades representativos do setor produtivo, além do mercado financeiro, sobre as medidas de "corte de gastos públicos" do Governo do Presidente Lula, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diante da previsão de mais um "déficit primário" nas contas do Governo Federal, seja qual nome que se queira dar à "política fiscal" ou de "arcabouço fiscal", que, absolutamente, significa a mesma coisa.  

            O Banco Itaú chegou a afirmar que o impacto fiscal seria de R$ 50 bilhões nos exercícios de 2024 e 2025.  Opinião esta compartilhada pelos analistas econômicos.  Resumindo, fez-se "carnaval" em cima de "medidas pífias".  Sabe-se que os "cortes" recaíram, em sua maioria, na área de Previdência Social, sob forte oposição dos setores sindicais, que na essência não resolve o problema do "déficit primário".

        Para agradar os setores dos trabalhadores, foi ratificado a promessa de isenção de Imposto de Renda para faixa de salário de até R$ 5 mil, a ser implementada no próximo exercício, o de 2025.  Foi também, definido que o financiamento dos rombos será feito com a taxação dos "super ricos", sem precisar dizer quem são e muito menos, com que tarifa.

           O resultado do mercado financeiro, ontem, era previsível: "a saída do dólar do País, em direção aos países de origem, Estados Unidos e União Europeia, cravando R$ 5,98 no fechamento.  O movimento de saída da moeda americana deve continuar no dia de hoje, rompendo a barreira de R$6,00.  Não creio, ainda, neste momento, intervenção do Banco Central no mercado de câmbio.

            O Brasil tem Reserva Cambial robusta para evitar uma "crise cambial". Ufa!!!

              Ossami Sakamori

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Atrapalhada do FERNANDO HADDAD

 

O esperado anúncio do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre algumas medidas que devem compor o "pacote de cortes de gastos" anunciado pelo Governo Lula está muito aquém do que o mercado esperava.  O corte previsto pelo ministro da Fazenda é de R$ 70 bilhões em dois anos, 2024/2025.  Lembrando que a expectativa do "déficit primário" do ano de 2024, já no mês de  setembro passado estava em R$ 102 bilhões. 

             Em resumo, o Governo Lula, não é capaz de capaz de equilibrar as contas públicas, causando "déficit primário" de R$ 249  bilhões nas contas fiscais no exercício de 2023.   A consequência é a nefasta volta da inflação e consequente intervenção do Banco Central com o aumento da taxa de juros básicos Selic, na tentativa de conter a nefasta inflação.

        Diante da conjuntura, o capital estrangeiro foge do País, repatriando os seus recursos.  A consequência : Dólar sobe e Bolsa baixa, é a lógica do mercado financeiro.

                    Um bom dia para todos nós!!!

                    Ossami Sakamori

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Lula quer impostos sobre os "super ricos".

Nos próximos dias, 18 e 19, acontecerá no Rio de Janeiro, a reunião do G20, grupo composto por 19 países, entre eles, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e dois órgãos regionais, a União Europeia e Turquia.  O Brasil, no sistema de rodízio, exerce a presidência do G20 de 1/12/2023 a 30/11/204. 

           Antecipando o evento, desde ontem, dia 14, adentrando ao dia 16 de novembro, a cidade do Rio de Janeiro sedia o Aliança Global Festival, um evento de grande porte promovido pelo Governo federal e com organização de Janja Lula da Silva, apelidado "carinhosamente" de "Janjapalooza".  Nada como país rico como o Brasil que vai dar uma "canja" para a primeira dama "Janja", cujos gastos são estimados em mais de R$ 50 milhões, patrocinados pelas empresas estatais.

           O principal tema da reunião do G20, se depender do Presidente Lula, será a defesa da tributação dos "super ricos", defendidos pelas nações pobres do planeta, o que renderia globalmente, cerca de US$ 250 bilhões aos cofres das nações desenvolvidas, cujo valor representa cerca de 0,35% do PIB mundial.  Em alguns dos países do Primeiro mundo, já se praticam a cobrança de tributos semelhantes, com denominações diferentes.  

           No Brasil, se implantado a taxação sobre grandes fortunas, geraria arrecadação extra entre R$ 40 bilhões a R$ 260 bilhões por ano.  O Brasil do Presidente Lula, com seguidos "déficits primários", a quantia é vista como "essencial" para financiar políticas públicas e programas sociais.   No entanto, as empresas de consultoria instalados no País, avaliam que medidas dessa natureza podem gerar "aversão" no mercado financeiro, gerando fuga de capitais produtivas do Brasil para os paraísos fiscais.   O tiro sai pela culatra, como é dito em linguagem popular.

             A inciativa de tributação das grandes fortunas do Brasil, é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na tentativa "desesperada" de cobrir o "déficit primário", que é o valor que falta para pagar os compromissos do Governo federal, sem ainda incluir os juros da dívida pública. Quando inclui os juros da dívida pública, o rombo fiscal leva o nome de "déficit nominal".  Faz muito tempo que o Brasil não apresenta o "superávit nominal" para amortizar ao menos parte da dívida pública.  

             Finalmente, na minha opinião, é dada como certa a tributação dos "super ricos" no Brasil, ainda que "insuficiente" para zerar o "déficit primário" das contas do Governo federal.   A consequência da tributação dos "super ricos", farão com que os investimentos produtivos do País, migrem para os países com legislação tributária mais estáveis. 

            Presidente Lula, raciocina, ainda, como "operário de fábrica", como foi no passado, do que como empreendedor produtivo que gerariam riquezas ao País e em consequência, melhoraria a renda "per capita" dos brasileiros, de operários aos empresários.    

           Ossami Sakamori

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Melhor falar do que se calar ...

 

Estamos próximo de terminar o exercício de 2024 e não vemos sinais de que o "equilíbrio fiscal" aconteça no corrente ano, pelo segundo ano consecutivo do Governo Lula.  A equipe econômica está reunida para tentar ou fazer de conta que está empenhado em fechar as contas do Governo federal com "superávit fiscal" mesmo que seja em valores pífios. 

          Se, já no mês de setembro, apresentava "déficit primário" de R$ 105 bilhões, é impossível cobrir o "rombo fiscal" no tempo que falta para fechar o exercício de 2024.  Como disse um leitor deste: "Você só sabe criticar" e "não tem soluções para apontar", a execução da "política fiscal", denominada pela equipe econômica de "arcabouço fiscal", não é tarefa fácil, sobretudo na situação de inchaço da máquina pública, com 38 ministérios e vontade de cada ministro querendo executar as suas metas, sem se importar com o "Orçamento fiscal" ou o "Arcabouço fiscal" aprovado no exercício passado.  

          A lei da Responsabilidade fiscal de 2000, que prevê, o equilíbrio da conta fiscal, entre receita e despesa, que já não são cumpridas desde a crise fiscal que culminou com o impeachment da Presidente Dilma.  O impeachment dela, a da Dilma, ocorreu não pelo "déficit primário", mas sobretudo pela "pedalada fiscal", que é conhecido no meio empresarial como "balanço maquiado". 


          

           Como pode observar no gráfico acima, o País padece de de "mal crônico", o de fechar as contas do Governo federal, com sucessivos "déficits primários", independente do nome que se queira dar às contas do Governo federal, de "política fiscal" ou de "arcabouço fiscal".  Seguidamente, os últimos governos, desde impeachment da Presidente Dilma, não conseguem fechar as contas primárias, que não incluem o pagamento de juros da dívida públicas, leia-se dívida do Tesouro Nacional.  

           O Presidente Lula está empenhado, segundo a grande imprensa, em cortar os gastos do Governo federal, mas a tarefa não será fácil, faltando tão somente 50 dias para fechamento do exercício fiscal.  O mercado financeiro já antevê que o exercício de 2024, deverá fechar com um novo "rombo fiscal".  Para os investidores institucionais, o Brasil é um país tem arrogância demais e humildade d menos.  Para completar a situação, os Estados Unidos, estão com otimismo, com o novo governo republicano, provocando "revoada" dos investidores institucionais em direção às suas origens.   

            Respondendo ao assíduo leitor, "crítico deste", em qualquer situação que se encontre o País, sempre haverá saída para situação de desconforto, desde haja "vontade política" para resolver a situação.   Em sendo brasileiro, com filhos e netos brasileiros, torço para que o País reencontre o caminho do "desenvolvimento sustentável", para o bem do País.   Melhor falar do que se calar, penso eu.  

           Ossami Sakamori                

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Marco Rubio deverá ser o novo Secretário de Estado

 
Nada como país do Primeiro Mundo, o presidente eleito dos Estados Unidos, segundo noticiário internacional, reuniu-se, ontem, com a ex-governadora do estado de Carolina do Sul e embaixador dos Estados Unidos na ONU e com o Mike Pompeu, ex-secretário do Estado, equivalente ao Ministro de Relações Exteriores no Brasil.   O motivo da reunião foi a justificativa do "não convite" aos interlocutores, pessoalmente, num gesto de camaradagem.  Nos bastidores, sabe-se que ambos foram opositores e críticos contundentes à candidatura do Donald Trump, mesmo tendo prestado serviços ao Presidente eleito, no primeiro mandato.
           Por outro lado, é dado como certo, a indicação do Marco Rubio, 53 anos, atual senador pela Flórida, pelo Partido Republicano desde janeiro de 2011, para o cargo mais importante, o de Secretário de Estado, o equivalente ao Ministro de Relações Exteriores no Brasil.  Ele é nascido na Flórida, com 53 anos de idade.  Ele, Marco Rubio, ocupará a poderosa posição de Secretário de Estado, atualmente, ocupado pelo democrata, Antony Blinken, também, muito competente.   
              O Secretário de Estado é o cargo mais importante do Governo americano, que representa o Presidente da República nas articulações com os países estrangeiros, incluindo nelas, as articulações para soluções de conflito entre os países do Ocidente.   A principal, neste momento, é o conflito entre Ucrânia e Rússia, que, ao meu ver, deverá ser solucionado, com medidas econômicas em troca de conflitos militares.  
            Marco Rubio terá missão de resolver conflito entre Ucrânia e Rússia, com solução de "afrouxamento" das atuais medidas de isolamento da Rússia das relações econômicas e financeira com o mundo ocidental.   No médio prazo, pode se prever, também, o "afrouxamento" do conflito entre Israel e os árabes, na Faixa de Gaza e no Líbano.   Os conflitos de natureza bélica, deverão, no governo do Donald Trump, serem substituídos com   reinserção dos países em conflito no cenário econômico global.   
           O Brasil e a América Latina, dentro do contexto global e da vontade do Presidente Trump, deverá estar inserido na política ditado pelo "Consenso de Washington", em vigor há décadas.   O Brasil continuará sendo o "quintal" dos Estados Unidos, querendo ou não.  Infelizmente, a alternativa para o País é cair nas mãos do chinês, Xi Jinping.  Sintomaticamente, neste mês, o presidente chinês, fará visita oficial ao Presidente Lula, como que "marcando a posição" dos chineses no território sul-americano.     
           Infelizmente, o Brasil tem feito apostas erradas, em momentos errados, pela falta de visão política da diplomacia brasileira.                           Ossami Sakamori 

domingo, 10 de novembro de 2024

Brasil, país de faz de conta


O sucesso das eleições presidenciais conquistado pelo republicano, Donald John Trump, 78 anos, reflete não só ao povo americano, mas sobretudo aos países "satélites", como o Brasil.    Os Estados Unidos ocupam posição de primeira economia do mundo, com PIB de US$ 23,36 trilhões, enquanto o PIB mundial é de US$ 105,4 trilhões.   Dentro do contexto global, o PIB do Brasil para o mesmo período era de US$ 2,17 trilhões, correspondente a cerca de 9,2% do tamanho dos Estados Unidos.    

            Desde final da década de 1980, ditado pelo "Consenso de Washington", formulado pelos Estados Unidos, destinado aos países latino americanos para, em tese, conter o endividamento externo e da hiperinflação em curso, à época, por meio de disciplina fiscal, do reordenamento dos gastos públicos e da maior abertura econômica, o Brasil, infelizmente, sofre dos problemas "crônicos" de falta de planejamento nas contas públicas.            Ao constatar o problema encontrado pelo Governo Lula, em 2023 e 2024, das contas públicas, tecnicamente denominado de "política fiscal", disfarçado com a denominação de "arcabouço fiscal" para designar o velho problema dos "gastos públicos", cronicamente "deficitários", fugindo totalmente das boas regras ditados pelo "Consenso de Washington".   Ainda, assim, o Governo brasileiro quer ser o "exemplo" para o mundo.

          O governo brasileiro age ao contrário do republicano Donald Trump que pretende, segundo as metas anunciadas, de "proteger" as indústrias americanas, diante do avanço dos produtos chineses no mercado americano, vai "baixar" a tarifa dos produtos fabricados nos Estados Unidos e "sobretaxar" os produtos importados, inclusive dos produtos procedentes da América Latina. Isto se denomina "política econômica" americana, infelizmente, inexistente no Brasil.  Em outras palavras, o Presidente Trump vai praticar uma "política protecionista" para suas indústrias, com o objetivo de geração de empregos de alta tecnologia nos Estados Unidos.

           Enquanto isto acontece ou vai acontecer na maior economia do mundo global, o Governo brasileiro se preocupa em "matar a fome" dos brasileiros e de defender a floresta Amazônia para os habitantes do planeta, como os principais e únicos objetivos, esquecendo-se de uma "política econômica" que criem empregos para a mão de obra qualificada, que procuram, ironicamente, oportunidades nos países do Primeiro Mundo, incluído nestes, os Estados Unidos.   

          O Brasil, como País, infelizmente, com sucessivos "governos de plantões", de todas matizes ideológicas, literalmente, comem "feijão com arroz" e arrotam "caviar".  E, continuaremos sendo tratados como país do "terceiro mundo", exclusivamente, por nossa própria e total culpa.  

            Ossami Sakamori          

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Os gastos públicos sem controle


O Presidente Lula está reunido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desde o início da semana, para tentar zerar o "déficit primário" das contas do Governo federal, mas as conversas não avançam por dificuldades técnicas em diminuir as despesas, que em grande parte, as despesas são constitucionais causado em boa parte devido ao "inchaço" da estrutura do Governo federal, na atual gestão, a do Governo Lula. 

          As contas fechadas em setembro, apresentou queda na receita líquida de 8,5%, descontada a inflação do período, somando R$ 162,7 bilhões e na outra ponta, as despesas somaram R$  168 bilhões.  No acumulado do ano, fechado em setembro, as receitas cresceram 6,4%, correspondendo a R$ 1,546 trilhão e as despesas em 6,5%, correspondendo a R$ 1,651 trilhão, apresentando um déficit primário, o dinheiro que falta para cobrir as despesas, em R$ 105 bilhões.  É aqui é que mora o perigo!  O anos de 2024 deve fechar, novamente com contas no vermelho.        

            No resultado primário não se computa o pagamento dos juros da dívida pública ou do Tesouro Nacional, nas rolagens de títulos.  Quando se computa os juros da dívida pública, vincendos no período, denomina-se déficit nominal.  O último superávit primário que o País presenciou foi no ano de 2022, ainda no Governo Bolsonaro, com superávit de R$ 54,9 bilhões.   No primeiro ano do Governo Lula, apresentou déficit primário de R$ 230,5 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. 

          Os ministros da área econômica e o Presidente Lula tentam ao menos "zerar" o déficit primário, mas, o inchaço do Governo federal com 38 ministérios, antes 25 do Governo anterior, o corte das despesas não são fáceis de se materializar.  A saída para a situação seria "corte de gastos públicos" ou "aumento de arrecadação", via aumento da carga tributária.  Na minha opinião, não vai acontecer nem uma situação e nem outra.  O Brasil vai fechar o ano de 2024, com mais um "rombo fiscal" ou o famigerado "déficit primário", que faz com que o Banco Central tente segurar a "expansão monetária", via taxa básica de juros Selic, que já está em 11,25% ao ano.   Com o resultado das contas públicas e com inflação acima do teto da meta, de 4,5%, é provável que haja mais um aumento da taxa Selic, em 0,5%, na próxima reunião do COPOM, previsto para ocorrer entre dia 10 e 11 de dezembro.   A taxa de juros Selic passaria, se confirmar o meu prognóstico, para 11,75% no fechamento do ano de 2024.

          A reunião convocado pelo Presidente Lula para corte de gastos públicos  e ou aumento de carga tributária, vai sair como entrou, sem "corte de gastos públicos" e sem aumento de "carga tributária".   O Governo Lula vai apresentar no final de 2024, mais um nefasto "déficit primário" no final do exercício.  

            Ossami Sakamori

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Relação Brasil x Estados Unidos


Ontem, dia 6, quarta-feira, houve o anúncio do resultado das eleições presidenciais americanas, onde se elegeu, virtualmente, o republicano Donald Trump, 78 anos, para o cargo de Presidente da República, com a confirmação da conquista da maioria dos delegados republicanos para o colégio eleitoral.  Pelo lado do Brasil, apesar de Presidente Lula ter declarado sua preferência para a oponente democrata, Kamala Harris, atual vice-presidente da República e já ter mandado mensagem de felicitações, via rede social, ficou a amarga marca da sua preferência pela democrata durante o pleito eleitoral.  

            Ontem, mesmo, o Presidente Lula através da rede social, cumprimentou o novo Presidente americano, Donald Trump, que tomará posse, no meado do mês de janeiro do próximo ano.   Não temos notícias de que o Presidente brasileiro tenha dado cumprimento através de telefonema, como fizeram, segundo a imprensa internacional, as principais lideranças do mundo.   Afinal, o protocolo diplomático tem o seu rito que transcende às divergências políticas.

            Os Estados Unidos são os principais parceiros comerciais do Brasil, nos dois sentidos, nas importações e exportações e sobretudo em financiamentos de projetos importantes ao Brasil pelo capital americano, via conglomerados financeiros multilaterais como as agências de Desenvolvimento, como BID e BIRD.   Os investidores americanos seguem, via de regra, o direcionamento que se dá o Governo federal aos investidores americanos, para assegurar os retornos dos seus investimentos.   Mesmo as reservas cambiais brasileiras, num montante expressivo, cerca de US$ 350 bilhões, são aplicados nos fundos geridos pelos organismos multilaterais como BID, BIRD, FMI, o que garante os eventuais investimentos americanos no País.   

          Exposto isto, o Brasil como um país que depende umbilicalmente dos Estados Unidos e de órgãos multilaterais controlados pelo país do tio Sam, não tem outra opção, senão "torcer" pelos sucessivos governos, seja ele os democratas ou os republicanos.   O maior oponente, do mundo, a China,  protocolarmente, já cumprimentou o Presidente americano, eleito, apesar das divergências políticas. 

                 O Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, depende de relações comerciais e financeiras com os americanos para o seu desenvolvimento, enquanto eles, os americanos tem opções para suprir as suas demandas internas.  Os Estados Unidos respondem pelo PIB de US$ 27,36 trilhões enquanto o Brasil responde pelo PIB de US$ 2,17 trilhões, cerca de 8% do PIB americano.   Infelizmente, o Brasil, apesar de ter sido descoberto na mesma época, pelos portugueses, e de ter sua dimensão continental e terras férteis,  o País disputa a posição de 8ª economia do mundo, atrás da França, a 7ª economia do mundo, com o PIB de US$ 3,03 trilhões.  

             Infelizmente, o Brasil não tem "política econômica" delineada para direcionamento dos investimentos produtivos, a não ser para o setor de agronegócio que recebe financiamentos dos recursos do Tesouro  Nacional, com juros subsidiados.  O País é exportador de "mão de obra" qualificada para os países para União Europeia ou para o Japão, para prestarem serviços que não exigem formação em nível superior.   

            Desejo que o Presidente eleito, Donald Trump, tenha uma gestão profícua como mandatário número 1 da maior potência econômica do mundo e que dê preferência comerciais para com o Brasil, independente da diferença de matizes ideológicas entre os dois mandatários.  

               Ossami Sakamori  

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Donald Trump: America first !

 
Donald John Trump ou simplesmente Donald Trump, 78 anos, foi eleito, pelo voto popular, 45º presidente dos Estados Unidos da América, faltando tão somente a confirmação pelo colégio eleitoral, representados pelos delegado dos partidos, Democratas e Republicanos.  Formalmente, a eleição americana para escolha do presidente da República é de forma indireta, os delegados que irão eleger o novo Presidente da República.   A eleição de ontem, dia 5, terça-feira, foi para a escolha dos delegados dos partidos que irão ou não confirmar a eleição do Presidente da República.  
            O Partido Republicano nos Estados Unidos é considerado de "direita" e o Partido Democrata como de "esquerda".  Guarda uma certa semelhança com os Partido Liberal e Partido dos Trabalhadores no Brasil.   Única e importante diferença é que nos Estados Unidos, a troca de comando é feito desde a sua independência no dia 4 de julho de 1776, muito antes da independência do Brasil do reino de Portugal.   Mundialmente conhecido é reconhecido como "democracia" mais longeva do planeta.    Bem diferente do Brasil que há constante mudanças de regime e de forma do governo desde a sua independência.
           Numa posição temerária, o Presidente Lula, declarou-se favorável à eleição da democrata Kamala Harris, atual vice-Presidente da República para o mandato de Presidente da República para novo período de 4 anos.   Foi uma declaração infeliz de um Presidente da República, seja qual fosse a sua preferência pessoal.   Isto vai trazer reflexo nas relações diplomáticas entre os dois países, felizmente, com pouca influência na área do comércio bilateral entre as duas maiores potências das Américas.  
       Independente das relações pessoais entre os presidentes, o Brasil e os Estados Unidos estarão sempre do mesmo lado, em matéria de economia, finança e de comércio.   Politicamente, o presidente argentino, Javier Milei, oposto do Presidente brasileiro, esteve sempre ao lado do presidente eleito Donald Trump, comungando da mesma ideologia, a liberal. 
             Espero que o Presidente Lula num gesto de cortesia e de diplomacia, cumprimente, ao menos, protocolarmente, o Presidente Trump pela eleição vitoriosa nas primárias de ontem, terça-feira.   Também, é necessário que o nosso Presidente saiba como pensa o Presidente eleito, americano, sobre as questões políticas, coincidentes ou divergentes. 
          A principal bandeira do Donald Trump foi:  "America First", literalmente quer dizer que ele vai governar em primeiro lugar aos interesses do povo americano.   Independe de "gostar" ou não da influência americana,  os Estados Unidos são os parceiros número 1, na área comercial e financeira do Brasil e assim deve ser tratado com devido respeito. 

            Ossami Sakamori

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Lula brinca com o fogo ...

 



Os governantes de plantões, inclusive o Presidente Lula, não faz o dever de casa no tocante às contas públicas.  O ministro da Fazenda, Fernando Haddad e a ministra de Planejamento, Simone Tebet, não deve ter lido a Lei de Responsabilidade Fiscal, oficialmente a Lei Complementar nº 101, sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso em 4 de maio de 2000 e publicado no Diário Oficial da União no dia seguinte, quando passou a vigorar, a lei que "obriga" que as finanças públicas sejam apresentadas detalhadamente ao Tribunal de Contas da União, do Estado ou dos Municípios.  Embora, o Poder Executivo seja o principal responsável pelas finanças públicas, a Lei de Responsabilidade Fiscal, engloba os Poderes Legislativo e Judiciário, que deverão obedecer todos critérios da sua aplicação.

            Chamo atenção para os planos econômicos e financeiros de cada Governo, entenda como Governo federal, que antes de mais nada, deve obedecer o preceito consagrado ao longo do tempo, desde ano 2000, a de responsabilidade fiscal.   Primeiro critério que cada Governo de plantão deve obedecer é o "equilíbrio" das contas públicas.  O equilíbrio das contas públicas, no âmbito do Governo federal, é manter equilíbrio fiscal, incluído o pagamento de serviços da dívida pública.  Tecnicamente, em tese, a Lei da Responsabilidade Fiscal prevê o "déficit nominal" zero, isto é as contas do Governo federal, incluído o pagamento de serviços da dívida pública deveriam ser pagos com o dinheiro que se arrecada.   

           Infelizmente, os sucessivos Governos não tem dada a devida importância às contas públicas, criando, sistematicamente, o "déficit primário", que é "insuficiência" de receitas para pagar ao menos as despesas correntes da União, incluído as transferências constitucionais para estados e municípios, além de transferência para os Fundos constitucionais, de responsabilidade do Governo federal.  

           Só para lembrar, que o Presidente Dilma perdeu o seu mandato por não cumprimento das regras previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Complementar 101 de 2000.  A situação que levou à cassação de mandado da Presidente Dilma, foi que o Tesouro Nacional utilizou-se da "contabilidade criativa" ou "contabilidade maquiada", tal qual pretende o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com uma situação fictícia que se criou com o seu "arcabouço fiscal" que nada mais é do que uma "nova denominação" dada à "política fiscal", com intensão clara de tentar "fugir"  das regras da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000.   A situação se assemelha à contabilidade criativa do ex-Presidente Dilma.  

          Na administração pública, as contas só fecham, quando as despesas estão dentro das receitas.  Em não fechando, cria-se o "déficit primário" que não engloba o pagamento de juros da dívida pública.   Para cobrir o "rombo fiscal" gasta-se o dinheiro que não tem, socorrendo aos investidores institucionais que aplicam em títulos do Tesouro Nacional.  

           O Brasil como país, vive de dinheiro dos agiotas nacionais e internacionais, que aplicam em títulos do Tesouro Nacional.  O movimento da alta do dólar americano, o US$, nos últimos dias, é consequência da "revoada" dos investimentos estrangeiros especulativos para os países de origem.   Os recursos de origem estrangeiros aplicados em títulos do Tesouro Nacional são, em sua maior parte, de grandes investidores individuais e dos fundos de pensões americanos.   O Brasil como país emergente, precisa de investimentos estrangeiros tal qual os sertanejos dependem d´ água para a sua sobrevivência.   

          Se não mudar a situação das contas do Governo federal, de "zerar" o "déficit primário", é previsível que o dólar americano rompa a "barreira psicológica" de R$ 6, ainda nesta semana.  Para enfrentar a possível situação de desconforto, o Presidente Lula chamou de volta o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em viagem internacional, para tentar "apagar" o incêndio no quintal do seu Governo.   

          A situação que está a ser criado, nos próximos dias, creio eu, é de extrema gravidade.  

            Ossami Sakamori      

domingo, 3 de novembro de 2024

Somos todos palhaços !

 

Ao longo dos anos, tenho feito comentários sobre a "macroeconomia", que baliza a política econômica de cada país, seja ele do ocidente ou do oriente.   O dinheiro não tem  cor e nem ideologia.   Ele, o dinheiro, se movimenta livremente, da mesma forma na "macroeconomia" como na "microeconomia".  Para melhor entendimento, vou tentar explicar os termos usados pelo atual ministro de Planejamento e pelo ministro da Fazenda.  Os termos que os empresários da "Faria Lima" usam são os mesmos que o Governo usa e é entendido pelo mercado financeiro global.  

          Na macroeconomia, globalmente, utiliza-se os mesmos termos para melhor compreensão entre os que tem interesse em analisar a situação de cada país.   Os países como a Rússia ou a China, não apresentam claramente as suas políticas econômicas e nem tampouco as suas políticas monetárias.   O Brasil do Presidente Lula optou em apresentar as suas políticas econômicas e fiscais com nomenclatura diferente dos demais países, além de apresentar os números "fora do padrões" aceitos globalmente, para tentar "enganar" a população e o mercado financeiro.  

           Diferente do padrão normal da macroeconomia, aceito pelo mercado financeiro internacional, o Governo Lula apresenta:  "arcabouço fiscal", como um conjunto de medidas que representa nada mais que uma "política fiscal" e a "política econômica", inexiste no atual Governo.    A "política fiscal" deveria tratar das contas do Governo federal, que engloba, além das despesas do Governo, as transferências constitucionais para entes federados e para os Fundos constitucionais.   A falta de clareza na "política fiscal" travestido de "arcabouço fiscal", deixa a "interpretação" do termo ao sabor de quem está a analisar as contas do Governo federal, conforme as suas próprias conveniências.   Enganar a população e ao próprio Presidente da República é a especialidade da equipe econômica.

           O Banco Central do Brasil, como em qualquer parte do mundo, é uma entidade à parte e ser independente do Poder Executivo, assim como acontecem nos Estados Unidos, União Europeia e Japão, onde cada Banco Central tem seu próprios parâmetros para decidir sobre a taxa de juros das dívidas do Governo federal.   O Banco Central, em tese, pratica a "política monetária", para garantir o "poder de compra" da moeda ou em outras palavras, tenta controlar a inflação com "aperto monetário" ou "afrouxamento monetário", conforme o resultado da "inflação", grande parte devido aos gastos públicos ou a "política fiscal" frouxa do Governo federal.    A alta taxa Selic é apenas reflexo da política fiscal equivocada.

             Nas contas públicas do Governo Lula, de 2023, apresentou "déficit primário", o dinheiro que falta para pagar as contas, após a arrecadação do Tesouro Nacional.  Pelo andar das contas deste ano, prevê-se um novo "déficit primário" em 2024, motivo pelo qual os investidores estrangeiros diretos ou especulativos estão retirando os "dólares" investidos no País.   Num país onde não há "política econômica" que dê segurança econômica, financeira e jurídica aos investimentos, eles, os investidores estrangeiros estão retirando os "dólares" para os países de origem ou para os países que deem segurança jurídica e monetária.   

          Para melhor entender, o "déficit primário" não engloba o pagamento de juros da dívida do Tesouro Nacional.  O ideal é que o País, produzisse o "superávit primário" para modernização do parque industrial brasileiro.   Pessoas capacitadas para modernização do parque industrial, o País tem de sobra.  Além de que o Brasil, infelizmente, é "exportador" de mão de obra qualificada, de nível superior.  

            O Brasil, infelizmente, é um elo perdido no espaço e no tempo, por falta de visão dos políticos de plantões, de esquerda à direita.  Os governantes de plantões veem o povo como um verdadeiro "palhaço" para satisfazer os seus egos pessoais. 

           Ossami Sakamori  

sábado, 2 de novembro de 2024

Política externa: Que cada um cuide do seu quintal

 

No próximo dia 5, terça-feira, serão realizadas eleições nos Estados Unidos da América, USA, para escolha do seu Presidente da República, com disputa acirrada entre os candidatos, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harrys.   As eleições americanas ganham holofotes no mundo todo, em função de que os Estados Unidos é de longe o maior PIB do mundo, conforme pode ver no gráfico do topo.  Diante dos Estados Unidos, o Brasil, descoberto pelo Cabral na mesma época da descoberta do continente norte americano, o regime de governo e a economia não tem comparação.   
           Apesar da independência dos Estados Unidos ter ocorrido na época próxima a do Brasil:  7 de julho de 1776, no país americano e 7 de setembro de 1822 e ambos países terem suas histórias recheadas de conflitos internos, o país norte americano ostenta, hoje, o maior PIB - Produto Interno Bruto enquanto o Brasil figura como 10ª economia do mundo, tentando alcançar a 8ª posição, atrás da França.   Em valores absolutos, o PIB brasileiro corresponde a cerca de 7,2% do PIB americano.  
            Os Estados Unidos são os maiores parceiros comerciais do Brasil, seguido pela China.  Em termos de economia global, o Brasil é como se fosse um "quintal" dos Estados Unidos, apesar do esforço dos sucessivos governos brasileiros tentarem alternativas para o comércio global com a China, o segundo maior PIB do mundo.  Em jargão popular, o Brasil tenta sair das "garras" dos americanos para se submeter à vontade dos chineses.  
           Dentro deste contexto, o Presidente Lula diz ter preferência pela eleição da democrata Kamala Harrys em oposição ao republicano Donald Trump.  Nada de errado, o Presidente Lula da Silva, pessoa física, ter sua preferência, no entanto, expor sua opinião sobre resultado das eleições da maior potência econômica do mundo, sendo que no seu próprio território, não ter conseguido eleger os prefeitos da sua legenda. A "exposição" do seu pensamento privado, não ajuda em nada, as relações diplomáticas e comerciais com o próprio Estados Unidos e com o mundo global.  
             Aproveito deste espaço para sugerir a vocês, a leitura do livro denominado: "A democracia na América", escrito por um francês Alexis de Tocqueville, cuja edição em português está reservado para a Livraria Martins Fontes Editora Ltda.  O livro traz noção de como se formou os Estados Unidos da América, hoje, a maior potência econômica do mundo e, também, a democracia mais longeva do planeta.   O livro servirá para elucidar os leigos e políticos do Brasil, que se acham os "donos da verdade".  
          É importante para todos os brasileiros, sobretudo os políticos que nos representam na Capital federal, saber da história da maior democracia do mundo e ver como se processam a escolha do representante maior da nação, a deles.   Para o Presidente Lula, recomendo melhor cuidar do seu quintal do que dar palpite na escolha dos dirigentes de outros países, como os Estados Unidos e a Venezuela.   E... os investimentos estrangeiros continuam saindo do País ...  Tem algo errado no País... 

            Ossami Sakamori

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Clima tempo de novembro


Felizmente, após severas secas que abateu o Brasil, nas regiões leste, norte, centro-oeste e sudeste, com resultado diferente na região sul, está a terminar.  A principal razão da prolongada seca no Brasil se deveu ao efeito do fenômeno denominado El Niño, cuja corrente de ar vem do Oceano Atlântico em direção ao continente sul americano.   Isto já era previsto desde o mês de março deste ano e alertado pelos órgãos de monitoramento do meio ambiente como o INPE.  Nós mesmos, reproduzimos, nesse período, as ocorrências climáticas atípicas que poderiam advir devido aos fenômenos naturais do planeta Terra.

            Já era previsto pelos órgãos científicos que cuidam do clima do planeta, de que o efeito do El Niño terminaria no mês de novembro.   E, assim está ocorrendo, no nosso País, com a volta de período de chuvas em grande parte do seu território.   O aumento do nível do Rio Amazonas, nos últimos dias, tem demonstrado que nas cabeceira dos rios da região Amazônicas estão no início do período de chuvas.   Para a população que depende do rio Amazonas e seus afluentes, notícia melhor não poderia haver.

            Para o agronegócio, que depende das precipitações de chuvas, sobretudo na região Centro Oeste, melhor notícia não poderia ser.   Somado ao fim do ciclo de El Niño, inicia-se, a favor do setor agrícola, as precipitações oriundo do efeito La Niña, que é um fenômeno que ocorre todos anos, com o resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, vencendo a Cordilheira de Andes, carregando a umidade para região centro-oeste do Brasil, nesta época.   O fenômeno La Niña é o mesmo que ocorreu no mês de maio no extremo sul do Brasil, o Rio Grande do Sul.  Lembrando que o extremo sul do Brasil, sofre também a influência da "massa polar" que vem do sul do continente sul americano.

           Apenas, fico triste e indignado que o Ministério do Meio Ambiente, que deveria estar tratando do assunto, ainda, procura os "incendiários" das ocorrências das severas secas que abateu o País.  Marina Silva, o responsável pelo meio ambiente do País, sempre, corre "atrás do prejuízo", culpando as ocorrências ao Governo passado, como se algum ser humano pudesse influir nas mudanças climáticas do planeta.   

            A função do Governo é anunciar as possíveis futuras ocorrências do clima para que diversos órgãos do Governo e a iniciativa privada pudessem prevenir das situações futuras, como os níveis de reservatórios das hidroelétricas espalhados pelos rincões do País.  Felizmente, o agronegócio tem o seu próprio mecanismo de prevenção das climas, para melhor aproveitar da situação. 

          Que o Brasil seja abençoado com as melhores safras agrícolas para o equilíbrio das balanças comerciais.   Ao que parece, o clima vai ajudar para o bem do País.

             Ossami Sakamori