domingo, 30 de setembro de 2018

Hadda eleito, Lula será solto!



Ao ver uma imagem como esta acima, me dá vontade de vomitar.  Abri este blog no dia 15 de fevereiro de 2012, no meio do mandato da Dilma para combatê-la.  Ela é a pior espécie de gente que existe, burguesa de nascimento e militantes de esquerda contro Regime Militar de 64. Dilma é filha de um comerciante próspero que se enveredou pela militância da esquerda para tentar implantar um regime socialista no País.  

Dilma, perdeu mandato de presidente da República em 2015 por ter praticado "pedaladas fiscais", uma forma de contabilidade criativa que foi inventado pelo então Secretário do Tesouro.  Durante o seu mandato, foi praticado a pior espécie de "estelionato eleitoral", a redução da tarifa de energia elétrica em 20%.  Dilma tentou criar uma "sensação de poder de compra" na população, com dólar baixo ou real valorizado.  Deu no que deu!  O Brasil mergulhou em profunda depressão, a pior desde 1929.  Só não enxerga quem não quer!

Nestas eleições, da cela da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente Lula, comanda a campanha eleitoral do PT e seus aliados.  Escolheu para substituí-lo como candidato à Presidência da República, impedido que foi pelo TSE baseado em Lei da Ficha Limpa, o intelectual e comunista, o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, o Fernando Haddad.  Intelectual, mas um "boneco de marionete" do Lula e da Gleisi. 

Fernando Haddad não deu conta de governar a cidade de São Paulo, motivo pelo qual não foi reeleito.  Haddad agora foi ungido pelo Lula para governar o País junto com sua corriola petista liderada pela presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffmann, uma desqualificada.  O PT e sua corriola notabilizaram-se pela maior ladroagem que a história do Brasil já conheceu.  Não é por acaso que os principais dirigentes do PT são habitantes da Colônia Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Hadda eleito, Lula será solto!

Ossami Sakamori

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Economia do Brasil. Os indicadores continuam sob atenção



Para que vocês que acompanham as matérias sobre a economia brasileira, preparei um resumo sobre os últimos indicadores da a tendência da economia até o final do ano.  Os números apresentados aqui, não representam a fotografia exata, do mesmo instante, dos diversos setores da economia.  As notícias são colocadas ao público em "pedacinhos" e ficam de difícil entendimento para os meus leitores.  No entanto, vamos lá, tentar. 

O número mais preocupante dentre todosos indicadores é sem dúvida ao que se refere ao endividamento líquido do governo federal, considerando o Tesouro Nacional e Banco Central. A dívida líquida do governo da União no final de agosto batia o assombroso número: R$ 3,785 trilhões. Grosso modo, a dívida líquida da União representa 55% do PIB previsto para este ano.  O que mais impressiona é que o País continua produzindo o déficit primário ou o "rombo fiscal", que deve terminar o ano ao redor de R$ 150 bilhões.  

O primeiro sinal positivo nas contas do governo é que, no mês de agosto, o resultado do Tesouro, arrecadação menos despesas, ficou em torno de R$ 9 bilhões. No entanto, no oceano do "rombo fiscal", o número é inexpressivo.  Vamos lembar que o déficit primário é o dinheiro que falta para cobrir as despesas do governo da União, sem incluir o pagamento de juros da dívida pública.  Importante destacar que o País cobre parte do pagamento de despesas correntes com dinheiro proveniente de novos empréstimos.  Não há dinheiro para pagar juros da dívida. O Brasil vem décadas "rolando" as dívidas contraídos pelo Tesouro Nacional. 

Apesar de dívida pública líquida alta, ao redor de 55%, no mercado financeiro internacional o Brasil se apresenta uma posição relativamente confortável, com reserva cambial ao redor de US$ 380 bilhões.  Esta reserva cambial, cerca de R$ 1,2 trilhão, se soma à dívida pública federal líquida para se chegar na dívida pública bruta.  Também, na dívida pública bruta, soma-se os créditos que a União tem junto ao BNDES e outros organismos de controle do governo federal. Não é divulgado, mas, estima-se que a dívida pública bruta, sobre os quais onera os juros, esteja em torno de R$ 5,5 trilhões. 

Outro indicador importante é a previsão do crescimento do PIB feito pelo Banco Central para 2018 em 1,4% ou previsão do IPEA de 1,6%.  Os números são divergentes porque o método de aferição é diferente.  Ainda assim, se considerarmos que  no ano de 2017, o Brasil cresceu 1%, o número para 2018 indica uma tendência de crescimento consistente para próximos anos.  Isto tudo, claro, depende da política econômica e monetária do novo presidente da República.

No cenário externo, o aumento de juros do título do governo americano estabelecido pelo FED, trouxe um certo alívio para o mercado de câmbio. No entanto, o dólar continua baixo para necessidade de incremento de vendas dos produtos brasileiros no mercado internacional, significa que o dólar está baixo ou real valorizado, se fizer paridade com valor real da nossa moeda.  Desta forma, a minha percepção é de que o dólar comercial deve oscilar entre R$ 4 e R$ 4,50.  No entanto, em matéria de política monetária, o que vale é o que "está na cabeça" do Ilan goldfajn e ninguém mais.   

No cenário externo, o que deveria deixar o País preocupado é o preço do petróleo no mercado internacional.  O mercado de óleo rompeu o teto psicológico de US$ 80.  Há previsão de que o petróleo deve buscar a cotação de US$ 100 cada barril. Refiro-me, sempre, ao do tipo Brent, petróleo leve.  O Brasil ganha de um lado para viabilizar com certa folga a exploração no pré-sal, mas perde a população com a alta de combustíveis na bomba.  No entanto o efeito cascata deve influir na inflação dos próximos meses.  Vamos acompanhar de perto, o mercado de petróleo.  

A inflação está sendo contida pela política monetária do Banco Central e sobretudo ao custo de grande número de desempregados, desalentados e sub-empregados, cerca de 40 milhões.  Outro número que diz respeito à população e é preocupante se refere ao número de inadimplente, cerca de 63 milhões de pessoas, que para o azar do povo está servindo para "freio" da inflação.   

A minha dúvida é se com o crescimento econômico acima dos atuais números, o Banco Central conseguirá conter a inflação em níveis civilizados como de hoje, ao redor de 4,5% ao ano. A política monetária baseada em contenção da inflação com "freio" da taxa básica de juros Selic, é um tremendo equívoco, no meu entender.  O Banco Central já sinalizou um pequeno ajuste, na taxa básica de juros Selic, atualmente em 6,5% ao ano.  Descontado a inflação, o Tesouro Nacional está sendo obrigado a pagar juros reais de 2%, considerado inflação de 4,5%.  Neste quesito, o Brasil está na contra mão dos países desenvolvidos que pagam juros negativos nos títulos de dívida pública.  O País entrou na cipoal de equívocos e está caminhando celeremente para uma situação de default.  

Mesmo com a conjuntura desfavorável, qualquer que seja o vencedor da eleição presidencial, a tendência de crescimento do Brasil, pífia que seja, parece ter vindo para ser definitivo.  Assim, teremos em 2018, o melhor Natal dos últimos 5 anos, se Deus quiser!

Ossami Sakamori

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Bolsonaro, se eleito, manterá Ilan no Banco Central

Crédito da imagem: Folha

Segundo a Folha, caso Jair Bolsonaro se eleja presidente da República, a permanência do Ilan Goldfajn, o presidente do Banco Central do governo Temer será convidado a permanecer no cargo.  Ainda segundo a Folha, um convite formal não chegou a ser feito, mas o formulador da política econômica Paulo Guedes já teria sinal positivo para o nome de Ilan no comando do Banco Central. 

Segundo a Folha, na avaliação da equipe do candidato Bolsonaro, Ilan poderia ajudar a neutralizar a insegurança de investidores quanto à capacidade de Bolsonaro enfrentar dificuldades que já se apresentariam para o primeiro ano de mandato.  Paulo Guedes e Ilan já se encontraram duas vezes e falaram sobre o nervosismo do mercado com a eleição e sobre a alta do dólar.  Uma dessas reuniões entre Paulo Guedes e o Ilan Goldfajn da equipe do presidente Temer teria ocorrido após a internação de Jair Bolsonaro.

Só para lembar que o Banco Central é responsável pela política monetária, qual seja, a do cumprimento das metas de inflação e do regime de câmbio flutuante, pilares do Plano Real, implantado pelo presidente Itamar Franco e seguido fielmente pelo FHC e pelo Lula.  O Jair Bolsonaro, tanto quanto outros candidatos, deverão seguir rigorosamente as regras já consagradas no mercado financeiro nacional e internacional. Esta é a razão para que ele incline para manutenção do Ilan Goldfajn, da equipe do Michel Temer, à frente do Banco Central do Brasil.

Desta forma, conclui-se que a decisão de eleger o candidato Jair Bolsonaro é apenas uma mera questão eleger um candidato aparentemente viril para enfrentamento dos problemas do País.  O Brasil merece um presidente que use a razão do que explosão de emoções.  Com grande possibilidade de ser eleito, o candidato parece ter acordado para a realidade.  Os costumes de uma nação não se muda apenas pelos gritos e gestos.  Há que ter muitos diálogos e conversas para fazer do Brasil um grande país. 

Bolsonaro, se eleito, manterá Ilan no Banco Central. 

Em tempo: O candidato Alckmin já se manifestou, desde o início da campanha eleitoral, pela manutenção do Ilan à frente do Banco Central, se eleito. 


Ossami Sakamori


quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Pesquisas Eleitorais: as expectativas de vitória antecipam o vencedor?



Nas pesquisas de intenção de voto, uma pergunta que geralmente é feita aos entrevistados diz respeito à expectativa de vitória percebida por cada um. Neste quesito, o eleitor é defrontado com uma lista de nomes e, dentre estes, é estimulado a escolher qual candidato ele acha que vencerá a disputa independentemente do próprio voto.

Considerando as cinco eleições presidenciais desde 1998, eis alguns insights interessantes trazidos por este indicador:
Em 2014, de acordo com pesquisa CNT/MDA de 28/set, 61% do público entrevistado avaliava que Dilma Rousseff (PT) venceria as eleições daquele ano. Marina Silva (PSB) figurava na segunda posição (21,6%) e Aécio Neves (PSDB), na terceira (8,3%).A candidata petista venceu o segundo turno, em 26 de outubro de 2014, com 51,6% dos votos válidos.




Em 2010, a pesquisa CNT/Sensus de 28/set, trouxe Dilma Rousseff (PT) como a favorita a vencer a disputa daquele ano (74,1% das menções). Para apenas 13,4% do público, por outro lado, o vencedor seria José Serra (PSDB). Marina Silva (PV) figurava com 2,0% destas menções.Em 31 de Outubro de 2010, Dilma foi eleita a primeira Presidente mulher de nossa República.

Na corrida eleitoral de 2006, a pesquisa Ibope de 26/set mostrou que, para 73% dos eleitores, Lula (PT) conquistaria seu segundo mandato. As menções a Geraldo Alckmin e Heloísa Helena somavam, nesta ordem, apenas 16% e 1% da amostra.O então presidente Lula foi reeleito em segundo turno, em 29 de outubro de 2006, para mais quatro anos de governo no Brasil.

Segundo a CNT/Sensus de 29 de setembro de 2002, Lula (PT) seria o vencedor daquelas eleições para 59,4% do público. O tucano José Serra ocupava o segundo lugar (11,8%), seguido por Garotinho (6,7%) e Ciro Gomes (4,2%).Lula (PT) conseguiu eleger-se presidente com quase 53 milhões de votos no segundo turno, ocorrido em 27 de outubro de 2002.

Por fim, na pesquisa CNT/Vox Populi referente a 22 de junho de 1998*, o favoritismo de FHC era evidente (51% dos entrevistados acreditavam que ele venceria aquele pleito). Lula ocupava a segunda posição (25% das menções), seguido por Ciro Gomes (5%). O então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi reeleito em primeiro turno, em 4 de outubro de 1998, com cerca de 53% dos votos válidos.

Desta forma, os dados que retratam o favoritismo percebido pelo eleitor têm apontado para o candidato vitorioso com certa consistência, especialmente nos levantamentos realizados pouco antes do primeiro turno.

A opinião do público sobre o desfecho das eleições, baseada em um vasto conjunto de informações, parece ser um indicador bem relevante.
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*Não foram encontrados levantamentos sobre favoritismo eleitoral durante setembro de 1998.













Daniel Xavier, economista-chefe @DMI_Group

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Pela Democracia, pelo Brasil

Crédito da imagem: Isto É


Somos diferentes. Temos trajetórias pessoais e públicas variadas. Votamos em pessoas e partidos diversos. Defendemos causas, ideias e projetos distintos para nosso país, muitas vezes antagônicos.

Mas temos em comum o compromisso com a democracia. Com a liberdade, a convivência plural e o respeito mútuo. E acreditamos no Brasil. Um Brasil formado por todos os seus cidadãos, ético, pacífico, dinâmico, livre de intolerância, preconceito e discriminação.
Como todos os brasileiros, sabemos da profundidade dos desafios que nos convocam nesse momento. Mais além deles, do imperativo de superar o colapso do nosso sistema político, que está na raiz das crises múltiplas que vivemos nos últimos anos e que nos trazem ao presente de frustração e descrença.
Mas sabemos também dos perigos de pretender responder a isso com concessões ao autoritarismo, à erosão das instituições democráticas ou à desconstrução da nossa herança humanista primordial.
Podemos divergir intensamente sobre os rumos das políticas econômicas, sociais ou ambientais, a qualidade deste ou daquele ator político, o acerto do nosso sistema legal nos mais variados temas e dos processos e decisões judiciais para sua aplicação. Nisso, estamos no terreno da democracia, da disputa legítima de ideias e projetos no debate público.
Quando, no entanto, nos deparamos com projetos que negam a existência de um passado autoritário no Brasil, flertam explicitamente com conceitos como a produção de nova Constituição sem delegação popular, a manipulação do número de juízes nas cortes superiores ou recurso a autogolpes presidenciais, acumulam declarações francamente xenofóbicas e discriminatórias contra setores diversos da sociedade, refutam textualmente o princípio da proteção de minorias contra o arbítrio e lamentam o fato das forças do Estado terem historicamente matado menos dissidentes do que deveriam, temos a consciência inequívoca de estarmos lidando com algo maior, e anterior a todo dissenso democrático.
Conhecemos amplamente os resultados de processos históricos assim. Tivemos em Jânio e Collor outros pretensos heróis da pátria, aventureiros eleitos como supostos redentores da ética e da limpeza política, para nos levar ao desastre. Conhecemos 20 anos de sombras sob a ditadura, iniciados com o respaldo de não poucos atores na sociedade. Testemunhamos os ecos de experiências autoritárias pelo mundo, deflagradas pela expectativa de responder a crises ou superar impasses políticos, afundando seus países no isolamento, na violência e na ruína econômica. Nunca é demais lembrar, líderes fascistas, nazistas e diversos outros regimes autocráticos na história e no presente foram originalmente eleitos, com a promessa de resgatar a autoestima e a credibilidade de suas nações, antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários.
Em momento de crise, é preciso ter a clareza máxima da responsabilidade histórica das escolhas que fazemos.
Esta clareza nos move a esta manifestação conjunta, nesse momento do país. Para além de todas as diferenças, estivemos juntos na construção democrática no Brasil. E é preciso saber defendê-la assim agora.
É preciso dizer, mais que uma escolha política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial. É preciso recusar sua normalização, e somar forças na defesa da liberdade, da tolerância e do destino coletivo entre nós.
Prezamos a democracia. A democracia que provê abertura, inclusão e prosperidade aos povos que a cultivam com solidez no mundo. Que nos trouxe nos últimos 30 anos a estabilidade econômica, o início da superação de desigualdades históricas e a expansão sem precedentes da cidadania entre nós. Não são, certamente, poucos os desafios para avançar por dentro dela, mas sabemos ser sempre o único e mais promissor caminho, sem ovos de serpente ou ilusões armadas.
Por isso, estamos preparados para estar juntos na sua defesa em qualquer situação, e nos reunimos aqui no chamado para que novas vozes possam convergir nisso. E para que possamos, na soma da nossa pluralidade e diversidade, refazer as bases da política e cidadania compartilhadas e retomar o curso da sociedade vibrante, plena e exitosa que precisamos e podemos ser."
Miguel Reale Jr. e outros

domingo, 23 de setembro de 2018

Brasil retoma o crescimento



Não. Não é Natal, ainda. Faltam ainda exatos três meses para o dia do Natal. Hoje é domingo, um dia sonolento, início da primavera.  Se fosse em outros anos, os comerciantes estariam em preparação para o comércio do fim do ano.  Ao contrário, o País está "quase" parando.  O Brasil está como meu espírito de hoje, "sonolento". O bom é que o País está saindo do "estado de sonolência", pelo menos!

No entanto, no meio de tantas notícias ruins, há indicadores que mostram que teremos um Natal o melhor dos últimos 4 anos, considerado período de depressão.  O primeiro indicador é criação de pouco mais de 100 mil empregos com carteira assinada no mês de agosto, segundo IBGE.  Embora, contratação com vistas ao comércio do final do ano, emprego temporário, é sazonal, ainda assim é um sinal de alento.  Não é número para comemorar, porque apenas para atender o acréscimo de aumento do número vegetativo da população o País teria que criar número muito maior de empregos.  

Hoje é domingo, dou-me o direito de fazer comentário genérico, sem o rigor técnico.  Um outro indicador que me chamou atenção foi o aumento da demanda na indústria de embalagens em cerca de 20%.  Para pessoas com familiaridade em macroeconomia, sabe que o primeiro sinal de aquecimento da economia começa na indústria de embalagens.  O período coincide com as entrega de mercadorias pelos fornecedores da lojas de comércio que estocam mercadorias preparando-se para o Natal. O movimento é muito maior do que o do ano passado, segundo os empresários do setor. 

Vamos lembar que o Brasil entrou em depressão já no final de 2014.  Nesse período, o Brasil "involuiu" entre 13% e 14%, considerando também o crescimento vegetativo da população.  O ano de 2017 terminou com o crescimento do PIB em 1%, que mal cobriu o crescimento vegetativo.  Segundo Boletim Focus do Banco Central, prevê o crescimento de 2,3% em 2018. A minha previsão de que o crescimento do PIB de 2018 fique ao redor de 1,5%, quase cobrindo o crescimento vegetativo da população.    

O crescimento previsto, nada tem a ver com as eleições. Não vamos creditar a nenhum candidato porque o movimento de retomada do crescimento está vindo após a greve dos caminhoneiros, portanto antes das definições de candidatos à presidência.  O Brasil cansou de esperar as medidas do governo para sair do "marasmo" que encontra há mais de 4 anos.  Apenas para tirar o atraso devido a depressão, o País deverá levar no mínimo outros 4 anos. Para voltar ao mesmo "status quo" de antes, descontado o crescimento vegetativo da população, deverá ser a tarefa mínima do futuro presidente da República, eu acho. 

Espero que nenhum candidato à presidência da República credite o início do crescimento ao seu nome.  Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.  

Ossami Sakamori



sexta-feira, 21 de setembro de 2018

COPOM: monitorando as expectativas durante a transição de governo



A manutenção da taxa Selic em 6,50% veio em linha com o esperado. Avaliamos que os próximos passos da política monetária dependerão, essencialmente, da agenda reformista do próximo governo. Isto pode desancorar (ou não) as expectativas para a inflação e demais projeções macroeconômicas.

Segundo o Banco Central, a atividade doméstica prossegue em gradual recuperação e a aversão global ao risco está maior. A inflação subjacente (núcleos) se encontra em nível "apropriado"; (era considerado "baixo"; na ocasião de agosto) e, mais importante, as expectativas inflacionárias estão ancoradas até 2021.

O balanço de riscos para o IPCA traz apenas a ociosidade como fator baixista e, por outro lado, a postergação de reformas em contexto de pior cenário externo constituem os fatores altistas.

As projeções oficiais para o IPCA aumentaram. Na simulação com taxas de juros e de câmbio constantes, o IPCA projetado subiu para 4,4% em 2018 (4,2% na reunião de agosto) e para 4,5% em 2019 (4,1% antes). Isto porque o nível do câmbio saltou de R$ 3,75 para R$ 4,15 (+11%). No cenário de mercado, o IPCA projetado passou de 4,2% para 4,1% (2018) e de 3,8% para 4,0% (2019), uma vez que a trajetória esperada para o BRL pouco se alterou no FOCUS. Cabe lembrar que as metas centrais para o IPCA são 4,5% (2018) e 4,25% (2019).

Ainda que as projeções oficiais tenham aumentado, que a inércia baixista tenha refluído e o nível dos núcleos seja "apropriado", o Comitê reiterou que a conjuntura prescreve política monetária estimulativa (juros abaixo do nível neutro). Este diagnóstico, em nossa visão, advém principalmente do binômio expectativas ancoradas / atividade fraca, que também esteve presente nas últimas reuniões. 

Porém, a postura do BC pode mudar caso o cenário prospectivo para a inflação e/ou seu balanço de riscos piore. Isto, ao nosso ver, dependerá essencialmente do andamento das reformas econômicas a partir de 2019. Este aspecto, por sua vez, deve ficar mais claro na próxima reunião (30/31 de outubro), após o segundo turno eleitoral.









Daniel Xavier, economista-chefe @DMI_Group
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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Bolsonaro vai recriar a CPMF

Crédito de imagem: Folha

O provável ministro da Fazenda do candidato Jair Bolsonaro anunciou nesta terça (18) para uma plateia restrita, o pacote tributário que pretende implementar no governo, caso o Bolsonaro vença as eleições. A informação está na coluna da Mônica Bergamo da Folha.

O que me chamou mais atenção, dentre os programas apresentados pelo Paulo Guedes à imprensa, é que Jair Bolsonaro, caso eleito, vai recriar imposto nos moldes da CPMF, que incide sobre a movimentação financeira, para financiar o falido INSS e se chamaria CP (Contribuição Previdenciária). Ainda, segundo a declaração do Paulo Guedes, pretende eliminar a atual contribuição patronal sobre a folha de pagamentos, que será substituído pela nova CPMF.  Ao que tudo indica, se prevalecer o raciocínio, a alíquota da CP (nova CPMF) será maior do que a antiga (extinta), se ideia é cobrir o "rombo" da previdência. 

Outra ideia é criar uma alíquota única do IR (Imposto de Renda) de 20% para pessoas físicas e jurídicas e aplicar também a mesma taxa na tributação da distribuição de lucros e dividendos. Ao mesmo tempo, segundo a declaração do Paulo Guedes, pretende eliminar a atual contribuição patronal sobre a folha de pagamentos, que será substituído pelo CP,  anova CPMF.  Ao que tudo indica, se prevalecer o raciocínio, a alíquota da nova CPMF será bem maior do que a antiga (extinta).  Ao que foi explicado, a atual tributação sobre ganho de capital, progressiva de 15% a 22,5%, deverá ter alíquota única de 20%.  Certamente, os pequenos investidores sairão perdendo, com extinção de alíquota progressiva.

Ainda segundo Paulo Guedes, o modelo de financiamento da Previdência será na forma de capitalização. Para garantir a sua solvência, seria criada a CP ou nova CPMF. O atual modelo, no entanto, seguiria existindo paralelamente.

A revelação foi feita à platéia do GPS Investimentos, segundo a matéria que está disponível no link indicado acima. 

Ossami Sakamori

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Paraná: Tião Medeiros, deputado estadual



Creio que na política terá que ter a nossa participação, não só no nível de presidente da República, mas nos níveis onde possamos ter alcance.  Curitibano de coração e paranaense por adoção, apresento como uma boa opção à escolha ao cargo de deputado estadual, o  jovem Tião Medeiros, meu amigo pessoal. Ele é ficha limpa.


Tião Medeiros foi assessor da Assembleia Legislativa do Paraná e trabalhou na coordenação jurídica da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa. Em 2011, assumiu a chefia de gabinete da Casa Civil do Paraná.

No cargo, ganhou experiência e conhecimento sobre a estrutura administrativa do governo paranaense. Tião esteve em centenas de cidades, conhecendo de perto a realidade de cada região.

Em 2012, o advogado assumiu a chefia de gabinete da Superintendência dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), onde teve papel determinante na mudança da situação legal dos portos. A sua equipe diminuiu a burocracia, reduziu despesas, acelerou as atividades nos portos e melhorou o relacionamento com os empresários. Foi mais uma grande experiência que garantiu a Tião Medeiros a maturidade para entender o que é preciso para melhorar a vida dos paranaenses.

Em 2014 Tião Medeiros se elegeu Deputado Estadual pela Assembleia Legislativa do Paraná. Agora, o parlamentar busca dar continuidade ao trabalho, garantindo ainda mais desenvolvimento a Paranavaí e a região Noroeste. 

Tião Medeiros, 14789

domingo, 16 de setembro de 2018

Muito difícil Bolsonaro ganhar eleição no primeiro turno.

Crédito da imagem: Veja

Segundo revista Veja deste final de semana, o candidato à presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, com quadro estável. Segundo o boletim médico divulgado no início da noite deste sábado, o paciente não apresenta febre nem outros sinais de infecção. Durante a tarde, ele realizou sessões de fisioterapia e reagiu com boa tolerância aos exercícios programados.

Jair Bolsonaro é líder nas pesquisas realizadas pela Datafolha e IBOPE, com ligeiro crescimento nas pesquisas de intenção de votos, oscilando entre 24% a 26%.  No entanto nas simulações de segundo turno entre Jair Bolsonaro e 4 outros candidatos mais bem posicionados, apontam a derrota ou empate técnico.  

A conclusão é que o candidato Jair Bolsonaro terá que ganhar eleição em primeiro turno, o que não é fácil.  Com o candidato, literalmente, no estaleiro, creio muito difícil ganhar mais 25% nas próximas três semanas, uma vez que o voto de indecisos está no entorno de 15% a 20%.  Assim sendo, se o candidato Jair  Bolsonaro pretende ganhar eleição no primeiro turno, terá que "roubar" (no bom sentido) os votos dos outros candidatos. 

Muito difícil Bolsonaro ganhar eleição no primeiro turno. No entanto, não está descartada, contrariando a opinião dos analistas políticos, da Globo em especial, de que o Jair Bolsonaro ganhe eleição no segundo turno. 

Ossami Sakamori
Brasil sem Haddad

sábado, 15 de setembro de 2018

Fernando Haddad, Apocalypse New

Crédito da imagem: El País

Já vi que preciso voltar às minhas matérias contra o PT e sua corriola, o que vinha fazendo desde 15 de fevereiro de 2012.  A última pesquisa da Datafolha encomendada pela Rede Globo, mostra o crescimento vertiginoso do candidato Fernando Haddad à presidência da República, ungido que foi como candidato no lugar do Lula.  A mesma pesquisa mostra o crescimento moderado, mas insuficiente do Jair Bolsonaro para ganhar no primeiro turno da eleição presidencial.  Em todas projeções, Bolsonaro perde para qualquer dos candidatos melhores pontuados. 

Desde dia 11 dessa semana, obedecendo determinação do TSE, o PT substituiu a candidatura do Lula pelo Haddad.  A transferência de votos do Lula da Silva para o então seu vice Fernando Haddad era tido como duvidosa, mas não foi o que ocorreu, segundo a pesquisa da Datafolha/Globo. Está havendo, sim, a transferência de votos do Lula para o Haddad.

A mesma pesquisa Datafolha aponta que, em confronto direto entre Haddad e Bosonaro no segundo turno, ganha o candidato do PT.  Isto foi o retrato de ontem, faltando ainda três semanas para eleições (7/10).  Muita coisa, ainda pode acontecer.  Lembro-me da eleição da Erondina para prefeitura de São Paulo que estava em segundo colocação com distância razoável do seu oponente Paulo Maluf.  

Se permanecer a mesma tendência da pesquisa divulgada ontem (14/7) pela Datafolha, teremos no dia 1º de janeiro de 2019, a posse do Fernando Haddad como presidente da República de todos brasileiros.  A consequência é previsível, a volta do populismo e a volta da esquerda radical nos principais funções do Poder Executivo. A conjuntura econômica global e nem a brasileira, não é a mesma do período de ouro do PT, entre 2003 e 2015.  

Já estou vendo que terei de deixar a minha zona de conforto para combater o "populismo" e a ladroagem da corriola de "esquerdopatas".  

Fernando Haddad é "apocalypse new" !  
Isto mesmo, Fernando Haddad será um novo apocalipse para o Brasil. 

Ossami Sakamori

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

O comportamento dos votos na reta final das eleições



O mês que antecede a eleição é, tradicionalmente, crucial para a consolidação de votos. É um período curto dentro do processo eleitoral que, ainda assim, propiciou movimentos importantes nos últimos pleitos:

·         Em 2014, Aécio Neves conquistou 10 pontos porcentuais (p.p.) junto ao eleitorado neste período e, ao mesmo tempo, Marina Silva perdeu -12 p.p.

·         Já em 2010, os votos em Marina subiram em 6 p.p. no último mês. Em 2006, Geraldo Alckmin foi o destaque; seus votos elevaram-se em +10 p.p.

·         Por fim, a eleição de Lula em 2002 foi marcada pelo crescimento de +8 p.p. em suas intenções de voto na reta final da corrida.

Analisando estas ocasiões, a evolução dos votos no último mês parece guardar alguma relação com o conhecimento (inicial) dos eleitores a respeito de cada candidato.Isto porque, quanto menos conhecido o candidato, maior é o espaço para o seu crescimento junto ao eleitorado. A ocupação efetiva deste espaço, por sua vez, dependerá da estrutura partidária, marketing, orçamento, etc.





Esta relação aparece no gráfico 1 acima.
Em suma, quanto menos conhecido é o candidato, maior é o seu potencial de crescimento na reta final das eleições. Se este candidato contar com o apoio de Lula e alguma organização partidária, então...

No quadro atual (gráfico do topo), com a disputa “embolada” pelo segundo lugar, tal conjunção de fatores parece favorecer o PT. Isto porque, nas pesquisas mais recentes (gráfico 3), ainda é grande o porcentual de eleitores que desconhecem Haddad (35%).Marina, por outro lado, já é figura familiar ao eleitorado (apenas 9% não a conhecem), seguida por Alckmin (12%), Bolsonaro (14%) e Ciro (15%).












Daniel Xavier, economista-chefe @DMI_Group

sábado, 8 de setembro de 2018

A inflação do bolso é maior que a inflação oficial


Na matéria anterior, o colaborador deste blog Daniel Xavier apresentou o IPCA de julho, como sendo confortável. Vocês devem estar imaginando que o índice de inflação está sendo manipulado pelo governo.  Dou razão aos leitores porque a inflação do "bolso", aquela que você sente no bolso quando vai às compras, sobretudo nos supermercados, é bem diferente daquele anunciado pelo governo como  sendo resultado de uma política econômica acertada. 

Vamos à tarefa difícil, mas não impossível, de explicar a diferença entre a inflação oficial "IPCA" e a inflação  do "bolso".  Vamos lá.  Atualmente, a população-objetivo do IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, medidas nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Campo Grande e Goiânia.

Para sistematizar a medição da inflação, o IPCA, o IBGE elegeu o índice geral nos itens: Alimentação e bebidas; Habitação; Artigos de residências; Vestuário; Transportes; Saúde e cuidados pessoais; Despesas pessoais; Educação e Comunicação. A medicação da inflação do Brasil segue os padrões adotados pelos organismos de fomente internacional como FMI.  Portanto, podemos dizer que não há manipulação, pelo menos nos últimos 10 anos, pelos governos e pelo IBGE.

A inflação do "bolso" é mais alto porque não levamos em conta os itens que ficam "congelados" por algum período como transportes (passagens de transporte coletivo) ou outros itens que nos últimos 4 anos tem puxado o índice para baixo como despesas em Habitação.  O que sempre causa impacto na inflação do "bolso" são os itens que compõe a alimentação, bebidas e artigos de residências, maioria que faz parte do carrinho dos supermercados.  Grosso modo, os itens referidos, tem impactado mais do que demais itens que compõe o IPCA. 

A inflação do "bolso" é sentida sobretudo na classe de trabalhadores brasileiros, também, por sua "renda real" diminuir em função do decrescente oferta de empregos em decorrência do elevado número de desempregados, desalentados e sub-empregados.  O número deste contingente de pessoas ultrapassam, hoje, a mais de 40 milhões de trabalhadores ou equivalente a cerca de 40% da força de trabalho.  

Resumindo, a inflação do "bolso" é somatória da alta dos itens de consumo diário da população e também pela perda de renda real da maioria da população.  O IPCA medido pelo IBGE seguem padrão internacional, portanto a inflação oficial está correta também, do ponto de vista técnico. No entanto, a triste constatação, também, é que a inflação está sendo domada por via de profunda recessão ou estagnação da economia.  Não temos muito a comemorar com o atual comportamento da  inflação, conseguido às custas do sacrifício da população. 

A inflação do "bolso" é maior do que a inflação "oficial".

Ossami Sakamori
@SakaSakamori 

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

IPCA: quadro inflacionário continua confortável



O IPCA teve deflação de -0,09% em agosto, vindo de +0,33% no mês anterior e abaixo do consenso de mercado (0,00%). No mês, destaque para as quedas de preço de alimentos (in natura e carnes) e de transportes (passagens aéreas e combustíveis), grupos que ainda reverberam a normalização das cadeias de comércio após a greve. Com isso, o IPCA acumula alta de 2,9% neste ano e de 4,2% em doze meses (vindo de 4,5% em julho).

Os indicadores de núcleo que mais se aproximam da tendência da inflação oficial*(IPCA-DP, IPCA-MS e IPCA-MA) estão rodando em 3,3% A/A,mesmo patamar médio dos últimos quinze meses.  Este patamar confortável dos núcleos traz algum buffer frente a choques de oferta que possam acometer a economia doméstica. De acordo com o Banco Central*, as medidas de coreinflation apresentam repasse da ordem de 4% em doze meses em resposta à depreciação (permanente) de 10% no câmbio nominal. Desta maneira, uma depreciação de 20% na moeda doméstica levaria os núcleos, partindo do nível atual, para perto de 4,1%, ainda aquém da meta inflacionária de 2019 (4,25%). Vale notar que os núcleos representam medidas mais persistentes da inflação verdadeira. 

Em suma, o quadro inflacionário doméstico permanece favorável e traz conforto à postura estimulativa do BC.  

A deflação em agosto surpreendeu e, além disso, os núcleos continuam baixos. Projetamos 4,2% para o IPCA deste ano e 4,1% para o IPCA de 2019, em um contexto de continuidade das reformas econômicas.












Daniel Xavier
Economista chefe do DMI_Group