A história contada aqui é uma ficção. Os fatos e personagens citados, se guardam alguma semelhança com a realidade são meras coincidências.
Na residência do Antonio P, em Brasília.
Luiz Antonio P: Boa noite, ministro!
Antonio P: Ministro, não sou mais, Luiz Antonio... Como está indo o Departamento?
Luiz Antonio P: Agora, melhor do que nunca, ministro. Com verba, tudo vai. Vilma autorizou 20 bi. O que fazemos dele? Alfredo N, mandou acertar com você.
Antonio P: Bem, como sempre, os grandes deixa comigo. Você cuida dos pequenos. Vou passar lista para você atender.
Luiz Antonio P: Os pequenos, são quase 170, deixe que eu acerto com o José P. Então ficou, 2 oficial e 3 por fora, não foi? O Alfredo me disse que seria assim.
Antonio P: Pois na minha conta, 20 bi, não vai dar. Já pedi mais 20 para Vilma. Ela vai providenciar. Os grandes vão escolher obras. O que sobrar você distribui para os pequenos. O critério, deixo por sua conta, mas a lista para atender, eu passo.
Luiz Antonio P: Pode deixar. Tomo conta de tudo.
Antonio P: Os grandes atendes atende São Paulo. Desta turma eu cuido. Com exceção, a Delta, que quem vai cuidar é o governador Sérgio. Entendeu?
Luiz Antonio P: Já me disseram que Manaus fica com o ministro Alfredo e Cuiabá fica com governador Blairo. Confirma, ministro?
Antonio P: É isto mesmo. Rio Grande do Sul fica com Tarso. Bahia com governador Jaques. Pernambuco com governador Eduardo. Brasília com Agnelo. Ah, o Paraná fica com o ministro Paulo. Isto tudo, encargo seu.
Luiz Antonio P: E quem atende Lula?
Antonio P: O chefe, deixa comigo. Tiro dos grandes. Depois que você fizer casamento dos empreiteiros com os operadores, você cai fora. Deixe que eles se entendam. Só cuida da obra e do faturamento. Você está sabendo, não está? Os 3 tem que sair da primeira fatura. A combinação do oficial, deixa para os operadores resolverem direto com os empreiteiros.
Luiz Antonio P: Deixa comigo, o José P, é bom nisso. Já está acostumado. Não tem erro. Mais ou menos o mesmo esquema do tapa buraco. Se você conseguir dobrar para 40 bi, metade pode ficar para os pequenos. José P, vai ficar super contente. E, os operadores, muito mais.
Antonio P: Cuida para não dar cagada! É coisa séria. Você sabe, não é? 3% de 40 bi dá 1 bi e 200! É dinheiro que não acaba mais! Dá para ganhar eleições fácil. Tome cuidado. Se tiver alguma alteração, conversamos aqui em casa. Fica entendido?
Luiz Antonio P: Amanhã mesmo vou chamar o José P. Vai ser fácil. Ele vai acionar o Anel. Entendeu, ministro?
Antonio P: Isto é com você, Luiz Antonio. Vamos ganhar eleição, fácil. Com esse dinheirama todo, tem que ganhar!
Luiz Antonio P: É verdade.
Depois de um wiskinho, os dois se despedem.
As eventuais contestações sobre o script acima, e-mail para contato: sakamori10@gmail.com
Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
terça-feira, 31 de julho de 2012
segunda-feira, 30 de julho de 2012
VARIG. EX-FUNCIONÁRIOS MORRENDO DE FOME!
Depois de contribuírem por décadas para o fundo de pensão Aerus, com valores que chegaram a até 30% de seus salários, aposentados da Varig e da Transbrasil se mantêm com a ajuda de filhos para conseguir pagar contas. São pessoas, em sua maioria, com mais de 60 anos, que necessitam com urgência de recursos para pagar aluguel, remédios e plano de saúde. Fonte: Folha.
Engenheiro de voo por 35 anos na Varig, Lourival Honorato, 62, encontrou o também engenheiro de voo e amigo Tarcisio dos Santos, 76, vivendo na garagem de um prédio em São Paulo, onde funcionava uma oficina em que trabalhou ao se aposentar. "Ele trabalhou por 40 anos na Varig e foi encontrado mendigando e doente no Congo, onde foi prestar serviço na África e vivia com a verba do Aerus. No passado, chegou a receber o equivalente a R$ 6.000. Hoje recebe R$ 900. Ainda sou um privilegiado perto do meu amigo", diz Honorato, que voltou ao mercado de trabalho.Fonte: Folha.
Só lembrando que na recuperação judicial, a Varig foi dividida em 2 empresas, a parte boa e a parte ruim. Os empregados da Varig ficaram com a parte ruim. A parte boa, as concessões de linhas, ficaram com a então recém criada Gol do Constantino Constantinus, até então, apenas concessionário de linhas de ônibus.
A parte ruim tem um processo contra a União sobre a perda sofrida com a imposição de tarifas no período de inflação. O processo anda arrastando nos Tribuinais. Se a União perder a ação, daria certo relento para os ex-funcionários da Varig.
Brasil é país de mentirinhas.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
DNITduto. Capítulo III : HIERARQUIA
A história contada aqui é uma ficção. Os fatos e personagens citados, se guardam alguma semelhança com a realidade são meras coincidências.
Na esplanada dos ministérios. No bloco do Ministério de Transporte. Estamos no gabinete do ministro.
Luiz Antonio P: Como vai, ministro?
Alfredo N: Tudo bem. E você? Como está o governador Blairo? Agora, vai melhorar tudo!
Luiz Antonio P: Boas novas da Vilma ?
Alfredo N: Ótima notícia! Autorizou 20 bi. Uma maravilha! Como nos queríamos. Agora, depende de você.
Luiz Antonio P: Quanto vai precisar para campanha?
Alfredo N mostra palma da mão direita aberta para Luiz Antonio P. No ato, subsequente ele se esboça surpresa.
Luiz Antonio P: Tudo isso?
Alfredo N: Calma, Luiz Antonio, é o total. Meio por dentro e meio por fora.
Luiz Antonio P: Ah, bom... Levei susto, pensei que fosse tudo por fora.
Luiz Antonio P: Mesmo esquema de sempre? Os grandes acertam comigo direto e os pequenos com José P?
Alfredo N: Esta parte você entende melhor. É como vem operando, sempre. Os grandes, direto e os pequenos com o pessoal do Anel. E, não esqueça que combinei Manaus para mim.
Luiz Antonio P: Entendido, ministro. Só estou em dúvida, sobre a Delta. Entra nos grandes ou nos pequenos?
Alfredo N: Você ainda tem dúvida?
Luiz Antonio P: Só para conferir, ministro. Vou avisar o José P. Os grandes, o gabinete já deve ter avisados. Ministro, então, só para confirmar é 5? meio a meio?
Alfredo N: Não. 2 por dentro e 3 por fora. A lista você se entende direto com Antonio. Ordem da Vilma.... Precisamos eleger ela.
Luiz Antonio P: Claro, é o nosso futuro! Então, vou indo, pessoal está esperando por esta notícia.
Alfredo N: Faça isto, imediatamente. Eles tem pressa. E nós também. Dá notícia para governador Blairo, também. Ele ficará contente.
Os dois se despedem, com abraço de praxe. Muito alegre, com o andamento da operação.
As eventuais contestações sobre o script acima, e-mail para contato: sakamori10@gmail.com
Na esplanada dos ministérios. No bloco do Ministério de Transporte. Estamos no gabinete do ministro.
Luiz Antonio P: Como vai, ministro?
Alfredo N: Tudo bem. E você? Como está o governador Blairo? Agora, vai melhorar tudo!
Luiz Antonio P: Boas novas da Vilma ?
Alfredo N: Ótima notícia! Autorizou 20 bi. Uma maravilha! Como nos queríamos. Agora, depende de você.
Luiz Antonio P: Quanto vai precisar para campanha?
Alfredo N mostra palma da mão direita aberta para Luiz Antonio P. No ato, subsequente ele se esboça surpresa.
Luiz Antonio P: Tudo isso?
Alfredo N: Calma, Luiz Antonio, é o total. Meio por dentro e meio por fora.
Luiz Antonio P: Ah, bom... Levei susto, pensei que fosse tudo por fora.
Luiz Antonio P: Mesmo esquema de sempre? Os grandes acertam comigo direto e os pequenos com José P?
Alfredo N: Esta parte você entende melhor. É como vem operando, sempre. Os grandes, direto e os pequenos com o pessoal do Anel. E, não esqueça que combinei Manaus para mim.
Luiz Antonio P: Entendido, ministro. Só estou em dúvida, sobre a Delta. Entra nos grandes ou nos pequenos?
Alfredo N: Você ainda tem dúvida?
Luiz Antonio P: Só para conferir, ministro. Vou avisar o José P. Os grandes, o gabinete já deve ter avisados. Ministro, então, só para confirmar é 5? meio a meio?
Alfredo N: Não. 2 por dentro e 3 por fora. A lista você se entende direto com Antonio. Ordem da Vilma.... Precisamos eleger ela.
Luiz Antonio P: Claro, é o nosso futuro! Então, vou indo, pessoal está esperando por esta notícia.
Alfredo N: Faça isto, imediatamente. Eles tem pressa. E nós também. Dá notícia para governador Blairo, também. Ele ficará contente.
Os dois se despedem, com abraço de praxe. Muito alegre, com o andamento da operação.
As eventuais contestações sobre o script acima, e-mail para contato: sakamori10@gmail.com
domingo, 29 de julho de 2012
DNITduto. Capítulo II ::A ORDEM
A história contada aqui é uma ficção. Os fatos e personagens citados, se guardam alguma semelhança com a realidade são meras coincidências.
O Alfredo N desce na garagem do Palácio e pega apressado o elevador que o levaria ao 3º andar. É recepcionado pelo chefe do gabinete da ministra Vilma W. Conduzido ao gabinete e trocam cumprimentos de praxe.
Alfredo N: Bom tarde, presidente!
Vilma W: Presidente, não, ministro!
Alfredo N: Para mim, a senhora, já é!
Riem, ambos. E tomam os assentos.
Alfredo N: Então ministra, o que é que a senhora manda?
Vilma W: Ministro, você tem uma missão a cumprir.
Alfredo N: Estou às sua ordens, ministra. A senhora manda.
Vilma W: Como você sabe, presidente deu-me a incumbência de ser a sua candidata. Você sabe, não se ganha eleições tão fácil. Mesmo com o apoio do presidente. Não vai ser fácil...
Alfredo N: Concordo, ministra.
Vilma W: Vamos precisar de muito dinheiro, Alfredo. Muuito mesmo! Campanha custa muito caro. O dinheiro para apoiadores. Precisamos ganhar em todo o Brasil.
Alfredo N: Quanto a senhora acha ?
Vilma W: Eu penso que 1 bi.
Alfredo N com ar de espanto, mas se recompõe e responde.
Alfredo N: OK, ministra. Pode contar comigo. O que preciso fazer?
Vilma W: Você sabe, Alfredo, o mesmo esquema de 2006. Uma nova versão da operação tapa buraco. Tudo isto você sabe e pode fazer.
Alfredo N: Entendido, ministra. Vou operacionalizar isso. Quanto por dentro e quanto por fora, ministra?
Vilma W: Isto você acerta com o Antonio. O destino, também. E, não se fala mais nisso. E você acerta Manaus com o Antonio, também, deixo falado com ele sobre isto.
Alfredo N: Mais do que entendido, ministra. E obrigado pelo apoio!
Vilma W: Combinado, Alfredo. Daqui em diante trata só com o Antonio. Não te conheço mais...
Alfredo N: Nem eu, ministra...
Na despedida.
Alfredo N: Mande meu abraço para o nosso chefe!
Os dois se despedem e só vão se encontrar na campanha para senador, em Manaus.
Autor: novelista Saka Sakamori
As eventuais contestações sobre o script acima, e-mail para contato: sakamori10@gmail.com
O Alfredo N desce na garagem do Palácio e pega apressado o elevador que o levaria ao 3º andar. É recepcionado pelo chefe do gabinete da ministra Vilma W. Conduzido ao gabinete e trocam cumprimentos de praxe.
Alfredo N: Bom tarde, presidente!
Vilma W: Presidente, não, ministro!
Alfredo N: Para mim, a senhora, já é!
Riem, ambos. E tomam os assentos.
Alfredo N: Então ministra, o que é que a senhora manda?
Vilma W: Ministro, você tem uma missão a cumprir.
Alfredo N: Estou às sua ordens, ministra. A senhora manda.
Vilma W: Como você sabe, presidente deu-me a incumbência de ser a sua candidata. Você sabe, não se ganha eleições tão fácil. Mesmo com o apoio do presidente. Não vai ser fácil...
Alfredo N: Concordo, ministra.
Vilma W: Vamos precisar de muito dinheiro, Alfredo. Muuito mesmo! Campanha custa muito caro. O dinheiro para apoiadores. Precisamos ganhar em todo o Brasil.
Alfredo N: Quanto a senhora acha ?
Vilma W: Eu penso que 1 bi.
Alfredo N com ar de espanto, mas se recompõe e responde.
Alfredo N: OK, ministra. Pode contar comigo. O que preciso fazer?
Vilma W: Você sabe, Alfredo, o mesmo esquema de 2006. Uma nova versão da operação tapa buraco. Tudo isto você sabe e pode fazer.
Alfredo N: Entendido, ministra. Vou operacionalizar isso. Quanto por dentro e quanto por fora, ministra?
Vilma W: Isto você acerta com o Antonio. O destino, também. E, não se fala mais nisso. E você acerta Manaus com o Antonio, também, deixo falado com ele sobre isto.
Alfredo N: Mais do que entendido, ministra. E obrigado pelo apoio!
Vilma W: Combinado, Alfredo. Daqui em diante trata só com o Antonio. Não te conheço mais...
Alfredo N: Nem eu, ministra...
Na despedida.
Alfredo N: Mande meu abraço para o nosso chefe!
Os dois se despedem e só vão se encontrar na campanha para senador, em Manaus.
Autor: novelista Saka Sakamori
As eventuais contestações sobre o script acima, e-mail para contato: sakamori10@gmail.com
SARNEY, ROUBALHEIRA DE R$ 42 MILHÕES.
O Coaf, órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda,
confirmou irregularidades em transações financeiras realizadas pela
família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), e aplicou multa a
Teresa Murad Sarney, nora do senador. Teresa controlava a empresa São Luis Factoring, intermediária de operações financeiras da família. Fonte: Folha.
O inquérito da Boi Barrica, que quebrou sigilos e realizou escutas telefônicas, apontou indícios de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. De 2002 a 2006, a empresa de factoring movimentou R$ 42 milhões, apesar de ter informado ter obtido receita de R$ 1,7 milhão, em valores da época. A operação que teve as provas anuladas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em setembro de 2011. Fonte: Folha.
Na prática, o noticiário acima não produz efeito que o povo espera. O inquérito da operação teve as provas anuladas, portanto ninguém da família Sarney, apesar da roubalheira explícita de R$ 42 milhões, vai ser condenado. Uma boa parte deses recursos supostamente teria vindo das obras da Ferrovia Norte-Sul.
A notória figura, José Sarney, ex-presidente da República, atual presidente do Senado tem proximidade ao Palácio do Planalto. Segundo se sabe, ele é único homem da República que não precisa de agenda para falar com a presidente Dilma. Pensar que lá na Alemanha, o presidente da República teve que renunciar porque não soube explicar a origem de US$ 1 milhão.
Brasil mudou muito nos últimos tempos. Os contraventores circulam pelos Palácios com maior desenvoltura. Os empresários sérios que recolhem os impostos, só serão atendidos pelo BNDES, órgão do governo federal, nos balcões das agências bancárias repassadores dos empréstimos. Antes que alguém tente me colar a sigla de qualquer partido, deixei o termo "Palácios" em aberto, com o propósito de mostrar que isto poderia estar ocorrendo em Palácios de qualquer governo de estado, sob mando de qualquer partido político.
Isto tudo, a meu ver, tem conserto. Se milhares de bloguistas espalhados pelo Brasil a fora, levar os fatos ao conhecimento da população, como eu tento fazê-lo, garanto que este país teria destino diferente.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
O inquérito da Boi Barrica, que quebrou sigilos e realizou escutas telefônicas, apontou indícios de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. De 2002 a 2006, a empresa de factoring movimentou R$ 42 milhões, apesar de ter informado ter obtido receita de R$ 1,7 milhão, em valores da época. A operação que teve as provas anuladas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em setembro de 2011. Fonte: Folha.
Na prática, o noticiário acima não produz efeito que o povo espera. O inquérito da operação teve as provas anuladas, portanto ninguém da família Sarney, apesar da roubalheira explícita de R$ 42 milhões, vai ser condenado. Uma boa parte deses recursos supostamente teria vindo das obras da Ferrovia Norte-Sul.
A notória figura, José Sarney, ex-presidente da República, atual presidente do Senado tem proximidade ao Palácio do Planalto. Segundo se sabe, ele é único homem da República que não precisa de agenda para falar com a presidente Dilma. Pensar que lá na Alemanha, o presidente da República teve que renunciar porque não soube explicar a origem de US$ 1 milhão.
Brasil mudou muito nos últimos tempos. Os contraventores circulam pelos Palácios com maior desenvoltura. Os empresários sérios que recolhem os impostos, só serão atendidos pelo BNDES, órgão do governo federal, nos balcões das agências bancárias repassadores dos empréstimos. Antes que alguém tente me colar a sigla de qualquer partido, deixei o termo "Palácios" em aberto, com o propósito de mostrar que isto poderia estar ocorrendo em Palácios de qualquer governo de estado, sob mando de qualquer partido político.
Isto tudo, a meu ver, tem conserto. Se milhares de bloguistas espalhados pelo Brasil a fora, levar os fatos ao conhecimento da população, como eu tento fazê-lo, garanto que este país teria destino diferente.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
sábado, 28 de julho de 2012
GURGEL: MENSALÃO FOI MAIOR CASO DE CORRUPÇÃO DO PÁIS
Em sua última manifestação formal antes do início do julgamento do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou aos ministros do Supremo Tribunal Federal um documento no qual afirma que o caso foi "o mais atrevido e escandaloso esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no Brasil". A expressão faz parte de um vasto memorial que foi entregue na última semana aos 11 integrantes do Supremo e obtido pela Folha. O julgamento começa na quinta.
Em outro ponto, ele afirma que o mensalão representou "um sistema de enorme movimentação financeira à margem da legalidade, com o objetivo espúrio de comprar os votos de parlamentares tidos como especialmente relevantes pelos líderes criminosos."
Em sua manifestação final, Gurgel tentou relembrar alguns detalhes fundamentais, como o papel do núcleo financeiro do esquema. "Impressiona constatar que as ações dos dirigentes do Banco Rural perpassaram todas as etapas do esquema ilícito, desde sua origem (financiamento), passando pela sua operacionalização (distribuição) e, ao final, garantindo a sua impunidade pela omissão na comunicação das operações suspeitas aos órgãos de controle", afirma.
Os trechos acima foram extraídos do jornal Folha de São Paulo, de hoje. Ainda não sabe o Procurador Geral da República sobre o escândalo muito maior que o Mensalão que é o DNITduto, objeto de artigos em série, que vai ser postado neste blog.
Sobre a matéria da Folha, acima, sem comentários. Cada um faz o seu juízo.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
DNITduto. Capítulo I : PREFÁCIO
Campanha eleitoral chegando... nasce sol, põe sol... Brasil é um país de faz de contas. Explico.
Em 2006, na campanha de reeleição do presidente Lula, houve arrecadação do dinheiro não contabilizado, via DNITduto, "operação tapa buraco". Uma verdadeira operação tapa buraco, de caixa de campanha, operacionalizada pela coordenação. Viabilizada, por nada menos que o Luiz Antonio Pagot. Já se passaram 6 anos, sem que nenhuma denúncia fosse feita sobre o caso. Até o peão de trecho, das rodovias, sabiam da operação fraudulenta. Os supostos crimes cometidos já se prescreveram.
Ninguém faz denúncia. Aqui no Brasil, quem faz denúncia vai parar na cadeia. Além de tudo, obriga que o denunciante tenha provas materiais. Se não tiver colhido provas, como se fossem policiais, além de ir para cadeia, o denunciante pagará a conta pelos eventuais danos morais. Quem nestas condições, terá coragem de denunciar?
Soube do caso de um senador da República ser processado por levantar suspeita de lavagem de dinheiro com os premios das loterias da CEF. Imagine, se processam um senador da República, que será do denunciante um reles cidadão?
O primeiro Capítulo, termina aqui. Aguardem os próximos!
Este espaço está disponível para eventuais contestações, pelas pessoas citadas por mim. E-mail para contestação: sakamori10@gmail.com
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
Em 2006, na campanha de reeleição do presidente Lula, houve arrecadação do dinheiro não contabilizado, via DNITduto, "operação tapa buraco". Uma verdadeira operação tapa buraco, de caixa de campanha, operacionalizada pela coordenação. Viabilizada, por nada menos que o Luiz Antonio Pagot. Já se passaram 6 anos, sem que nenhuma denúncia fosse feita sobre o caso. Até o peão de trecho, das rodovias, sabiam da operação fraudulenta. Os supostos crimes cometidos já se prescreveram.
Ninguém faz denúncia. Aqui no Brasil, quem faz denúncia vai parar na cadeia. Além de tudo, obriga que o denunciante tenha provas materiais. Se não tiver colhido provas, como se fossem policiais, além de ir para cadeia, o denunciante pagará a conta pelos eventuais danos morais. Quem nestas condições, terá coragem de denunciar?
Soube do caso de um senador da República ser processado por levantar suspeita de lavagem de dinheiro com os premios das loterias da CEF. Imagine, se processam um senador da República, que será do denunciante um reles cidadão?
O primeiro Capítulo, termina aqui. Aguardem os próximos!
Este espaço está disponível para eventuais contestações, pelas pessoas citadas por mim. E-mail para contestação: sakamori10@gmail.com
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
VENEZUELA NO MERCOSUL, DIA 31
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, viajará na
próxima segunda-feira (30) a Brasília para participar da cúpula
extraordinária do Mercosul na qual se oficializará a entrada da
Venezuela no bloco, na terça (31).
A entrada da Venezuela foi aprovada em 29 de junho, na cúpula do Mercosul de Mendoza, no oeste argentino. Na ocasião, Argentina, Brasil e Uruguai aprovaram a incorporação do país governado por Hugo Chávez e a suspensão do Paraguai, devido à destituição de Fernando Lugo da Presidência. Com a suspensão paraguaia, foi possível a oficialização do país de Chávez, que se concretizará no evento da próxima terça em Brasília. O mandatário venezuelano, assim como a anfitriã brasileira Dilma Rousseff, já haviam confirmado presença. Fonte: Folha.
A entrada da Venezuela no Mercosul foi aprovado pelo Parlamento brasileiro, o que importa. A Venezuela dá dimensão maior ao Mercosul. Como o próprio nome sugere, Mercosul é um bloco de natureza econômica, algo como Mercado Comum Europeu. Resta ainda consolidar a entrada definitiva do Chile e Bolívia, que ainda são países convidados. A participação dos outros países da América do Sul, no futuro, também são importantes. Com o tempo isso virá a acontecer.
Não tenho dúvida de que, com a criação do Mercosul, as relações entre 4 países membros melhoram, em muito. A própria rivalidade entre argentinos e brasileiros vai se transformando em cooperação. Muitos entraves e problemas a serem resolvidos ainda, mas a criação do bloco deu outra dimensão à América do Sul em específico.
Quando pensamos em bloco econômico, devemos agir visando um horizonte um pouco maior sem se ater aos nomes dos governantes de plantão, seja quem for. Dentro desta visão, a suspensão temporário do Paraguai do bloco, foi erro também. Afinal, por vias tortas a Venezuela está dentro do Mercosul, dando ao bloco maior representatividade perante mundo econômico global, o que importa.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
A entrada da Venezuela foi aprovada em 29 de junho, na cúpula do Mercosul de Mendoza, no oeste argentino. Na ocasião, Argentina, Brasil e Uruguai aprovaram a incorporação do país governado por Hugo Chávez e a suspensão do Paraguai, devido à destituição de Fernando Lugo da Presidência. Com a suspensão paraguaia, foi possível a oficialização do país de Chávez, que se concretizará no evento da próxima terça em Brasília. O mandatário venezuelano, assim como a anfitriã brasileira Dilma Rousseff, já haviam confirmado presença. Fonte: Folha.
A entrada da Venezuela no Mercosul foi aprovado pelo Parlamento brasileiro, o que importa. A Venezuela dá dimensão maior ao Mercosul. Como o próprio nome sugere, Mercosul é um bloco de natureza econômica, algo como Mercado Comum Europeu. Resta ainda consolidar a entrada definitiva do Chile e Bolívia, que ainda são países convidados. A participação dos outros países da América do Sul, no futuro, também são importantes. Com o tempo isso virá a acontecer.
Não tenho dúvida de que, com a criação do Mercosul, as relações entre 4 países membros melhoram, em muito. A própria rivalidade entre argentinos e brasileiros vai se transformando em cooperação. Muitos entraves e problemas a serem resolvidos ainda, mas a criação do bloco deu outra dimensão à América do Sul em específico.
Quando pensamos em bloco econômico, devemos agir visando um horizonte um pouco maior sem se ater aos nomes dos governantes de plantão, seja quem for. Dentro desta visão, a suspensão temporário do Paraguai do bloco, foi erro também. Afinal, por vias tortas a Venezuela está dentro do Mercosul, dando ao bloco maior representatividade perante mundo econômico global, o que importa.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
sexta-feira, 27 de julho de 2012
O QUE ACONTECEU NA BOLSA, HOJE?
A Bovespa disparou 4,52% na tarde desta sexta-feira, segundo dados preliminares. Às 17h, o principal índice de ações da Bolsa subia 4,52%, para 56.444 pontos. O giro financeiro foi de R$ 8,6 bilhões. É a maior alta desde 9 de agosto do ano passado, quando o índice subiu 5,1%. Fonte : Folha.
A Bolsa foi impulsionada pela expectativa de novos estímulos na zona do euro e pelo resultado do PIB dos EUA, que ficou acima da expectiva do mercado. Os principais avanços eram das ações da mineradora Vale, das petrolíferas Petrobras e OGX e das construtoras. As ações ordinárias da Petrobras subiram 4,96% e as preferenciais, 4,46%. As ordinárias da Vale tiveram alta de 3,46% e as preferenciais, 3,7%. Os papéis da petrolífera OGX, do empresário Eike Batista, dispararam 13,33%. Fonte: Folha.
Entre as construtoras, a forte alta era generalizada. Subiam as ações de Brookfield (4,79%), Cyrela (6,71%), Gafisa (9,87%), PDG (5,05%), MRV (6,25%), Rossi (10,04%).
Também registravam grandes ganhos os papéis do frigorífico B2W (9,51%) --empresa responsável pelos sites Submarino, Americanas e Shoptime--, Eletrobrás (5,36%), Gol (9,49%), JBS (7,76%). Fonte: Folha.
"O mercado esticou lá fora com as expectativas de que o Banco Central Europeu vai agir contra a crise, gerando um stop de posições vendidas por aqui, em um movimento técnico", disse o operador Luiz Roberto Monteiro, da corretora Renascença. Fonte: Folha.
O que mudou de ontem para hoje? Nada, absolutamente nada. Em uma noite, o mundo real não muda nada. As altas foram generalizadas. Para mim, é uma correção técnica. Movimento típico de especulação. É nestes movimentos no vazio descasados da economia real, que os especuladores ganham.
Por outro lado, o presidente do Banco Central disse ontem que a crise européia era maior do que ele previa. E o noticiário de hoje, traz declaração da Dilma dizendo que o "Brasil não é uma ilha", se referindo à mesma crise européia. Mais certo observação de ambos do que movimento altista da bolsa de hoje na Bovespa.
Esse tipo de euforia seguido de depressão ou depressão seguido de euforia é típico das bolsas de valores. Amanhã, vai aparecer monte de gente palpitando sobre o mercado acionário. Na depressão todos se aquietam. Faz parte do mercado na euforia todos são experts.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
COMO OS TIGRES ASIÁTICOS ENCARAM A EDUCAÇÃO
O Brasil deveria seguir o exemplo da Coreia do Sul e investir em
educação para crescer, disse o profesor de economia e ciências políticas
da Universidade da Califórnia em Berkeley, Barry Eichengreen, em
palestra nesta segunda-feira. Em seminário promovido pelo BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social) para discutir o Brasil e o mundo em 2022,
Eichengreen afirmou que a Coreia do Sul conseguiu se desenvolver
rapidamente focando principalmente na educação do seu povo e hoje
exporta cada vez mais tecnologia. "O Brasil precisa pensar na Coreia do Sul, pensar no que foi um sucesso
para a Coreia do Sul, que foi o investimento em educação", afirmou. Fonte: Folha.
Não conheço Coréia do Sul por isso não tenho condições de analisar ou opinar sobre investimento em educação naquela terra do extremo oriente. No entanto, até pela minha origem posso dizer algo sobre o sistema educacional do Japão, também, igualmente, fontes de tecnologia do mundo moderno.
Fala-se muito em falta de investimento na educação no Brasil. Pode ser até um dos componentes o investimento em forma de verbas. Mas, o problema fundamental não se circunscreve no terreno de gastos em educação. Não adianta nada, como já comentei em outro artigo, investir determinado percentual sobre educação, como 10% do PIB ou algo parecido que o probelama de educação no Brasil não se resolve. O foco é outro. Tem outros deveres a serem cumpridos antes ou concomitantemente. Voltemos sobre a educação no Japão.
Primeira impressão que se tem é que os japoneses pagam muito bem aos professores. Não é verdade. Os professores de qualquer nível no Japão, faz parte da classe média. No entanto, o povo os reverencia. Reverencia os educadores. Os professores, lá no Japão, recebe mesmo tratamento e respeito de um médico. Ambos são chamados de "sen-sei". Até o ideograma da palavra "sen-sei" significa algo como "direção da vida". São assim considerados, pelo povo, mas sobretudo apontado pelo imperador ou por qualquer parlamentar com muito respeito. Digamos que o exemplo de respeito vem de cima.
Lá como cá, existe escolas comuns e escola de renomes. Existe exame nacional de conhecimento, tão logo termine o ensino fundamental. Para poder fazer escolha do ensino médio em escolas renomadas, fica à critério da seleção, via notas do exame nacional. Esses exames são, como aqui no Brasil utilizados para ingresso nas universidades, são utilizados para ingresso no ensino médio. É um processo natural de seleção, os mais competentes sobrevivem. O ensino fundamental no Japão é de 6 anos, menos que 8 anos no Brasil. Os que ascendem ao ensino médio frequentam mais 3 anos, como aqui.
A diferença do ensino fundamental no Japão está em 2 pontos principais, no meu ponto de vista. A primeira diferença é que o professor (sen-sei) é muito respeitado pelos alunos, ou são disciplinados a terem respeito com o corpo docente. Lá também, tem todo tipo de problema de relacionamento aluno/professor. Mas, são resolvido com muito rigor e disciplina. Não tem moleza.
A segunda diferença é que o ensino fundamental e médio são em período integral. Não se vê crianças nas ruas durante o dia. É uma coisa estranha para quem vive no Brasil. O governo brasileiro, ao invés de combater uso das drogas (totalmente ilegal, lá, inclusive o seu uso) deveria se preocupar em dar educação fundamental em período integral. Diferentemente, daqui, o período integral é período integral! As atividades lúdicas e esportivas fazem parte do currículum escolar, mas estas atividades são intercalados sem distinção de períodos.
Noção errônea, também, é que as universidades de lá, formam profissionais capacitados para entraram no mercado de trabalho. As universidades dão uma boa base teórica sobre as novas tecnologias. Mas, as tecnologias de pontas são absorvidos e desenvolvidos em laboratórios de última geração em empresas privadas. São empresas privadas que buscam os melhores alunos, para dentro dos seus laboratórios e fábricas capacitarem os às tecnologias de última geração.
Como já disse no artigo postado neste blog, no Brasil, falta base para educação de base. Falta estrutura nas nossas universidades adaptada às inovações tecnológicas capazes de encararem os novos desafios. Não é apenas com investimento em verbas que resolvemos o atraso tecnológico do Brasil, pois o nosso custo aluno "per capta" é maior que o dos EEUU. Dinheiro não é. Tem muitos deveres de casa a resolver, como aqueles apontados acima, antes de brigar tão somente pela verba em educação.
Acorda Dilma! Acorda Mercadante! Acordem os reitores!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
quinta-feira, 26 de julho de 2012
PETROBRÁS. CADA VEZ MAIS NO BURACO!
Em Londres, o preço do barril do Brent para entrega em setembro fechou
nesta quinta-feira em alta de 0,84% no mercado de futuros, cotado a US$
105,26. O petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, terminou o pregão
na ICE (Intercontinental Exchange Futures) com aumento de US$ 0,88 em
relação ao dia anterior. Durante o pregão desta quinta-feira, a cotação do Brent atingiu um máximo de US$ 106,18 e um mínimo de US$ 103,47. Fonte: Folha.
Ao término do quarto pregão da semana na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de futuros do WTI subiram US$ 0,42 em relação ao preço de fechamento de quarta-feira. O petróleo referência nos Estados Unidos, que chegou a marcar um máximo de US$ 90,47 por barril neste pregão, acabou com essa ascensão depois do apoio ao euro mostrado por Draghi. Os operadores foram encorajados também por um rodízio de dados macroeconômicos melhores que o previsto nos EUA, o maior consumidor energético do mundo junto com a China. Fonte: Folha.
A notícia é boa no longo prazo, para o Brasil. O Brasil tem as reservas do pré-sal, nem sabe bem qual é o potencial verdadeiro, se é 20 bilhões de barris ou 80 bilhões, mas tem. Acontece que para a Petrobrás, a exploração do pré-sal só se tornará viável economicamente à partir de US$70,00 o barril, porque o custo é muito alto por se tratar de exploração à 7.000 metros de profundidade.
A notícia é péssima no curto prazo para a Petrobrás. Segundo analistas, mesmo com o último aumento na refinaria, o preço dos combustíveis está defasado em cerca de 20%. Enquanto o Brasil é auto-suficiente em produção do petróleo, pelo menos em termo de geração de caixa, tem efeito menos perverso. Como já há algum tempo o Brasil é importador de combustíveis, portanto, qualquer aumento do petróleo no mercado internacional reflete direto na geração de caixa da Petrobrás, agravando ainda mais a situação já crítica da Companhia.
A Petrobrás não pode, eternamente, ser um instrumento de política monetária, segurando o preço dos combustíveis na ponta do consumo, ou melhor na bomba do posto de gasolina. É aquela história do vender filé mignon para com o mesmo dinheiro suprir com o coxão mole. Se mantiver por mais algum tempo o preço dos combustíveis por conta das eleições e se o dólar continuar subindo, daqui a pouco, será necessário vender filé mignon para com o mesmo dinheiro comprar o coxão duro.
O almoço para Graça Foster nunca será de graça. Uma hora vem a conta para os acionistas minoritários e contribuintes pagarem. Nunca, se deslumbrem com o canto de sereia. É tudo uma fantasia, um ardil, uma enganação. Quanto mais cedo acordarmos, a decepção será menor.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof.da UFPR
Twitter: @sakamori10
Ao término do quarto pregão da semana na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os contratos de futuros do WTI subiram US$ 0,42 em relação ao preço de fechamento de quarta-feira. O petróleo referência nos Estados Unidos, que chegou a marcar um máximo de US$ 90,47 por barril neste pregão, acabou com essa ascensão depois do apoio ao euro mostrado por Draghi. Os operadores foram encorajados também por um rodízio de dados macroeconômicos melhores que o previsto nos EUA, o maior consumidor energético do mundo junto com a China. Fonte: Folha.
A notícia é boa no longo prazo, para o Brasil. O Brasil tem as reservas do pré-sal, nem sabe bem qual é o potencial verdadeiro, se é 20 bilhões de barris ou 80 bilhões, mas tem. Acontece que para a Petrobrás, a exploração do pré-sal só se tornará viável economicamente à partir de US$70,00 o barril, porque o custo é muito alto por se tratar de exploração à 7.000 metros de profundidade.
A notícia é péssima no curto prazo para a Petrobrás. Segundo analistas, mesmo com o último aumento na refinaria, o preço dos combustíveis está defasado em cerca de 20%. Enquanto o Brasil é auto-suficiente em produção do petróleo, pelo menos em termo de geração de caixa, tem efeito menos perverso. Como já há algum tempo o Brasil é importador de combustíveis, portanto, qualquer aumento do petróleo no mercado internacional reflete direto na geração de caixa da Petrobrás, agravando ainda mais a situação já crítica da Companhia.
A Petrobrás não pode, eternamente, ser um instrumento de política monetária, segurando o preço dos combustíveis na ponta do consumo, ou melhor na bomba do posto de gasolina. É aquela história do vender filé mignon para com o mesmo dinheiro suprir com o coxão mole. Se mantiver por mais algum tempo o preço dos combustíveis por conta das eleições e se o dólar continuar subindo, daqui a pouco, será necessário vender filé mignon para com o mesmo dinheiro comprar o coxão duro.
O almoço para Graça Foster nunca será de graça. Uma hora vem a conta para os acionistas minoritários e contribuintes pagarem. Nunca, se deslumbrem com o canto de sereia. É tudo uma fantasia, um ardil, uma enganação. Quanto mais cedo acordarmos, a decepção será menor.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof.da UFPR
Twitter: @sakamori10
DÓLAR NO ÍNDICE BIG MAC ESTÁ EM R$ 2,30
O real é a quarta moeda mais valorizada no mundo. Pelo menos de acordo
com o Índice Big Mac, feito pela revista inglesa Economist como uma
forma de medir o poder de compra dos países e a força de suas moedas
ante o dólar, com base em um produto comum a todos eles: o sanduíche da
rede de fast food norte-americana. Fonte: Folha.
O índice, que costumava listar apenas o preço do Big Mac em cada país, foi reformulado no ano passado para incluir as variações da moeda de cada nação ante o dólar.
No caso do Brasil, o cálculo indica que a sobrevalorização do real frente à moeda americana --ou do Big Mac daqui comparado ao Big Mac de lá-- é de 14%. Fonte: Folha.
Por outro lado, é na Ásia que estão as moedas mais depreciadas, ou os países onde se poderia comprar mais Big Mac's por dólar: na China, Indonésia e Hong Kong, a desvalorização passa dos 40%, segundo a Economist. Fonte: Folha.
Veja só, as coincidências. Índice medido pela FGV-SP, o dólar deveria estar em R$2,32. Índice Big Mac da revista Economist aponta R$2,30. IPEA do governo aponta número semelhante ao que eu levantei R$2,40. Isto já é quase um consenso. O resto é balela. Dizer que a banda correta é entre R$2,00 a R$2,10, só para puxa saco do Mantega e Tombini.
Se fizer equivalência com o Índice Big Mac da China e Brasil, o nosso real estaria valente equivalente a R$1,20 para cada dólar, para produtos importados do China. É por esta razão que há enxurrada de produtos chineses entrando no país. Para nós, os produtos chineses são baratos, relativamente aos custos industriais de lá.
Eu pergunto, está certo a política cambial dos chineses ou dos brasileiros? Nós ajudamos os chineses criarem o emprego lá na China. Mantida a atual política cambial, com intervenções, no sentido contrário aos dos chineses, fica muito difícil produtos brasileiros serem competitivos no exterior. Câmbio sobrevalorizado produz o efeito nefasto da desindustrialização do país. É o que o governo Dilma insiste em fazer, para manter a "falsa prosperidade" a todo custo.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
O índice, que costumava listar apenas o preço do Big Mac em cada país, foi reformulado no ano passado para incluir as variações da moeda de cada nação ante o dólar.
No caso do Brasil, o cálculo indica que a sobrevalorização do real frente à moeda americana --ou do Big Mac daqui comparado ao Big Mac de lá-- é de 14%. Fonte: Folha.
Por outro lado, é na Ásia que estão as moedas mais depreciadas, ou os países onde se poderia comprar mais Big Mac's por dólar: na China, Indonésia e Hong Kong, a desvalorização passa dos 40%, segundo a Economist. Fonte: Folha.
Veja só, as coincidências. Índice medido pela FGV-SP, o dólar deveria estar em R$2,32. Índice Big Mac da revista Economist aponta R$2,30. IPEA do governo aponta número semelhante ao que eu levantei R$2,40. Isto já é quase um consenso. O resto é balela. Dizer que a banda correta é entre R$2,00 a R$2,10, só para puxa saco do Mantega e Tombini.
Se fizer equivalência com o Índice Big Mac da China e Brasil, o nosso real estaria valente equivalente a R$1,20 para cada dólar, para produtos importados do China. É por esta razão que há enxurrada de produtos chineses entrando no país. Para nós, os produtos chineses são baratos, relativamente aos custos industriais de lá.
Eu pergunto, está certo a política cambial dos chineses ou dos brasileiros? Nós ajudamos os chineses criarem o emprego lá na China. Mantida a atual política cambial, com intervenções, no sentido contrário aos dos chineses, fica muito difícil produtos brasileiros serem competitivos no exterior. Câmbio sobrevalorizado produz o efeito nefasto da desindustrialização do país. É o que o governo Dilma insiste em fazer, para manter a "falsa prosperidade" a todo custo.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
DEMISSÃO NA GM. TEM ALGO ESTRANHO.
A reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP)
e a GM terminou sem acordo nesta quarta-feira. Um novo encontro foi
marcado para 4 de agosto.
"Até essa data, a empresa se comprometeu a não demitir, mas ela tem
claramente a intenção de fechar todo o MVA [Montagem de Veículos
Automotores]", disse o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de
Barros. Fonte: Folha.
O MVA é uma das oito fábricas que funcionam no complexo da GM em São
José dos Campos. É responsável por 1.500 dos cerca de 7.500 funcionários
que a empresa mantém na cidade --20% do total. Segundo o sindicato, o fechamento do MVA causaria ainda 500 dispensas em
outros setores da GM. A linha foi inaugurada em 1973 para a fabricação
do Chevette.Fonte: Folha.
Coisa estranha acontecendo ali na fábrica da GM. Diz que é problema localizado. Não sei, não. Pode ser incio de um processo de demissões, por falta de demanda de veículos. Já esgotaram o estoque do páteo com incentivo da isenção do IPI. Mas, e depois?
O governo não diz nada. Fica esse mistério todo. A coisa pode ser ponta de um "iceberg". Fiquemos atentos!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
DILMA, DE GERENTE A GENERAL
Abaixo, reprodução de trechos da coluna do articulista Sérgio Malbergier. Comentário muito interessante, que reproduzo sem o meu comentário, costumeiro. Perfeito texto. O inteiro teor, poderá encontrar no site da Folha. www.folha.com.br
Depois de passar o rolo compressor pelos bancos privados, o governo
Dilma volta-se agora contra as empresas de telefonia para exigir
melhorias no serviço privatizado pelos tucanos em 1998.
O governo Dilma e as agências reguladoras têm bons motivos para
questionarem setores que lideram rankings de reclamações dos
historicamente desprotegidos consumidores brasileiros. Coincidentemente,
são batalhas extremamente populares em todas as camadas da população.
Bingo! Depois do juro mais baixo, a telefonia melhor, o plano de saúde
mais generoso... Mesmo se o PIB não ajudar, a campanha de reeleição já
tem grandes bandeiras.
Mas seria muito bom se governo e agências usassem seus canhões também na
defesa dos consumidores dos serviços públicos de segurança, saúde,
educação, saneamento básico, para ficar só nos básicos. Quantas
reclamações estes serviços teriam no Procon? Quantas multas teriam de
pagar? Quantos investimentos teriam de fazer para darem atendimento
minimamente razoável à população, que compulsoriamente contrata seus
serviços ao pagar os pesados impostos?
Sérgio Malbergier é jornalista. Foi editor dos cadernos "Dinheiro" (2004-2010) e "Mundo" (2000-2004), correspondente em Londres (1994) e enviado especial da Folha a países como Iraque, Israel e Venezuela, entre outros.
DILMA DE NOVO HELICÓPTERO À ROYAL OPERA HOUSE
Enquanto o país está envolto com o tsunami, greves dos funcionários públicos pipocando, montadora de automóveis demitindo, a presidente da República Dilma Rousseff e sua trupe nem estão aí. Estreia seu novo helicóptero voador e assistiu ontem em Londres assistindo ópera do Plácido Domingos. Quando voltam para resolver os problemas no Brasil, não sei. O que questiono não são fatos em si, é o inadequado momento para divulgação dos releases do Palácio, distribuídos para imprensa, numa demostração evidente de exposição da figura da presidente.
A modernização da frota de aeronaves à disposição da Presidência deverá ser completada em 2013, com a chegada do segundo helicóptero VH-36 Caracal ao GTE (Grupo de Transporte Especial) da Força Aérea Brasileira. A primeira unidade foi entregue na semana passada e usada pela primeira vez por Dilma Rousseff anteontem. O modelo, uma versão VIP do helicóptero de transporte médio EC-725 da francesa Eurocopter, faz parte do cronograma de entregas previsto no acordo militar Brasil-França, assinado em 2009. Fonte: Folha. 26/7.
O governo também discute, como a Folha mostrou em maio, a compra de um novo avião de longo alcance --o atual Airbus-319, o Aerolula, é moderno, mas não voa à Europa sem escala. Fonte: Folha. 26/7.
A primeira noite da presidente Dilma Rousseff em Londres terminou num camarote do tradicional "Royal Opera House". Na companhia da filha Paula, de ministros, do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a presidente assistiu ao espetáculo "Operália", do maestro espanhol Plácido Domingos. Um outro camarote foi reservado e usado pelos ministros Aloizio Mercadante (Educação), Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia) e Antonio Patriota (Relações Exteriores). Os ministros disseram que a conta deste camarote foi dividida entre eles. "Cada um pagou o seu, foi o que a presidente mandou", afirmou Mercadante. Fonte: Folha. 25/7.
Nós contribuintes, somos chamados para pagar as contas.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
quarta-feira, 25 de julho de 2012
DÓLAR CAMINHANDO PARA R$ 2,40
O fluxo de dólares (entrada e saída da moeda) foi negativo em US$ 1,73
bilhão no país na terceira semana de julho, informou o Banco Central
nesta quarta-feira (25). No mês, o resultado é negativo em US$ 1,94
bilhão, com a saída de US$ 1,59 bilhão da conta comercial e a saída de
US$ 354 milhões na conta financeira. Fonte: Folha.
As operações comerciais são aquelas onde contratos são celebrados para exportação e importação. Já as operações financeiras incluem as atividades restantes, como IED (Investimento Estrangeiro Direto), aplicações financeiras, remessas de lucros e dividendos ao exterior. Fonte: Folha.
No ano, o saldo é positivo em US$ 20,99 bilhões, 58,4% abaixo do registrado no mesmo período de 2011 (US$ 50,42 bilhões). Fonte: Folha.
Isto significa que não adianta muito, o Banco Central intervir no mercado vendendo Swap Cambial Reverso. Ou deixa flutuar livremente ou vai ter que queimar a Reserva Cambial. Creio que o Banco Central acabará deixando flutuar até o limite de R$2,40. O número não é "mágico". Representa o valor real da nossa moeda diante do dólar. Reforça minha tese, a FGV-SP e IPEA. Não tem como escapar. A não ser que mude a conjuntura econômica, nos próximos dias, o que é pouco provável.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
As operações comerciais são aquelas onde contratos são celebrados para exportação e importação. Já as operações financeiras incluem as atividades restantes, como IED (Investimento Estrangeiro Direto), aplicações financeiras, remessas de lucros e dividendos ao exterior. Fonte: Folha.
No ano, o saldo é positivo em US$ 20,99 bilhões, 58,4% abaixo do registrado no mesmo período de 2011 (US$ 50,42 bilhões). Fonte: Folha.
Isto significa que não adianta muito, o Banco Central intervir no mercado vendendo Swap Cambial Reverso. Ou deixa flutuar livremente ou vai ter que queimar a Reserva Cambial. Creio que o Banco Central acabará deixando flutuar até o limite de R$2,40. O número não é "mágico". Representa o valor real da nossa moeda diante do dólar. Reforça minha tese, a FGV-SP e IPEA. Não tem como escapar. A não ser que mude a conjuntura econômica, nos próximos dias, o que é pouco provável.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
DÓLAR A R$2,32 SEGUNDO FGV-SP
Segue trechos da matéria publicada na Folha de São Paulo, sobre ponto de vista da professora Vera Thorstensen da FGV-SP. Como a opinião dela vai na mesma direção que a minha, deixarei de tecer comentários.
Segundo a professora da FGV-SP, Vera Thorstensen, que foi assessora
econômica da missão brasileira na OMC (Organização Mundial do Comércio),
a taxa de câmbio do Brasil está incentivando a importação.
A taxa de câmbio valorizada encarece os produtos feitos no Brasil em
dólar. Isso retira competitividade dos fabricantes locais frente aos
concorrentes estrangeiros. Pelos cálculos da FGV-SP, a cotação do dólar
que poderia neutralizar essa perda seria, em junho, de R$ 2,32."O câmbio é fundamental para o desempenho dos países no comércio", afirma.
Pelos cálculos da equipe da FGV-SP, a China tinha a moeda desvalorizada
em quase 12% no ano passado, o que também impulsionava as exportações do
país. O governo brasileiro questiona a manipulação das moedas e trata o
assunto como "guerra cambial", mas tem pouco apoio dos demais países
nessa disputa.
Para a professora da FGV-SP, o desalinhamento da moeda brasileira é
tamanho que retira a eficácia das regras de proteção de mercado. "No ano passado, todas as regras negociadas pelo Brasil no âmbito da OMC
viraram pó", diz ela. "Neste ano, a maior parte delas ainda está sem
valor".
Continuarei publicando as matérias de relevância, mesmo que seja cópia de jornais de circulação, sobretudo quando a matéria tiver pertinência com o meu ponto de vista. Quando não, será publicada com o meu comentário de discordância.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
CADA CIRCO TEM UM DELÚBIO COMO PALHAÇO
O ex-tesoureiro nacional do PT Delúbio Soares disse nesta terça-feira
que a engenharia financeira montada por ele para quitar as dívidas de
partidos da base aliada "deu errado, deu essa confusão toda", mas negou
que o partido tenha corrompido parlamentares. Fonte: Folha.
Como "o partido não tinha lastro financeiro" para contrair empréstimos bancários no valor de R$ 60 milhões, disse Delúbio, ele recorreu às empresas do publicitário Marcos Valério de Souza, que captaram o dinheiro nos bancos e o repassaram ao ex-tesoureiro. Delúbio reconheceu os saques em dinheiro, os pagamentos a partidos e parlamentares e o repasse, ao PT, de recursos captados por Valério, mas disse que a operação se destinou a quitar dívidas contraídas por um caixa dois eleitoral. Fonte: Folha.
O ex-tesoureiro foi saudado aos brados de "Delúbio guerreiro do povo brasileiro" por uma plateia formada por sindicalistas, militantes e funcionários públicos do governo do DF. Inicialmente previsto para acontecer na sede do PT, em Brasília, o ato de desagravo a Delúbio foi transferido na última hora para a sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores) no DF. Fonte: Folha.
O Delúbio faz papel de palhaço do processo denominado Mensalão. Expulso do Partido dos trabalhadores, no primeiro momento, por conveniência, agora reconduzido tem como missão à cumprir no maior escândalo de compra de vetos explícitos ocorrido na história do Brasil.
Delúbio não é nada dentro da hierarquia do Partido dos Trabalhadores, mas faz o papel de responsável por tudo que aconteceu no processo Mensalão. Ele é o boi de piranha. Vai tentar arcar com a responsabilidade por todos os atos do Mensalão. De tanto falar e de imprensa dar destaque ao nome do Delúbio, vai estar parecendo para o povo que ele é o úniuco responsável pelas decisões políticas e intelectuais da operação Mensalão.
Vamos relembrar a essência. A autoria intelectual do processo Mensalão saiu do gabinete do José Dirceu, na época ministro Chefe da Casa Civil do governo Lula. Ele operou todo o processo, até que houvera denúncia, através do seu gabinete instalado no 3° andar do Palácio do Planalto, ao lado da sala do presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.
O então deputado Roberto Jeferson, um dos beneficiários do Mensalão e hoje réu, foi quem denunciou o esquema. Segundo foi noticiado pela imprensa à época, o atual governador Marconi Perillo disse ter chamado atenção do presidente Lula sobre a operação Mensalão estar sendo ordenado de dentro do Palácio do Planalto. Hoje, Perillo, desafeto do presidente Lula.
Para dar legitimidade a somatória de dinheiro que teria transitado na operação, em forma de Caixa 2, denominado pelos réus do processo Mensalão como "dinheiro não contabilizado", foi montado a farsa da "operação de empréstimo" do Banco Rural e BMG. Neste caso, quem bancou laranja foi o Marcos Valério, dono da agência de publicidade, que em nome dele foi contraído empréstimos até hoje, oficialmente, não pagas. Os bancos citados, receberam sim, os empréstimos no paraíso fiscal, assim como o publicitário Duda Mendonça recebeu os honorários da campanha presidencial, comprovadamente, no exterior.
A nova denominação do Caixa 2 de "dinheiro não contabilizado" foi inventado pelo então ministro Márcio Thomas Bastos, hoje, advogado dos donos do Banco Rural, no processo Mensalão. Curiosamente, o mesmo ex-ministro de Justiça do governo Lula é advogado do contraventor Carlinhos Cachoeira, processo que deu origem à CPMI do Cachoeira, em curso. Que, também, curiosamente, tem o Marconi Perillo, o desafeto do Lula, como investigado.
Ao que tudo parece, a forma de arrecadação do Caixa 2, denominado de "dinheiro não contabilizado" para apoio aos parlamentares da base, apenas, mudou de forma e de personagens. Tudo continua orbitando em torno de personagens que frequentam ou que tenham intimidade com o Palácio do Planalto. Este filme, já vi antes.
O povo vai ver o Delúbio e o Marco Valério serem condenados no STF, mas o restante vai ser absolvido por falta de provas objetivas ou pela simples prescrição. No Brasil os laranjas vão para cadeia, mas os verdadeiros culpados ou mandantes sairão com "ficha limpa", infelizmente.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
Como "o partido não tinha lastro financeiro" para contrair empréstimos bancários no valor de R$ 60 milhões, disse Delúbio, ele recorreu às empresas do publicitário Marcos Valério de Souza, que captaram o dinheiro nos bancos e o repassaram ao ex-tesoureiro. Delúbio reconheceu os saques em dinheiro, os pagamentos a partidos e parlamentares e o repasse, ao PT, de recursos captados por Valério, mas disse que a operação se destinou a quitar dívidas contraídas por um caixa dois eleitoral. Fonte: Folha.
O ex-tesoureiro foi saudado aos brados de "Delúbio guerreiro do povo brasileiro" por uma plateia formada por sindicalistas, militantes e funcionários públicos do governo do DF. Inicialmente previsto para acontecer na sede do PT, em Brasília, o ato de desagravo a Delúbio foi transferido na última hora para a sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores) no DF. Fonte: Folha.
O Delúbio faz papel de palhaço do processo denominado Mensalão. Expulso do Partido dos trabalhadores, no primeiro momento, por conveniência, agora reconduzido tem como missão à cumprir no maior escândalo de compra de vetos explícitos ocorrido na história do Brasil.
Delúbio não é nada dentro da hierarquia do Partido dos Trabalhadores, mas faz o papel de responsável por tudo que aconteceu no processo Mensalão. Ele é o boi de piranha. Vai tentar arcar com a responsabilidade por todos os atos do Mensalão. De tanto falar e de imprensa dar destaque ao nome do Delúbio, vai estar parecendo para o povo que ele é o úniuco responsável pelas decisões políticas e intelectuais da operação Mensalão.
Vamos relembrar a essência. A autoria intelectual do processo Mensalão saiu do gabinete do José Dirceu, na época ministro Chefe da Casa Civil do governo Lula. Ele operou todo o processo, até que houvera denúncia, através do seu gabinete instalado no 3° andar do Palácio do Planalto, ao lado da sala do presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.
O então deputado Roberto Jeferson, um dos beneficiários do Mensalão e hoje réu, foi quem denunciou o esquema. Segundo foi noticiado pela imprensa à época, o atual governador Marconi Perillo disse ter chamado atenção do presidente Lula sobre a operação Mensalão estar sendo ordenado de dentro do Palácio do Planalto. Hoje, Perillo, desafeto do presidente Lula.
Para dar legitimidade a somatória de dinheiro que teria transitado na operação, em forma de Caixa 2, denominado pelos réus do processo Mensalão como "dinheiro não contabilizado", foi montado a farsa da "operação de empréstimo" do Banco Rural e BMG. Neste caso, quem bancou laranja foi o Marcos Valério, dono da agência de publicidade, que em nome dele foi contraído empréstimos até hoje, oficialmente, não pagas. Os bancos citados, receberam sim, os empréstimos no paraíso fiscal, assim como o publicitário Duda Mendonça recebeu os honorários da campanha presidencial, comprovadamente, no exterior.
A nova denominação do Caixa 2 de "dinheiro não contabilizado" foi inventado pelo então ministro Márcio Thomas Bastos, hoje, advogado dos donos do Banco Rural, no processo Mensalão. Curiosamente, o mesmo ex-ministro de Justiça do governo Lula é advogado do contraventor Carlinhos Cachoeira, processo que deu origem à CPMI do Cachoeira, em curso. Que, também, curiosamente, tem o Marconi Perillo, o desafeto do Lula, como investigado.
Ao que tudo parece, a forma de arrecadação do Caixa 2, denominado de "dinheiro não contabilizado" para apoio aos parlamentares da base, apenas, mudou de forma e de personagens. Tudo continua orbitando em torno de personagens que frequentam ou que tenham intimidade com o Palácio do Planalto. Este filme, já vi antes.
O povo vai ver o Delúbio e o Marco Valério serem condenados no STF, mas o restante vai ser absolvido por falta de provas objetivas ou pela simples prescrição. No Brasil os laranjas vão para cadeia, mas os verdadeiros culpados ou mandantes sairão com "ficha limpa", infelizmente.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
terça-feira, 24 de julho de 2012
LETÍCIA, UMA DEKASSEGUI
Operária, esposa, companheira, dona de casa, mãe à distância. Nissei, segunda geração de descendentes japoneses, casada há 30 anos com
não-descendente.
Três filhos, o primeiro teria 28 anos, mas chegou para brilhar e um dia
Deus quis que ele se tornasse mais uma estrela no céu; o segundo está
com 22 anos e a terceira com 18, de quem tenho maior orgulho e respeito.
No Brasil, comecei a trabalhar aos 15 anos de idade, sem deixar de
estudar, trilhando por agência de publicidade, jornal, produtora de
filmes comerciais e emissora de TV. Depois passei quase 20 anos
trabalhando no BB.
Hoje sou dekassegui, peã de fábrica da indústria automotiva, trabalhando
em inspeção de peças, no Japão. História de uma fictícia Letícia.
Letícia é uma dekassegui. Assim como 300 mil descendentes e agregados que emigraram para o Japão para um viagem ao inverso do que fizeram os descendentes do sol nascente, inciado em 1908, com a vida do primeiro navio de imigrantes japoneses no Brasil. Hoje, são ainda cerca de 200 mil, grosso modo, população diminuída em virtude da estagnação da economia daquele país, agravada recentemente pelo tsunami em Fukushima.
Muitos poucos descendentes sabem, muito menos os não descendentes o que paço a relatar. Os japoneses entraram no Brasil, antes da II Guerra Mundial, não como imigrantes, de forma espontânea, como está escrito na história do Brasil. Os barões do café sentiram a escassez de mão de obra, pelo então recente libertação dos escravos pela Princesa Isabel, os viram-se na necessidade de contratar mão de obra de europeus e orientais. Conseguirem, com os governos da época, autorização para imigrações de europeus e japoneses.
Um rico comerciante chamado Ryu Mizuno, japonês, viu no serviço de imigração uma fonte de receita importante. Negociou com o governo japonês e o brasileiro, a formalização da imigração do povo japonês para o Brasil. Ryu Mizuno, era uma espécie de "gato" dos "quase escravos" japoneses. Ganhava "por cabeça" de japoneses entregue aos barões de café. Os imigrantes assinavam "contratos" de formação de cafesais no interior de São Paulo. Hoje, pode se dizer que eram "trabalhadores escravos". Após 2 a 3 anos de trabalho, não sobrava nenhum "conto de reis" que eram o prometido quando da contratação, já no país de origem. Não tendo atingido suas metas e não aguentando o "trabalho escravo" maioria do imigrante fugiam para concentrar-se em "colonia japonesa", como que em quilombos. Razão pela qual, demorou muito para os imigrantes se integrassem na sociedade brasileira. Eis, a história verdadeira da imigração japonesa, em poucas linhas.
Há cerca de 3 décadas começou o movimento inverso, com apogeu econômico e consequente escassez de mão de obra no Japão, os filhos e netos dos imigrantes japoneses começaram o movimento de emigração no sentido do Japão. A história aqui repete a mesma da imigração japonesa de 100 anos atrás. Os descendentes de japoneses, os nisseis, sanseis e agregados, eram recrutados pelos "gatos" tal qual Ryu Mizuno da época, para ganhar na intermediação de mão de obra. Os recrutamentos eram e são feitas, basicamente, como operários braçais nas fábricas de "auto-peças". Assim como aqui no Brasil, os descendentes formavam "colonias japonesas", os dekasseguis no Japão formam, espontaneamente, os seus "redutos" de brasileiros.. Olhos puxados tal qual eles japoneses natos, mas são considerados e tratados como estrangeiros. No Brasil são japas, no Japão são brasileiros.
A palavra "dekassegui" significa mais ou menos como "sair para prover". Sair do Brasil, para prover a família que ficou no Brasil. Ou sair para fazer pé de meia e se estabelecer no Brasil. Mas, a história não termina, nem sempre, final feliz. Alguns voltam com dinheiro. Outros, voltam, na mesma condição que foi, sem dinheiro. Alguns, acabam se estabelecendo no Japão, constituindo família. Anos de separação, em muitos casos, acabam desagregando os laços familiares.
Única diferença é que os dekasseguis vivem relativamente bem no Japão. Vivem numa sociedade extremamente organizada, sem violência, quase sem crimes, com relativo respeito entre pessoas. Basta dizer que uma criança de 5 anos pode ir e voltar sozinha da escola, sem que haja alguma preocupação. Esta situação, de certa forma, deixa os dekasseguis confusos na decisão de retornar ao Brasil ou permanecer por lá mesmo. É o caso da nossa fictícia Letícia.
Enquanto o Brasil, não se tornar país descente, mesmo que seja pobre, mas país digno, com educação, saúde e segurança pública para a população, fica difícil, trazer de volta os 1,5 milhão de "dekasseguis" que estão espalhados pelo mundo a fora, descendente de japoneses ou não.
Dilma, acorde e tragam de volta esse contingente de Letícias brasileiras, muitas, qualificadas que vivem além mar. Elas estão qualificadíssimas para exercem as melhores profissões no Brasil.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
Letícia é uma dekassegui. Assim como 300 mil descendentes e agregados que emigraram para o Japão para um viagem ao inverso do que fizeram os descendentes do sol nascente, inciado em 1908, com a vida do primeiro navio de imigrantes japoneses no Brasil. Hoje, são ainda cerca de 200 mil, grosso modo, população diminuída em virtude da estagnação da economia daquele país, agravada recentemente pelo tsunami em Fukushima.
Muitos poucos descendentes sabem, muito menos os não descendentes o que paço a relatar. Os japoneses entraram no Brasil, antes da II Guerra Mundial, não como imigrantes, de forma espontânea, como está escrito na história do Brasil. Os barões do café sentiram a escassez de mão de obra, pelo então recente libertação dos escravos pela Princesa Isabel, os viram-se na necessidade de contratar mão de obra de europeus e orientais. Conseguirem, com os governos da época, autorização para imigrações de europeus e japoneses.
Um rico comerciante chamado Ryu Mizuno, japonês, viu no serviço de imigração uma fonte de receita importante. Negociou com o governo japonês e o brasileiro, a formalização da imigração do povo japonês para o Brasil. Ryu Mizuno, era uma espécie de "gato" dos "quase escravos" japoneses. Ganhava "por cabeça" de japoneses entregue aos barões de café. Os imigrantes assinavam "contratos" de formação de cafesais no interior de São Paulo. Hoje, pode se dizer que eram "trabalhadores escravos". Após 2 a 3 anos de trabalho, não sobrava nenhum "conto de reis" que eram o prometido quando da contratação, já no país de origem. Não tendo atingido suas metas e não aguentando o "trabalho escravo" maioria do imigrante fugiam para concentrar-se em "colonia japonesa", como que em quilombos. Razão pela qual, demorou muito para os imigrantes se integrassem na sociedade brasileira. Eis, a história verdadeira da imigração japonesa, em poucas linhas.
Há cerca de 3 décadas começou o movimento inverso, com apogeu econômico e consequente escassez de mão de obra no Japão, os filhos e netos dos imigrantes japoneses começaram o movimento de emigração no sentido do Japão. A história aqui repete a mesma da imigração japonesa de 100 anos atrás. Os descendentes de japoneses, os nisseis, sanseis e agregados, eram recrutados pelos "gatos" tal qual Ryu Mizuno da época, para ganhar na intermediação de mão de obra. Os recrutamentos eram e são feitas, basicamente, como operários braçais nas fábricas de "auto-peças". Assim como aqui no Brasil, os descendentes formavam "colonias japonesas", os dekasseguis no Japão formam, espontaneamente, os seus "redutos" de brasileiros.. Olhos puxados tal qual eles japoneses natos, mas são considerados e tratados como estrangeiros. No Brasil são japas, no Japão são brasileiros.
A palavra "dekassegui" significa mais ou menos como "sair para prover". Sair do Brasil, para prover a família que ficou no Brasil. Ou sair para fazer pé de meia e se estabelecer no Brasil. Mas, a história não termina, nem sempre, final feliz. Alguns voltam com dinheiro. Outros, voltam, na mesma condição que foi, sem dinheiro. Alguns, acabam se estabelecendo no Japão, constituindo família. Anos de separação, em muitos casos, acabam desagregando os laços familiares.
Única diferença é que os dekasseguis vivem relativamente bem no Japão. Vivem numa sociedade extremamente organizada, sem violência, quase sem crimes, com relativo respeito entre pessoas. Basta dizer que uma criança de 5 anos pode ir e voltar sozinha da escola, sem que haja alguma preocupação. Esta situação, de certa forma, deixa os dekasseguis confusos na decisão de retornar ao Brasil ou permanecer por lá mesmo. É o caso da nossa fictícia Letícia.
Enquanto o Brasil, não se tornar país descente, mesmo que seja pobre, mas país digno, com educação, saúde e segurança pública para a população, fica difícil, trazer de volta os 1,5 milhão de "dekasseguis" que estão espalhados pelo mundo a fora, descendente de japoneses ou não.
Dilma, acorde e tragam de volta esse contingente de Letícias brasileiras, muitas, qualificadas que vivem além mar. Elas estão qualificadíssimas para exercem as melhores profissões no Brasil.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
PAC DA DILMA INVESTE SOMENTE R$ 9,6 BILHÕES
Prestes a ser divulgado pelo governo, o balanço oficial do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) mostrará um forte aumento dos desembolsos neste ano.
Os números, no entanto, encobrem uma piora de desempenho justamente no foco original do programa: as obras públicas de infraestrutura destinadas a ampliar o potencial de crescimento econômico do país.
O valor é inferior aos R$ 9,6 bilhões do mesmo período do ano passado e, mais ainda, aos R$ 10,1 bilhões aplicados nos seis meses iniciais do ano eleitoral de 2010.
Mais delicado, no entanto, é explicar a segunda queda anual do volume de obras no mandato da presidente Dilma Rousseff, "mãe do PAC" na propaganda brasiliense. Fonte: Folha.
E EU COM ISSO?
O impacto mais visível da lentidão das obras do PAC deverá se dar nas rodovias federais, a maioria dependente de dinheiro público aplicado a fundo perdido. Além dos transtornos para os usuários, as deficiências de infraestrutura aumentam os custos das empresas e os preços dos produtos, dificultando o crescimento da economia. Fonte: Folha.
O texto apresentado pela Folha é muito didático, não necessitando de comentários. Apenas quero acrescentar aqui a comparativo com alguns números da República. 1. Superávit primário previsto para 2012, para pagamento de juros R$129 bilhões. 2. Pagamento de juros dos empréstimos do Tesouro, considerando taxa Selic de 8%, grosso modo R$160 bilhões. 3. Tamanho da Bolsa Miséria R$22 bilhões. 4. Tamanho do (programa) Bolsa Empresário (BNDES) bancado pelo Tesouro R$300 bilhões. 5. Empréstimo do grupo JBS do Bolsa Empresário, informações da imprensa, R$17 bilhões, antes do socorro que será dado nos próximos dias pela presidente Dilma. 6. Último empréstimo do Eike Batista dentro do Bolsa Empresário R$2,7 bilhões. 7. Investimento em PAC, carro chefe do governo Dilma R$9,6 bilhões.
Preciso comentar, mais?
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
segunda-feira, 23 de julho de 2012
BRASIL URGENTE, SINAL DE ALERTA!
Hoje as bolsas internacionais despencaram. O índice Bovespa, chegou Ao patamar de 53.000 pontos. O que significa isto? O índice já bateu em 75.000 pontos, antes da crise financeira mundial de 2008. Significa que desde 2008, as ações de modo geral, valem grosso modo 30% a menos que a cotação máxima de 2007/2008. Eu falo do índice Bovespa porque é uma referência importante. Bolsa é super sensível aos acontecimentos. Reflete, de certa forma, o humor do mercado em relação ao futuro. Sendo assim, a expectativa do mercado, está semelhante aquele vivido em 2008.
A suposta crise de liquidez dos bancos espanhóis é apenas uma desculpa para detonar os valores dos ativos financeiros. Na essência, nada mudou a situação européia comparado com alguns meses atrás. E vem ainda, problema dos bancos italianos. É uma fila à espera de detonação. Já tão falando em Índia, após a Itália. Se chacoalhar um pouco o tsunami que já está aqui, vai virar um furacão seguido de terremoto. Oremos para que isto não venha acontecer.
Hoje, teve um "prenúncio" nada agradável. Todas empresas representativas do ramo de incorporações imobiliárias sofreram perdas grandes. Pode ser um indicativo de que a bolha imobiliária estourou. Eu já tinha comentado o fato de que na ponta do consumidor já estava tendo problemas. A Rossi, a Cyrela, a Gafisa, a Brookfild, Pdg, tiveram perdas expressivas hoje, como que de um prenúncio de más notícias.
E de quebra, as ações da já problemática JBS, altamente comprometida com o BNDES, falam de R$17 bilhões, literalmente foram à lona. Caíram 7,18% no final do pregão. Mesmo com promessa da Dilma de injeção de mais alguns R$ bilhões, para sanear a JBS. É urgente a operação de socorro. À essa altura, não sei se é melhor socorrer ou deixar quebrar. O mesmo aconteceu há menos de 1 mês com as empresas do Eike Batista, também altamente endividadas com o BNDES. De repente, isto vira um efeito cascata, porque embaixo da JBS e das empresas X, tem vários fornecedores dependentes destas. Estou orando para que a bolha do Bolsa Empresário não estoure. Se acontecer isto, o Brasil vai entrar na fila, logo atrás da Índia ou Itália.
A ocasião é de tensão para a economia do Brasil. Repito. Dilma, acorda, que a máscara caiu!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
A suposta crise de liquidez dos bancos espanhóis é apenas uma desculpa para detonar os valores dos ativos financeiros. Na essência, nada mudou a situação européia comparado com alguns meses atrás. E vem ainda, problema dos bancos italianos. É uma fila à espera de detonação. Já tão falando em Índia, após a Itália. Se chacoalhar um pouco o tsunami que já está aqui, vai virar um furacão seguido de terremoto. Oremos para que isto não venha acontecer.
Hoje, teve um "prenúncio" nada agradável. Todas empresas representativas do ramo de incorporações imobiliárias sofreram perdas grandes. Pode ser um indicativo de que a bolha imobiliária estourou. Eu já tinha comentado o fato de que na ponta do consumidor já estava tendo problemas. A Rossi, a Cyrela, a Gafisa, a Brookfild, Pdg, tiveram perdas expressivas hoje, como que de um prenúncio de más notícias.
E de quebra, as ações da já problemática JBS, altamente comprometida com o BNDES, falam de R$17 bilhões, literalmente foram à lona. Caíram 7,18% no final do pregão. Mesmo com promessa da Dilma de injeção de mais alguns R$ bilhões, para sanear a JBS. É urgente a operação de socorro. À essa altura, não sei se é melhor socorrer ou deixar quebrar. O mesmo aconteceu há menos de 1 mês com as empresas do Eike Batista, também altamente endividadas com o BNDES. De repente, isto vira um efeito cascata, porque embaixo da JBS e das empresas X, tem vários fornecedores dependentes destas. Estou orando para que a bolha do Bolsa Empresário não estoure. Se acontecer isto, o Brasil vai entrar na fila, logo atrás da Índia ou Itália.
A ocasião é de tensão para a economia do Brasil. Repito. Dilma, acorda, que a máscara caiu!
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR.
Twitter: @sakamori10
PT PAGOU CONTAS DO MENSALÃO
A dez dias do início do julgamento do mensalão, Marcos Valério e seus
ex-sócios devem na Justiça pelo menos R$ 83 milhões que saíram dos
bancos Rural e BMG para abastecer o PT e partidos aliados em 2003 e
2004. Um de R$ 17,4 milhões, por exemplo, foi parar no arquivo no mês passado.
Em outro, de R$ 38,4 milhões, Valério deu até agora apenas dois carros, que somam R$ 120 mil. Mais dois processos, num total R$ 27,5 milhões, estão parados. Fonte: Folha.
Os bancos cobram Valério alegando que os R$ 83 milhões são empréstimos a ele. A Procuradoria-Geral da República diz, entretanto, que a cobrança da dívida faz parte de uma estratégia para dar legitimidade aos empréstimos, que os procuradores consideram fraudulentos. Fonte: Folha.
Valério não pagou os empréstimos junto ao BMG que, segundo ele, também foram destinados ao PT. O Banco Rural e o BMG afirmam que os empréstimos são verdadeiros e que, por isso, cobram a dívida na Justiça. Fonte: Folha.
É tudo uma tentativa de esquentar a operação. Tudo um jogo de faz de conta. O Marco Valério diz que dívida é dele. De bobo ele não tem nada. O banco diz que cobra na justiça, porque a operação é legal, no entanto uma das execuções já foi parar nos arquivos. Neste caso a Procuradoria Geral da República está com razão, os empréstimos são fraudulentos e foram montadas para dar legitimidade ao "mensalão". Até o engraxate da Bovespa sabe que foi assim.
Os bancos BMG e Rural já receberam do Partido dos Trabalhadores há muito tempo. Essas cobranças são tudo para inglês ver, ou melhor para o bobo do contribuinte brasileiro ver. Sabe-se que pelo menos parte desses falsos empréstimos foram pagos no paraíso fiscal, com parte daqueles US$520 bilhões depositados pelos brasileiros.
Se quisessem, se realmente tivessem interesse, em rastrear o dinheiro com que foi pago os empréstimos, basta pedir ao DEA dos EEUU, se é que de fato existiram esses tais empréstimos. Se não houve, efetivamente estes empréstimos, o Banco Central do Brasil, poderá verificar nas contabilidade dos Bancos. As duas providências propostas aqui são tão simples, como tirar doce da mão de uma criança.
Os fatos conspiram para absolvição dos réus do processo mensalão, bem como do seu autor intelectual. Todo mundo sabe, quem mandou e quem operacionalizou o mensalão, no período do governo Lula.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
Em outro, de R$ 38,4 milhões, Valério deu até agora apenas dois carros, que somam R$ 120 mil. Mais dois processos, num total R$ 27,5 milhões, estão parados. Fonte: Folha.
Os bancos cobram Valério alegando que os R$ 83 milhões são empréstimos a ele. A Procuradoria-Geral da República diz, entretanto, que a cobrança da dívida faz parte de uma estratégia para dar legitimidade aos empréstimos, que os procuradores consideram fraudulentos. Fonte: Folha.
Valério não pagou os empréstimos junto ao BMG que, segundo ele, também foram destinados ao PT. O Banco Rural e o BMG afirmam que os empréstimos são verdadeiros e que, por isso, cobram a dívida na Justiça. Fonte: Folha.
É tudo uma tentativa de esquentar a operação. Tudo um jogo de faz de conta. O Marco Valério diz que dívida é dele. De bobo ele não tem nada. O banco diz que cobra na justiça, porque a operação é legal, no entanto uma das execuções já foi parar nos arquivos. Neste caso a Procuradoria Geral da República está com razão, os empréstimos são fraudulentos e foram montadas para dar legitimidade ao "mensalão". Até o engraxate da Bovespa sabe que foi assim.
Os bancos BMG e Rural já receberam do Partido dos Trabalhadores há muito tempo. Essas cobranças são tudo para inglês ver, ou melhor para o bobo do contribuinte brasileiro ver. Sabe-se que pelo menos parte desses falsos empréstimos foram pagos no paraíso fiscal, com parte daqueles US$520 bilhões depositados pelos brasileiros.
Se quisessem, se realmente tivessem interesse, em rastrear o dinheiro com que foi pago os empréstimos, basta pedir ao DEA dos EEUU, se é que de fato existiram esses tais empréstimos. Se não houve, efetivamente estes empréstimos, o Banco Central do Brasil, poderá verificar nas contabilidade dos Bancos. As duas providências propostas aqui são tão simples, como tirar doce da mão de uma criança.
Os fatos conspiram para absolvição dos réus do processo mensalão, bem como do seu autor intelectual. Todo mundo sabe, quem mandou e quem operacionalizou o mensalão, no período do governo Lula.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
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