A presidente da Comissão Europeia, que reúne representantes dos países membros da União Europeia, se encontra na reunião da cúpula do Mercosul (criado em 26/3/1991), para aprovar a "minuta" do Acordo entre Mercosul e União Europeia, que posteriormente, deverá ser ratificado pela Comissão Europeia, onde ela preside.
Para entender melhor o contexto da provável aprovação do acordo entre os dois blocos comerciais, a União Europeia e o Mercosul, convém lembrar da biografia da Ursula Von der Leyen, que passaremos a denominar, simplesmente como Ursula (pronuncia-se Úrsula), é belga de nascimento e alemã de adoção, 66 anos, é médica de formação, pertence ao CDU, o mesmo partido que pertence a não menos atuante, Angela Merkel, que foi Chanceler da Alemanha entre 2005 e 2021.
A "minuta" do Acordo Mercosul - União Europeia, prevê o livre comércio entra os dois blocos econômicos, nos dois sentidos, aumentando significativamente a interação das atividades comerciais, culturais e sociais. O "repentino" interesse dos europeus no Acordo, em grande parte, deve-se às anunciadas medidas protecionistas anunciadas pelo presidente eleito Donald Trump, em taxar as importações de produtos e serviços vindo do exterior, para proteger o setor produtivo americano. Trump está correto no seu entendimento, em proteger o setor produtivo americano.
Para o Brasil, os interesses comerciais e de serviços, diante do novo quadro "pintado" pelo presidente eleito, Donald Trump, coincidem com os da União Europeia. Na prática, a implementação do Acordo Mercosul/ União Europeia atende menos aos interesses econômicos de ambos blocos do que aos interesses políticos, como querem os políticos do Mercosul. É normal, que cada ator político envolvido procure "capitalizar politicamente" do que real interesse econômico da população de ambos blocos.
Para o setor agropecuário brasileiro, o Acordo Mercosul - União Europeia, não isenta as "exigências sanitárias" de cada país do bloco europeu. Certamente os produtores rurais de cada país do "bloco europeu farão pressão aos governos locais, para darem preferência aos produtos agropecuários locais.
Seja como for, o Acordo Mercosul - União Europeia, transformará a "geografia econômica" de ambos blocos, tornando-os, na somatória, a terceira potência econômica global, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. Já diz o adágio popular: "juntar a fome com a vontade de comer", eis a situação do Acordo comentado acima.
Ossami Sakamori