sábado, 30 de setembro de 2023

Os dois patetas do Governo federal

 

Não aguento mais ver a cara dos dois patetas da esplanada dos ministérios entre outros tantos.  Falo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da ministra do Planejamento, Simone Tebet.  Os dois tomaram posse nos respectivos ministérios, prometendo mundo e fundo, naturalmente, criticando a "velha" política econômica.  Eles, "magicamente", teria descoberto a nova forma para administração das finanças públicas, o "arcabouço fiscal", que seria a solução para falta de planejamento dos governos anteriores.   Foi ledo engano!

           A última notícia é de que o Tesouro Nacional, "descortinou" um cenário econômico mais do que alarmante para o Brasil, um déficit primário nas contas do Governo federal, nos oito primeiros meses, de R$ 104,6 bilhões, marcando o pior resultado dos últimos 3 anos.   Se seguir esta trajetória, o  "déficit primário" ou o dinheiro que falta para cobrir as contas do Governo federal, exceto os serviços da dívida pública, vai alcançar os R$ 150 bilhões, que já comentamos  neste blog, inúmeras vezes.

            Ambos ministros, a do Planejamento e o da Fazenda, "enganaram" os analistas econômicos com uma nova roupagem de "arcabouço fiscal" para o velho problema da "política fiscal", o "déficit primário" ou o "rombo fiscal", um problema persistente desde a última crise econômica/fiscal do Governo Dilma em 2014/2015, com breve interrupção no ano fiscal de 2023, com o "superávit primário" de R$ 54 bilhões, insuficiente para pagar nem ao menos os juros da dívida pública.  

             A boa notícia, em contrapartida, é que o Banco Central elevou sua projeção para o crescimento econômico do País, o PIB, de 2023 de 2% para 2,9%, de acordo com o último Relatório de inflação, o RI, trimestral, divulgado nessa quinta-feira.   Outra notícia positiva é o crescimento de número de pessoas empregadas, um movimento sazonal do segundo trimestre, por conta das festas do Natal.  

       A notícia ruim é o "rombo fiscal" persistente nas contas do Governo federal e a notícia boa é a projeção do PIB para este ano, 2023, positivo, resultado da participação do agronegócio na sua formação e a inflação sob relativo controle, graças a "política monetária" do Banco Central.  

              Ossami Sakamori   

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Anielle Franco, a super ministra!

 

A festa da gastança continua no governo do Presidente Lula.   Desta feita é a utilização do avião da FAB pela ministra de Igualdade Racial, Anielle Franco, para assistir ao final do jogo de futebol da Copa Brasil entre São Paulo e Flamengo no estádio Morumbi, nesse domingo, dia 24 de setembro.  Como sempre, sobrou para a assessora da ministra, que foi demitida da função.

         Num episódio semelhante, anteriormente vivido, foi pelo ministro das Comunicações que utilizou de um avião da FAB para, num final de semana, visitar haras de sua propriedade.  Entra governo, sai governo, os gastos do dinheiro público, continua sem pudor.  O exemplo vem de cima.  A presidência da República, faz o périplo pelo mundo usando da mordomia com utilização de hotéis e suítes de luxo, reservado a poucas personalidades do mundo global.  

        A mesma ministra, a Anielle Franco, recentemente, foi nomeada para representar o Governo no Conselho de Administração da Metalúrgica Tupy, onde BNDES é sócio.  A ministra Anielle juntamente com o ministro Carlos Lupi do Trabalho, receberão honorários de R$ 54 mil, mensalmente, para responder como conselheiros da empresa Tupy de Joinville, SC.

           Enquanto isso, as empresas penam para recolher ao Governo federal, impostos e contribuições os mais caros do mundo.  E, os 203 milhões de brasileiros se ralam para pagar, indiretamente, os salários e benefícios para contingente de funcionários públicos, nomeados, sem concurso público.   

             Ossami Sakamori   

domingo, 24 de setembro de 2023

Entenda a gestão ESG


Quando ouço o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fazendo projeção sobre a economia do País, sobretudo a do curto prazo, me assusta sobremaneira.  O Tesouro Nacional, que é o braço financeiro do Ministério da Fazenda, administra a relação receita/despesa do Governo federal, com vistas a cobrir o "rombo fiscal" do mês corrente.  Isto parece, um lugar comum na administração pública brasileira, um total falta de seriedade e excesso de amadorismo.    

           O fato é que o País não consegue pagar as despesas correntes da administração pública, muito menos os juros da dívida pública, que cresce a cada dia que passa.  A dívida pública federal, a do Tesouro Nacional, gira ao redor de R$ 9 trilhões e a dívida líquida pouco mais de R$ 6 trilhões.  Sem poder fechar a conta, receita/despesa, o número da dívida pública cresce a cada minuto que passa.   Com taxa de juros Selic, nos níveis de 12,75% ao ano, enquanto a inflação anda ao redor de 5% e sem possibilidade de amortização de ao menos, uma parte da dívida, o Brasil caminha para "default" ou "recuperação judicial" em algum momento do futuro.  

         País quebrado, as grandes corporações, muitas delas, com gestão corporativa que visa tão somente os rendimentos em títulos do Governo,  o País não cresce.  O País padece. Somos, o Brasil, um país de "metidos" a terem empresas produtivas, mas, não as tem.   O resultado é que qualquer "chacoalho" no mercado corporativo e no mercado financeiro, o Brasil fica à mercê da "sorte" para a sobrevivência.  

            As corporações brasileiras, como a Petrobras quase foram à pique, com nível de endividamento acima dos riscos do setor.  Outras empresas de grande porte como Americanas, Oi e Light entraram com o pedido de "recuperação judicial", que nada mais é do que um "calote" aos credores, para tentar se recuperar econômica e financeiramente.

           Há uma regra simples e comum, de fácil compreensão para qualquer leigo, sobre a gestão financeira de uma grande corporação ou mesmo um pequeno "boteco" de esquina.  Um País ou uma empresa, mesmo uma grande corporação, seria de boa prática e boa gestão financeira, manter "liquidez" ou "caixa" para enfrentar as despesas dos próximos 6 meses, sem contar com as receitas previstas.  

              A sigla ESG está em moda.  Eu diria que cabe à gestão financeira de uma empresa seguir o ESG financeira, além do ESG corporativa ou ESG meio ambiental.  É de responsabilidade de qualquer gestor privado ou público, observar a governança do meio ambiente social, o ESG, no sentido mais amplo do que tão somente a relação de trabalho dentro das corporações.

             O exemplo teria que vir de cima, da gestão econômica e financeira do Governo federal e das grandes corporações.  Ao contrário, o Governo federal mostra um péssimo exemplo, para o setor privado, ao tentar fechar a conta do mês, endividando-se cada vez mais.   Sem gestão "ESG", o Brasil caminha para o precipício.   Isto vale para as corporações ou uma pequena empresa, também.  

               Ossami Sakamori  

                   

sábado, 23 de setembro de 2023

Economia brasileira em marcha lenta

 

Ao contrário do que se noticia na grande imprensa, a economia brasileira enfrenta novos desafios, conforme revelado pela Receita Federal, nessa quinta-feira, dia 21, que mostrou um decréscimo real de 4,1% na arrecadação de impostos e contribuições.  O valor apurado pela Receita Federal no mês de agosto foi de R$ 172,78 bilhões, confirmando a trajetória de retração que vai impactar nos objetivos fiscais do Governo federal. 

          Segundo a fonte do Governo, no acumulado do ano, de janeiro a agosto, a diminuição é de 0,83% contra o mesmo período de 2022, totalizando R$ 1,51 trilhão em arrecadações.   Seja como for, a arrecadação bilionária, apenas em 8 meses, mostra o apetite fiscal do Governo federal.  Não se inclui na arrecadação as referente à Previdência Social e Fundos constitucionais.

           Pelo andar da carruagem, o "arcabouço fiscal" do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pouco contribuiu no resultado fiscal. Para quem tem vivência na macroeconomia, mostra que a sinalização é péssima para o "propalado"  crescimento econômico robusto anunciado pelo Governo.   Os números apenas mostram a ponta do "iceberg" da situação econômica do País.   O otimismo mostrado pelo Presidente Lula e equipe do Governo, pode ser apenas "virtual".                Vamos aguardar para ver como fecha o ano de 2023.  Como um bom brasileiro, aguardo notícias melhores para o final deste ano.   Brasileiro não aguenta mais sucessão de governos incompetentes, desde a crise econômica financeira de 2014/2015.

             Ossami Sakamori

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Hoje, a nova taxa Selic ?


 Hoje, dia 20, quarta-feira, o COPOM - Comitê de Política Monetária do Banco Central deve anunciar a taxa básica de juros Selic, que balizará a política monetária dos próximos 45 dias ou mesmo, a taxa básica de juros que balizará o mercado financeiro até o final deste ano.   Segundo o Boletim Focus do Banco Central, a projeção é que a taxa Selic termine este ano em 12,75% com redução de 0,5% em relação à atual taxa de 13,25%.  Sendo assim, não se tem certeza de que a redução da taxa Selic, virá na reunião de hoje ou na próxima reunião, daqui a 45 dias. 

           Ao menos em 26 países, incluindo o Brasil, os Bancos Centrais adotam o sistema de "metas de inflação", balizando ao comportamento da inflação presente.  O Banco Central do Brasil, trabalha com meta de inflação para este ano, 2023, em 3,25% e para o  próximo ano em 1,30%.  No entanto, a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 4,61%, enquanto a inflação acumulada no ano de 2022, foi de 5,78%.   A estimativa para o câmbio, referência em dólar americano, segundo o Boletim Focus, passou de R$ 5 para R$ 4,97, no final deste ano.  

             O segredo do sucesso da política monetária do Banco Central, de inflação controlada, vem da reclamada independência da "política monetária" adotada pelo órgão que "controla e vigia" o valor  da moeda "real" em relação, sobretudo, ao dólar americano, referência mundial para compensação financeira global, o SWIFIT.   Apenas, como comentário, o Presidente Lula, quer mudar a compensação financeira alternativa para o bloco BRICS, baseado em "yuan", moeda chinesa.   Só falta, mesmo, mudar as cores da estrela da bandeira nacional para vermelha.  

         Já que estamos no terreno de "apostas", a minha é que não haverá alteração da taxa Selic, hoje, ficando a alteração para a próxima reunião do COPOM.  A boa notícia é que, graças à política monetária acertada do Banco Central, a inflação está sob relativo controle, apesar dos gastos  desenfreados do Poder Executivo.

              Ossami Sakamori                     


terça-feira, 19 de setembro de 2023

O "selo verde" da Marina Silva


Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, em Nova York, à véspera da abertura da Assembleia Geral da ONU, hoje, dia 19, anuncia a capitação de recursos pelo Tesouro Nacional, denominado por ela de "selo verde" no montante de US$ 2 bilhões ou equivalente a cerca de R$ 10 bilhões, para financiar os projetos de "preservação do meio ambiente".

          Seja como for, a iniciativa da ministra do Meio Ambiente, vai na direção certa, com fins de capitar recursos do "selo verde" e financiar os projetos de preservação do bioma Amazônia, entre eles, seja ela via os projetos do IBAMA ou ICMBIO - Instituto Chico Mendes ou através de ONGs.  Os recursos devem incorporar ao Fundo Amazônia, cujo gestor dos recursos é o BNDES. 

     A medida justifica à medida que os habitantes do planeta estão contribuindo com emissão de gás carbônico e outros gases tóxicos na atmosfera, causando o aquecimento global, sentido pelos habitantes do hemisfério norte com o aquecimento acima do normal e tempestades tropicais vistos no sul do Brasil.   

            Está mais do que evidente de que os recursos do "selo verde" da ministra do Meio Ambiente, será uma "gota" no oceano de necessidades, diante do tamanho dos fenômenos ambientais hostis, evidenciados no mundo nos últimos tempos.  O assunto meio ambiente, extrapola a responsabilidade dos governos de plantões em todo mundo.  Há necessidade de cada pessoa física, as corporações e sobretudo as ONGs se engajarem no desafio de preservação do meio ambiente, já que os governos de plantões e corporações dão costas às necessidades de aplicação de recursos ao meio ambiente.

           Enfim, o "selo verde" deve ser apenas o início de uma iniciativa da ministra Marina Silva, mas a "preservação do meio ambiente" deverá ser de responsabilidade de todos nós, se ainda queremos ocupar o planeta Terra por décadas a vir.

            Ossami Sakamori  

domingo, 17 de setembro de 2023

Brasil e a ausência da política econômica

 

Fico triste com a situação política e econômica do Brasil, em especial com a ausência de propostas viáveis que pudesse levar o País a ocupar, no mínimo, a sétima economia do mundo global.   Porém, vejo no noticiário de hoje que, até mesmo o grupo chinês Dakang está de saída do Brasil.  O grupo chinês está no Brasil desde 2017, com o objetivo de exportação de commodities do Brasil para a China.  Isto é, apenas, o retrato da situação do País, que ressente da ausência dos objetivos claros e definidos pelos governantes de plantões. 

           Decorrido 8 meses do governo do Presidente Lula, o que se vê, como nos governos precedentes, um "retalho" de propostas da "política econômica", que seria fundamental para atrair qualquer projeto de investimento produtivo no País.   Pelo contrário, a sinalização do Governo Lula é aumentar a carga tributária dos grandes players mundiais, que migram para os países com "política econômica" definida.   O que se vê, no mercado financeiro é a entrada de dinheiro estrangeiro para especulação nos títulos do Governo, que paga taxa básica de juros reais do Tesouro Nacional, a mais alta do mundo. 

             O Brasil, não tem política econômica que dê prioridade aos investimentos produtivos, preocupando-se, tão somente, em atender a população de baixa renda, com Bolsa Família ou Auxílio Brasil, seja qual for o nome do programa social, com emissão de títulos da dívida do Governo.   Nos países considerados de Primeiro Mundo, a política econômica é associada à politica social, com o objetivo de "elevar" a renda média da população.  Isto acontece nos Estados Unidos, nos países da União Europeia e no Reino Unido, onde se buscam elevar a renda média da população, dando prioridade à educação e saúde pública.   

              O Presidente Lula, tenta vender ao mundo, a "fórmula" de acabar com a fome no País, impondo à população a carga tributária uma das mais alta do mundo.   Com a mesma carga tributária, os países do Primeiro Mundo, oferecem serviços públicos de qualidade à população de renda média.   Não que aqueles países sejam sociedade socialmente "justa".  Eles, os países do Primeiro Mundo, também, tem suas próprias mazelas.  No entanto, eles estão a quilômetros de distância do Brasil.

            Enquanto, os Governos, o atual os futuros, não se preocuparem em estabelecer uma "política econômica", sustentável ao longo dos sucessivos governos, o Brasil ficará à mercê dos "feitos" e "malfeitos" dos Presidentes de plantões.   O Brasil do Presidente Lula é como "republiqueta" de terceira categoria, igual aos do continente africano, cuja única prioridade é propalar discursos ultrapassados e populistas.  

               Brasil está como carro desgovernado com riscos de cair numa ribanceira!

             Ossami Sakamori 

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

A agenda climática entrou no dicionário global

 

Como que, de repente, as autoridades brasileiras, em todos níveis, resolveram dar prioridade ao "meio ambiente".   Desta feita, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, embarca para Nova York para assistir a Assembleia Geral das Nações Unidas, com "pires na mão" para pedir recursos aos organismos internacionais para preservação da Mata Atlântica, dentro do seu município, a cidade de Rio de Janeiro.

           A inciativa do prefeito de Rio de Janeiro deve ser acompanhada pelas autoridades regionais, de norte ao sul e de leste a oeste do País, na esteira do COP30 que será realizada na cidade de Belém, no final do ano de 2025.  Todo mundo, está de olho na realização do COP30 no Brasil.  COP 30, significa, 30ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima, que acontecerá na capital do Pará, com o objetivo de "reconstruir a confiança de uma ação global e coletiva para resolver os maiores desafios da humanidade que são as mudanças climáticas".

           Ao que parece, a agenda ambiental estrou definitivamente nos programas governamentais do mundo todo, que até há poucos anos, a única prioridade no Brasil o "desmatamento" da Amazônia e as consequentes "queimadas".   A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, estabeleceu como meta a diminuição de áreas de queimadas, em relação aos níveis dos governos anteriores.   Esquece, a ministra do Meio Ambiente, de que as novas agendas, diz respeito, não só sobre as queimadas, mas, sobretudo, sobre a preservação do meio ambiente dentro do espírito do ESG, Governança Social Ambiental, que inclui ser humano que habita na biodiversidade.  

           As mudanças climáticas, sobretudo, deste verão, no hemisfério norte, tem despertado atenção dos países do Primeiro mundo, em especial.   A agenda meio ambiente, entrou definitivamente no dicionário global.

             Ossami Sakamori   

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

O que eu tenho a ver com o ESG ?

 
Crédito de imagem : www.totvs.com/blog/negocios/esg/

Há uma verdadeira indústria de desinformação sobre os novos termos utilizados para o assunto meio ambiente.   Como sempre, há muitos que se beneficiam e lucram com o meio ambiente, assunto sensível e muito discutido no meio empresarial e pelos governos do mundo global.   No entanto, o assunto meio ambiente é cristalino e não deixa nenhuma dúvida, da sua importância do meio ambiente, sobretudo com as mudanças climáticas das últimas décadas no planeta.  

             Hoje, vou tratar sobre algumas siglas e temas que são importantes e que extrapolam o assunto "meio ambiente".   Nas décadas passadas, o assunto predominante era aquecimento global devido ao "buraco de ozônio" e o assunto predominante, hoje, é o ESG e o "sequestro de carbono", que tratarei na sequência.

              A sigla ESG, que tem ganho grande visibilidade, graças a preocupação crescente do "mercado financeiro" sobre a sustentabilidade do planeta.  O apoio multilateral aos objetivos do ESG deu um grande passo em 2015, na Assembleia Geral da ONU, que adotou como objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização, a meta de colocar o mundo no caminho em direção a um futuro mais sustentável e igualitário.  

            O assunto ESG - Enviromental, Social and Governance, é muito amplo, que vai do meio ambiente do trabalho nas corporações ao meio ambiente floresta, propriamente dito. O meio ESG do meio ambiente do trabalho em corporações, faz parte, do objetivo dos Recursos Humanos em corporações,  cujo tema já é prioridades, há décadas.  Porém, o ESG é muito mais amplo do que tema "interna corporis" das empresas e corporações.

            A novidade é que, desde Assembleia Geral da ONU em 2015, o tema ESG ganhou destaque em qualquer debate público sobre o meio ambiente e mudanças climáticas, que tem pouco a ver com o assunto de Recursos Humanos das Corporações, nacionais e transnacionais.  Para não causar confusão, tratarei o assunto como "ESG floresta" aos temas sobre meio ambiente no sentido de preservação climática do planeta Terra.  

             Se, antes do termo ESG, o meio ambiente era tratado tão somente como preservação da floresta para manutenção do clima do planeta, no entanto, com os últimos acontecimentos climáticos, sobretudo neste último verão no hemisfério norte, o tema ESG tornou-se o assunto de pauta obrigatório de grandes corporações e de governos ao redor do mundo.    

               Os ambientalistas e sobretudo os governos, inclusive do Brasil, tem pautado ESG floresta como se o assunto fosse, tão somente, a manutenção da floresta "de pé", como a da bacia Amazônica, do cerrado e do pantanal.   Os governos e as corporações são míopes e só conseguem enxergar o "E" do Enviromental, esquecendo-se do "S" do Social.   Esquecem-se os governantes de plantões, de que "sob" a floresta ou ao entorno dela, vivem populações esquecidos do mundo, porque não contribuem com o PIB - Produto Interno Bruto.   Mesmo as muitas ONGs que atuam na imensidão da floresta e da biodiversidade como cerrado e pântano, tem objetivos escusos fora da pauta ambiental.  

            O ESG, também, tem um outro viés que é a "reciclagem" de resíduos sólidos, jogados ao léu, sobre a terra, rios e mares do mundo.  Se o mundo não despertar para o assunto, os oceanos ficarão infestados de resíduos sólidos, sobretudo de plásticos, prejudiciais à biodiversidade dos oceanos.   

               O ESG tem a ver, também, com o tão comentado no mercado financeiro, o "crédito de carbono", como se ele fosse a salvação do mundo.   O crédito de carbono nada mais é do que a remuneração sobre a preservação das florestas, como o da Amazônia ou da Mata Atlântica, para deixá-las "em pé", uma espécie de "penalidade" que o mercado financeiro negocia com bastante desenvoltura e com o maior "cara de pau".   Queria ver o mercado financeiro preocupado em manter a floresta Amazônica, o cerrado e pantanal, que nelas sobrevivem os 35 milhões de brasileiros, iguais a todos nós, desassistidas pelos "donos do mundo".

        De tudo isto, convém separar os assuntos Work ESG ao do ESG floresta, que são temas distintos, que se completam.  E, sobretudo, não esquecer que abaixo das florestas e de outros biomas, vivem milhões de brasileiros, esquecidos e abandonados no sentido S, do Social, pelos governos e ONGs que atuam nos biomas considerados.  

             Ossami Sakamori 

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Para onde vai o seu dinheiro ...

 

Tirando o lado até cômico da política brasileira, a vida do reles cidadão brasileiro continua sem uma indicação segura do rumo da economia.  O Governo comemora o crescimento econômico no primeiro semestre deste ano, sobretudo devido à irrigação de dinheiro proveniente da "Bolsa Família" para cerca de 20 milhões de chefes de família.   Enquanto, o Presidente Lula continua com o seu périplo de viagens internacionais, desprezando, até mesmo o já conhecido "sobrevoo" às regiões atingidas pelo ciclone no Rio Grande do Sul, deixando os gaúchos ficaram sentidos com o "desprezo" do Presidente ao povo gaúcho, a economia caminha sem uma "política econômica".

             A economia global está em compasso de espera, com a estagnação da economia chinesa, o motor do crescimento global.   A primeira economia do mundo, os Estados Unidos, com 1/4 do PIB do mundo, não consegue desvencilhar da persistente inflação, próximo de 5%, o que é um número "fora da curva" para eles.  A inflação dos Estados Unidos puxa a taxa básica de juros do título americano próximo ao número da inflação.   O problema da inflação nos Estados Unidos é diverso daqui do Brasil, que se encontra em "estagnação" desde última crise econômica e financeira de 2014/205, a pior dos últimos 100 anos, mas traz consequências desastrosas.

            O problema da economia no Brasil é estrutural.  O País não tem parque industrial que "puxe a economia".  Somente o setor agropecuário e de mineração tem "aguentado" o mínimo de crescimento previsto para este ano ao redor de 3% no seu PIB - Produto Interno Bruto.  A própria "gastança" dos governos, federal, estaduais e municipais, tem garantido o mínimo de crescimento econômico do País.   Isto é como "autofagia", alimentando-se da própria carne.  

              No front externo, os produtores de petróleo, como já foi comentado aqui, estão limitando a oferta de petróleo, com o objetivo de "puxar" o preço para algo como US$ 100 cada barril, do tipo leve, o Brent.  O Petróleo do Brasil é do tipo pesado, o TWI, cujo preço é ligeiramente inferior ao preço do petróleo do oriente médio.   De qualquer forma, a notícia é boa para Petrobras, mas é péssima para os consumidores brasileiros.  

            PS: Enquanto isto, ontem, no Japão, posição de 3ª economia do mundo, fez reforma ministerial, para o segundo mandato do Primeiro Ministro Kishida, PLD, com mudança de composição ministerial, com 19 ministérios.   No Brasil, são 38 ministérios, onerando o custo do Governo federal.

                Ossami Sakamori

domingo, 10 de setembro de 2023

Hidrogênio é a bola da vez!

 

O hidrogênio como combustível é visto como salvação do mundo, sobretudo, devido ao aquecimento global visto neste último verão no hemisfério norte.  Nem tanto terra, nem tanto oceano.  O assunto vai virar uma nova "pauta" da imprensa, nos próximos anos.  

             Atualmente, o hidrogênio é produzido por meio de "processo térmico", onde o vapor reage com um combustível do tipo "hidrocarboneto" produzindo o "hidrogênio".  Os combustíveis que são utilizados vão do diesel ao gás natural ou biogás.  Neste tipo de geração de hidrogênio há emissões de carbono, que contribui com o aquecimento global.  Seria um círculo vicioso.  

          Atualmente, segundo consultoria McKinsey, 95% do hidrogênio produzido no mundo vem do gás natural, menos poluente que o petróleo em forma de diesel ou gasolina, porém, em tese, estaríamos  trocando seis por meia dúzia.   A outra forma é transformação de energia limpa, solar ou eólica em combustível "hidrogênio", via processo denominado de "eletrólise", cujo resíduo é o Oxigênio, não nocivo à vida humana e animal.  O Oxigênio já existe em abundância na natureza.   Há que aprimorar o processo e produzir em "escala" para ser viável economicamente.

               Segundo a Consultoria McKensey, o mercado de hidrogênio deve criar oportunidades de investimentos na ordem de US$ 200 bilhões ao longo de 20 anos, somente no Brasil.  Grande parte das receitas viriam do mercado doméstico, com previsão de consumo de US$ 12 bilhões em 2040, impulsionado pelos setores de transporte e siderurgia.   No entanto, grande "mote" para a produção do hidrogênio seria destinado à exportação para Estados Unidos e Europa.   

           Creio de maior importância, trazer o assunto "Hidrogênio" ao palco de discussões, pelos setores empresariais do País para "não perder, mais uma vez, o bonde de oportunidades.   O recém criado Instituto BrazilAmazon, estará no palco das discussões sobre a nova e promissora forma de combustível, o "hidrogênio".  

               Ossami Sakamori   


sábado, 9 de setembro de 2023

Presidente Lula viaja para Índia

 

A reunião da cúpula do G-20, inicia neste domingo, dia 10 e termina do dia 11, com a presença dos dirigentes das principais economias do mundo, obviamente, incluindo os Estados Unidos e com ausência da China e da Rússia.   A China se ausenta por conta da divergência com a Índia e a Rússia por ter o seu dirigente Putin com mandado de prisão pelo Tribunal de Haia, da Comissão de Direitos Humanos da ONU. 

     A reunião do G-20 serve apenas para massagear os egos dos que não fazem parte do G-7, as sete maiores economias do mundo.    A primeira reunião da cúpula do G20, ocorreu no ano de 2008, em Washington, DC, Estados Unidos.  De princípio o principal assunto da pauta deveria ser sobre os Mercados Financeiros e Economia Mundial.  Com a turbulência do mercado financeiro global devido sobretudo ao conflito entre Rússia e Ucrânia e ausência dos presidentes da China e da Rússia, a reunião perde o seu brilho.  

            O Brasil leva a pauta da discussão sobre as mudanças climáticas no planeta, mostrando redução de desmatamento no seu governo e conclamando  G20 para investimentos no Fundo Amazônia, tentando demonstrar que a pauta da preservação da Amazônia é também, do restante do mundo, não somente do Brasil, deixando "brecha" enorme para "intromissão" do mundo global nos assuntos que "competiria" ao povo brasileiro.

             À margem dos assuntos econômicos em pauta, o Presidente Lula defende a inclusão do Brasil, com assento permanente, no Conselho de Segurança da ONU, composto por 5 maiores potências militares do mundo.   O Brasil está a deixar o Conselho de Segurança, como membro não efetivo, em alternância com os demais membros da ONU.    Enquanto isto, o Presidente Biden dos Estados Unidos, defende a inclusão da Índia, seu parceiro comercial importante, que fala o mesmo idioma deles, o inglês, como membro permanente do Conselho, em contraponto ao Presidente Lula.   Essa guerra, entre o Biden e o Lula, já sabemos quem será o vencedor.

        Enquanto, isto, os gaúchos que sofrem às tragédias do ciclone tropical, que deixou dezenas de vítimas fatais e milhares de famílias perderam suas moradias, ficaram a ver navios, com o socorro do Presidente Lula em viagem/turismo importante, a reunião da Cúpula do G20, em total menosprezo ao povo gaúcho.  

           Ossami Sakamori 

          


terça-feira, 5 de setembro de 2023

Você paga as lambanças dos governos !

 

O governo enviou, na undécima hora, o Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2024, cujo total das despesas, está previsto em R$ 5,4 trilhões, se levar em conta o pagamento dos juros da dívida pública e parcelas vincendos.  Somente para pagamento de juros da dívida pública está previsto R$ 649 bilhões.  

    O Orçamento federal, excluído a Previdência Social, prevê gastos com pessoal e encargos no total de R$ 381,4 bilhões, com aumento de 5% nominal em relação aos gastos de 2023, de R$ 362 bilhões.  O salário mínimo que baliza os aumentos com o pessoal e benefícios sociais, está previsto em R$ 1421,00 para o ano que vem, a entrar em vigor no dia 1º de janeiro.  

             Para ter ideia melhor sobre a situação econômica e financeira do Brasil, o PIB ou o Produto Interno Bruto de 2022, com crescimento de 2,9%, totalizou R$ 9,9 trilhões.  Desta forma, se incluir as despesas referente à amortização e juros da dívida pública, corresponde a cerca de 50% do PIB ou seja metade do que o País produz iria para serviços da dívida pública.    

        O País só não entra em "default" ou em "recuperação judicial", se valesse a mesmas regras do setor privado para com o seto r público. Os credores nacionais e internacionais dos títulos do Governo federal o mantém para poder continuar com os ganhos "contábeis" dos juros da dívida do Tesouro Nacional, sobejamente remunerado com a taxa Selic de 13,25% ao ano.   

          Entra governo, sai governo, a ladainha é sempre a mesma, elege-se os gastos públicos como "alavanca da economia", sem se preocupar em dar melhores condições para empreendedores da inciativa privada e à própria população trabalhadora, que recolhem os impostos para proporcionar os "périplos" do Presidente da República em suas viagens em classes luxuosas, para mostrar ao mundo que o Brasil é exemplo a serem ou não serem seguidos pelos seus pares.  

           Enquanto isto, você é convidado para pagar as lambanças dos governos em todos os níveis.

            Ossami Sakamori


sexta-feira, 1 de setembro de 2023

Brasil é pulmão do mundo?


O descaso com o meio ambiente, sobretudo nos biomas sensíveis como o da Amazônia, Pantanal e Cerrado é notório.   O bioma importante, a Amazônia, senão a mais significativa do planeta é ignorado pelos sucessivos governos do País.   A  Amazônia é cobiçada pelo mundo inteiro, mais do que o próprio brasileiro, que considera a Amazônia um "pesado encargo" para o orçamento do Governo federal.   Os brasileiros em geral, no qual  me incluo, consideram o bioma Amazônia, pantanal e cerrado como ônus para a população do que um bônus.

            Felizmente, vejo a grande imprensa se manifestando sobre a Amazônia, no bom sentido, até em função da mudança climática brusca, neste verão, no hemisfério norte.   O presidente da França, Emmanuel Macron, pronunciou-se, há poucos dias, a favor da entrada da França na OTCA, uma organização intergovernamental formada por países amazônicos, entre os quais a Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guina, Peru, Suriname e Venezuela.   A França possui a Guiana Francesa, um Departamento do país que faz fronteira com o Estado de Amapá.  

           Apesar da cobiça e do interesse dos países desenvolvidos, o próprio Governo brasileiro, não destina recursos orçamentários para a preservação dos biomas sensíveis à mudança climática.   Os sucessivos Presidentes da República, inclusive a atual, andam de pires na mão para "mendigar" recursos  para preservação da Amazônia, em particular, como se o território fosse deles.  

          O Fundo Amazônia criado pelo Governo federal em 2008, tem em seu caixa, cerca de R$ 5,7 bilhões e ainda tem os novos recursos prometidos pelos países da União Europeia e dos Estados Unidos, em cerca de R$ 3,4 bilhões.   O Fundo é administrado pelo BNDES, com rígido processo de exigência de "garantia real" para empreendimentos nos biomas consideradas.   Isto  parece um grande equívoco, a Amazônia tem que dar lucro?  Os projetos deveriam ser de "fundo perdido", uma vez que foram angariados na forma de "doações".

        Com tantas atrapalhadas, os sucessivos Presidentes da República, batem no peito de que a Amazônia é nossa.  Ledo engano.  Para se ter ideia do descaso, o Ministério do Meio Ambiente, tem um orçamento para 2023, montante de R$ 2 bilhões, uma migalha para oceano de necessidades.   Os governos locais, que incluem Amazônia, Pará, Amapá, Roraima, Acre, Rondônia, Maranhão, estão mais preocupados em atender os seus respectivos "currais eleitoreiros" do que destinar recursos para preservação do meio ambiente.

        A continuar assim, a Amazônia será, tão somente, o "pulmão" do mundo, tanto quanto floresta do Congo, na África Ocidental.  O Brasil "não é respeitado" na área de meio ambiente, por absoluta falta de iniciativa dos sucessivos governos.  O Brasil é conhecido no exterior, tão somente pelos times de futebol e de seus jogadores, diga-se de passagem, os pernas de paus do que o dono do pulmão do mundo.  

           Ossami Sakamori