quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Politicamente, o governo Temer acabou!

Crédito da imagem: Globo

O Brasil vive o "vácuo" do poder. O Congresso Nacional reuniu-se ontem para aprovação das revisão das metas para Orçamento Fiscal de 2017 e 2018. Com enorme esforço por parte do presidente do Congresso Nacional, o senador Eunício de Oliveira, aprovou-se apenas o "texto base" da mudança do LDO de 2017 e 2018, mas não conseguiu o "quórum" necessário para votação dos "destaques", essenciais para destravar o DRU - Desvinculação da Receita da União de R$ 42,5 bilhões.  

Enquanto isso, o presidente Michel Temer faz o périplo no país do Xi Jinping, para tentar vender o "pacote" de concessões e privatizações, antes mesmo de ter as "formatações" devidamente aprovadas pelas agências reguladoras e no caso da Eletrobras, a aprovação da venda pelo Congresso Nacional. Por enquanto, as ofertas feitas pelo presidente Michel Temer não passa de "boas intenções".  Pelo menos, serviu para tirar uma foto com o poderoso presidente da China, para ser mais uma lembrança da sua passagem pela presidência da República.

Voltando ao assunto de votações de ontem, no Congresso Nacional, chamou atenção o fato do governo Temer não conseguir nem a "maioria simples" para aprovação das matérias importantes na Câmara dos Deputados.  A situação mostra que o presidente Temer não tem os votos suficientes para aprovação da Reforma da Previdência que exige o mínimo de 308 votos favoráveis na Câmara dos Deputados e 54 votos no Senado Federal.

O ambiente de ontem no Congresso Nacional lembra bem o clima de "fim de feira", onde os parlamentares catam as "xepas", emendas parlamentares, oferecidas pelo presidente Temer. O fato é que os deputados não estão nem um pouco preocupados com o futuro político do presidente Temer, mas sim pelas suas próprias sobrevivências, com vistas às eleições do próximo ano. 

Politicamente, o governo do Michel Temer acabou!

Ossami Sakamori


domingo, 27 de agosto de 2017

Temer vai à China oferecer "xepa" das privatizações.

Crédito da imagem: Estadão

A grande imprensa noticiou que o presidente Temer vai viajar à China na próxima terça-feira para apresentar os projetos de privatizações para investidores daquele país. Trata-se dos 57 projetos de privatizações e concessões anunciados pelo governo nessa última semana. O total de receitas previstas estimado em R$ 44 bilhões, vai servir para cobrir parte do "rombo fiscal" (dinheiro que falta para cobrir as despesas do governo) de 2018, previsto em R$ 159 bilhões. 

Fonte:  @ezequiel_pires

Presidente Temer pretende vender aos  chineses a empresa estatal Eletrobras, segunda maior do País. Acontece que, devido à prolongada "depressão", as empresas e concessões serão privatizadas no pior momento econômico. As empresas e concessões vão ser oferecidas pelo presidente Temer aos chineses ao preço de "fim da feira". O preço dos ativos à venda, hoje, equivale a dizer que estarão ao preço de "xepa" da feira.

Certamente, os chineses que não tem nada de "otários", recepcionarão o presidente Temer com muita festa. Presidente Michel Temer vai até China fazer leilão dos melhores ativos do País ao "preço de banana". Os olhos puxados dos chineses, como os meus, não quer dizer que eles são cegos. Muito ao contrário, os empresários chineses são muito agressivos em negócios!

Nunca na minha vida, imaginei que iria ver um presidente da República, como que um "mendigo", implorar dinheiro para "ajudar" a pagar os gastos correntes do governo. Isto mesmo! O dinheiro da venda das privatizações é para cobrir "parte" do "rombo fiscal" (déficit primário) do ano de 2018. É mais ou menos como um chefe da família vender os utensílios domésticos para comprar alimentos para família. É muito triste a situação do Brasil. 

E tem gente que aplaude! Fazer o que?

Ossami Sakamori


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Privatizações de R$ 44 bilhões: "Rio" ou "choro"?

Crédito da imagem: Estadão

O governo do presidente Michel Temer anunciou ontem uma lista de 57 concessões e privatizações. A proposta inclui a venda da Eletrobras, da Casa da Moeda, quinze portos e quatorze aeroportos. O pacote vai render ao governo federal cerca de R$ 44 bilhões. O que me espanta é o destino do dinheiro que será arrecadado. O volume de dinheiro, nada desprezível, não vai para investimentos em educação, saúde e segurança pública, mas apenas para cobrir as despesas do governo do próximo ano.

Nem é preciso lembrar que, as 57 concessões e privatizações listadas consumiram grandes somas de recursos do governo federal nas últimas décadas. O valor de investimento feito pelo poder público nas empresas e obras em referências ultrapassam em muitos os R$ bilhões ao valor que o governo federal pretende arrecadar. O governo Temer alardeia a provável receita de R$ 44 bilhões, mas isto é apenas uma pequena parcela do que custou de investimento ao contribuinte brasileiro. 

Em tese, sou favorável às privatizações e concessões de empresas e serviços do setor público, porque o setor público gasta mal os recursos advindo de empresas e contraprestação de serviços.  O que discordo no processo é o destino que se dará ao dinheiro que será arrecadado. A arrecadação, conforme o próprio governo anuncia, é para cobrir o "rombo fiscal" de 2018, ao invés de "investimentos" em setores prioritários como educação, saúde e segurança pública.

O resumo da "ópera": O investimento feito pelo contribuinte em décadas vai para os "ralos" ou para o "buraco sem fim" do governo federal. Melhor explicando, o dinheiro vai para cobrir parte do "déficit primário" do governo. O que quero dizer é que os R$ 44 bilhões não serão suficiente sequer para cobrir o total do "rombo fiscal" do ano que vem previsto em R$ 159 bilhões.  

Numa situação assim, não saberia expressar bem o meu sentimento, neste momento.  Não sei se "rio" pelas privatizações ou "choro" pelo dinheiro que vai para os "ralos" do Palácio do Planalto.

Ossami Sakamori



quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Lúcio Funaro é uma MOAB no Palácio do Planalto!

Crédito da imagem: Estadão

Segundo a grande imprensa, o doleiro Lúcio Funaro fechou delação colaborativa ou "premiada" com a Procuradoria Geral da República sobre operações de "repasses" de dinheiro proveniente das "propinas", de diversas fontes, para os parlamentares e ex-parlamentares do PMDB. Esta bomba vai atingir em cheio o Palácio do Planalto.

Não tenho nenhuma fonte em especial, mas as notícias já foram matérias da grande imprensa escrita e televisiva. Lúcio Funaro era operador de "propina" dos parlamentares do PMDB, entre eles o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Entre nomes citados pela grande imprensa constam também os nomes do ministro chefe da Casa Civil Eliseu Padilha, o ministro chefe da Secretaria Geral da Presidência da República Moreira Franco, o ex-ministro chefe do Gabinete da presidência da República Geddel Vieira Lima.

Ainda, segundo a grande imprensa, o envelope contendo R$ 1 milhão destinado "supostamente" ao presidente Michel Temer, entregue no escritório do advogado Antonio Mariz, advogado do presidente Temer, foi mandado pelo mesmo doleiro, o Lúcio Funaro. A suposta "propina" ao Michel Temer faria parte de um pacote de doações da Odebrecht para com o PMDB no montante de R$ 15 milhões, na campanha presidencial de 2014, cota destinado à vice-presidência. 

Se confirmar tudo que a grande imprensa noticiou até hoje, a delação premiada do Lúcio Funaro vai causar efeito de uma "MOAB", a mãe de todas bombas. O conteúdo da delação vai cair diretamente no colo do presidente da República Michel Temer. Se seguir os trâmites normais das denúncias anteriores, dentro de 15 dias teremos a maior turbulência política dos últimos tempos, vir ao público. Só não sabemos se o presidente Michel Temer vai sobreviver à bomba "MOAB" lançada pelo doleiro Lúcio Funaro. 

Vamos aguardar qual será o efeito da "MOAB" no Palácio do Planalto.

Ossami Sakamori



segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Brasil é uma republiqueta de quinta categoria.

Crédito da imagem: Estadão

Definitivamente, o Brasil virou uma republiqueta de quinta categoria.  A jornalista Andréa Sadi, da Rede Globo, noticiou no seu blog, que o presidente Michel Temer teria recebido o senador Aécio Neves, presidente licenciado do PSDB, no Palácio Jaburu, nesse fim de semana, "fora da agenda". A reunião aconteceu no meio da crise interna dos tucanos. O que me espanta é a regularidade das reuniões "fora da agenda" do presidente Michel Temer.

As reuniões "fora da agenda" parece ter-se tornado "rotina" após a denúncia feita pelo empresário Joesley Batista do grupo JBS sobre eventual envolvimento do presidente Temer na prática de "corrupção passiva". Como todos devem se lembrar a Câmara dos Deputados rejeitou a autorização para o Michel Temer ser investigado pelo STF. 

A prática das reuniões "fora da agenda" já foram detectadas pela grande imprensa. Já foi flagrada uma reunião da recém nomeada Raquel Dodge, Procuradora Geral da República com o Michel Temer no Palácio do Jaburu. A reunião "fora da agenda" foi explicada, posteriormente, como para tratar de detalhes sobre a posse da nova Procuradora Geral. Num país minimamente respeitado, uma cerimônia de posse deveria ser tratada pelos Cerimoniais de ambas casas. 

É prática comum, ainda segundo a grande imprensa, de que o presidente Michel Temer vem "sistematicamente" recebendo o ministro e amigo Gilmar Mendes do STF, sempre após 10 horas da noite, na residencia oficial do presidente da República, para "oficialmente" tratar das questões eleitorais. As "ilações" de conversas como que sendo "não republicanas" não iriam acontecer se a visita do ministro do STF fosse feito no Palácio do Planalto agendado pelo gabinete da Casa Civil, ao luz do dia. 

Esta prática comum de reuniões do presidente Michel Temer "fora da agenda", na "residência oficial", algumas delas realizadas no "porão" do Palácio jaburu, apenas expõe "quão pequeno" é o País. A prática que virou "rotina" apenas confirma o tratamento que a imprensa internacional vem dispensando ao País, como sendo uma "republiqueta" do terceiro mundo. Brasil não existe como uma Nação para que o povo possa se orgulhar dele. Dá para ser feliz, assim?

Brasil é uma republiqueta de quinta categoria!

Ossami Sakamori


sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Brasil, país sem esperança!

Crédito da imagem: Estadão

O País está vivendo um verdadeiro clima de "fim de feira". Enquanto os países do primeiro mundo parecem estar saindo de forma sustentável, da recessão provocada pela crise financeira de 2008. E o Brasil anda na contra mão do mundo, infelizmente. O País passa por pior crise dos últimos 100 anos, com "fraturas expostas", nos três poderes da República, como nunca dantes vista. 

O governo Temer comemora a contratação de 35 mil empregados enquanto os indicadores do próprio IBGE indicam 13,5 milhões de desempregados e 26 milhões de trabalhadores em subempregos. O número de inadimplentes, mesmo após a liberação de cerca de R$ 42 bilhões do FGTS, não sai do patamar de 60 milhões. O número de inadimplentes corresponde a cerca de 40% da população adulta do País.

O governo Temer que faz crítica à administração Dilma, de ter deixado a "herança maldita", continua a produzir o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" de R$ 159 bilhões, mesmo após a aprovação da Emenda Constitucional do "teto dos gastos públicos". O governo Temer propõe para o ano que vem o "rombo fiscal" de R$ 159 bilhões, o mesmo de 2017. O ajuste nos gastos do governo vem um mês após ter aprovada a LDO com o "rombo fiscal" de R$ 131 bilhões. Esta atrapalhada de números lembra bem os últimos anos do governo Dilma. 

A inflação corrente só está comportada, 3% ao ano, devido a perda do poder de compra da população, amplamente mostrada pelos indicadores do parágrafo anterior. Para cobertura dos "rombos fiscais" o governo emite títulos da dívida pública expandindo a base monetária. Isto significa que ao menor sinal de crescimento econômico do País, a inflação vai voltar com toda força. A inflação vai voltar porque, no momento, está comprimida por falta de demanda. A inflação está baixa não pelo fator estrutural, mas pelo fator casual, a "depressão".

Com a "depressão" fecham-se as portas dos pequenos comércios, das pequenas indústrias e dos setores de serviços. Com fechamento das empresas, a arrecadação do governo cai. Caindo a arrecadação aumenta o "rombo fiscal". É um "círculo vicioso" que parece nunca ter o fim. Para piorar, o governo federal vive com o dinheiro do aumento de endividamento. As reformas estruturantes para equilibrar as contas do governo estão sendo postergadas por falta de apoio. O governo Temer está envolto em "escândalos" que parece não acabar nunca. 

O Brasil está à beira do precipício. O País caminha celeremente para "default" ou "falência". O pior de tudo é que a própria população já está sentindo a "sensação de sem saída". Não há esperança de mudança da situação no curto prazo com a continuidade do governo Temer. 

Brasil é um país sem esperança, infelizmente!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori


quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Rombo fiscal do Temer será de R$ 1 trilhão!


Crédito da imagem: Estadão

Ontem, o governo anunciou o "rombo" ou "déficit primário" de R$ 159 bilhões referente ao Orçamento Fiscal de 2017, matéria que já foi objeto do meu comentário no Brasil liberal já!, há duas semanas.  O governo Temer anuncia, também, a revisão da LDO de 2018, ajustando "rombo" para R$ 159 bilhões ao invés de R$ 131 bilhões, há pouco mais de um mês pelo Congresso Nacional.  

Em menos de um mês, fazer o ajuste da LDO do próximo ano, recém aprovado, mostra o quanto está perdido a equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles. O "rombo" é uma série que vem desde 2014, quando a presidente Dilma resolveu com as "pedaladas" para fechar o Orçamento Fiscal de 2014, torná-lo "zero". De lá para cá, o País entrou no terreno "pantanoso", de apresentar sucessivos "rombos fiscais".  Para os leitores poderem entender, os "rombo fiscal" ou "déficit primário" é o dinheiro que falta para cobrir os gastos do governo, exceptuando o pagamento de juros da dívida pública.

O governo Temer esconde, mas o verdadeiro "rombo" está no "déficit nominal", que é o "dinheiro que falta" para pagar todas contas do governo, incluindo o pagamento de juros da dívida pública. O Brasil possui dívida pública líquida algo como R$ 3,5 trilhões. Somente em "juros reais" o País dispende cerca de R$ 200 bilhões, correspondente aos juros reais praticado pelo Banco Central, numa média de 6% ao ano. Portanto, o verdadeiro "rombo fiscal" do governo federal não é o anunciado R$ 159 bilhões, mas R$ 359 bilhões, somente neste ano. 

Fazendo conta rápida, sem menor temor de ter errado, o governo Temer, nos três anos de gestão, provocará um "rombo fiscal" nominal de mais de R$ 1 trilhão.  Significa que o governo Temer aumentará a dívida pública federal em R$ 1 trilhão, apenas no período do seu governo.  A conta sempre sobra para o povo pagar!

Dá para ser feliz, assim?

Ossami Sakamori


quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Lula da Silva. Reaberto o processo "mensalão".

Na foto acima, um está preso e outro não. 

Nada como um dia atrás do outro. Para confirmar que este blog está sempre na frente da grande imprensa, a notícia da grande imprensa é de que foi reaberto pelo MPF o processo "mensalão" que envolve o ex-presidente Lula da Silva, sobre "propina" recebido pelo PT em Portugal.  O tema foi matéria deste blog em 22 de julho de 2015, portando há mais de 2 anos. Sem edição, reproduzo a matéria postada à época. 


Segundo o jornal Público de Portugal, o Ministério Público daquele país está investigando o envolvimento político no negócio de venda à Telefónica das ações da Portugal Telecom na Vivo e cruzamentos das posições acionárias com a Oi Telecomunicações, na qual teve intervenção do José Dirceu, principal nome da operação Mensalão e agora atingido pela Operação Lava Jato.

Ainda segundo o jornal Público, as suspeitas de benefícios financeiros, no valor de várias dezenas de milhões de euros, concedidos a governantes, acionistas e quadros  de topos da hierarquia das operadores. Isto tudo podem estar na origem das investigações do Ministério Público de Portugal, que correm em segredo de justiça.

A venda de 50% de participações na Vivo, detidas pela Portugal Telecom e também e o cruzamento de ações da Portugal Telecom na Oi Telecomunicações e vice-versa. O jornal Público levanta a suspeita de que tenha rodado benefícios já citados em cifras de 200 milhões de euros, equivalente a cerca de R$ 700 milhões. O Ministério Público português investiga possível envolvimento do Lula da Silva e José Dirceu. 

Segundo o jornal Público, "Há precisamente cinco anos, primeiro ministro Sócrates e Lula da Silva falaram várias vezes ao telefone. As conversas decorreram entre o final de Junho e o final de Julho e destinaram-se a encontrar uma solução para vencer o impasse provocado pelo veto de Sócrates à venda à Telefónica, das ações da Portugal Telecom na brasileira Vivo".

Começou então, segundo o jornal Público, uma corrida contra o tempo para contornar o bloqueio político do primeiro ministro Sócrates, o que exigiu o trabalho de bastidores. A solução foi rapidamente encontrada em Brasília, que foi sugerido que Portugal Telecom avaliasse a parceria com a Oi, que necessitava de consolidar uma estrutura de acionistas alavancada pelo BNDES.

Uma das figuras que apareceu para promover os contatos, segundo o jornal Público, para promover contatos entre portugueses e brasileiros foi o José Dirceu, que foi detido em 2012, acusado de ser o chefe do Mensalão. José Dirceu atuava nas negociações com as empresas de consultoria designadas de Oliveira e Silva (sobrenome do José Dirceu), JD Consultores e JC&S.


Nota: José Sócrates, ex-primeiro ministro de Portugal está na prisão. Lula da Silva e José Dirceu estão livres e soltos. Os diretores da Oi Telecomunicações estão soltos. Um dos controladores da Oi Telecomunicações, a empresa Andrade Gutierrez está envolvido em Operação Lava Jato.

PS (23/07 6:30) : Para não haver dúvida.

1. Portugal Telecom, foi a concessionária de serviço de telecomunicações de Portugal, até a recente venda de ativos para grupo francês. Hoje tem cerca de 25% de ações da Oi Telecomunicações no Brasil. Individualmente é o maior acionista da Companhia.

2. Oi Telecomunicações é concessionária de serviço de telecomunicações do Brasil, fusão da Telemar e da Brasil Telecom, que por sua vez eram fatias da Telebras. Os maiores acionistas hoje é da Portugal Telecom, BNDESFundos de Pensão, Carlos Jereissati do grupo La Fonte e Sérgio Andrade do grupo Andrade Gutierrez

3. O Ministério Público de Portugal apura a suposta contribuição de cerca de R$ 700 milhões (valor de hoje) do Portugal Telecom para a campanha presidencial do Lula em 2006. Conforme a matéria do jornal português, investiga envolvimento pessoal do Lula da Silva, José Dirceu e José Sócrates na operação. É vedada pelas leis portuguesas fazer contribuição às campanhas eleitorais de países além fronteira. 

4. O Ministério Público de Portugal apura também o tráfico de influência do primeiro ministro José Sócrates e do presidente Lula para que houvesse fusão (cruzamento de ações) entre as duas concessionárias. Como não está contabilizado na campanha presidencial do Lula e Silva de 2006 a doação de R$ 700 milhões, é de presumir que o dinheiro tenha tomado destino diverso. O que se apura se este dinheiro não foi parar nas mãos de ambos presidentes e operadores da suposta doação entre os quais José Dirceu.

5. Esta investigação nada tem a ver com a investigação sobre envolvimento do Lula da Silva com o atual primeiro ministro Pedro Passos Coelho nos negócios da Odebrecht Portugal. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Vide matéria anterior deste blog.

Ossami Sakamori



sábado, 5 de agosto de 2017

Vitória do Temer é vitória do Brasil ?

Crédito da imagem: Veja

Presidente Michel Temer comemora o arquivamento da autorização da denúncia de corrupção passiva que corre no STF, pelo plenário da Câmara dos Deputados. O processo de crime comum, ficará em "stand by" até o Temer deixar de ser presidente da República e voltar a ser cidadão comum, como todos nós brasileiros. O resultado da votação mostrou que prevaleceu o "toma lá, dá cá", prática comum no País. 

Michel Temer saiu vitorioso desta contenda. Nada que o povo brasileiro tenha que se orgulhar ao fato que o presidente Temer considera como vitória do "estado democrático de direito". Se manter um presidente da República com denúncia de "corrupção" no cargo máximo da República é vitória da democracia, não sei mais o que significa a "democracia".

Muitas pessoas das redes sociais torciam pela manutenção do presidente Temer no cargo de presidente da República, em nome da "governabilidade" e em nome da continuidade do processo de "reformas estruturantes". Perdeu uma grande parte da população, segundo IBOPE, 81% queriam o afastamento (temporário) do Michel Temer, para ser julgado pelo STF pela prática de crime de "corrupção passiva". 

Presidente Temer conseguiu a seu favor 263 votos dentre 513 deputados que compõe a Câmara dos Deputados. O número é ligeiramente superior a "maioria simples", mas insuficiente para aprovação de Emendas Constitucionais que exigem a aprovação de maioria absoluta ou 308 votos. Michel Temer vai encontrar muita dificuldade em aprovar a "reforma da previdência" que exige, no mínimo, 308 votos favoráveis pela aprovação. 

Apesar de governo Temer alardear que o País saiu da recessão, a receita da União vem caindo além do previsto na LDO de 2017. Creio, sem medo de errar que o País vai passar o resto do ano de 2017 em estado de "inércia". A prometida retomada do crescimento deverá ocorrer apenas no próximo ano. O motivo da "inércia" é que ainda está por vir muitas denúncias contra o presidente Temer, inibindo os investidores produtivos a tomarem decisão de fazerem investimentos.  

Tomara que eu esteja errado no diagnóstico da situação política econômica deste momento. O Brasil não aguenta mais ficar na posição de esperar pelo futuro. A eventual queda do Temer não traria PT de volta, como supõe muitas pessoas das redes sociais. PT está morto!

Vitória do Temer é vitória do Brasil?

Ossami Sakamori


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Temer: "roubo, mas faço!"

Crédito da imagem: Estadão

Michel Temer ganhou a votação contra a autorização para o STF dar prosseguimento à denúncia formulada pela Procuradoria Geral da República por crime de corrupção ativa.  A vitória foi dada pelos 268 deputados que disseram "sim" ao relatório do deputado Paulo Abi Ackel, PSDB/MG, que produziu relatório favorável à não autorização da Câmara para ser investigado pelo STF, pelo menos, até 31 de dezembro de 2018. Foi vitória do Michel Temer.

À grande imprensa, o presidente Temer afirmou que ganhou o "estado democrático de direito". Sem dúvida que prevaleceu a "democracia", mas dizer que venceu o "estado democrático de direito" é um tanto exagerado. Sem menor dúvida de que ganhou o "toma lá, dá cá". O "estado democrático de direito" não esteve ameaçada, desta feita. O Palácio do Planalto movimentou nestes últimos dias para atender as "emendas parlamentares" e os pleitos das bancadas ruralista, evangélica e de bala. Foi um verdadeiro festival de "toma lá, dá cá", amplamente divulgado pela grande imprensa, sem menor pudor.

O mercado financeiro já esperava o resultado, a vitória do presidente Temer, na Câmara dos Deputados. O mercado financeiro operou durante o dia com o dólar em queda e bolsa em alta. A percepção do mercado é que o País não aguenta mais o prolongamento da "crise política". O mercado financeiro espera ansiosamente a reforma da previdência, após a aprovação da reforma trabalhista, essencial para crescimento sustentável do País.

Certamente, nos próximos dias vão ser feito avaliação de quem perdeu e quem ganhou com o episódio político.  O presidente da Câmara dos Deputados é quem mais ganhou neste episódio, creio. Deputado Rodrigo Maia conduziu a votação em linha auxiliar ao governo Temer desta feita. Rodrigo Maia saiu fortalecido entre os seus pares da Câmara dos Deputados. 

Infelizmente, prevaleceu o ditado: "roubo mas faço!"

Ossami Sakamori


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Temer se coloca como "santo" em vida!

Crédito de imagem: Estadão

Hoje, o plenário da Câmara dos Deputados vai decidir sobre a denúncia do Procurador Geral da República Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. A denúncia se refere ao "grampo" feito pelo Joesley Batista da JBS, no porão do Palácio Jaburu em 7 de março de 2017. Havendo comparecimento de mais de 342 deputados e tendo votos de 172 deputados a seu favor, a denúncia contra presidente Temer ficará "congelada" até o dia 31 de dezembro de 2018. 

Desde que a Câmara recebeu a denúncia do inquérito sobre o presidente Temer da parte do STF, houve movimentação intensa, "abertamente", no Palácio do Planalto e no Palácio Jaburu para "compra" de votos dos deputados. Neste interregno de tempo, foram liberados "emendas parlamentares" dos que apoiam a "não abertura", no meio de grave crise fiscal que vive o País. Estão sendo editadas Medidas Provisórias para atenderem as "bancadas" ruralistas, evangélicas e segurança, tudo para "cooptar" os deputados "indecisos".  

No quesito de "compra de votos" dos deputados, Michel Temer, ao contrário da Dilma na ocasião do impeachment, está muito "eficiente". Michel Temer conseguiu transformar o seu assunto pessoal, a denúncia de crime de natureza comum, em assunto "político". Foi o que a Dilma tentou e não conseguiu. Muitos deputados que "se venderam" não vão comparecer na votação para não serem "marcados" como "vendilhões". Tudo leva a crer que a Câmara não autorizará o STF dar o prosseguimento da denúncia de corrupção passiva. 

O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, prepara mais duas denúncias contra Temer, antes de entregar o posto para a sua sucessora Raquel Dodge no dia 10 do próximo mês. Mesmo Michel Temer se livrando deste "embate", haverão mais dois novos processos que tramitarão como este de hoje. Por puro "egoísmo" e "interesse pessoal" do Michel Temer, o Brasil continuará "politicamente instável". Brasil continuará, "sangrando" por mais dois longos meses, até que se resolvam os processos de natureza criminal comum contra o presidente da República.

Como pode ver na foto do topo desta página, o Michel Temer porta-se como que "santo" fosse. Michel Temer já usa até a coroa de "santo", em vida. 

Hoje, saberemos quem são os "vendilhões" da República. 

Ossami Sakamori