Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
BRASIL PODERÁ SER A BOLA DA VEZ, NEGATIVAMENTE
Veja o que eu disse, hoje de manhã, em "Dilma, gambiarra de novo coma Petrobras?". Infelizmente, o jornal Financial Times, diz coisa parecida na sua matéria de hoje sobre o câmbio. Vamos conferir.
Tentar entender o que quer o ministro da Fazenda, Guido Mantega, pode ser "exaustivo", segundo o jornal Financial Times. Em texto publicado no blog sobre mercados emergentes, o BeyondBrics, a publicação diz que esse problema é ainda maior no tema preferido do ministro brasileiro: a chamada "guerra cambial".
A reportagem sugere, inclusive, que o recente sobre e desce do dolálar pode indicar, entre outras coisas, que o governo "não tem ideia do que está fazendo". Fonte: Estadão.
Para a repórter Samantha Pearson, do escritório do FT em São Paulo, "há três explicações possíveis" para as mensagens que parecem contraditórias. A primeira é que o governo brasileiro "quer uma valorização gradual do real para conter a inflação e os avisos de Mantega foram destinados a moderar os movimentos" da moeda norte-americana. Fonte: Estadão.
A segunda opção é que a equipe econômica pode ter avaliado que o real está "no nível certo" e, então, passaram a ser emitidos sinais contraditórios para "estabilizar a moeda". Fonte: Estadão.
Há, porém, uma terceira opção. "Eles não têm ideia do que estão fazendo". Fonte: Estadão.
Comentário. Eu já sou mais pessimista que o Financial Times, o ministro Mantega sob orientação da presidente Dilma, está colocando o País numa situação de alto risco, promovendo apreciação exagerada do real frente ao dólar. Para mim, a equipe econômica da Dilma, está com a quarta opção. "Eles sabem do que estão fazendo. Estão pensando somente naquilo, a reeleição da presidente Dilma, nem que tenha que levar o País no abismo."
Por favor, não brinquem com coisa séria. O que eles estão fazendo é botar mais carga na "bomba relógio". O pavio já está aceso. Eles nem estão aí. Com o engessamento da economia, não só no câmbio, mas no preço de combustíveis e demais tarifas administradas, tão somente para tentar segurar a inflação, está provocando distorções na economia difíceis de avaliar. A economia está desorganizada e os diversos preços administrados estão desalinhados, levando a iniciativa privada a recuar em novos investimentos neste ano.
Daqui a pouco, Dilma, o Brasil poderá experimentar situações do Plano Cruzado do medíocre governo Sarney. Fique atento, por favor. Brasil poderá ser a bola da vez, negativamente.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR. Filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
DILMA, GAMBIARRA DE NOVO COM A PETROBRAS?
Vejam o que aconteceu na Bovespa, ontem. É mais ou menos como tragédia na boate de Santa Maria, estou a chamar atenção sobre o sucateamento da Petrobras há muito tempo. Inúmeras matérias foram postadas, com os detalhes dos motivos que levaram a Petrobras à essa situação. O mercado, começou a perceber, a grande furada da política econômica do governo, com relação à Companhia. Aproveito na sequência, para comentar sobre o reflexo do aumento da gasolina na economia como todo.
O Ibovespa --principal índice de ações da Bolsa brasileira-- fechou esta quarta-feira (30) em queda de 1,77%, aos 59.336 pontos, sua menor pontuação de fechamento desde 13 de dezembro do ano passado, quando atingiu 59.316 pontos. Fonte: Folha.
O movimento teve forte influência das ações preferenciais (as mais negociadas na Bolsa, sem direito a voto) e ordinárias (com direito a voto) da Petrobras --que possuem forte peso no índice--, as quais caíram 4,76% e 5,12%, nesta ordem. Fonte: Folha.
Os investidores refletiram o reajuste no preço dos combustíveis, anunciado ontem pela empresa, quenão foi suficiente para zerar a diferença entre o valor pago pela Petrobras para importar gasolina do exterior e aquele cobrado por ela no mercado brasileiro. Fonte: Folha.
O pior de tudo, não foi só isto. A Dilma mandou a dupla Mantega e Tombini, fazer uma "gambiarra" no câmbio para tentar minorar o problema da defasagem do preço de combustíveis, puxando a banda cambial informal para um degrau abaixo, ou seja entre R$ 1,90 a R$ 2,00. É aquela história, pior "emenda" que o "soneto". É um erro primário querer resolver o problema da Petrobras da Graça Foster, fazendo apreciar ainda mais o real, que já está super apreciado.
O parque industrial brasileiro já estava sofrendo com a apreciação do real, perdendo competitividade lá fora devido, sobretudo a defasagem cambial. A participação do setor industrial no PIB brasileiro passou de 25% para 17%, no período Lula. Fala-se muito em custo Brasil, mas o maior custo vem do ônus de industrias terem que aguentar a defasagem cambial, iIndo direto na ferida. Fazemos exatamente o contrário do que fazem os chineses. Os chineses lutam para manter a sua moeda Yuan (Ren Min Bi) altamente depreciada. E eles, crescem no mínimo 7,8% ao ano. Quem está com a razão? Brasil ou China?
Isto tudo é problema menor. Já falei que estamos com economia "engessada". Uma das camisas de força é a defasagem cambial. Com a recentíssima medidas do Banco Central, a defasagem cambial estará no patamar de 40%. Imagine, quando tiver que soltar o câmbio com uma defasagem desta. Vai haver uma explosão, em tudo quanto é lugar. Saiam de baixo. Vai ser como saída do Plano Cruzado do governo medíocre do Sarney. Não se tem com prever as consequências.
Dilma, gambiarra de novo com a Petrobras?
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
DILMA ANUNCIA AUMENTO DA GASOLINA. OPS!
A presidente Dilma Rousseff, como fez semana passada, no anúncio de redução tarifária de energia elétrica, utilizou-se da cadeia de rádio e televisão, por 5 minutos, antes do horário do Jornal Nacional, para explicar o motivo que levou a Petrobras, companhia estatal, fazer o reajuste de 6,6% na gasolina e 5,4% em óleo diesel nas refinarias. Fonte: mentira.
Infelizmente, a notícia do aumento da gasolina e diesel é real, no entanto o pronunciamento da Dilma, não aconteceu. Quanto foi notícia que a ela interessava capitalizar, utilizou-se da cadeia de rádio e televisão por 10 minutos. Desta feita, nem a presidente da Petrobras, Graça Foster, sequer fez anúncio ou deu entrevista pessoal, explicando o motivo que levou a companhia a adotar o aumento dos combustíveis. O aumento veio através de nota da Petrobras.
Por enquanto, o aumento que vigorará amanhã a zero hora, na refinaria para distribuidoras nos percentuais anunciados de 6,6% para gasolina e 5,4% para diesel. Segundo as distribuidoras, o percentual de aumento na bomba, à partir de zero hora de amanhã, será em percentual ligeiramente menor que o percentual aplicado às distribuidora nas refinarias. Seja como for o aumento médio será em torno de 6% sobre os preços praticados hoje. O preço do álcool é de livre concorrência, obedecendo sazonalidade da produção de cana de açúcar.
Como já foi adiantado neste blog, no início do mês, a redução da tarifa de energia, veio antes para compensar o aumento de combustíveis, no índice de inflação. Tanto a tarifa de energia como o de combustíveis, em tese, influem em percentual pequeno no índice da inflação. Teoricamente, a redução tarifária anularia o efeito do aumento de combustíveis. Mas a prática, tem demonstrado que o efeito do aumento de combustíveis tem efeito perverso. O aumento de combustíveis, acabam, psicologicamente provocando efeito cascata em preços de todos produtos e serviços, tradicionalmente.
Mesmo com o aumento efetivado pela Petrobras, continuam a defasagem do preço de combustíveis nas bombas equiparado ao preço do petróleo no mercado internacional. A Petrobras não vem obedecendo a política de "paridade" praticado pelas companhias de petróleo do mundo inteiro, menos em países como Venezuela, onde eles são altamente subsidiados. Os analistas contabilizam a defasagem, após o aumento de hoje em 20%. Significa que apesar do aumento concedido, a Petrobras continuará postergando os investimentos programados em pesquisa, exploração e refino. Em outras palavras, a Petrobras continuará sucateada.
Para diminuir a defasagem de preço dos combustíveis em relação ao preço internacional, a Dilma determinou que o Banco Central, apreciasse o real, invertendo a posição que vinha adotando nos últimos 12 meses onde vinha depreciando o dólar. Nos últimos dois dias, o Banco Central já sinalizou que passará a atuar numa banda cambial informal entre R$ 1,90 a R$ 2,00. Política equivocada. O real estava artificialmente apreciado em cerca de 30% com a banda cambial entre R$ 2,00 a R$ 2,10. Agora, a vaca vai para o brejo. Vai continuar em ritmo mais acelerado o processo de desindustrialização no País por falta de competitividade no mercado externo.
De gambiarra em gambiarra o País vai afundando.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
AS IGREJAS DEVEM OBEDECER AS MESMAS NORMAS DE PREVENÇÃO
Embora no momento de comoção da tragédia provocada pelo incêndio na casa de show em Santa Maria, sinto-me na obrigação de chamar atenção de outros acidentes anunciados no Brasil. Na posição de engenheiro civil, tenho observado que há negligências graves nos recintos de igrejas, tanto quanto as casas de shows.
De repente, o Brasil todo, vão vistoriar as portas de emergências das casas noturnas, o principal motivo que originou a tamanha tragédia por conta de negligências de todos os que concederam o alvará de licença para construção e funcionamento do estabelecimento comercial, entre os quais a prefeitura municipal e Corpo de Bombeiros. É mais do que evidente de que houve negligência ou no mínimo conivência de autoridades para a concessão do alvará.
Quero chamar atenção de que onde há grande aglomeração de pessoas humanas, sobretudo em recinto fechado, há o perigo do efeito pânico ou efeito manada, por qualquer motivo, não necessariamente que o motivo seja por incêndio. A atenção não deve voltar-se apenas para o incêndio. Outros motivos poderão levar a aglomeração de pessoas ao pânico. Por exemplo, um apagão com um grito histérico de uma daquelas pessoas, poderão levar ao mesmo tipo de acidente, devido ao pisoteamento.
Vejo pela televisão, aglomerações de pessoas em número expressivo, coisa de 5 mil a 20 mil pessoas, num ambiente totalmente inadequado assistindo cultos religiosos. Nem é preciso fazer vistoria dos Bombeiros para notar que há falhas graves de engenharia em recintos de igrejas que são montadas em quatro cantos do Brasil. Já houve casos, de desabamento de tetos, numa igreja da capital paulista. E poderão haver outros acidentes, motivado pelo pânico, em diversas igrejas Brasil a fora.
As autoridades brasileiras, seja de que esfera for, não tem coragem de vistoriar e determinar exigências aos templos e igrejas, por se tratar de espaço religioso. Aqueles espaços ou territórios são respeitados como se fosse um território livre de fiscalização das autoridades. Funcionam quase como se fosse uma embaixada ou consulado de um país estrangeiro. Constatação obvia que as igrejas recebem tratamento diferenciado, uma vez que as cúpulas recebem até passaporte diplomático do Itamaraty.
Exijo, como cidadão brasileiro, que os territórios ocupados pelas igrejas, sejam de que denominação for, muçulmanos, católicos, cristãos, budistas ou outras, fossem fiscalizados e as entidades mantenedoras obedecessem as leis vigentes no País, inclusive no tocante à prevenção de acidentes provocados pelos incêndios ou simplesmente pelos eventuais pânicos. Antes que as tragédias anunciadas aconteçam de fato.
As igrejas devem obedecer as mesmas normas de seguranças de boates.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
DILMA 2014 RECRUTA 5.564 PREFEITOS COM R$ 66,8 BI !
No último dia 19, foi postado neste blog, o evento que passamos a comentar sob o título: "Dilma 2014. Vai dar partida com show para prefeitos". Tal qual foi comentado antes, o evento foi o "lançamento, de fato", da sua campanha eleitoral com vistas à sua reeleição. Vejam as notícias veiculadas na imprensa.
Diante de milhares de prefeitos, a presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira (28) que não admite discriminação com base em opção "política, religiosa ou esportiva" e prometeu um pacote de bondades de R$ 66,8 bilhões para investimentos em diferentes áreas. As promessas foram tratadas como "boas notícias" pela presidente. Fonte: Folha.
Dilma explicou que R$ 35,5 bilhões são para obras de saneamento, pavimentação e mobilidade urbana, já selecionadas no final de 2012. "No inicio de fevereiro, os valores de cada município selecionado serão divulgados e imediatamente estarão liberados para que essas obras sejam executadas pelos senhores o quanto antes", afirmou a presidente, sem dizer de onde vai sair essa verba. Fonte: Folha.
Os R$ 30,3 bilhões restantes serão destinados numa nova seleção para investimentos, a ser feita este ano. "Também aqui não há tempo a perder e será necessário elaborar projetos", afirmou a presidente. Fonte: Folha.
Precisamos reconhecer que os marqueteiros da campanha Dilma 2014, foram eficientes. Com esse evento matou 2 coelhos com uma cajadada só. O primeiro coelho morto foi com o comprometimento dos prefeitos, até a alma, com a Bolsa Prefeitos, mediante verbas ainda não tão bem especificadas quanto à origem dos recursos, mas que farão muita diferença para os prefeitos já com os cofres vazios. A maioria das obras terão recursos do FGTS ou Fat e empréstimos do BNDES ou da CEF. Não serão de graça, mas Dilma, garantiu a liberação destes recursos, numa espécie de "fast track", ou trilha rápida. O volume de dinheiro não é nada desprezível.
O evento serviu, também, para matar o outro coelho, que era o lançamento da candidatura do Lula ao cargo de presidente, em 2014. O Lula não tem mais espaço político para o lançamento da sua candidatura no lugar da Dilma, diante do fato consumado. Ele terá que se conformar como ator coadjuvante no processo sucessório de 2014. Após desgaste sofrido com o processo mensalão e com o caso Rosemary, Lula estava precisando de um fato novo para voltar à cena da política brasileira. Lula precisava muito do cargo de presidente da República para blindar-se de acusações que começam a pipocar.
Enquanto isso, a oposição engalfinham-se para ver quem será o legítimo representante. Pelo andar da carruagem, a oposição à candidatura Dilma 2014, por enquanto, os mais cotados são Eduardo Campos (PSB), Aécio Neves (PSDB), Cristovam Buarque (PDT) e Marina Silva (sem partido) e Randolfo Rodrigues (PSOL). O fato é que a oposição perdeu os seus principais cabos eleitorais que são os prefeitos municipais, agora, engajados na candidatura Dilma 2014.
Na política, as eleições não se ganham antecipadamente. Tem muto chão para percorrer. O que vai definir são as conjunturas do momento, isto é, após abril de 2014. Até lá, o que vai mandar mesmo, é a conjuntura econômica do País, sobretudo o volume de criação de novos empregos em 2013 e em 2014. Outro fator, importante é o crescimento do PIB e índice inflacionário no mesmo período. Hoje, Dilma ganha eleições. Amanhã, nada pode ser garantido. Tudo depende.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
PETROBRAS SUCATEADA, MESMO COM AUMENTO DE GASOLINA
O principal indício de que a Petrobras está sendo sucateada, vem do mercado financeiro global. São inúmeras matérias publicadas por mim, neste blog, chamando atenção para o fato. Não sou alarmista, como querem me rotular, alguns analistas, economistas e empresários ligados ao governo Dilma. Nada como o próprio mercado financeiro, confirmar a minha percepção. Vejam, a reportagem e saiba porque isto acontece.
A Petrobrás perdeu o posto de maior empresa da América Latina. A informação é destaque na edição de segunda-feira do jornal britânico Financial Times. Com a queda de 25% do valor da ação nos últimos 12 meses, o valor de mercado da estatal brasileira foi ultrapassado pela também estatal petrolífera Ecopetrol, da Colômbia. Fonte: Estadão.
Em reportagem publicada nesta segunda-feira, o jornal afirma que a Petrobrás sofreu "um dos movimentos mais dramáticos da indústria de energia no ano passado" e no fim dos negócios da última sexta-feira, dia 25, o valor da brasileira - calculado conforme o preço das ações - era de US$ 126,8 bilhões. Já a Ecopetrol valia US$ 129,5 bilhões. A reportagem destaca que a Ecopetrol já vale mais para os investidores que a Petrobrás, "embora a produção da empresa brasileira seja cerca de três vezes maior que a da colombiana". Fonte: Estadão.
No governo Dilma, sobretudo, a Petrobras vem sendo utilizada como instrumento de política econômica do governo, servindo para amortecimento do índice de inflação, que está beirando o limite perigoso. Ainda assim, a Dilma não conseguiu conter a inflação nos níveis dentro da perspectiva confortável. Apesar de índice de inflação oficial estar próximo do limite da meta inflacionária do Banco Central, estabelecido para o ano de 2012 em 4,5%, o IPCA registrou marca de 5,6% ao ano e IGP-DI em 7,99%.
Com o aumento conseguido pela Petrobras em 2012, em torno de 10% na refinaria para os combustíveis, não fora suficiente para compensar a defasagem da depreciação do real perante ao dólar em 2012. Há uma defasagem não compensada de cerca de 25% nos preços de combustíveis. Com o aumento programado pelo governo, dos combustíveis, entre 4% e 5% para diesel e 7% para gasolina, o preços dos combustíveis continuarão com defasagem de cerca de 20%, sem considerar os eventuais aumento de petróleo em níveis mundiais. Lembrando que a Petrobras é importador de combustíveis prontos, em volume cada vez maior.
O plano de investimentos da Petrobras na área de pesquisa e exploração estão cada vez mais longe de se realizar, por falta de geração de caixa, uma vez que o nível de endividamento da Companhia está no limite considerado de alto risco. O projeto de exploração no pré-sal que foi bastante festejado pelo presidente Lula, não vai produzir frutos antes de 2017, segundo analistas. Os níveis de produção na área de exploração vem caindo ano a ano, devido ao esgotamento dos poços atualmente em atividade. A Petrobras é obrigado a importar cada vez mais, os combustíveis prontos, porque as refinarias, também, estão com capacidade praticamente esgotadas.
A presidente Dilma, o ministro da Fazenda Guido Mantega, a presidente da Petrobras Graça Foster, ou são incompetentes e ignoram a política de preços praticado no mundo todo, denominado de "paridade", para que os governos não precisem subsidiar os combustíveis para os consumidores. Graça Foster, a presidente da Petrobras, preferida da Dilma, insistem em praticar uma nova regra que elas próprias denominam de "convergência", que nada mais é do que "aproximação" ao preço de "paridade". Isto significa que a Petrobras vai se submeter sempre à política econômica do governo.
Dizem os defensores da política de "convergência" que o custo de produção do petróleo nacional independe do câmbio, mas esta afirmação é uma grande mentira. Os insumos e equipamentos, mesmo as montados no Brasil, são cotados em dólares e seguem mais ou menos o nível de preço do petróleo no mercado mundial. Eis o problema de segurar o preço dos combustíveis em reais, adotando a política de "convergência" ao invés de preço de "paridade". O termo "convergência" é invenção do País de jaboticaba, não encontra termo semelhante em lugar nenhum do mundo. Minto, existe a Venezuela de Hugo Chavez, que subsidiam os combustíveis para manter a popularidade do presidente.
Dilma sucateia Petrobras, mesmo com aumento de gasolina.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
NEGLIGÊNCIA, A MARCA DAS TRAGÉDIAS NO BRASIL
O Brasil está de luto com 233 mortos, no incêndio da boate Kiss em Santa Maria, RS. É doloroso ficar discutindo aqui sobre as negligências que marcam as tragédias no Brasil. Mas, é a oportunidade para eu fazê-la, porque amanhã, a tragédia tanto quanto outras serão esquecidas. O País inteiro, voltará a comentar sobre o BBB13 da Globo, já nos próximos dias.
Minha formação é de engenheiro civil. Tenho assistido várias tragédias anunciadas acontecerem por conta da "negligência" do poder público e da própria população. Isto mesmo. A população é conivente com as tragédias que se anunciam neste País. Estou com má vontade? Não estou, não! Já recebi reclamo de muitos patrícios meus, brasileiros, para eu voltar (sic) para o Japão, sendo eu brasileiro. Mas, vamos a dura tarefa de chamar a atenção, novamente, sobre os escombros da tragédia, sobre o pouco caso das autoridades sobre diversas situações críticas.
Vamos analisar sobre esta última triste ocorrência. Prestei atenção em cada detalhe da reportagem. Disse o Coronel bombeiro que, apesar de alvará vencido, a boate Kiss, atendia os requisitos mínimos de segurança exigido pelos Bombeiros. Digo, afirmativamente, que não. Para começar pelo uso de material de fácil combustão para o isolamento acústico no teto, o que motivou a tragédia. Ponto final. Se tinha sinalização ou mesmo extintor de incêndio (que não funcionou no primeiro momento) são detalhes menores. Infelizmente, erro do meu colega engenheiro em ter permitido a colocação do material inadequado no teto de um estabelecimento que sabidamente teria finalidade de aglomeração de pessoas.
É o tal do jeitinho brasileiro que funcionou. Desde o proprietário que sabidamente colocou em risco a sua clientela até o Corpo de Bombeiro que deveria ter desaprovado a utilização daquele material para o teto. Todo mundo pensou na hipótese de que aquela situação provocado pelos fogos de artifício nunca iria acontecer. Todo mundo pensou que não haveria hipótese de que o fogo poderia ter começado com um curto circuito de energia, muito comum de acontecer. Aqui, mais uma vez, funcionou a "camaradagem" o "jeitinho" para emitir o "alvará de conclusão e funcionamento" da edificação. Leite derramado.
As tragédias recentes de enchentes no Estado do Rio de Janeiro, são exemplos clássicos de negligência do poder público, tanto municipal que não tomam atitudes, como do governo federal que não libera verbas de emergências para dar solução definitiva para evitar novas ocorrências. Pelos noticiários da TV, pode-se constatar que as casas ou casebres continuam depenturadas nas encostas de morros. Não adianta culpar o São Pedro. E as ocorrências de chuvas intensas na região serrana do Rio é comum, não podendo dizer que isto são imprevistas. A próxima, será no próximo verão. Enquanto isso, vamos dando jeitinho, resolvendo apenas situações de extrema gravidade. Estas serão esquecidas, até o próximo verão.
Outra tragédia que diz respeito à engenharia, é a tragédia acontecido no morro de Bumba, no município de Niteroi. Simplesmente, as encostas eram utilizados para dar destino aos lixos colhidos pelo próprio poder público municipal. Precisou de uma tragédia com dezenas de mortos para o poder público transformar em encostas protegidas com aterro feito sobre o que restou do lixão. Infelizmente, segundo eu tenho conhecimento, deu se jeitinho, para dispensar eventual produção de gás nos lixões que ficara abaixo do novo aterro. Enfim, deu-se o jeitinho de não ficar o problema exposto diante da vista da mídia.
E assim, aos olhos do engenheiro, existem muitas e muitas situações que considero "tragédia anunciada" sobretudo em obras patrocinados pelos governos. É uma coisa de louco. Quando alguém chama atenção para os projetos mal elaborados, o denunciante é considerado persona não grata, pelos poderes constituídos. Pessoalmente, tenho experiências, vividas. Quem denuncia fica marcado como "inimigo do poder".
E assim caminha o Brasil, de jeitinho em jeitinho, esperando as novas tragédias ocasionais ou naturais, lamentando sobre os corpos da vítimas, seres humanos, brasileiros tanto quanto nós. Os lutos decretados pelos poderes públicos, não servem de conforto para as pessoas que perderam os seus entes queridos. Quiçá, houvesse promessa de maior rigor nas aplicações de leis para assegurar o mínimo de segurança pública para a população.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
domingo, 27 de janeiro de 2013
CONGRESSO NACIONAL FEDE!
Explico o sentido do título, à primeira vista injusto.
No próximo dia 1º de fevereiro deverão ser eleitos a Mesa Diretora do Senado Federal e da Câmara dos Deputados. As eleições são de extrema importância para a Nação, uma vez que a Constituição prevê a linha de sucessão do presidente da República, na ordem: vice-presidente da República, presidente da Câmara dos Deputados e presidente do Senado Federal. Os presidentes de ambas casas terão a tarefa de conduzir os trabalhos de, respectivamente, 81 senadores e 513 deputados federais.
O partido aliado do PT no governo, o PMDB, indicou, respectivamente, para a presidência do Senado e da Câmara, senador Renan Calheiros e deputado Henrique Alves. E estes nomes foram submetidos à aprovação da presidente Dilma, que é o condutor máximo do PT, de fato. As negociações para indicação dos nomes passou, também, pelo partido da oposição PSDB. Está certo de que as eleições são dadas como certas.
O Congresso Nacional, composto pelas ambas casas legislativas, nunca esteve com desaprovação tão alta. Muito se deve ao comportamento e currículo dos presidentes atuais, quais sejam o senador José Sarney e deputado Marcos Maia. O primeiro está envolvido em desvio de verbas na Valec, a estatal que executa a obra da ferrovia Norte-Sul, por meio do seu seu filho, braço financeiro da família. O segundo, não tem expressão política, mas deixa o legado de ter dado posse ao condenado do mensalão, o então, suplente de deputado José Genuíno.
Como se não bastasse, o indicado, o senador Renan Calheiro é denunciado no STF pelo MPF por ter dissimulado o suposto recebimento de ajuda financeira da Construtora Mendes Júnior para com a sua, então, companheira Mônica Veloso. O indicado para presidir a Câmara dos Deputados, Henrique Alves, é denunciado por ter permitido um funcionário do seu gabinete ter contrato com o governo federal no valor de R$ 1,5 milhão. Os processos, de ambos, não tiveram ainda julgamento de segunda instância, para serem considerados "ficha suja".
Se o Brasil tivesse cultura do "primeiro mundo" ambos políticos, nem ousariam se candidatar ao cargo máximo das casas legislativas, sobretudo sendo eles pertencentes à linha de sucessão da presidência da República. E se fossem candidatos seriam derrotados com os votos contrário dos seus pares. Com o comportamento nada exemplar dos políticos brasileiros, nada é estranho o Brasil virar piada no mundo civilizado. Fazer o que?
Nós, simples e reles cidadãos brasileiros, devemos ficar quietos, aguentando a piada que fazem do nosso País. E, correr o risco de repetição de malversação dos recursos públicos, como aquelas já, suspeitos, de terem acontecidos com os candidatos Renan Calheiros e Henrique Alves. Assim a quadrilha fica completa e a presidência da República fica blindada. Rir para não chorar, amigos leitores.
Como os parlamentares de moral ilibada aguentam com esse fedor?
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
sábado, 26 de janeiro de 2013
CHEGA DE NEO-SOCIALISTAS NO PODER!
Não estive em Davos para assistir as conferências dos principais ícones da economia mundial, mas o que pude perceber das declarações e de noticiários é que o Brasil perdeu o brilho de antes, como País emergente. Após o destaque dos noticiários, continuo com o comentário sobre o tema.
O encontro anual 2013 do Fórum Econômico Mundial termina neste sábado (26), com a constatação, no que se refere aos mercados emergentes, de que a sigla Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) perdeu brilho e, a rigor, acaba reduzida ao C, de China. "A China joga em um campeonato próprio", comentou, por exemplo, John Defterios, editor de Mercados Emergentes da CNN, em debate ontem sobre tais mercados. Fonte: Folha.
Como se fosse pouco, a fila anda: já estão na pista os chamados "Próximos 11", países emergentes candidatos a tomar o lugar do que Defterios chamou de "velha guarda". Entre eles, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Turquia. De certa forma, o México já atropelou o Brasil como o novo queridinho dos mercados, pelo menos no âmbito latino-americano, até porque cresceu quase quatro vezes mais que o Brasil. Fonte: Folha.
Já o Brasil não tem ambições tão grandes, ao menos a julgar pelo que disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no debate de ontem. Limitou-se a relatar as medidas já anunciadas pelo governo para aumentar a produtividade, via redução do custo da energia e dos impostos sobre a folha de pagamento. Fonte: Folha.
Ao contrário do que andam dizendo os meus críticos, não estou a pregar "quanto mais pior, melhor". Escrevo matérias criticando postura da presidente Dilma e da sua equipe. Chamo atenção ao "erro sistêmico" da política econômica implementada pela dupla Mantega e Tombini sob supervisão da Dilma. É o resultado pode sentir no clima da reunião do Davos. Segundo mídia internacional. Brasil não é mais a bola da vez, no sentido positivo.
A constatação de que a sigla BRICS, a sopinha de letras, perdeu também o brilho. Enquanto o Brasil está na posição de pífio crescimento, o motor da economia mundial está crescendo já há duas décadas. O crescimento da China em 7,8% ao ano, é considerado como preocupante. Preocupante, será? E o Brasil que cresceu somente 1% no igual período, qual seria preocupação do mercado financeiro mundial? O fato é que o Brasil cresceu menos que, ainda, principal motor da economia global, o país do tio Sam que cresceu 2,0% em 2012, exatamente o dobro do nosso crescimento.
Assim o Brasil, vai perdendo o brilho, ficando cada vez mais distanciado dos países líderes EEUU e China. O bonde da oportunidade vai passando. Enquanto o Brasil patina no crescimento, vão aparecendo outros países que vão surgindo com o ímpeto de países emergentes, fora a China, os países como o Índia, Paquistão, México e os novos tigres asiáticos. O Brasil, mais uma vez, vai perdendo o bonde da história do mundo, que estava à nossa disposição.
O entrave principal para o crescimento do Brasil é pensar que somos País diferente, um jaboticaba, que está dissociado do mundo. É o pensamento dos "neo-socialistas" que estão no poder há exatamente uma década. Querendo o Brasil ou não, o mundo anda no mundo liberal ou neo-liberal como querem rotular, o modo como a economia mundial se movimenta. Esquecem os críticos ao esquema neo-liberal da economia global que o Brasil é 100% dependente dele. Se continuar pensando de forma diferente, não demora muito viramos Cuba do Fidel Castro ou Venezuela do Hugo Chavez.
A opção é nossa. O Brasil já depende de ingresso de capital estrangeiro direto (IED) para cobrir o buraco do balanço de serviços, incluído nestes o pagamento de juros. O País depende de especuladores internacionais para financiar a dívida do Tesouro Nacional, tanto quanto um homem perdido no deserto precisa de água para sobrevivência. Dizer que o Brasil é descolado da economia global só pode sair da boca lunáticos "neo-socialista" que administram o País.
Enquanto isso, o Brasil já não é mais o player global importante. O Brasil está virando sucata, e os novos players vão tomando conta do espaço que antes era ocupado por nós. Chega de "neo-socialistas" no poder!
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. twitter: @sakamori12
O encontro anual 2013 do Fórum Econômico Mundial termina neste sábado (26), com a constatação, no que se refere aos mercados emergentes, de que a sigla Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) perdeu brilho e, a rigor, acaba reduzida ao C, de China. "A China joga em um campeonato próprio", comentou, por exemplo, John Defterios, editor de Mercados Emergentes da CNN, em debate ontem sobre tais mercados. Fonte: Folha.
Como se fosse pouco, a fila anda: já estão na pista os chamados "Próximos 11", países emergentes candidatos a tomar o lugar do que Defterios chamou de "velha guarda". Entre eles, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Turquia. De certa forma, o México já atropelou o Brasil como o novo queridinho dos mercados, pelo menos no âmbito latino-americano, até porque cresceu quase quatro vezes mais que o Brasil. Fonte: Folha.
Já o Brasil não tem ambições tão grandes, ao menos a julgar pelo que disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no debate de ontem. Limitou-se a relatar as medidas já anunciadas pelo governo para aumentar a produtividade, via redução do custo da energia e dos impostos sobre a folha de pagamento. Fonte: Folha.
Ao contrário do que andam dizendo os meus críticos, não estou a pregar "quanto mais pior, melhor". Escrevo matérias criticando postura da presidente Dilma e da sua equipe. Chamo atenção ao "erro sistêmico" da política econômica implementada pela dupla Mantega e Tombini sob supervisão da Dilma. É o resultado pode sentir no clima da reunião do Davos. Segundo mídia internacional. Brasil não é mais a bola da vez, no sentido positivo.
A constatação de que a sigla BRICS, a sopinha de letras, perdeu também o brilho. Enquanto o Brasil está na posição de pífio crescimento, o motor da economia mundial está crescendo já há duas décadas. O crescimento da China em 7,8% ao ano, é considerado como preocupante. Preocupante, será? E o Brasil que cresceu somente 1% no igual período, qual seria preocupação do mercado financeiro mundial? O fato é que o Brasil cresceu menos que, ainda, principal motor da economia global, o país do tio Sam que cresceu 2,0% em 2012, exatamente o dobro do nosso crescimento.
Assim o Brasil, vai perdendo o brilho, ficando cada vez mais distanciado dos países líderes EEUU e China. O bonde da oportunidade vai passando. Enquanto o Brasil patina no crescimento, vão aparecendo outros países que vão surgindo com o ímpeto de países emergentes, fora a China, os países como o Índia, Paquistão, México e os novos tigres asiáticos. O Brasil, mais uma vez, vai perdendo o bonde da história do mundo, que estava à nossa disposição.
O entrave principal para o crescimento do Brasil é pensar que somos País diferente, um jaboticaba, que está dissociado do mundo. É o pensamento dos "neo-socialistas" que estão no poder há exatamente uma década. Querendo o Brasil ou não, o mundo anda no mundo liberal ou neo-liberal como querem rotular, o modo como a economia mundial se movimenta. Esquecem os críticos ao esquema neo-liberal da economia global que o Brasil é 100% dependente dele. Se continuar pensando de forma diferente, não demora muito viramos Cuba do Fidel Castro ou Venezuela do Hugo Chavez.
A opção é nossa. O Brasil já depende de ingresso de capital estrangeiro direto (IED) para cobrir o buraco do balanço de serviços, incluído nestes o pagamento de juros. O País depende de especuladores internacionais para financiar a dívida do Tesouro Nacional, tanto quanto um homem perdido no deserto precisa de água para sobrevivência. Dizer que o Brasil é descolado da economia global só pode sair da boca lunáticos "neo-socialista" que administram o País.
Enquanto isso, o Brasil já não é mais o player global importante. O Brasil está virando sucata, e os novos players vão tomando conta do espaço que antes era ocupado por nós. Chega de "neo-socialistas" no poder!
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. twitter: @sakamori12
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
CHEGA DE LULA , DILMA E SERRA!
Mantendo a coerência na minha linha de pensamento, creio que a época do José Serra já passou, assim como a era do Luis Inácio Lula da Silva. José Serra, já perdeu eleições para Lula e Dilma. Perdeu eleições para prefeitura de São Paulo. Já chegou o tempo de retirar-se da vida pública. Além de tudo, ele já está com idade beirando os 70 anos. Está na hora de passar bastão para pessoas mais jovens. Se o partido que ele pertence, o PSDB, não outras líderes à altura para disputar presidência da República, então, é melhor fechar as portas.
O ex-governador José Serra (PSDB) fará seu primeiro discurso após a derrota na disputa pela Prefeitura de São Paulo nesta segunda-feira, na abertura do congresso estadual do PSDB. Ele defenderá a reforma política e a instalação de prévias para escolha de candidatos do partido. Fonte: Folha.
A ida de Serra ao evento também servirá para afastar rumores de uma saída do PSDB. Aliados dele disseram, no início do ano, que ele cogitava deixar a sigla para concorrer à Presidência em 2014. Fonte: Folha.
O problema é o seu conhecido egoismo, a sua personalidade individualista. Se o partido PSDB, ainda, balança com uma eventual candidatura do José Serra à presidência da República, é como o PT aceitar a candidatura do Lula. Creio já ter esgotado a vez dos ativistas contra a ditadura militar de 1964. Pasmem, estou a falar de 1964! Daqui a pouco vai fazer 50 anos de ditadura e ainda estamos a falar de pessoas que lutaram contra ditadura militar. Coisa de terceiro mundo! Coisa de doido!
No fundo, no fundo, os culpados somos nós. Não criamos novas figuras. Não criamos novas lideranças. Sempre, ficamos ligados aos resquícios da revolução de 1964. Só lembramos das figuras que de alguma forma tiveram participação contra ditadura, como isso fosse credencial para ocupar o cargo máximo da República. Convém lembrar que saímos do regime militar há quase 3 décadas. Será que não apareceu lideranças ligadas à era da nova fase da democracia?
Pobre do País que tem que aurando discussão das candidaturas como do Luis Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff ou mesmo do José Serra. Dá-se impressão que existe um vazio no período pós ditadura. Não acredito nisso, deve ter novas lideranças. Será que o Brasil é tão pobre em intelectualidade que não temos gente capaz, com idade menos avançada, para ocupar posto de presidência da República? Isto é vontade da população ou vontade dos políticos egoístas que não querem largar do "osso bom"? Vamos refletir sobre isso, vamos?
Chega de Lula, Dilma e Serra !
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
DILMA CONSOLIDA SUA REELEIÇÃO EM 2014. ATA DO COPOM
Resumo do resumo da ata do Copom, divulgado pelo jornal Estadão. Pincei, apenas parte da matéria do Estadão. A ata reflete, grosso modo, como pensa o governo Dilma, sobre o resultado da política econômica e por onde vai trilhar nos próximos 12 meses. Leiam atentamento os trechos escolhidos por mim, sem edição. No final da reprodução da matéria do Estadão, vai um breve comentário meu.
Levando-se em conta todas as novas expectativas para o comportamento dos preços, o BC revisou para cima a sua projeção da alta dos preços administrados e monitorados este ano, que passa a ser de 3%, no lugar de 2,4% previsto até a reunião do Copom de novembro. Para 2014, a previsão de elevação de preços para este grupo foi mantida em 4,5%. Fonte: Estadão.
O Copom avaliou que o balanço de riscos para a inflação apresentou piora no curto prazo. Nesse mesmo trecho, o colegiado do Banco Central enfatizou também que a recuperação da atividade doméstica foi menos intensa do que o esperado, "bem como que certa complexidade ainda envolve o ambiente internacional". Fonte: Estadão.
A projeção para a inflação oficial em 2013, medida pelo Índice de Preços ao Consumido Amplo (IPCA), subiu e segue acima do centro da meta de 4,5% tanto no cenário de referência quanto no de mercado traçados pelo Banco Central. De acordo com o documento, o cenário de referência leva em conta as hipóteses de manutenção da taxa de câmbio em R$ 2,05 e da taxa Selic em 7,25% ao ano "em todo o horizonte relevante". Fonte Estadão.
"O Copom entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta." Segundo o BC, apesar da fragilidade do investimento, "que reflete, em grande parte, o aumento de incertezas e a lenta recuperação da confiança", a demanda doméstica continuará a ser impulsionada pelos efeitos defasados de ações de política monetária recentes, bem como pela expansão moderada da oferta de crédito para pessoas físicas e jurídicas. Fonte: Estadão.
O Copom reconhece que há maior dispersão de aumentos de preços ao consumidor. Para o comitê, esse é um dos fatores que tendem a contribuir para que, no curto prazo, a inflação se mostre resistente. A ata avalia que "iniciativas recentes" apontam o balanço do setor público em posição expansionista. Ao mesmo tempo prevê que a demanda doméstica tende a se apresentar robusta. Fonte: Estadão.
Conclusão 1. O governo Dilma, já admite que a inflação deste ano vai fugir longe da meta de inflação estabelecido pelo BC em 4,5% para o ano de 2013. reconhece, também, o governo Dilma de que a inflação vai avançar muito além do previsto, em função de aumento ao consumidor estar fora do controle do governo. Colaborando para o incremento na inflação, a posição expansionista dos investimentos do setor público. Enfim, inflação em 2013, estará muito acima do previsto pelo governo no final do ano passado.
Conclusão 2. Pela ata do Copom, Dilma vai manter a taxa de câmbio calibrado nos atuais níveis, banda cambial informal, entre R$ 2,00 a R$ 2,10 e a taxa Selic nos atuais níveis de 7,25% ao ano. Logicamente, os fatores externos depende da percepção dos especuladores globais que financiam a dívida do Tesouro Nacional, lembrando que o fluxo cambial depende muito do "humor" do mercado, podendo de um dia outro, mudar completamento o panorama atual. O Brasil está sobre o fio da navalha.
Conclusão 3. A ata do Compom, que reflete totalmente a política do governo Dilma, mostra que a alta dos combustíveis, em torno de 7% para gasolina e 4% a 5% para diesel, vai ocorrer, numa oportunidade só, em 2013. Deixando claro, que a Dilma vai deixar Petrobras à mercê de virar sucata, adiando investimentos prioritários importantes, para manter a "auto-suficiência" em petróleo. E nenhum sinal de que vai ajustar situação desconfortável de geração de investimentos para o sistema Eletrobras, também.
Conclusão 4. A ata do Copom, demonstra claramente, que no ano de 2013 e 2014, véspera da reeleição da Dilma, o governo vai abrir os cofres para os estados e municípios e certamente abrirá, também, os cofres do BNDES para ampliar a Bolsa Empresários. A Dilma conta com o financiamento dos empresários do Bolsa Empresários para sua reeleição. Itens importantes que pode fazer exacerbar ainda mais o índice inflacionário.
Conclusão 5. Como era esperado, a Dilma vai jogar todas fichas, para impedir a pretensão do Lula de pleitear a candidatura à sua sucessão, como um dos objetivos. Mas o principal, sem dúvida, é através de medidas "espumas" garantir a popularidade à altura, para encaminhar a sua candidatura para reeleição.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
DILMA MENTIU SOBRE A TARIFA DE ENERGIA!
A Dilma, novamente, para fazer o papel de boazinha, de gerentona, pratica o já tradicional, "dá com uma mão e tira com outra". Leiam primeiro as notícias colhidas da Folha e depois leiam o meu comentário justificando a afirmativa do título.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou nesta quinta-feira (24) que o aporte anual que o Tesouro fará para garantir a redução das tarifas para os consumidores será de R$ 8,460 bilhões. O governo, no entanto, contava com a adesão de todas as empresas que estivessem com seus contratos vencendo entre 2015 e 2017. Fonte: Folha.
No entanto, companhias como Cesp e Cemig preferiram ficar com seus contratos até o final e não antecipar a renovação dos contratos.Essa decisão já implicava em um maior aporte do governo, que o governo garantiu que não seria necessário deslocar verba do Tesouro, uma vez que 'o próprio' sistema seria suficiente para tapar esse buraco. Fonte: Folha.
Para financiar o maior desconto e a desistência de empresas do setor, o Tesouro fará maior aporte, além de continuar nessa conta o uso do fundo CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), que possui cerca de R$ 22 bi, e os créditos que o governo possui junto a Itaipu. Fonte: Folha.
"Minhas amigas e meus amigos, trago aqui uma boa notícia para vocês, as contas de energia residencial vai reduzir em 18% e industriais em 32% "(sic). Assim, foi o discurso da presidente Dilma na noite de ontem, em cadeia de rádio e televisão. Ohhhh! Todos aplaudiram o pronunciamento, os agentes públicos e privados, pelo que pude acompanhar comentários postados na rede social, hoje.
A declaração da Dilma, passa a impressão de que como passo de mágica, ela conseguiu o feito inédito de reduzir a tarifa de energia, além do que o prometido. E ainda afirmara na declaração que
a redução tarifária será o fator que vai levar ao desenvolvimento ao País. Ledo engano. Só quebrou a Eletrobras.
O reflexo da economia na economia em geral, vai ser praticamente nula. Para efeito de consumidor residencial, a redução será algo como R$ 18,00 para cada R$100,00 de conta de luz. Coisa despresível no orçamento doméstico. Quanto à indústria e ao comércio, a redução poderá ser algo palpável, no entanto, viro "mico" se as indústrias ou comércios repassarem a redução tarifária no preço dos produtos! O efeito da redução tarifária, numa média, para indústria representa em torno de 1,2% ao custo de produto. Vocês acham que indústrias e comércio vão baixar os preços do produtos em 1,2%?
Mas, o propósito desta matéria, é chamar atenção de que Dilma, como sempre, mentiu descaradamente. Uma boa parte da "redução tarifária" será aportado com os recurso do Tesouro Nacional, ou seja em valor declarado de R$ 8,46 bilhões anuais, conforme noticiário acima. O número representa mais do que o governo arrecadava, durante anos, sob rubrica de fundos cobrado dos consumidores de energia. No fundo, no fundo, substituiu a arrecadação direta para com o consumidor pelo subsídio direto do Tesouro, que equivale tirar dinheiro do contribuinte em forma de impostos.
Com a redução tarifária, o governo terá que arrecadar para o Tesouro Nacional, mais do que arrecadava do consumidor em forma de fundos, anualmente. Isto é, em outras palavras, promoveu a redução tarifária para o consumidor, mas vai arrecadar direto do contribuinte, democratizando o ônus. Em outras palavras, Dilma deu como uma mão como se fosse presente do ano, mas vai tirar com outra mão direto do contribuinte. Afirmo, vai tirar mais do que vai tirar!
Dilma escondeu para a população que o benefício concedido aos consumidores de energia, domiciliar ou industrial serão pagos pelos contribuintes em forma de impostos para o Tesouro Nacional. Dilma, a Senhora aprendeu, rapidinho, contar mentira como contava o seu antecessor Lula. E tem, uma fila de gente, aplaudindo ela. Fazer o que?
Dilma mentiu sobre a tarifa de energia!
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
BRASIL EM SINAL DE ALERTA, DILMA!
Venho chamando atenção sobre distorções que provoca o real apreciado ou o dólar depreciado. Os indicadores, aparentemente animadores, segundo diretor do Banco Central, para mim, são indicadores alarmantes. Os brasileiros nunca gastaram tanto dinheiro no exterior desde 1947!
Com o resultado de dezembro, os brasileiros deixaram US$ 22,2 bilhões fora do país em 2012, novo recorde na série histórica iniciada em 1947."O que contribuiu para esse recorde foi o crescimento da renda, da massa salarial real, que vem crescendo em média 6%. Isso motiva, naturalmente, as despesas com viagens", disse o chefe do departamento econômico do BC, Tulio Maciel. Com o resultado de dezembro, os brasileiros deixaram US$ 22,2 bilhões fora do país em 2012, novo recorde na série histórica iniciada em 1947. Fonte: Folha.
Curiosamente, o povo brasileiro tinha a mesma sensação vivida hoje, no auge do Plano Cruzado como agora. À época do Plano Cruzado do governo Sarney, viveu-se momentos de euforia, com o artificial "poder de compra" da população. Dava-se a impressão que a festa nunca iria acabar. Mas, deu no que deu. Na saída do engessamento da economia, com a gastança sem limite, o País viveu o pior espiral inflacionário da história. A festa tinha acabado. Enfim, o Collor teve que tomar atitude desastrada de congelamento do dinheiro para poder segurar a inflação. Não estou a afirmar que acontecerá a mesma coisa. Mas a situação merece um cuidado muito especial, com absoluta certeza.
Dados do BC indicam também que as transações correntes apresentaram deficit de US$ 54,2 bilhões em 2012, o equivalente a 2,4% do PIB (Produto Interno Bruto). Os investimentos estrangeiros diretos (IED) registraram ingressos líquidos de US$ 5,4 bilhões em dezembro. No ano, o fluxo ficou positivo em US$ 65,3 bilhões, um pouco abaixo do recorde de 2011 (US$ 66,7 bilhões). Fonte: Folha.
Outro dado que não é nada bom é o deficit das transações correntes, onde se inclui, balança comercial e de serviços, incluído o pagamento de juros. Inclui no item negativo, também, a remessa de lucros e dividendos das empresas transnacionais às suas matrizes. De positivo para compensar, quase em igual montante o ingresso de capitais estrangeiros direto. Mas nada que configure que os ingressos de capitais continuará fluindo como antes, em função do crescimento pífio do País em 2012.
No conceito liquidez, as reservas internacionais totalizaram US$ 378,6 bilhões em dezembro, aumento de US$ 26,6 bilhões ante 2011. A dívida externa, por sua vez, atingiu US$ 316,8 bilhões em dezembro, alta de US$ 7,3 bilhões em relação a setembro. A dívida externa de longo prazo corresponde a US$ 279,3 bilhões e a de curto prazo, a US$ 37,5 bilhões. Fonte: Folha.
A situação da Reserva Cambial, no momento, está em bons níveis, no entanto, ela representa apenas posição do momento, como se fosse depósito à vista de um correntista em um banco. Qualquer sinal de anomalia na economia, vão migrar rapidamente para ativos menos rentáveis, mas seguros, como aplicação em dólares ou euros. Reserva Cambial, não quer dizer muita coisa. É como cliente do banco que tem dívida impagável, sendo obrigado a manter o "saldo médio". Quando deteriorar, se isto acontecer, o governo deverá lançar mão de "controle cambial", o que para o mercado é "nome feio". E aí, a vaca vai para o brejo!
O meu comentário é diametralmente oposto ao comentário do diretor do Banco Central. A situação não está nada boa. Há necessidade urgente de fazer ajustes homeopáticos, sob pena de ter que fazer ajustes alopáticos. Quando mais cedo fizer os ajustes, livra o País de entrar numa UTI ou CTI. O Brasil já passou por tudo isto várias vezes e não estamos seguros de que não tenhamos que passar por situações semelhante, novamente, à perdurar a atual política econômica da Dilma.
Brasil em sinal de alerta, Dilma!
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
QUERO "MUJICA" PRESIDENTE DO BRASIL !
Vários líderes mundiais vivem em palácios. Alguns gozam de regalias como ter um mordomo discreto, uma frota de iates ou uma adega com champanhes vintage. E há José Mujica, o ex-guerrilheiro que é presidente do Uruguai.
Ele mora numa casa deteriorada na periferia de Montevidéu, sem empregado nenhum. Seu aparato de segurança: dois policiais à paisana estacionados em uma rua de terra. Em uma declaração deliberada a essa nação pecuarista de 3,3 milhões de pessoas, Mujica, 77, rejeitou a opulenta residência presidencial de Suárez y Reyes, com seus 42 empregados, preferindo permanecer na casa onde mora há anos com a mulher, num terreno onde eles cultivavam crisântemos para vender em mercados locais.
Para que a democracia funcione adequadamente, argumenta Mujica, os líderes eleitos deveriam ser postos um degrau abaixo. "Temos feito todo o possível para tornar a Presidência menos venerada", disse ele. Poucos poderiam imaginar que Pepe, como é conhecido, chegaria a esse cargo. Ele foi líder da guerrilha urbana Tupamaros, responsável por sequestros e assaltos a bancos.
As doações que faz o deixam com um salário em torno de US$ 800. Mujica disse que ele e a mulher, a senadora Lucía Topolansky, uma ex-guerrilheira que também esteve presa, não precisam de muito para viver. O Uruguai aparece consistentemente entre os países mais seguros, menos corruptos e menos desiguais da região. Sua economia continua crescendo confortavelmente, a uma taxa de 3,6% ao ano.
Mas nem todos aprovam o estilo de Mujica. As pesquisas mostram que a popularidade dele está em baixa. Mas Mujica diz "não estar nem aí para isso". "Se eu me preocupasse com as pesquisas, não seria presidente", diz ele.
Contrastando com a personalidade do José Mujica, a nossa presidente Dilma Rousseff segue a tragetória extamente oposta ao do presidente uruguaio. Dilma, também, foi guerrilheira que lutou contra a ditadura miliar na mesma época que Mujica era ativista. A trajetória de vida de muitas pessoas, na América Latina e no Brasil, entre os quais o sociólogo Fernando Henrique, ex-presidente da República, são muito semelhante. Interessante considerar é a manutenção do ideário político e ideológico, da época da repressão, pelo Mujica, nos tempos atuais. É uma lição de vida para os todos pretendentes à vida pública, independente da nação que pertence.
Ao contrário do Mujica, Dilma prima pela opulência e mordomia que o cargo lhe reserva. Faz questão de usar em plenitude todos os benesses que o cargo de presidente lhe proporciona. Mora no Palácio da Alvorada, simbolo do poder da República. Usufrui, também, de residência de descanso, a Granja do Torto. Tem escritório de apoio em algumas capitais do País, exclusivamente, para atender as suas demandas pessoais. Utiliza-se do avião apelidado de AeroLula, uma opulência, apesar de empresa Embraer fabricar aviões que possa atender à altura da presidência da República. Com tripulação feminina, para atender o capricho da Dilma presidente.
Bem, os gastos. Os gastos pessoais e particulares da presidente da República são pagos com "cartões corporativos" e são secretos para a população, conforme legislação. De informações colhidas pelo jornal Estadão, dão conta de que até mordomia para os bichinhos da presidência são custeados pelo contribuinte, esta informação se refere ao cãozinho da Marise Letícia.
O montante, não sabemos dos gastos da Dilma, mas nos 4 anos do Lula, sob rubrica de presidência da República, apenas com os cartões corporativos "secretos" foram gastos R$ 23 milhões. Os gastos dos cartões corporativos da Dilma ainda não vazou para imprensa, mas pela demonstração de opulência, não deve ser muito diferente daqueles do presidente Lula. Os gastos com mordomia citado acima são apenas, os gastos com "cartões corporativos", sem considerar os gastos explicitados no Orçamento da União para cada rubrica como encargos da presidência da República.
Curiosamente, há uma outro pararelo entre a vida do Mujica e a da Dilma. A mulher do Mujica é senadora da República, ex-guerrilheira que galgou o poder com os votos conquistados nas urnas. Por outro lado, no Brasil, a companheira de cela da época da guerrilha, Graça Foster é nomeada presidente da maior estatal brasileira, a Petrobras. E para a desgraça do contribuinte, a Graça Foster, faz cara feia, mas é totalmente incompetente, tornando a Companhia sucateada. Nota-se claramente que houve escolha por afinidade.
Dilma, o povo brasileiro quer "Mujica" presidente do Brasil !
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
DILMA, QUANDO VAI DESARMAR A BOMBA RELÓGIO?
O Brasil está no bico da sinuca. Se correr o bicho pega, se parar o bicho come. Vão me dizer que sou pessimista. Vão dizer que sou inventor de "apocalypse now" ou inventor da teoria do "caos". Nada disso. Acompanhe a situação criada pela equipe econômica da Dilma.
Em função do real apreciado ou dólar depreciado, está havendo desindustrialização crescente no País. No início do governo Lula, o setor industrial representava 25% do PIB e agora representa 17% do PIB, segundo CNI. Devido a falta de competitividade por conta do real apreciado, os empresários brasileiros estão montando fábricas no exterior e estão importando produtos deles próprios prontos. Veja a que ponto chegamos!
O dólar está controlado pelo Banco Central na banda cambial informal entre R$ 2,00 a R$ 2,10. Todos institutos de pesquisas econômicas apontam a defasagem do câmbio em, no mínimo, 30%. Se acompanhar o índice de inflação oficial descontado inflação dos EEUU, o dólar deveria estar cotado a R$ 2,60. Se considerar o índice que corrige a maioria da contas e tarifas do governo, o IGP-DI, o dólar deveria estar cotado próximo de R$ 4,00.
O câmbio é o calcanhar de aquiles da Dilma. Mantido atual situação ou atual cotação, a balança comercial vai começar a funcionar no vermelho. Em consequência, terá que começar queimar a Reserva Cambial, que é hoje, a garantia da credibilidade do Brasil no mercado global. Se começar queimar a Reserva Cambial, o País perde credibilidade. Perdendo credibilidade no exterior, não há Banco Central que consiga controlar o dólar no atual patamar, uma vez que está, artificialmente, depreciado.
Antes de começar a queimar a Reserva Cambial, o Banco Central será obrigar a reajustar a banda cambial informal acima do patamar praticado hoje. Não há derivativos que sustente a situação. Chegará um tempo, bem próximo, que o BC vai reajustar a banda cambial, talvez nem tanto nos níveis de ajustamento necessário, mas que vai, vai. Se não fizer o Brasil quebra, pelos motivos já expostos.
A Petrobras está aguentando o ajuste cambial do ano passado em cerca de 30%. A Dilma concedeu aumento de 10% na refinaria, em 2012, recompondo parte da perda devido à inflação somado à apreciação do dólar frente ao real. Ainda há uma defasagem não compensada de cerca de 25%. A Dilma, segundo Mantega, pretende reajustar os combustíveis em 7% para gasolina e entre 4% a 5% para o diesel. A Petrobras continuará com a geração de caixa comprometida, sem possibilidade de executar os planos de investimentos na áreas de pesquisa, exploração e refino. Consequência é que o País, que já está importa os combustíveis prontos, vai continuar importando cada vez mais.
O ajuste do preço de combustíveis, mesmo que em nível insuficiente para a Petrobras, vai provocar o reajustamento de diversos produtos, em cascata, provocando incremento no índice de inflação. Somado ao reajuste de combustíveis, vem o ajustamento do câmbio, necessário para o País não quebrar. A somatória dos fatores, provocam, inevitavelmente aumento no índice de inflação, sobre o já índice alto. A inflação medido pelo IGP-DI, a inflação utilizado pelo governo, fechou dezembro em 7,99%. Os próximos índices vão refletir os índices passados, já que o índice de inflação é anualizado. Veja onde pode parar isto.
Para conter inflação devido aos fatores mencionados, há necessidade de conter o dinheiro em circulação, seja pelo aumento de juros ou pelo aumento de compulsório dos bancos. Ambas medidas, provocam retração de demanda. O que a Dilma não quer ou melhor quer ver pelas costas. Quer manter a demanda nos níveis, de no mínimo, do ano de 2012. Mantido atual demanda somado ao aumento de combustíveis e eventual ajuste no câmbio, a inflação tem tendência de iniciar um espiral. Espiral inflacionário, o povo brasileiro já conhece de diversos planos ou pacotes experimentados pelos governos anteriores. O pior deles aconteceu com o Plano Cruzado do Sarney, de triste memória para o povo brasileiro.
Dilma, tenta segurar com jeitinho, reduzindo tarifa de energia elétrica e algumas desonerações tributárias. As medidas, no conjunto do PIB, pouco representa. O tão falado e festejado redução tarifária e desoneração tributária, somados representa menos que 1% no índice de inflação. A Dilma está iludida ou faz de conta que o abismo não existe. Até porque, somente alguns agentes públicos ou privados, chamam atenção deste fato grave.
Dilma, a Senhora que fez o curso superior em economia e não enxerga o que está acontecendo? Vai deixar por conta da dupla Mantega/ Tombini resolver? Olha, Dilma, o Lula está torcendo para Senhora dar errado! Ele quer voltar como consenso, dentro do PT, para tentar salvar a situação. Pense bem, presidente Dilma.
Dilma, segurar popularidade com vistas às eleições de 2014, pode dar tudo errado. É como cuspir para cima. Uma hora cai no seu rosto. E pior, vai colher o ódio da população se por ventura as coisas derem erradas. Escreva, Dilma, isto não é brincadeira! O povo quer solução firme e duradoura. E urgente, Dilma!
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
LULA 2014, JÁ DEU PARTIDA, BOTANDO NA DILMA !
Notícia colhida do tradicional jornal do País, a Folha de São Paulo, versão on line, demonstra claramente que há racha no Partido dos Trabalhadores, de um lado a presidente Dilma e do outro lado o ex-presidente Lula, como foi comentado por mim, na matéria do dia 19 de janeiro último. Vou além na minha análise, ele se prepara para suceder a presidente Dilma, já em 2014. Leiam trechos colhidos do noticiário do jornal Folha e na sequência leiam o meu comentário no final do texto.
Ontem Lula organizou em São Paulo um seminário para discutir a integração da América Latina. Além de intelectuais de oito países, participaram integrantes do alto escalão do governo Dilma: o ministro da Defesa, Celso Amorim, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia. Fonte: Folha.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá a partir de fevereiro "jogar toda sua energia" na articulação política da base de apoio ao governo Dilma Rousseff, disse ontem o ex-ministro Paulo Vannuchi, diretor do Instituto Lula. Fonte: Folha.
"Lula vai jogar toda sua energia para a manutenção e a consolidação da aliança. Fazer uma agenda de conversas, ver quais são as questões, onde estão as disputas, como fazer para compor as forças", afirmou Vannuchi. Fonte: Folha.
Auxiliares afirmam que Lula não trabalha com a possibilidade de Campos romper com o PT, mas irá se empenhar junto ao socialista pela manutenção da aliança. "Ele [Lula] tem um papel político a cumprir na constituição da nossa base política e social para 2014", disse o ex-ministro Luiz Dulci, também diretor do instituto do petista. Fonte: Folha.
Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, disse que o ex-presidente pretende se reunir com as bancadas do Congresso, como fez em 2011, no início do governo Dilma e antes da descoberta de um câncer de laringe, já tratado. Fonte: Folha.
Todos os colaboradores descartaram que ele pretenda voltar a se candidatar ao Planalto em 2014. Ele também teria dito que a possibilidade de disputar o governo de São Paulo, defendida pelo marqueteiro João Santana, não faz parte de seus planos. Já em 2018, após o eventual segundo mandato de Dilma, Lula poderia se candidatar, segundo Vannuchi, em caso de necessidade. "Se houver acirramento das contradições, crise nacional e ele despontar como polo de consenso para reaglutinar o país, aí ele se dispõe", afirmou. Fonte: Folha.
Com a possibilidade do lançamento da candidatura do Eduardo Campos (PSB), hoje aliado, à presidência da República, consolida-se as contradições como afirmou o presidente do Instituto Lula, texto em destaque negritado no parágrafo anterior. Lula joga com a crise nacional, presumo, se referindo ao desempenho pífio da economia até a data da escolha do candidato à presidência em 2014, pelo PT. Neste cenário desenhado, factível e provável, o nome do "consenso" dentro do partido seria ele, Lula. Lula pediria de volta a cadeira ocupada, provisoriamente, pela Dilma. Vai espernear, mas fazer o que?
Assim vai formando a ala do Lula, ex-ministros Paulo Okamoto, Luis Ducci, Luciano Coutinho, além dos prováveis adesões do ministro Paulo Bernardo das Comunicações e do assessor da presidente Dilma, Marco Aurélio Garcia. Sendo a principal bandeira para alavancar a sua candidatura a administração da prefeitura de São Paulo pelo Fernando Haddad, seu "sobrinho". Lula vai jogar todas as fichas no Haddad para consolidar à sua candidatura à presidência já em 2014. Podem me chamar de louco. Veremos os acontecimentos posteriores, para avaliar a minha sanidade mental.
Lula 2014, já deu partida, também!
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
EMPRESAS SONEGARAM R$ 115,8 BI EM 2012
A Receita Federal tenta receber R$ 115,8 bilhões em impostos, juros e multas que deveriam ter sido pagos por empresas e pessoas físicas ao governo no ano passado e, na avaliação dos fiscais, foram sonegados. Esse valor recorde representa um crescimento de 5,6% em relação a 2011 e é fruto de 298,5 mil auditorias externas e revisões de declarações feitas pelo órgão. Fonte: Folha.
Segundo o subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Caio Marcos Cândido, os grandes contribuintes, que incluem 12,5 mil empresas, respondem por cerca de 70% da arrecadação do governo federal e somaram autuações no montante de R$ 87 bilhões em 2012 (mais de 75% do total das cobranças efetuadas no ano). Segundo Cândido, em média, 75% das cobranças são questionadas pelos devedores e somente cerca de 6% do valor total são pagos imediatamente ou parcelados pelos contribuintes autuados. Fonte: Folha.
O trabalho dos fiscais com as pessoas físicas foi mais concentrado em donos e dirigentes de empresas que somaram autuações no total de R$ 1,8 bilhão. Os profissionais liberais ficaram em segundo lugar (R$ 342 milhões) e os funcionários públicos e aposentados em terceiro (R$ 184 milhões). Fonte: Folha.
A legislação brasileira sobre Impostos no Brasil é bastante complexa. Dá margem para os contribuintes contestarem judicialmente, os tributos que a Receita Federal considera devedores pelas empresas. Segundo a própria Receita, cerca de 75% são questionados judicialmente e apenas 6% são pagos ou parcelados. A legislação tributária é um dos item do custo Brasil. Eu particularmente, também, acho muito complexo. As regras são mudadas, quase que diariamente e deixam muitos casos com dupla interpretação.
Ultimamente, apareceu no País indústria de "recuperação tributária" onde são prestados serviços de para burlar o fisco mediante apresentação do "furo" na legislação tributária, para "recuperação" dos impostos já pagos ou impostos à pagar, sobretudo, para com a Receita Federal. Quem está com a razão, eu não saberia afirmar. Que o governo federal, apresente solução, via Congresso Nacional, para resolver o impasse.
Existem já famosos casos como a contestação dos impostos pela Vale, Oi Telecomunicações, empresa MMX do Eike Batista e tantos outros, que em tese a Receita Federal considera como devido. São números vultosos que estão sendo contestados na esfera judicial pelas companhias mencionadas.
De qualquer maneira, se existe contestação por parte das empresas, deveria naqueles itens, ajustar a legislação para solucionar as pendências que até então, são discutidos judicialmente. E acabar com a indústria de consultoria de "recuperação tributária". Basta que o Congresso Nacional definam exatamente o espírito da lei, para evitar dupla interpretação. Basta governo querer. O governo tem maioria absoluta na casa legislativa.
O montante de R$ 115 bilhões, sonegados (sic) pelas empresas brasileiras, se recolhido aos cofres do Tesouro Nacional, certamente poderia resolver problemas graves de falta de recursos na área de saúde pública, ou na área de educação ou mesmo na área de segurança pública. Porque não resolvem, eu não saberia dizer. Só para lembrar, o montante da sonegação (sic) representa cerca de 3% do PIB.
Curiosamente, ninguém dá importância ao valor sonegado (sic). As empresas que, em tese, estão inadimplentes com o governo, continuam recebendo financiamentos vultosos, subsidiados, do próprio governo federal, via bancos de fomentos federais. Então, conclui-se que a sonegação (sic) não é tão séria! Será?
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
ACORDA DILMA! versão 21.01.2013
Comentei sobre bomba relógio que a Dilma, armara, na economia brasileira, há 3 dias. Reclamei também, sobre ausência de declarações dos dirigentes das classes produtoras do Brasil, na mesma matéria. Enfim, o Estadão, publica declarações de dirigente de algumas entidades expoentes do País, alertando sobre o perigo da inércia da equipe econômica da presidente Dilma. Para não bater de frente com a Dilma, as frases são ditas de formas suaves, mas que no seu conteúdo mostra a mesma preocupações que postei na minha matéria anterior. Vejam o que eles disseram.
"Se a economia seguir um padrão fraco como o de 2012, a desaceleração alcança o mercado de serviços e aí podemos ter uma contaminação do mercado de trabalho", avaliou o gerente executivo do Núcleo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco. De janeiro a novembro de 2012, a indústria registrou queda de 0,2% no emprego na comparação com 2011. O dado negativo, porém, foi compensado pelo desempenho do comércio e dos serviços. Fonte: Estadão.
"Mas já em novembro e em dezembro, tivemos um crescimento menor do emprego, por isso o governo tem de dar um impulso", comentou o presidente da Confederação Nacional dos Serviços (CNS), Luigi Nese. "Acho que, no primeiro trimestre, a economia não se recupera." Fonte: Estadão.
O mesmo alerta foi feito pelo economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do Banco Central (BC). "Se tivermos fraqueza na indústria e os investimentos não acontecerem, o emprego pode sofrer", observou. Fonte: Estadão.
E dão a receita para sair da situação, embutido como um dos gargalos o problema da taxa de câmbio, embora tenha colocado como quarta prioridade, se obedecido ordem de colocação como prioridade. Para os "neo-socialistas" do governo, a declaração do Castelo Branco, deve ter soado no ouvido como discurso pró-elitista, de burguesia, de gente da direita e assim por diante. Veja o que disse Castelo Branco, executivo da CNI.
Na avaliação dele, para que esse cenário se concretize, é "crucial" que sejam adotadas medidas para o aumento da competitividade, como o custo de infraestrutura e da energia elétrica, além da desoneração da folha e de taxas de câmbio e juros mais favoráveis. Só assim, acredita Castelo Branco, o "espírito animal" dos empresários despertará. "O investimento é resposta à perspectiva de lucratividade." Fonte: Estadão.
Levei muita cacetada na matéria anterior. Desde o rótulo de "pró-elitista" e também sobre minha suposta ignorância em matéria de bem estar social da população. Não ligo. Não deleto nenhum comentário, mesmo que contra a minha opinião. Assim é feito a democracia, acredito eu.
No entanto, quero justificar a minha preocupação sobre a economia, sob ponto de vista da classe produtiva brasileira. A classe produtiva englobando a classe trabalhadora compõe 60% do PIB, que por sua vez sustenta os 40% do PIB dos gastos dos governos, municipais, estaduais e União Federal. É o setor produtivo privado e a classe dos trabalhadores é que contribuem com os pesados impostos, cerca de 40% do PIB, para que a máquina do governo possam funcionar. Matar o setor produtivo é matar a "fonte" de financiamento do setor público. Tem um ditado popular: matar galinha dos ovos de ouro.
Discurso atrasado este de taxar o setor produtivo e classe de trabalhadores de "pró-elitista" ou coisa que valha. Se a Dilma, presidente, vai na onda dessa turma, o Brasil, fatalmente caminhará em direção ao abismo intransponível. Espero que não siga. Desejo que não compactue com esse tipo de discurso "neo-socialista" dos militantes, em cargos em comissão, do governo federal.
Acorda Dilma!
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
domingo, 20 de janeiro de 2013
DILMA, VAMOS FAZER A FAXINA DE VERDADE, VAMOS?
É doloroso discutir sobre níveis de corrupção que assola o País, mas vale corro o risco de sofrer desgaste pessoal e colocar em discussão um tema tão indigesto. Já estou cansado de ouvir que a corrupção é endêmica e de que ela existiu desde os tempos imemoriais. A desculpa é de que a corrupção é da natureza humana, etc. etc. etc.
Vamos em frente. O povo brasileiro está acostumado a comprar guarda de trânsito, muitas vezes com apenas uma conversinha ou comprar serviço não autorizada de um flanelinha. Pagamos lá, sei lá, algo como R$ 2,00, R$5,00 ou R$ 10,00. Em tese, o guarda de trânsito é corrupto e quem paga a propina é corruptor. Isto parece que está no sangue do brasileiro. Gabam-se de ter propinado o guarda de trânsito ou de ter dado um troco para o flanelinha burlando a legislação municipal de estacionamento.
Agora, vamos subir alguns degraus. É comum ouvir ou ler noticiários no Brasil sobre corrupção praticado pelos agentes públicos, uma roubalheira de cifras astronômicas que ultrapassam alguns R$ milhões através de ONGs e ou via mecanismos ilícitos.
Noticiários que passam batidos, o fato de um assessor do gabinete do candidato à presidência da Câmara Federal ter recebido R$ 1,5 milhão de verba pública, através de sua empresa particular. Corrupção no valor de R$ 10 milhões, no Brasil, é coisa para bagrinhos. A pena máxima é desoneração do cargo público. O poder público nunca vai atrás do prejuízo sofrido.
Subindo um pouco mais o degrau. É público e notório que houve desvio de dinheiro público, via DNIT, num montante que vai de R$ 600 milhões a R$ 1,4 bilhões, para financiamento da campanha presidencial de 2010. O que o governo fez? Quase nada! Apenas demissão do ministro Alfredo Nascimento do cargo, sem perda de mandato de senador da República e demissão do diretor geral do DNIT, Luis Antonio Pagot.
Sobre as obras superfaturadas do DNIT, nenhum inquérito foi mandado instaurar! Todo mundo faz de conta que nada sabe. Nem MPF/PGR tomou providência sobre o assunto mandando instaurar o inquérito sobre os contratos superfaturados do DNIT, pelo menos que eu saiba. Tomara que eu esteja mal informado!
O governo Dilma, mandou instaurar a CPMI do Cachoeira, para tentar incriminar o desafeto político do Lula, o governador de Goiás, Marconi Perillo. Através de quebra de sigilo bancário de um dos envolvidos com o governador Perillo, o Carlinhos Cachoeira, apareceu a Construtora Delta, com comprovação de desvio do dinheiro público em mais de R$ 400 milhões. O que aconteceu? Nadica de nada!
Nem sequer, inquérito sobre os desvio e destinos dos R$ 400 milhões foram mandado instaurar. A Construtora Delta, continuou recebendo as faturas das obras públicas até há pouco tempo e o Carlinhos Cachoeira faz ameaça explícita ao Partido do Trabalhador de que ele é o próprio "garganta profunda". Todo mundo faz ouvido de mercador.
O povo brasileiro já está achando que tudo isto é normal acontecer em qualquer País do mundo. Acredita que a presidente Dilma já fez a faxina, demitindo os agentes públicos fraudadores dos seus respectivos cargos. Na realidade, os lixos foram varridos debaixo dos tapetes, por conveniência de quem mandou instaurar a CPMI. As apurações levantariam os rastros da roubalheira diretamente às portas dos Palácios, tanto dos governos estaduais quanto do governo federal. Puseram pá de cal em tudo, para ficar como está. Até que o povo esqueça este triste episódio.
Agora, vamos comparar com o que acontece nos países do primeiro mundo. Lá, também, existe corrupção, sim. Só que em escala menor. No Brasil, o volume de dinheiro desviado pela corrupção, segundo as falas dos senadores, é cerca de 2% do PIB ou seja algo como R$ 80 bilhões ao ano. Curiosamente, maior que o crescimento do PIB em 2012, de 1%. Vamos ver o que acontecem por lá.
Na Alemanha, recentemente, o presidente da República teve que renunciar porque escondera a contribuição equivalente a R$ 2 milhões à sua campanha presidencial. Há cerca de duas décadas Helmut Kohl que fora primeiro ministro fora defenestrado da política por ter recebido equivalente, hoje, a R$ 5 milhões para o seu partido, de fontes duvidosas.
No Japão há algumas décadas, o primeiro ministro recebeu "presente" da empresa Lockheed, no valor de hoje, equivalente grosso modo a R$ 2 milhões. Nem é preciso dizer que o primeiro ministro japonês não só perdeu mandato, mas foi condenado criminalmente.
Na França, o presidente Nicolas Sarkozy teria recebido contribuição não declarado para sua campanha presidencial, valor equivalente a R$ 2 milhões, de uma empresa de perfumes, por conta disso teve sua residência e escritório mandado devassar, legitimamente, para devida investigação pelo MP francês.
Voltando ao Brasil. Os agentes públicos bagrinhos roubam R$ 10 milhões e não acontecem nada para que estes devolvam o dinheiro aos cofres públicos. Os desvios de R$ 400 milhões e de R$ 600 milhões do DNIT nem sequer são investigados pelo MPF/PGR, que eu saiba. Agora, compare a escala entre a corrupção no Brasil e em países do primeiro mundo. Dizer que lá e cá são iguais é ver com lentes distorcidos. Lá as roubalheiras são punidas com rigor e cá as roubalheiras são punidas com mero perda de cargos públicos, apesar de escala de bagrinhos no Brasil.
E tem ainda um agravante no Brasil. Aqui quem vai para cadeia é o denunciante, porque se exige que o denunciante apresente provas materiais, como se esta função não fosse dever constitucional das instituições da República, como MPF, PF e STF. Exemplo desta constatação foi objeto de fala de um senador da República. No país do primeiro mundo o denunciante tem a proteção do Estado. Eis a diferença fundamental entre os países do primeiro mundo e do Brasil.
Presidente Dilma, vamos fazer a faxina de verdade, antes de Senhora se lançar candidata à reeleição em 2014?
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori12
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