terça-feira, 31 de outubro de 2017

Brasil caminha para o "default".

Crédito da imagem: Estadão

Dando continuidade à matéria de ontem sobre o quadro econômico do Brasil, estou a copilar os dados divulgados pelo jornal Valor Econômico e apresento os números preocupantes da economia brasileira. Hoje, falo do endividamento público do Brasil. Os números são aterrorizantes. Caminhamos celeremente à situação de Grécia antes do default.

Banco Central do Brasil divulgou ontem, até que enfim, os números da dívida pública interna do setor público, incluindo União, estados e municípios. Maior parte do endividamento do setor público, mais de 95%, é da União. 

O endividamento bruto público está em R$ 4,78 trilhões, o que equivale a 73,9% do PIB, maior marca histórica dos últimos 500 anos! Quanto ao endividamento líquido, o setor público registrou R$ 2,39 trilhões, equivalente a 50,9% do PIB, maior percentual desde 2004. 

A diferença entre o endividamento bruto e o endividamento líquido é devido, basicamente, à aplicação do dinheiro da Reserva Cambial, hoje em torno de US$ 380 bilhões ou equivalente a R$ 1,25 trilhão e recursos emprestados ao BNDES dentro do PSI no montante atualizado de R$ 416 bilhões do lado de contas a receber. O restante dos recursos à receber estão pulverizados em diversas rubricas. De qualquer maneira, os recursos à receber rendem juros menores do que aquele que o Tesouro paga ao mercado. Só para entender, os juros decorrentes da Reserva Cambial rendem média 1,25% ao ano e juros do PSI do BNDES é em média 3,5% ao ano.

Pelo andar da carruagem, mantido a atual política econômica e monetária, dentro de 8 anos, o endividamento do setor público brasileiro vai ultrapassar o "número de alerta" de 100% do PIB. Isto é como "bomba relógio", a cada minuto aproximamos-nos da "explosão".

Um presidente da República, no caso o Michel Temer, comemorar os indicadores econômicos é como uma "bofetada" na cara dos contribuintes. A continuidade da política econômica do Henrique Meirelles é aproximar-se cada vez mais do "precipício" ou em jargão técnico aproximar-se cada vez mais do "default".

Há que mudar a matriz econômica compatível ao potencial produtivo do País. Manter a atual matriz econômica é como caminhar para o "suicídio" coletivo. Ainda, assim, o Henrique Meirelles e Michel Temer se apresentam como o "salvadores da pátria".

Ossami Sakamori



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Brasil, situação econômica requer atenção !

Crédito da imagem: Exame

Henrique Meirelles e sua equipe só falam em "déficit primário" ou o "rombo fiscal" para retratar a necessidade de equilíbrio das contas públicas. Os agentes econômicos, incluídos os analistas econômicas do mercado financeiro, fazem "coro" com o ministro da Fazenda e insiste em falar sobre o controle do "rombo fiscal". Henrique Meirelles e o mercado financeiro evitam em falar sobre o "déficit nominal" ou o "rombo real" dos gastos do governo. Isto é coisa combinada, para "camuflar" a situação real das contas públicas do País.

Vamos explicar a diferença entre o "déficit primário" e o "déficit nominal". O "déficit primário" ou o "rombo fiscal" é o dinheiro que falta para pagar todas contas do governo "exceto" juros da dívida pública.  O "déficit nominal" é o dinheiro que falta, após arrecadação de impostos e contribuições, para pagar as contas do governo "incluído" juros da dívida pública.

Antes da edição da Emenda Constitucional do "teto dos gastos" no final de 2016, a Lei de Responsabilidade Fiscal exigia que o "déficit primário" fosse "zero", isto é, que as contas do governo fossem pagas com os impostos e contribuições.  A Emenda Constitucional do "pseudo" teto dos gastos, institucionalizou o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" ao estabelecer o "piso dos gastos públicos" calibrado nos gastos de 2016 corrigido pela inflação. Enterrou de vez a Lei da Responsabilidade Fiscal de 2000. 

Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, persegue o objetivo, tentando limitar os gastos públicos adaptado à nova situação constitucional, não importando o tamanho do "déficit primário" ou o "rombo fiscal". O ano de 2016, as contas do governo federal terminou com o "déficit primário" de R$ 179 bilhões. Tenta o governo Temer fecha o ano de 2017 e 2018 com o "déficit primário" de R$ 159 bilhões. Não se sabe em quanto anda o "déficit nominal". Nos números de hoje, deve andar entre R$ 350 a 450 bilhões. O número é guardado a sete chaves!

Pronto!  Já desviei o foco do assunto sobre os "déficits". Diante da situação precária das contas públicas esquece o Henrique Meirelles e seus aplaudidores da atual matriz econômica e monetária. O "claque" do Henrique Meirelles "faz de conta" ou esquecem por conveniência a discussão sobre a necessidade de "zerar" o "déficit nominal". Enquanto não "zerar" o "déficit nominal", o Brasil continuará aumentando a sua dívida pública. Isto é inexorável. Isto é como 2 + 2 = 4. 

O "déficit nominal" não é divulgado pelo Banco Central para "público leigo" ter acesso fácil. Como disse certa vez o embaixador Rubens Ricupero, no episódio do famoso caso da parabólica: "O que é bom mostra, o que é ruim esconde!". É exatamente isto que acontece com o governo Temer, esconde a todo custo o número do "déficit nominal". E assim, o Brasil caminha celeremente para a situação da Grécia do "default". 

Mesmo assim, o mercado financeiro aplaude a matriz econômica do ministro Henrique Meirelles, porque atende os interesse dos agiotas internacionais. O mercado financeiro só vai enxergar o equívoco da matriz econômica do Henrique Meirelles somente após a previsível "quebra" do País. Fazer o que? Ninguém se preocupa com o destino do Brasil. 

A situação econômica do Brasil requer muita atenção!

Ossami Sakamori



domingo, 29 de outubro de 2017

Sou contra a "ideologia de gênero" !


O quadro acima fazia parte da exposição do Santander, o Queermuseu. A mostra, com curadoria de Gaudêncio Fidelis, reunia 270 trabalhos de 85 artistas que abordavam a temática LGBT, questões de gênero e de diversidade sexual. Se o desenho fosse de minha autoria, estaria eu denunciado pelos crimes de pedofilia e racismo. A Globo e a equipe de jornalismo ficaram iradas com o fechamento da exposição pelo Santander. Os atores globais em sua maioria protestaram contra a "censura" (sic). Isto é o retrato do Brasil que está muito doente!



No meu tempo de piá, não tinha nada disso. Aliás, no meu tempo de moleque, quando uma mulher casada ou solteira estava à "ganhar neném", todos ficavam curiosos qual seria o "sexo" da criança que iria nascer. Ficava aquela torcida se seria "menino" ou "menina". Bons tempos! Por outro lado, estou a assistir na Globo, formadora de opinião, de que o neném nasce "sem sexo". Que o sexo será decidido depois por cada indivíduo, se quer ser masculino ou feminino. Me disseram que isto é "ideologia de gênero". Brasil deve estar mesmo muito enfermo. 

Eita, tempo bom! Sou da época de sentir vibrações em pegar na mão de uma guria que gostava. Sou do tempo do beijo no portão. Amaço mesmo, só no "escurinho do cinema". Agora, não. Os indivíduos "nascem sem sexo". Acabou a festa da molecada! Os meninos e meninas vão decidir sobre o gênero, se masculino ou feminino, após adulto. Escuto dizer que vão propor "certidão de nascimento" com espaço do sexo em branco, para que cada indivíduo possa escolher o sexo depois de adulto. 


Dizem que esta mulher ou homem, não sei dizer, Judith Butler, é precursora da ideologia de gênero. Pela foto já dá para notar que ela ou ele deve ter sério conflito de identidade. Deve ter nascido mulher, mas deve ser homossexual. Nada contra homossexual. Cada um escolhe a fruta que quer comer. O fato é que ela vem para o Brasil nos próximos dias proferir palestras sobre "ideologia de gênero". Bem, o País é livre. Ela que promova a sua palestra e vai assistir quem quiser. 

Por mim, a Globo que vá para o inferno, para não dizer nome mais pesado. Que cada jornalista ou ator global escolham a sua maneira de viver. Nada contra isto. Só não concordo que a Globo, concessionária de serviços públicos, venha impor à população a sua "ideologia de gênero" disseminado nos camarins da Rede. 

Sou contra a "ideologia de gênero". 

Ossami Sakamori




sábado, 28 de outubro de 2017

Brasil está muito doente!

Crédito de imagem: Estadão

Presidente Temer internou-se no Hospital Sírio Libanês para desobstruir o canal de uretra. Segundo o boletim médico, fez raspagem no canal da próstata. O presidente Temer tem também uma obstrução na artéria coronária e terá que fazer cateterismo para implante do stent cardíaco, numa outra internação. Michel Temer fez 77 anos no mês passado. O quadro é considerado natural, segundo médico, para a idade do presidente. 

O presidente Temer está com doença de velhice. Não tão longe dele estou eu com 73 anos, apenas 4 anos a menos que o Michel Temer. É coisa de velhice também reclamar da situação. Para não perder o costume de velhice, há 5 anos que venho reclamando dos últimos governos. É coisa de velho!

Por mais que o ministro da Fazenda Henrique Meirelles diga que o Brasil está melhorando, não aposto na melhora substantiva da economia brasileira. O Brasil está muito doente! O Brasil sofre de hiperplasia, doença de inchaço dos órgãos. O Brasil sofre de câncer da corrupção. O Brasil está sendo corroído por dentro, na espinha dorsal. Enquanto isto, o presidente Temer, o velho doente, diz que venceu a verdade. Não sei qual verdade que ele se refere. Presidente Temer deve estar falando do Brasil doente. Só pode ser.

O novo presidente que assumir no dia 1º de janeiro de 2019 terá que fazer uma cirurgia geral para extirpar todos males que acomete o Brasil. Terá que fazer uma boa lipoescultura para deixar o Brasil mais enxuto. Terá que extirpar a velha maneira de governar o País. O novo presidente que assumir deverá despir-se da vaidade e da soberba que caracterizam os sucessivos presidentes. Brasil terá que passar por Centro de Tratamento Intensivo!

A imagem do Brasil de hoje é a mesma do próprio presidente Temer.

Ossami Sakamori


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Brasil está no mato sem cachorro!

Crédito da Imagem: Exame

Michel Temer anuncia pela rede social que a "verdade venceu", após o plenário da Câmara dos Deputados barrar a denúncia contra ele nos crimes de obstrução de justiça e corrupção ativa. Por outro lado, o governo Temer anuncia a outra "verdade" que não venceu, o "rombo fiscal' recorde de R$ 108 bilhões do governo federal, o pior resultado dos últimos 20 anos. 

O número só vem confirmar o equívoco da política econômica vigente, ao contrário de que afirma o ministro da Fazenda Henrique Meirelles como verdadeira mantra: "O país está melhorando". Deve estar melhorando para seus amigos, os agiotas internacionais que "cobram" os juros reais sobre a dívida pública federal, as mais alta do mundo, deixando atrás apenas a Rússia e Turquia, apesar da taxa Selic de 7,5% ao ano, em vigor desde ontem. 

Um dado que exige cuidado sobre a avaliação do "rombo fiscal" é que, segundo o mesmo governo Temer, até setembro teria liberado 69% do Orçamento Fiscal, que falta ainda 31% a serem liberados até o final do ano. Vamos lembrar que a LDO de 2017, já revisada, prevê "rombo fiscal" de R$ 159 bilhões. Mesmo assim, o presidente Temer liberou mais de R$ 10 bilhões para "toma lá, dá cá" para livrar-se da denúncia de formação de quadrilha no STF. 

Volto a afirmar que a vitória do Michel Temer na Câmara dos Deputados é como vitória do Pirro. O País pagou muito caro para manter o presidente Michel Temer no poder, com receio de que mais uma mudança no Executivo seria pior para a economia brasileira. E ainda tem gente que defende Michel Temer na presidência da República. 

Brasil se encontra no mato sem cachorro!

Ossami Sakamori

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Rodrigo Maia, primeiro ministro!

Crédito da imagem: Estadão

Após rejeição pelo plenário da Câmara a segunda denúncia contra presidente Temer, com placar menor que a primeira, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia ganha corpo. Muita gente torce o nariz, mas a realidade é inexorável, sobretudo Maia ocupando a função de substituto natural do presidente Michel Temer na sua ausência ou na sua falta. Para corroborar com o novo ambiente político, ontem, o presidente Temer teve que ser internado às pressas para resolver problema de saúde.

O povo brasileiro tem trauma com as doenças dos presidentes da República após a morte do presidente eleito Tancredo Neves. Tancredo Neves morreu no Hospital do Exército acometido que foi de diverticulite no intestino. Antes, no regime militar, o presidente Artur da Costa e Silva morreu de derrame cerebral em pleno exercício da sua função. A doença do presidente Michel Temer, segundo boletim médico, é apenas obstrução urinária com hiperplasia do próstata, mas a trauma do povo continua.

Com a defecção na base aliada em relação à votação da primeira denúncia, o cacife político do presidente Michel Temer diminuiu. No vácuo do poder efetivo e somado à doença do Temer, embora de pouca gravidade, ascende como protagonista no cenário político conturbado o nome do deputado Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara dos Deputados e sucessor natural do presidente Temer na linha direta. 

Rodrigo Maia tem manisfestado à grande imprensa que o dia seguinte da votação da denúncia do presidente Temer vai debruçar-se na votação de reformas estruturantes de inciativa do Congresso Nacional nos pontos que não exija quorum de Emenda Constitucional. Prevê o deputado Rodrigo Maia de que fará "dobradinha" com o ministro Meirelles para tocar reforma tributária e reforma da previdência "desidratada". Para viabilizar o objetivo conta com o apoio do presidente do Senado Eunício de Oliveira do PMDB. 

A nova configuração política funcionaria "como se fosse parlamentarismo" com Rodrigo Maia como primeiro ministro, sem pasta. Dentre meus leitores, a maioria vai torcer o nariz. Fazer o que? A realidade nos impõe a nova configuração das forças políticas. Isto é inexorável !

Rodrigo Maia será o "primeiro ministro", sem pasta!

Ossami Sakamori



quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Temer: Quem quer dinheirooo!


Hoje é dia de pagamento das promessas de "toma lá, dá cá" do presidente Temer. Está previsto para começar a votação da autorização ou não do presidente Michel Temer e dois dos seus principais ministros sobre crimes de obstrução de justiça e formação de quadrilha. É primeira vez na história do País que a Câmara dos Deputados vota tais medidas contra um presidente da República. Pior, a Câmara dos Deputados vota o segundo pedido de autorização do STF para dar prosseguimento à investigação dos crimes comuns de um chefe do Poder Executivo. 

Em qualquer país do "primeiro mundo", um presidente da República nas mesmas condições do Temer, com forte indício da prática de crimes comuns e com a popularidade quase encostando no chão, já teria renunciado  ao cargo ou se encontraria na cadeia. A previsão é de que a votação de hoje vai livrar o presidente Michel Temer do prosseguimento da denúncia pela prática de crimes comuns. 

A grande imprensa estima promessa de distribuição de "vantagens" e "benefícios" no montante de R$ 10 bilhões aos deputados que vão votar contra a "autorização". A autorização dos gastos públicos e ou desonerações de impostos ou multas vem no mesmo momento em que o ministro da Fazenda Henrique Meirelles anuncia o aumento do "rombo fiscal" de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões. Este último número é exatamente o dinheiro que falta para pagar as despesas correntes do governo federal. 

Michel Temer ao mesmo tempo que libera cerca de R$ 10 bilhões para atender aos interesses dos parlamentares favoráveis à permanência do presidente, busca no mercado financeiro nacional e internacional dinheiro para cobrir o "rombo fiscal" de R$ 159 bilhões, emitindo títulos da dívida pública, pagando o maior juros reais do mundo deixando atrás apenas a Rússia e Turquia, dentre 40 maiores economias do mundo.

Hoje é o dia de distribuição dos R$ 10 bilhões, valor que custa a permanência do Michel Temer no cargo de presidência da República. Os deputados que vão votar contra a autorização de prosseguimento da investigação do presidente Temer pelo STF são os "beneficiários" do "dinheilama" (dinheiro do lamaçal de corrupção). 

Quem quer dinheirooo?

Ossami Sakamori



terça-feira, 24 de outubro de 2017

Você é otário! Eu, também!


Pois é!  Você pode ir preparando o seu bolso para pagar o jantar que o presidente Michel Temer vai oferecer às principais lideranças da base aliada, hoje à noite. O jantar tem como finalidade "garantir o apoio" dos deputados na votação que definirá a autorização ou não da denúncia que corre contra presidente Temer no STF pelos crimes de obstrução de justiça e de formação de quadrilha.  É natural que a conta do jantar quem paga é você, um otário da república que se soma a mim. 

Presidente Temer precisa de 172 votos a seu favor dentre 513 deputados para impedir que a oposição alcance 342 votos para autorizar o prosseguimento da denúncia no STF. Na primeira denúncia, o presidente Temer conseguiu 273 votos a seu favor, muito acima dos 172 votos para impedir a autorização. O placar é francamente favorável ao presidente Temer. 

O Brasil está literalmente parado há mais de um mês por conta da segunda denúncia do STF contra o presidente Temer. Segunda a grande imprensa, nesse intervalo de tempo o País teria gasto cerca de R$ 10 bilhões, incluindo neste todos benesses obtidos pelos parlamentares. O favorecimento inclui sobretudo as renúncias fiscais, emendas parlamentares e privatizações canceladas. O gasto de R$ 10 bilhões ocorre exatamente no momento em que o governo exige do povo o aperto fiscal para conter o "rombo fiscal" deste e do próximo ano em R$ 159 bilhões. 

É um verdadeiro festival de "toma lá, dá cá" com o dinheiro do contribuinte. O jantar de hoje é para consolidar todas articulações do "toma lá, dá cá" feitas nesses últimos 30 dias. 

Enquanto isto, lá fora, o povo brasileiro experimenta os piores indicadores dos últimos 100 anos. Um jantar no meio de 40 milhões de desempregados e desalentados e 60 milhões de endividados com nome sujo é mais um "tapa na cara" do povo otário. Claro, eu sou parte deste povo otário, que não aprende votar certo para que isto venha se repetir décadas após décadas. Fazer o que? 

Você é otário! Eu, também!

Ossami Sakamori


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Meirelles quer ser presidente da República

Crédito da imagem: Reuters

A revista Veja comenta a pretensão do ministro Henrique Meirelles de se candidatar ao cargo de presidente da República em 2018. Diz a Veja que o "mercado" também aprova a pretensão do ministro da Fazenda. Coloco em questão se ele terá o "voto" para alcançar a sua pretensão. Ontem mesmo este blog fez matéria como que ele fosse "farinha do mesmo saco" junto com o Lula, Dilma e Temer. Isto mostra que estou na "contra mão" da pretensão do ministro da Fazenda.

Pretender ser presidente da República pode ser de qualquer cidadão brasileiro desde que seja maior de 35 anos e tenha filiação partidária até o dia 6 de abril do próximo ano. Está no direito de Meirelles "pretender" ser. Meirelles oficializou até o casamento para preencher "condição subjetiva" para pretender a condição de ser um presidente da República. 

Henrique Meirelles, 72, é engenheiro civil, iniciou a carreira em 1974 no BanK Boston nos Estados Unidos onde trabalhou por 28 anos. Ele foi presidente do FeetBoston Financial após a fusão de duas instituições financeiras até se aposentar em 2002. Lula eleito em 2002, foi buscar Henrique Meirelles para presidir o Banco Central do Brasil para acalmar o "mercado". À aquela altura, Meirelles estava eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás. Desfilou-se do PSDB para tornar-se presidente do Banco Central do Brasil.

A trajetória do Henrique Meirelles esteve ligado, sempre, ao "mercado financeiro internacional". Como presidente do Banco Central, uma das primeiras medidas foi o pagamento de empréstimo do FMI no montante quase ridículo de US$ 18 bilhões enquanto herança do Brasil do PT deve cerca de cerca de US$ 470 bilhões de dívida líquida ou US$ 1,45 trilhão de dívida bruta. Meirelles e Lula utilizaram isto por muito tempo como "mote" da administração petista: "Lula pagou o FMI". O Brasil caminha celeremente à condição de Grécia, se não tomar medidas urgentes na questão de administração da dívida pública. 

Meirelles foi o responsável pelo empréstimo do Tesouro Nacional para o BNDES, aprovado pelo Senado Federal, no montante original de R$ 359 bilhões, denominado de PSI - Programa Sustentável de Investimentos. Acontece que o dinheiro para o PSI foi empresado aos empresários "amigos do Planalto" à taxa média de 3,5% fixos, enquanto o Tesouro pagava taxa Selic acima de 10% ao ano. Meirelles foi o idealizador e executor do "Bolsa empresário" do governo Lula. 

Após deixar a presidência do Banco Central, Meirelles foi ser um dos principais executivo do J&F, dos conterrâneos Joesley e Wesley Batista. Se antes o Meirelles, no governo Lula estava na ponta de "doador" dos empréstimos via BNDES, com sua saída do governo Lula foi ser o "tomador" de empréstimo junto ao BNDES. Não tem como o Henrique Meirelles querer dissociar o seu nome da "herança maldita", pois ele próprio foi artífice da política econômica que terminou na desgraça para o País. Não tem como Meirelles dissociar seu nome dos irmãos Batista, também. 

Henrique Meirelles como ministro da Fazenda do governo Temer, tenta impor o "teto dos gastos", mas não consegue. O País continua com os "rombos fiscais" que leva o nome de "déficit primário" na altura de R$ 159 bilhões, equivalente a cerca de 2,5% do PIB, quando deveria estar com o "superávit primário" no mesmo montante, conforme o desejo do mercado financeiro internacional e do FMI. 

Na próxima quarta-feira deve definir a taxa Selic para próximos 45 dias. O mercado espera Selic entre 7,25% a 7,5%. Ainda assim, o Brasil continua pagando a maior taxa de juros reais dentre 40 maiores economias do mundo, deixando atrás apenas a Rússia e Turquia. 

Henrique Meirelles no posto de presidente da República é como vender o galinheiro para o lobo, pois cuidando dele já está na condição de ministro da Fazenda.  

Meirelles quer ser presidente da República!

Ossami Sakamori

domingo, 22 de outubro de 2017

Tudo, farinha do mesmo saco!

Crédito da imagem: Veja

O "messiânico" Henrique Meirelles dá indicação de que a taxa básica de juros Selic deverá terminar o ano abaixo de 7% ao ano. O ministro da Fazenda prevê tendência de uma forte e robusto crescimento do País para o próximo ano. Meirelles diz constatar uma visível retomada de investimentos do setor produtivo. Ele tem os números na mão para poder fazer tais afirmações. Mas, receio que tanto otimismo não condiz com a realidade. 

Olhando a política econômica de fora do governo, podemos dizer que tais afirmações são um tanto exagerado. É certo que o País já saiu da pior recessão dos últimos 100 anos, mas tamanho otimismo não guarda relação com o quadro econômico atual. Pontualmente, o ministro da Fazenda cita "a queda no valor dos alimentos aumentou o poder de compra do salário mínimo, ressaltando que este ganho foi de 16,7%". Receio que o preço dos alimentos venha subir nos próximos meses com a chegada do verão. 

Os indicadores econômicos mostram um quadro totalmente diverso daquele do ministro da Fazenda Henrique Meirelles. O número de desempregados e desalentados continuam no mesmo patamar de 40 milhões, enquanto o IBGE apresenta contratação de apenas 35 mil trabalhadores com carteira assinada, o que vem a ser uma gota no oceano. Outro indicador importante, o número de inadimplentes, continua no mesmo patamar de 60 milhões de adultos negativados.

Só vamos lembar que o "messiânico", Henrique Meirelles foi o principal condutor da política econômica do governo PT por 8 longos anos, que nos levou à "pior crise econômica" dos últimos 100 anos. Engana-se quem pensa que o único culpado pela dita "herança maldita" é apenas do governo Dilma, período em que Meirelles esteve afastado das funções públicas. No período do governo Dilma, Meirelles participou ativamente como principal executivo do grupo JBS, que provocou prejuízos bilionários ao BNDES. Meirelles não é nem santo e nem messiânico!

Na política tem essas coisas. Meirelles "ignora" que participou ativamente do governo PT. Michel Temer quer descolar-se da Dilma Rousseff, ainda que tenha sido eleito na chapa dela, no cargo de seu substituto natural.  Nem vamos pensar que o vice-presidente deu golpe no seu titular. Mas, o presidente Temer chama para a equipe do governo o Meirelles do Lula (PT) e muitos ex-ministros da Dilma (PT) para compor sua equipe de governo. Está como diz um velho ditado: "Tudo, farinha do mesmo saco!".

Ossami Sakamori


sábado, 21 de outubro de 2017

Uai, sou contra Temer !



Muitos leitores me questionam o motivo porquê insisto em manter minha posição contra o presidente Michel Temer, numa conjuntura com sinais de saída da depressão econômica. Questionam também o porquê deixei de postar críticas ao Lula, Dilma e PT. Uai, simples! Michel Temer é atual presidente da República Federativa do Brasil. A "quadrilha" do PT que sangrou o país durante 13 anos, não mais está no poder. Não costumo chutar cachorro morto!

O Lula, Dilma e PT são cachorros mortos! Roubaram o País, endividou o País nos níveis que envergonham a pátria. Criaram "castas" de ladrões dos cofres públicos, piores do que os "arrombadores de caixas eletrônicas". O PT e seus asseclas colocaram o País a serviço do projeto de "permanência" no poder por décadas. Isto é, passado, felizmente! Este blog postou mais de 2.300 matérias para ajudar "derrubar" o governo do PT, desde 2012, muito antes das Operações Lava Jato, enquanto muitos estavam batendo palmas para o governo Dilma. 

Este blog não compactua com a "ladroagem" nos cofres públicos, seja qual for o partido. Os partidos que hoje compõem a base aliada foram "co-participantes" dos sucessivos governos PT. Como dizem no ditado popular: "tudo farinha do mesmo saco!". Michel Temer é representante da "ala dissidente" do governo que tomou conta do País por 13 longos anos. Apoiar Temer é apoiar os mesmos métodos dos governos PT. O principal condutor da política econômica do Michel Temer é o mesmo Henrique Meirelles que comandou a política econômica do governo Lula por 8 longos anos! Só mudou o dono do "curral", mas o gado é o mesmo, "subserviente" aos interesses do seu dono, não importa se o nome: Lula, Dilma ou Temer. 

Não posso, à essa altura da vida, concordar com o presidente Michel Temer no seu método de governar o País, tudo baseado em "toma lá, dá cá!". O "toma lá, dá cá" com o dinheiro nosso, o do contribuinte brasileiro! O método é o mesmo do governo que hoje presidente Temer combate, o do PT. Até ladroagem dos cofres públicos continua o mesmo!

A argumentação de que "sem Temer" seria pior para o País, não procede. O Brasil tem "vocação" para crescimento sustentável. Qualquer nome que venha, eventualmente, substituir o Michel Temer, com a mínima noção de uma matriz econômica sustentável, terá condição de conduzir o País até 31 de dezembro do próximo ano sem nenhum percalço. Insistir no Temer é admitir a nossa incompetência!

Enquanto o parlamento decide sustentar o governo Temer em troca de "toma lá, dá cá", o País está a viver sucessivas crises políticas, deixando para "são nunca" as reformas estruturantes que o País necessita, urgentemente. Temer não tem condições de aprovar as reformas estruturantes sem o apoio popular. Sem opção, o povo brasileiro caminha silenciosamente, como manada de boi fosse, ao caminho do matadouro!

Com Temer ou sem Temer, Brasil mostrará que é capaz de crescer sustentavelmente. Para tanto, basta que os políticos não atrapalhem o setor produtivo, que geram impostos para sustentar a máquina do governo. 

Ossami Sakamori
@SakaSakamori



sexta-feira, 20 de outubro de 2017

O culpado é o mordomo Geddel !

Crédito da imagem: Valor Econômico

A Procuradora Geral da República raquel Dodge, em sua manifestação sobre pedido de liberdade do Geddel Vieira Lima, no processo de apreensão dos R$ 51 milhões no apartamento alugado pelo ex-ministro em Salvador, disse que o ex-ministro "fez muito em pouco tempo" e apontou como "líder da facção criminosa". Isto, acontece na véspera de votação da autorização pela Câmara dos Deputados o prosseguimento da ação contra o presidente Michel Temer acusado de "obstrução de justiça" e "formação de quadrilha".

A manifestação encaminhada pela Procuradora Geral da República para o STF, neste momento, parece coisa encomendada para tirar das costas do presidente Temer o título de "chefe de quadrilha". Vamos lembrar que o Geddel Vieria Lima foi o principal articulador político do governo Temer até o seu afastamento em função da tentativa de favorecimento na construção de um edifício em Salvador junto a Iphan.

Na próxima quarta-feira, dia 25, está previsto para ser votado pelo plenário da Câmara dos Deputados a autorização de prosseguimento ou não as denúncias apresentadas pelo PGR no STF contra presidente Temer pelos crimes de "obstrução de justiça" e "formação de quadrilha".  O povo já sabe que o resultado vai ser favorável ao Michel Temer, afinal o "líder da facção criminosa" é o "mordomo" Geddel.

Ossami Sakamori
@SakaSakamori



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Ricardo Ferraço: "Tou fora do Aécio!"

Crédito da imagem: Veja

Ricardo Ferraço, senador do PSDB pelo Espírito Santo, anuncia sua decisão de licenciar-se do cargo por período indeterminado em razão da recondução do senador Aécio Neves, também, do PSDB. Embora sendo correligionário do senador mineiro, faltou à sessão que decidiu pelo não acatamento da decisão da segunda turma do STF que tinha afastado Aécio Neves das funções parlamentares. 

Senador Ricardo Ferraço, 54 anos, nascido em Cachoeira de Itapemirim, faz arte da família de político. Já foi vereador, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e foi eleito para o cargo de senador da República em 2010. Ingênuo, ele não é!

Para o senador capixaba, os seus pares do Senado Federal reproduzem  o comportamento político que apedrejavam até outro dia. Segundo Veja, senador Ricardo Ferraço teria dito: "Estamos fazendo exatamente aquilo que o PT fazia e nós condenávamos. Estou fora!"

É evidente que o senador Ricardo Ferraço deve ter o seu projeto político que envolve eleições de 2018, já que o seu mandato expira no dia 31 de janeiro de 2019. Como qualquer outro parlamentar, o senador não deve ser tão "ingênuo" e nem "santo", uma vez que ocupou várias funções no governo do seu estado, mas vale o "gesto" pela "repulsa" ao episódio que envolveu o seu colega senador Aécio Neves. 

Enfim, a luta pelo resgate do Brasil decente, continua!

Ossami Sakamori


quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Aécio Neves volta ao Senado

Crédito de imagem: El país

Numa sessão acalorada, o plenário do Senado Federal rejeitou a decisão da segunda turma do STF que tinha afastado o senador Aécio Neves da função de senador da República. O resultado foi 22 votos SIM à decisão da segunda turma do STF e 44 NÃO. Pelo regimento do Senado Federal seria necessário 41 votos favoráveis à volta do senador mineiro. Aécio Neves será "mais um" senador da República investigado pelo Ministério Público Federal.

A votação ocorreu em função de que o plenário do STF, por votação apertada de 6 conta 5 votos, ter decido que o "afastamento" votados pelos ministros da segunda turma do STF deveria ter "convalidação" pelo Senado Feral. Em tese, desde então, o STF não é mais guardião da Constituição Federal. O voto de desempate coube à presidente do STF Carmen Lúcia. Na véspera, Carmen Lúcia teria feito "acordo" com os presidentes do Senado e Câmara para o STF lavar as mãos sobre a decisão de afastamento ou não do Aécio Neves. Carmen Lúcia se omitiu. 

Também, influiu na decisão da volta do senador Aécio Neves, a iniciativa do presidente Michel Temer, com aceno do já conhecido "toma lá, dá cá". Na véspera da votação, o presidente Michel Temer teria se reunido com o presidente da CCJ do Senado Federal Raimundo Lira para tratar do tema, mais uma vez, no Palácio Jaburu. 

Segundo Estadão, maioria dos senadores que votaram à favor da volta do senador Aécio Neves, estão, igualmente, investigados pela PGR sobre os mesmos crimes que está sendo imputado o senador mineiro. Pelo visto, o que predominou foi mesmo o "espírito de corpo": todos "unidos" para "se salvar" dos processos criminais em andamento. 

Mais uma latrina foi aberta, desta feita nos recintos do Senado Federal. A "catinga" emana da Praça dos Três Poderes!

Ossami Sakamori




terça-feira, 17 de outubro de 2017

Fim do casamento Temer/ Maia.

Crédito da imagem: Veja

No meio da discussão do processo de autorização da abertura do inquérito do presidente Temer e dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco pelo STF, em curso na CCJ da Câmara dos Deputados, o presidente da Casa Rodrigo Maia viaja para Chile, em missão oficial, nesta quarta-feira, dia 18 de outubro.  Ao que parece o "casamento" chegou ao fim.

A briga entre ambos, Michel Temer e Rodrigo Maia, vem de antes. O presidente da Câmara dos Deputados ficou muito irritado com a interferência direta do Temer na adesão dos deputados dissidentes do PSB ao PMDB. Rodrigo Maia que é do DEM, já vinha fazendo tratativa para que a adesão ocorresse ao seu partido, o DEM, antes do presidente. Com a interferência do Michel Temer, a pretensão do DEM em tornar-se o terceiro maior partido do Congresso Nacional se frustou. 

O imbróglio culminou com a acusação pelo advogado do Michel Temer sobre o processo de "obstrução de justiça" e "formação de quadrilha" ao presidente da Câmara dos Deputados. O advogado do Temer acusou o presidente Rodrigo Maia pelo "vazamento" do vídeo onde o doleiro Lúcio Funaro confirma a participação do presidente Temer no "esquema de propinas" ao favor do PMDB. Não houve vazamento. O vídeo em referência estava postado no site da Câmara dos Deputados no final de mês passado. O advogado se desculpou, mas o "clima" ente Temer e Maia ficaram "estranhos".

O pano de fundo dessa "briga" está a pretensão do César Maia, pai do deputado Rodrigo Maia, em ser candidato ao cargo de governador do Rio de Janeiro em 2018. Lá no Rio, César Maia vai disputar com o PMDB, o partido do Michel Temer. Dentro da circunstância, não é bom que no plano federal o Rodrigo Maia do DEM continue "em namoro" com o Michel Temer do PMDB. 

Seja como for, presidente Temer perdeu a oportunidade de contar, novamente, com o apoio do presidente da Câmara dos Deputados para ajudá-lo a livrar-se do processo de autorização para abertura de inquérito no STF. A relação de ambos vão azedar cada vez mais, na minha avaliação. Diante do fato, creio muito difícil as reformas estruturantes como a tributária e previdenciária serem votados na gestão Temer. Posso estar enganado. Só história vai confirmar ou não, as minhas previsões.

Ossami Sakamori


segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Até quando, presidente Temer?

Crédito da imagem: Estadão

Michel Temer não nos deixa sossegado nem mesmo nos finais de semana.  O presidente Temer, do Palácio do Jaburu, residência oficial, articula livrar o Aécio Neves, seu aliado, do afastamento do cargo de senador da República. Na outra frente, o presidente Temer atirou petardo contra o deputado Rodrigo Maia sobre suposto "vazamento" de vídeo do delator Lúcio Funaro à imprensa. Nunca dantes vimos níveis tão baixo de "sacanagens" políticas. 

Sinto-me inútil ter que ficar comentando sobre a "briga de comadres", dos bastidores da política, que é veiculada pela grande imprensa ao invés de comentar sobre o "futuro" da economia do País. Vamos lembar que o Brasil está "tentando" sair da pior "depressão" dos últimos 100 anos! Já faz mais de dois meses que só se fala em possível afastamento do presidente Temer, acusado de "corrupção passiva", "obstrução de justiça" e "formação de quadrilha". Enquanto isto, a pauta das reformas estruturantes vão ficando para dia de "são nunca".

Recebi forte oposição dos meus leitores quando escrevi uma carta para presidente Temer em 30 de maio último. Antes tivesse, o Michel Temer, atendido à minha sugestão. O comportamento do presidente Michel Temer continua o mesmo de antes: "soberbo" e "se achando o dono do Brasil". Não, não é, o Brasil pertence a 207 milhões de brasileiros com nome e sobrenome, todos contribuintes de impostos diretos ou indiretos. Sim, nós somos parte desta "pouca vergonha" que acontece na política brasileira.

De leniência em leniência, o povo brasileiro vai levando no seu "fio fó", sem reclamações. O povo brasileiro só lamenta a "dor" que sente do sacrifício a ele imposto, no entanto, não toma nenhuma atitude que vá na direção da mudança. Pelo contrário, a maioria "exige" a permanência do Michel Temer, acusado pelo PGR de "chefe da quadrilha" no cargo máximo da República. 

Presidente Temer! Até quando a sua Excelência vai gastar o nosso dinheiro para tentar manter-se no poder?

Ossami Sakamroi
@SakaSakamori


domingo, 15 de outubro de 2017

WANTED! Vivo ou morto!








Brasil está no fundo do poço, politicamente. Os três principais partidos do País, PT, PMDB e PSDB, estão no meio de "tempestade de areia". O Lula, o Temer e o Aécio estão no meio de denúncias sobre "corrupção passiva" e "formação de quadrilha". Pelo jeito, o "imbróglio" não vai terminar tão cedo. A crise de identidade política que envolve os três principais partidos do País deverá avançar 2018 a dentro. Que Deus tenha piedade do povo brasileiro!

A crise política "chamusca" os três poderes da República. Está um "jogo de empurra" entre o Poder Executivo, Poder Judiciário e Congresso Nacional. As quadrilhas, cada um per si ou em conjunto, estão com seus tentáculos estendidos sobre "notáveis" figuras que dominam a "republiqueta" há anos. À essa altura, a maioria já baixaram as máscaras e assumiram de vez a sua "parcial posição". É o "podridão" que reina fedorenta Esplanada dos Três Poderes. 

Se fosse nos Estados Unidos, as figuras do topo estariam sendo "WANTED", vivo ou morto. Na republiqueta de quinta categoria, as notórias figuras terão influência decisiva na escolha do futuro presidente da República. Fazer o que?

Ossami Sakamori




sábado, 14 de outubro de 2017

SOS OBESOS: Acorda Brasil!


Crédito da imagem: Saúde Abril

Colaboração: jornalista Toninha Rodrigues

Obesos pedem socorro: 
Lei dos anorexígenos é desrespeitada e pisoteada, enquanto a obesidade aumenta a cada dia!

Na semana em que se comemora o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade, em 11 de outubro, o Brasil continua com índices crescentes de aumento de peso, chegando à marca de 53,6% da população adulta, segundo pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, realizada no decorrer do ano de 2016.

O confinamento dos grandes centros, com tempo escasso para cuidar da qualidade do que come e aliado a diversões sedentárias, como TV, games e computador, mais a grande oferta de alimentos industrializados e os chamados fast food, contribuem grandemente para a adoção de um estilo de vida contrastante com o viver saudável tão recomendado e necessário.

Ouve-se muito falar em atividade física e cuidados dietéticos. A megalópole paulistana, a exemplo de outras capitais, chegou a espalhar ciclofaixas por suas vias, para incentivar que os corpos se movimentem, enquanto estabelecimentos comerciais investem em orgânicos, desnatados, saladas, práticas anti-gordura e anti-açúcar e grande variedade de frutas como alternativa a itens calóricos; por sua vez, as discussões midiáticas passaram a incluir com freqüência o link “hábitos saudáveis” em suas pautas...

A Organização Mundial da Saúde (OMS) sinaliza o montante de 700 milhões de obesos para 2025, enquanto no Brasil o Ministério da Saúde aponta um crescimento de 26,3% da população obesa nos últimos dez anos, indicando que metade da população brasileira está acima do peso e que o número de obesos atinge a marca assustadora de 60% do total de adultos.

Considerada doença crônica pela própria OMS (CID 10), a obesidade traz conseqüências drásticas para o paciente, cuja condição ainda é vista com preconceito e ignorância no que diz respeito às causas e às formas de tratamento, especialmente o emprego de medicamentos para o controle desse mal.

Não bastam campanhas para que se coma menos e se movimente mais. Comer menos e se movimentar mais nem sempre dependem da escolha do obeso, assim como também não garantem que o organismo vá reagir da maneira como se espera. A obesidade, como já falamos neste blog por diversas vezes, é causada por fatores variados e a reação aos tratamentos disponíveis depende de cada organismo. Disfunções glandulares e hormonais, síndromes metabólicas e emocionais, sequelas de tratamentos de outras patologias, como as que exigem o emprego de corticóides, por exemplo, figuram entre os causadores mais conhecidos.

O que obesos e médicos vêm fazendo há seis anos é não só tentar garantir o direito a tratamento medicamentoso seguro e eficaz, mas também que essa alternativa seja respeitada nos âmbitos clínico e legal.

Estamos falando dos inibidores anfepramona, fenproporex e mazindol, cuja volta ao mercado nacional tornou-se possível desde 26 de junho deste ano, por força da aprovação do PL 2431/11, transformado na Lei 13.454/17.

A referida lei autoriza a produção, comércio e consumo dessas substâncias, depois da polêmica proibição feita pela Anvisa, em 2011, mesmo sob a argumentação e demonstração de eficácia e segurança por especialistas, além do uso dos medicamentos por mais de 50 anos sem relatos de perigo ou de óbitos.

Até o momento, não há cura para essa doença, apenas controle, que culmina com a diminuição do peso (IMC – Índice de Massa Corporal) e a manutenção do resultado pretendido. Esse controle envolve, entre outras medidas, justamente o emprego de terapia medicamentosa, a partir da qual o paciente conseguirá, com o avanço dos resultados, aderir a outras terapias, como atividades físicas, além de dieta adequada a cada situação.

A lei está em vigor, sal para manipular anfepramona disponível (femproporex chegará em breve, segundo informações de produtores e importadores), mas a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que deveria, enquanto órgão governamental, ao menos garantir que a lei seja cumprida, passou a amedrontar farmacêuticos e até médicos, impondo uma resolução de 2014 (RDC 50), contrariando a lei e a própria hierarquia jurídica; por outro lado, um entidade chamada Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde (CNTS), inventou protocolar, junto ao STF, uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn), pleiteando a impugnação da Lei sancionada em junho/2017.

Enquanto desrespeitam a lei ou tentam impugná-la, vendedores de medicamentos adquiridos ilegalmente ou “fabricados” em condições totalmente fora da lei e dos padrões de qualidade e controle, no chamado “mercado negro”, agem impunemente.

Esses sim colocam a vida de milhares de pessoas em grande risco, além de cobrarem preços exorbitantes. Em paralelo, esses milhões de pessoas vítimas da obesidade correm riscos também com medicamentos caríssimos e sem formulação voltada para tratar a doença (como Victoza, para diabetes, e Venvanse, indicado para TDAH) e a moda da cirurgia bariátrica, absolutamente dispensável se houver terapia farmacológica adequada e segura. Um detalhe é que mais de 70% dos pós-bariátricos voltam a ganhar peso em
cerca de quatro anos. 

Por fim, o governo federal é obrigado a investir cada vez mais com o aumento dos níveis de obesidade, que      trazem consigo aumento simultâneo de casos de diabetes, hipertensão, artroses, depressão, asma/bronquite, câncer, infertilidade e riscos de enfarto e AVC.

Relatório divulgado pela World Obesity Federation, organização sediada em Londres, para acompanhamento e pesquisa sobre a doença, aponta custos mundiais para o tratamento dessas sequelas em torno de US$ 1,2 trilhão anuais a partir de 2025. No Brasil, as cifras do relatório sugerem o aumento de US$ 16,7 bilhões em 2014 para  US$ 34 bilhões em 2025.


Os obesos pedem socorro e respeito!! Acorda governo brasileiro!

Toninha Rodrigues
Jornalista, professora e integrante do movimento pela saúde dos obesos.