segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Presidente Lula quer ser um líder global

 

A Folha de São Paulo traz notícia de que o Presidente Lula enviará projeto ao Congresso Nacional para o BNDES voltar a financiar obras no exterior conforme matéria exposta, na edição de hoje.  O crédito do furo da reportagem é da Folha.  Os desdobramentos serão comentados neste blog, como tenho feito desde fevereiro de 2012.  

            Nas gestões anteriores dos governos do PT, o BNDES financiou na modalidade de exportações de produtos e serviços, cerca de US$ 10 bilhões ou equivalente a R$ 50 bilhões.  Estima-se que sob rubrica de intermediação aos agentes públicos envolvidos, tenha destinado ao menos US$ 1 bilhão, depositados em paraísos fiscais. 

            Segundo as minhas fontes da época, segue abaixo, a relação de algumas obras financiadas pelo BNDES, dentre elas: 

 1) Porto de Mariel (Cuba)














Valor da obra : US$ 957 milhões (US$ 682 milhões por parte do BNDES) Empresa responsável : Odebrecht


2) Hidrelétrica de San Francisco (Equador)



















Valor da obra contratada : US$ 243 milhões. Empresa responsável : Odebrecht. 


3) Hidrelétrica Manduriacu (Equador)












Valor da obra : US$ 124,8 milhões (US$ 90 milhões por parte do BNDES). Empresa responsável : Odebrecht. 


4) Hidroelétrica de Chaglla (Peru)















Valor da obra : US$ 1,2 bilhões (US$ 320 milhões por parte do BNDES). Empresa responsável : Odebrecht


5) Autopista Madden-Colón (Panamá)


Valor da obra: US$ 152,8 milhões. Empresa responsável : Odebrecht



6) Aqueduto de Chaco (Argentina)



















Valor da obra: US$ 180 milhões do BNDES. Empresa responsável : OAS


7) Soterramento do Ferrocarril Sarmiento (Argentina)



 


Valor : US$ 1,5 bilhões da parte do BNDES. Empresa responsável : Odebrecht


8) Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela)















Valor da obra : US$ 732 milhões. 
Empresa responsável : Odebrecht


9) Segunda ponte sobre o rio Orinoco (Venezuela)














Valor da obra : US$ 1,2 bilhões (US$ 300 milhões por parte do BNDES). 
Empresa responsável : Odebrecht


10) Barragem de Moamba Major (Moçambique)


Valor da obra : US$ 460 milhões (US$ 350 milhões por parte do BNDES). 
Empresa responsável : Andrade Gutierrez


11) Aeroporto de Nacala (Moçambique)



 


Valor da obra : US$ 200 milhões ($125 milhões por parte do BNDES). 
Empresa responsável : Odebrecht


12) BRT da capital Maputo (Moçambique)


Valor da obra : US$ 220 milhões (US$ 180 milhões do BNDES). 
Empresa responsável : Odebrecht


13) Hidrelétrica de Tumarín  (Nicarágua)




Valor total da obra : US$ 1,1 bilhão (US$ 343 milhões). 
Empresa responsável : Queiroz Galvão
A Eletrobrás participa do consórcio que irá gerir a hidroelétrica


14) Projeto Hacia el Norte – Rurrenabaque-El-Chorro (Bolívia)


 


Valor da obra : US$ 199 milhões. 
Empresa responsável : Queiroz Galvão


15) Exportação de 127 ônibus (Colômbia)



 


Valor : US$ 26,8 milhões. 
Empresa responsável : San Marino


16) Exportação de 20 aviões (Argentina)



 


Valor : US$ 595 milhões. 
Empresa responsável : Embraer


17) Abastecimento de água da capital peruana – Projeto Bayovar (Peru)



















Valor : Não informado. 
Empresa responsável : Andrade Gutierrez


18) Renovação da rede de gasodutos em Montevideo (Uruguai)




 


Valor : Não informado. 
Empresa responsável : OAS


19) Via Expressa Luanda/ Kifangondo




Valor : Não informado. 
Empresa responsável : Queiroz Galvão


20) Super-porto em Rocha (Uruguai)

Financiamento não concluído.

Valor da obra: US$ 1 bilhão. (Empréstimo em gestação, porém não concluído). Empresa responsável: Odebrecht      

              A atual situação política é totalmente diversa das gestões anteriores do governo do Presidente Lula, com Congresso Nacional mais atuantes, sendo assim,  numa eventual concessão de créditos para exportações de serviços, via BNDES, sejam feitas com maior transparência.  

     A dúvida que permanece, como contribuinte, é o "porquê" da súbita decisão do Presidente Lula em querer financiar obras e serviços aos aliados políticos do "terceiro mundo".   A única diferença é que o Brasil exerce a  presidência do G20 até o final de 2024.  E, o Presidente Lula almeja, segundo os seus aliados, o Prêmio Nobel da Paz.  

              Ossami Sakamori  

domingo, 26 de novembro de 2023

Brasileiros comem feijoada e arrotam caviar

 

Na matéria de ontem, comentei a participação expressiva do Governo federal na formação do PIB - Produto Interno Bruto, incluído as despesas com os serviços da dívida pública, que correspondeu a 32,7% de tudo que o País produz. Acrescentando neste valor a participação dos estados e municípios, a estrutura dos governos representa algo como metade do Produto Interno Bruto do País.  

           Esta gigantesca estrutura dos governos em três níveis, representa, grosso modo, metade na formação do PIB. É exatamente, o que você pensou.  Todo o setor produtivo do País, representa cerca de outros 50% na formação do PIB brasileiro.  A conta fica fácil para raciocinar.  O setor produtivo do País, sustenta os governos que, teoricamente, dão retorno a outra metade da população.  Como já comentei em matérias anteriores, o povo brasileiro comum, excluído os funcionários públicos, são como burros de carga, leva o setor público "nas costas".   Não estou aqui a criticar a participação do setor público na economia do País, mas a qualidade dos serviços que são oferecidos à população.  

           Dentre o setor privado, as micro e pequenas empresas respondem por cerca de 53,5% do PIB do setor do Comércio.  A participação da Indústria, em sua maioria, representa cerca de 24,5% do PIB, dos quais cerca de 22,5% representa o setor de micro e pequenas empresas.  O setor  de Serviços, representa por cerca de 36,5%, entre os quais os micros e pequenos representam cerca de 22,5% do total dos serviços.  

           Em resumo, podemos dizer que o Brasil recolhe impostos dos países do Primeiro Mundo, como a Suécia, mas a contraprestação de serviços dos governos se compara a alguns países da África.  Resumindo, o Brasil come feijoada, de retalhos de peças de porcos, e arrota caviar, feito de ovas de esturjão, como fazem os suecos com justo merecimento.  

          Ossami Sakamori

sábado, 25 de novembro de 2023

Somos os próprios palhaços do circo!

 

O povo brasileiro é enganado mais uma vez, com desinformações sobre a carga tributária no Brasil.  Está em vias da aprovação o novo tributo, o IVA - Imposto do Valor Agregado, Dual, o CBS que unifica o IPI, PIS e COFINS e CBS.  O novo imposto está aprovada, que unifica ICMS e ISS, cuja alíquota será de 27,5% que incide sobre os produtos na ponta do consumo.   Não inclui no IVA, o principal dos impostos que é o Imposto de Renda, nem tão pouco as tributações sobre transações financeiras e muito menos os impostos sobre as grandes fortunas.

            Vamos aos fatos.  O Governo federal, em 2022, arrecadou para pagar as suas despesas, o valor líquido de R$ 1.856 bilhões, equivalente a 18,7% do PIB - Produto Interno Bruto.  Porém, no campo de despesas, o dispêndio total do Governo federal foi de 32,7% do PIB, incluído nestas a rolagem da dívida pública, que correspondeu a R$ 3,246 trilhões.   A diferença entre as despesas, incluindo e excluindo os serviços da dívida pública, soma R$ 1,390 trilhão, que, também, são encargos do Governo federal ou de cada um de nós, com a dívida do Tesouro Nacional cada vez mais crescente.  

         A situação acontece, em qualquer parte do mundo global, onde os Governos federais executam os "Orçamentos públicos" acima de suas capacidades de geração de tributos e o Bancos Centrais fazem o que podem com a sua "política monetária", tentando preservar o poder de compra de suas moedas.  Em outras palavras, os Governos gastam e os Bancos Centrais "enxugam" a liquidez, para manter a inflação aos níveis aceitáveis ou manter a sua capacidade de compra.  

        Os sucessivos presidentes da República, incluído neles, o Lula da Silva, queriam ou querem deixar o seu "legado" de obras e de serviços públicos, "gastando mais do que arrecada", criando o "déficit primário" ou o "rombo fiscal", cada vez mais impagável, onde a arrecadação é insuficiente para as contas públicas, com ou sem pagamento de serviços da dívida pública.  

        Dentro deste contexto, onde o Presidente da República procura a "popularidade" para satisfazer o seu "ego" ou  querer deixar o seu nome nos "anais" da história do País, deixam a conta para os otários contribuintes.  

        Infelizmente, nós, na qual me incluo, fazemos parte de um "circo mambembe", a percorrer o mundo, certo de que "somos os melhores do mundo", "respeitados" como se fôssemos os "novos emergentes", sem perceber que somos os próprios "palhaços" do circo chamado Brasil. 

           Ossami Sakamori       


quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Presidente Lula ri na cara do povo

 

Os últimos governos da República do Brasil, desde 2014, do Governo Dilma Rousseff, PT/MG, tem demonstrado serem incompetentes para dirigir uma Nação do tamanho do Brasil, em extensão territorial e população.    O Brasil é 8ª economia do mundo, medido pelo PIB - Produto Interno Bruto.  Porém, os sucessivos presidentes da República tem demonstrado "incompetentes" ou melhor dizendo tem sido "irresponsáveis" com as contas públicas, do dinheiro do contribuinte.  


          Segundo informações dadas à imprensa pelos ministros Simone Tebet do Planejamento e Fernando Haddad da Fazenda, o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" deste ano, ano de 2023, deve ficar em R$ 177,4 bilhões.  O teto dos gastos públicos, na esfera federal, para 2023, estava previsto em R$ 1,945 trilhão, diante do PIB de R$ 9,9 trilhões em 2022.   O tamanho do rombo fiscal é, espantoso, considerando-se que, no Orçamento Fiscal, não se leva em consideração, ainda, o pagamento de serviços da dívida pública.  

           O anúncio da previsão do nova previsão de "déficit primário" ou o "rombo fiscal", foi feito com o maior "cara de pau" pelos ministros da área econômica.   Como eu já comentei em matérias precedentes, o "rombo fiscal" já era previsível, com o aumento de gastos públicos anunciado pelo Presidente Lula, no decorrer do ano.   A atual administração teve o número de ministérios aumentado, de 26 para 38, para acomodar os partidos de sustentação do Governo Lula.   Mesmo com o "rombo fiscal" imenso, só superado no ano da pandemia Covid-19, em 2020, conforme mostra o gráfico sobre a evolução das contas públicas dos últimos anos, pós "quebra" do Brasil em 2014, coincidentemente no governo do PT, partido de sustentação do Presidente Lula.

           Presidente Lula, não tem compromisso com a "responsabilidade fiscal".   No meio de "furo" no "arcabouço fiscal" anunciado com "pompas" pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da ministra de Planejamento, Simone Tebet, o Presidente Lula, tem ousadia de anunciar o novo PAC - Plano de Aceleração de Crescimento.  Ou o Presidente Lula está mentindo sobre os recursos para "bancar" os gastos públicos "extras" ou é "pirotecnia" em cima dos projetos já "inclusos" do Orçamento Fiscal de 2023.   Este filme já vimos em 2014/2015, os anos marcados pela pior crise econômica/financeira do Brasil, dos últimos 100 anos.   

          O Presidente Lula, ri à toa, "na cara" e "da cara" do povo brasileiro, consciente ou inconscientemente, anunciando o seu novo PAC. 

           Ossami Sakamori