segunda-feira, 31 de março de 2014

Cadê a bolha imobiliária?

Escrever sobre bolha imobiliária é como escrever sobre bolha financeira.  Todo mundo sabe que existe, mas ninguém mostra tecnicamente que ela existe.  Existem tantas variáveis que influenciam o mercado imobiliário, mas podemos escrever algo, como já fiz várias vezes neste mesmo blog.  Meu índice de acertos dos temas que trato aqui é muito grande.  Aqueles que me acompanham há tempo, sabe do que eu falo.


A pergunta que se faz é se a bolha imobiliária ainda existe ou não. Vocês estão curiosos para saber se a bolha já estourou ou não.  Pois vou dizer pela minha experiência no mercado imobiliário nestes últimos 45 anos, que a situação se configura como bolha imobiliária.  Como vocês sabem, a minha formação é engenheiro civil.  Atuei muito nesta área.  Ganhei muito dinheiro, mas perdi na mesma proporção, também.

Eu me lembro que o primeiro boom do mercado imobiliário se deu no período do governo Figueiredo, no regime militar. Lembro-me até hoje, que o Figueiredo tinha propósito de suprir a demanda não atendida de 6 milhões de moradias.  Havia escassez de oferta e ao mesmo tempo tinha demanda reprimida pelo crescimento espantoso do País no período da ditadura militar.  Era época do glorioso BNH - Banco Nacional da Habitação.

De lá para cá, a Caixa Econômica Federal que absorveu o BNH, continua atuando praticamente sozinha na modalidade de financiamento imobiliário.  Governo Lula colocou como prioritário o programa habitacional, tal qual fizera o general Figueiredo. Criou o programa Minha Casa Minha Vida, com subsídios dados com dinheiro do trabalhador, o FGTS. A Dilma deu continuidade ao programa habitacional, como o objetivo de construir 1 milhão de habitações por ano.


A inserção da classe média no mercado de consumo, fez com que a demanda pela habitação crescesse, tal qual no período do regime militar.  As construtoras e incorporadoras foram chamadas para fazer empreendimentos para atender a demanda reprimida.  Houve boom do mercado imobiliário.  Os preços dos imóveis foram às alturas, subindo muito além da inflação.  Parecia que o ciclo de lançamentos imobiliários não iria acabar nunca.  Mas, tudo tem o limite.  O endividamento da população está a chegar no limite. Isto afeta diretamente o mercado imobiliário.

Nestes últimos 4/5 anos, houve procura frenética de imóveis para investimentos muito mais do que para moradia, propriamente dita.  Houve muitas compras feitas na planta para especulação.  A classe emergente, viu no investimento em imóveis na planta como alternativa de ganho fácil.  Dava-se uma pequena parcela de sinal de negócio e bastava esperar a entrega do empreendimento.  O lucro era certo.

Pois, a bolha estourou!  Os preços dos imóveis mal acompanha a inflação oficial.  As incorporadoras que embutiam lucros astronômicos estão sendo obrigados a enxugar a margem de lucros para desencalhar.  Muitas vezes, as incorporadoras estão tendo que vender o imóvel, com margem lucro zero, apenas para livrar-se do empréstimo plano empresário junto a Caixa Econômica ou outro agente financeiro.


Se antes, os plantões de empreendimentos imobiliários estavam cheios de clientela, hoje, vivem às moscas.  Hoje, você consegue negociar muito bem na hora da compra.  As incorporadoras e construtoras dão descontos que vão até 30% do valor da tabela.  E vou mais longe.  A clientela, hoje, pode exigir que as incorporadores mobiliem os apartamentos para fechamento do negócio, além do desconto.  

Os especuladores estão desistindo de continuar o pagamento das prestações da parte não financiada.  Isto é o começo do fim do boom imobiliário.  Começam aparecer, aqui e acolá, a placa de "Vende-se".  Isto é o prenúncio ou mesmo constatação do estouro da bolha imobiliária.  A crise imobiliária nos EEUU, começou assim, embora pelo motivo de inadimplência dos financiamentos hipotecários.  

A natureza da bolha imobiliária no Brasil é diferente daquela dos EEUU.  Lá nos EEUU, quebrou bancos hipotecários.  Aqui no Brasil, como o banco hipotecário é o próprio governo, dificilmente vai repetir o fenômeno que ocorreu lá. No Brasil, o estouro da bolha imobiliária vai pegar as incorporadoras e construtoras.  Este filme já vi no passado.  Lembro-me como ícone do estouro da bolha imobiliária no passado, o caso da Construtora Encol que deixou mais de 40 mil vítimas.  


Tenho seguinte sugestão a fazer:
a) Se você ainda não comprou o imóvel, adie a compra. Encontrará condições melhores no futuro próximo.
b) Se você já deu sinal de negócio e está esperando a entrega do imóveis, renegocie o contrato ao seu favor.
c) Se você comprou o imóvel para especulação, dando sinal de negócio, saia correndo.  Tente recuperar pelo menos o dinheiro que você já pôs no empreendimento.
d) Nunca compre imóvel na planta. Aquele empreendimento, poderá ficar por muito tempo na planta. E ainda tem o risco de incorporadora ou construtora quebrar no meio do caminho.
e) Se você vai comprar para moradia, pela necessidade, especule bem e negocie bem.  O comprador, hoje, tem força de negociação.  Pense bem nisto!

Boa sorte e muita cautela para os compradores de imóveis!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori


 

domingo, 30 de março de 2014

Haiti é aqui ! Complexo da Maré.

A ocupação do Complexo da Maré demorou menos de 15 minutos com participação da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, além da Marinha brasileira.  A operação teve participação de 1.180 policiais militares e 132 policiais civis com apoio de 21 blindados da Marinha. Uma cerimônia de hasteamento da bandeira nacional encerrou a tomada do complexo, segundo informou o jornal Folha.


O Complexo da Maré conta com 15 favelas e compõe de 130 mil moradores. O complexo como é denominado era dominado por duas facções criminosas, traficantes de drogas e uma milícia armada.  Para quem não tem familiaridade com o termo, a milícia armada é composta pelos integrantes dos policiais militares da ativa e reformados que atuam, clandestinamente, para exploração de comércio clandestino e de todo tipo de serviços.

O conjunto de favelas é delimitado pela Avenida Brasil, entrada da Rodovia Dutra à cidade de Rio Janeiro, por um lado e por outro lado a Linha Vermelha que liga o Aeroporto Tom Jobim ao centro da cidade de Rio de Janeiro.  O conjunto, ainda é cortado por Linha Amarela que liga Ilha do Fundão, onde se localiza a UFRJ, à zona oeste da cidade.  A descrição geográfica foi feita, exatamente, para mostrar a importância e o tamanho do Complexo da Maré.

Pois, este complexo que, geograficamente, faz parte integrante da cidade de Rio de Janeiro, funciona como enclave dentro da própria, sem a presença efetiva do poder público.  Digo e repito, funciona com ausência total do poder público, como um verdadeiro "enclave" dentro da segunda maior cidade do País.  É como uma "cité du soleil" do Haiti, localizado dentro do território brasileiro. Para quem não sabe, a cité du soleil é tutelada pelo Exército brasileiro à serviço das Nações Unidas.


Para confirmar a minha afirmação de que o complexo era um "enclave" dentro da cidade de Rio de Janeiro, basta ver que com a "tomada" do Complexo, simbolicamente foi hasteamento da bandeira brasileira, como se aquele território, pela primeira vez fizesse parte do Brasil. Diga-se de passagem, uma verdadeira operação de guerra, para "tomada" do território, antes pertencentes às facções criminosas.

Nem é preciso explicar que este tipo de "enclave" existe por causa da ausência completa do poder público. Comunidade é eufemismo para descrever uma verdadeira cidade dentro da outra maior.  É fácil de constatar a ausência de demais serviços públicos essenciais, como unidade de pronto atendimento à saúde pública e também unidades de ensino fundamental, assim como creches para dar suporte às mães trabalhadoras.  Além, é claro, da delegacia de polícia.

Não adianta nada a instalação das UPP, simplesmente, com instalações provisórias de delegacias de "latas", abrigados em containers.  Seria necessário que construção de delegacias fosse feito em forma definitiva, além das unidades de pronto atendimento de saúde, escolas de ensinos fundamentais, creches para crianças e demais serviços públicos essenciais além das já nominadas.  


Diante desta situação da ausência do Estado, tanto municipal, estadual ou federal, as "ocupações" de complexos, seja do Alemão, da Rocinha ou da Maré, cheira interesse político eleitoreiro do que propriamente atendimento efetivo à necessidade da população.  A ocupação do Complexo da Maré, parece atender à realização da Copa 2014, bem como servirá de base para campanha eleitoral da presidência da República.  

Coincidentemente ou não, a ocupação ocorre na véspera da desincompatibilização do governador Sérgio Cabral para concorrer ao Senado Federal.  O ano de 2014, também, é marcado pela tentativa de reeleição da presidente Dilma ao cargo de presidência da República.  No aspecto político, este País, mais parece Haiti do que outrora fora a República Federativa do Brasil.  

Há que os postulantes de mais altos cargos públicos da República tomem atitudes mais próativas para inserção da população menos favorecida ao contexto da sociedade brasileira.  Não basta delegacias de latas espalhados pelos quatro cantos! Não basta discursos de inserção social, sem que leve os serviços públicos de qualidade à comunidade "pacificada". 


Acorda Sérgio Cabral !  Acorda Dilma ! O povo está de olho em cada passo de vocês!

PS (31/03/2014): 

Está havendo equívoco na interpretação deste texto.  Eu não estou denunciando a inoportunidade da "ocupação" do Complexo da Maré.   O que estou a chamar atenção é o esquecimento por parte do poder público deste e outros "enclaves" existentes, não só na cidade de Rio de Janeiro como também em outras regiões metropolitanas do Brasil a fora.

A existência destes "enclaves" nas periferias de grandes cidades e a completa ignorância das autoridades em prover de serviços públicos essenciais, nos fazem crer que há sim, um "outro país" ou um "outro mundo", que não está "incluído" dentro do "país de maravilhas" denominado Brasil. O País maravilha são alardeados intensamente pelos governantes de plantão, independente de cores partidárias.

O que denuncio, duramente, é que as "ocupações" dos complexos ou "enclaves" são feitas "somente" na área de segurança pública.  São os tais Unidades Pacificadores, os UPPs na cidade de Rio de Janeiro, em forma improvisada, instaladas em unidades de containers, os "latões".  Em outras regiões metropolitanas, os "latões" tem outras denominações.

No meu entender, as "ocupações" deveriam ser de forma "completa" promovendo verdadeira inserção social da camada de população que sempre foram relegados no segundo plano.  Há diversos programas no âmbito municipal, estadual ou federal que deveriam ser instalados nestas "ocupações", tais como creches, unidades de pronto atendimento, construção de escolas de ensino fundamental de qualidade, bibliotecas, centros sociais, etc., etc., etc.

Também, os projetos de "mobilidade urbana" do PAC, do esgotamento sanitário, estações bases para celulares, agências de CEF e ou do Banco do Brasil, agências de correios, postos de atendimento dos diversos serviços deveriam ser instalados.  Serviço de transporte coletivo integrado aos metropolitanos, teriam que fazer parte do plano de "ocupações". Uai, para que existem diversos programas que são amplamente anunciados pelo governo federal?

Se as "ocupações" se resume em instalação de UPPs, isto me cheira muito mal.  Sobretudo, em véspera de eleições. Mostrar estas "ocupações" aos turistas estrangeiras, sem inclusão dos serviços públicos essenciais, é como mostrar as nossas mazelas.  Isto é como expor as nossas feridas mal curadas aos estrangeiros.  Como podemos nos orgulhar desta situação?  Eu me envergonho de mostrar a tamanha mazela de um País que se diz "mil maravilhas".

Pronto! Era o que eu tinha que complementar, para não haver equívoco sobre a minha indignação e denúncia formulada no texto original (em preto).
Ossami Sakamori
@SakaSakamori


Brasil da Dilma. Inflação de expectativa 21% !

Fico preocupado com o que está ocorrendo na economia, com relação à inflação.  Definitivamente, a inflação real está muito acima da inflação medida pelo governo federal através do IBGE.  O governo alardeia que a inflação está controlada, baseado no índice captado pelo IBGE denominado de IPCA, que é a inflação oficial divulgado pelo Banco Central.


Vamos lembrar que o Banco Central estabeleceu como meta de inflação para o ano de 2014 como sendo 4,5%.  Sobre a meta, o próprio Banco Central estabelece como piso 2,5% e como teto 6,5%.  O próprio Banco Central faz projeção para inflação de 6,1% para o ano de 2014, sendo que ainda faltam 9 meses para terminar o ano.  Isto já nem cheira bem, isto fede!

A inflação está represada no índice oficial pelas medidas populista da presidente Dilma, com finalidade de assegurar a sua reeleição no cargo de presidente da República. Mas a inflação real, do mercado, do bolso, nada tem a ver com o índice oficial.  

O governo segura a inflação fazendo controle sobre o câmbio, via medidas como venda de títulos denominados de swap cambial tradicional, que nada mais é do que título do Tesouro cujo rendimento é a própria variação cambial do período entre o lançamento e o vencimento.  O swap cambial no montante global anunciado pelo Banco Central é de US$ 100 bilhões.  Se considerar que a reserva cambial brasileira é de US$ 365 bilhões, o número é bastante expressivo. 


Nenhum analista chama atenção sobre o câmbio controlado. Mas, no meu entender, está sendo o principal âncora para segurar a inflação. No entanto, produz efeito nefasto à economia provocando desindustrialização do País.  Como o Brasil passou a importar quase tudo, a estabilidade da cotação do dólar passou a ser crucial para o controle da inflação.  Dizem analistas econômicos que uma variação de 20% na cotação do dólar, produz acréscimo de inflação em 5%.  Estou de acordo com esta tese, também. E a cotação do dólar no meu entender está defasado em 20%.

Outras intervenções que o governo Dilma vem fazendo é nas tarifas administradas como os combustíveis, energia elétrica e nas tarifas de metropolitanos.  Segundo Mônica de Bolle da Galanto Consultoria e professora da PUC/RJ.  A tarifa de energia está defasada em 25% e a de combustíveis em 15%.  Se soltar os preços represados, hoje 31 de março, traria inflação adicional de 8% a 8,5% sobre a inflação oficial.  


O que a professora Mônica de Bolle da PUC quis dizer que se as tarifas fossem reajustados hoje, tirando a defasagem de preços, a inflação oficial, IPCA, iria pular para entre 14% a 14,5%.  

Como diz o ex-ministro e diretor da Tendência Consultoria, Mailson da Nobrega, que não existe quem acredite na inflação manipulada pelo governo federal.  Segundo Mailson, os agentes econômicos, comerciantes e empresários em geral, trabalham com a inflação de expectativa e não mais com a inflação oficial, o índice IPCA.  Isto quer dizer que os empresários trabalham com a inflação dita pela Mônica do Bolle de 14% a 14,5% ao ano!


Eu já tinha me manifestado sobre a inflação do bolso estar entre 13% a 14%, sem ter esta informação dos analistas do mercado.  A minha percepção era baseado em nível praticado pelo mercado financeiro sobre os juros exigidos para compra dos títulos do governo com prazo de 10 anos. 

Esta defasagem entre inflação real do mercado e a inflação oficial do governo Dilma, uma hora terá que ser reajustado. Somado à inflação de mercado, os 14%, mais a correção da defasagem cambial, digamos em 20%, a inflação do mercado passa a ser de 21% considerando a tese do efeito cascata sobre os preços.  

Isto configura aquilo que todos sentem no bolso, independente do que diz o governo Dilma, de que há inflação dito pelo governo de 6% ao ano, mas há também inflação percebido e praticado pelo mercado de 21% ao ano. Isto está parecendo mais Argentina do que Chile.  Isto não é efeito tango. Isto se chama efeito samba, que estamos exportando para o mundo. 


Somado tudo, a defasagem entre a inflação oficial e a inflação real passa a ser:  21% - 6% = 15%.  Isto mesmo! O represamento da inflação se considerar os fatores câmbio e preços administrados é de 15%.  Isto é a "herança maldita" que o governo Dilma deixa para ela própria se ganhar a disputa ou para o novo ocupante do cargo de presidente da República, para o próximo período.

 
Resumindo, apesar de Dilma apregoar que a inflação do País está sob controle dentro do teto da meta de 6,5%, a inflação do bolso está em 21% ao ano. Podemos afirmar, diante dos argumentos técnicos, de que a Dilma mente ao povo brasileiro.  O quadro da economia brasileira está a merecer atenção especial.  O momento não é de brincar com os números.  O momento é de encarar a realidade.  Quanto mais tarde medidas de correção, o remédio terá que ser mais amargo. 


Se reeleger Dilma para o próximo período do governo, o Brasil vai à bancarrota!  Chega de Dilma, a incompetente!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori
@SakaBrasil2

sábado, 29 de março de 2014

Cartel do DNIT financiará Dilma 2014 !

Estadão, 8/12/2013. O governo prepara anteprojetos e editais para licitar R$ 23 bilhões em 55 novas obras rodoviárias e contratar outros R$ 5,5 bilhões em ações de manutenção e conservação em estradas federais em 2014. O plano é uma aposta para tirar a economia da letargia e alavancar investimentos públicos e privados, além de servir como cartão de visita para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.




Estadão, 8/12/2013. Escolhidas a dedo pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), boa parte das obras será executada em regiões metropolitanas densamente povoadas. Somado à carteira de obras em andamento no Dnit, o arsenal de duplicações, contornos, acessos, vias e arcos rodoviários superará R$ 40 bilhões em contratações no ano eleitoral.

Comentário. 

Pode parecer notícia rotineira sobre obras de infraestrutura do governo federal, se não fosse o DNIT o contratante.  DNIT é tradicional fonte de financiamento das campanhas políticas em âmbito federal.  Lula inventou a fórmula em 2006.  Financiou a sua campanha de reeleição com "operação tapa buraco" do DNIT.  A campanha da Dilma em 2010, foi financiado parte pelo caixa 2 proveniente da obras do DNIT.
As obras do DNIT de 2010, foi objeto de denúncia que culminou com o afastamento do ministro Alfredo Nascimento dos Transportes e do Luiz Antonio Pagot do DNIT.  E ficou nisso.  O Procurador Geral da República de então, Roberto Gurgel, após ouvir os acusados, no caso o ministro, o diretor do DNIT e o chefe do cartel, mandou arquivar por falta de provas.  Falta de provas?  Tantas evidências!  

Espero que o novo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, mande desarquivar o processo do suposto desvio de dinheiro público para campanha presidencial e dos aliados em 2010, no montante que ascende a R$ 1,4 bilhão.  No bojo da CPMI do Cachoeira, apareceram novas evidências, que só estas justificariam o desarquivamento do processo. Não posso afirmar, mas a denúncia de 2010, pelo visto, vai ficar mortinho, no arquivo.



Sem alarde, o DNIT iniciou as licitações das obras noticiadas pelo Estadão, conforme acima.  O próprio site do DNIT, traz série de obras com edital de licitação na rua.  As obras serão realizadas em redutos das bases aliadas, tradicionais.  Coincidência ou não, as obras agraciadas, pelo menos, neste primeiro momento, são para os mesmos destinos de 2010.  As obras serão licitadas pelas superintendências de Santa Catarina, Mato Grosso, Paraná, São Paulo e Amazonas.  Além, é claro, da Bahia e Sergipe, reduto do novo titular da pasta, o ministro César Borges, PP/BA.  Pelo visto, os comensais dos Caixa 2 serão os mesmos beneficiários de 2010. Eles já são velhos conhecidos, dispensa declinar nomes.   

As obras serão contratados em RDC - Regime Diferenciado de Contratações, que fora utilizado nas obras de mobilidade urbana da Copa 2014, onde se permite aditivos de até 100% do valor original do contrato.  Lembrando apenas que pela lei 8.666, o aditivo máximo permitido é de 25%.  Deve haver muita lambança nestas obras que estão em licitação e aos que virão a ser licitados em 2014.  RDC é como dar cheque em branco para os empreiteiros do cartel do DNIT.  Que vai rolar muitos R$ bilhões para financiar campanhas eleitorais regionais via DNITduto, isto vai.  


A imprensa e o CADE dá destaque ao cartel de Metropolitano de São Paulo, alegando série de motivos.  O CADE é órgão do governo federal, hoje, sob comando do PT.  Sou a favor da investigação do CADE sobre formação de cartel, seja de que órgão for, contra partido que for.  Onde há atuação de carteis devem ser investigado com rigor, doa a quem doer.  Que o CADE denuncie ao MPF, a atuação dos carteis em todos níveis de governo, não só sobre trens metropolitanos.  Diante do volume de obras manipulado pelos cartéis do DNIT, os cartéis dos metropolitanos é café pequeno.

O cartel dos empreiteiros estará atuando fortemente, sem que nenhum órgão de fiscalização se interesse em acompanhar o assunto.  O cartel de empreiteiros vem atuando desde FHC.  Há um certo "acordo tácito" entre situação e oposição para proteger a fonte de financiamento das campanhas eleitorais, o cartel do DNIT.  A oposição de hoje, poderá se servir dele no futuro, quando chegar no poder.  

Oficialmente, o TSE, cujo presidente das eleições de 2014 será o ministro Dias Tofolli, proibiu de MPF e Polícia Federal tomarem iniciativa das investigações sobre crime eleitoral.  Isto me parece encomenda para "blindar" o financiamento de campanha eleitoral via cartel do DNIT.  Caiu como luva.  O esquema, novo, do financiamento de campanha, via caixa 2, do cartel do DNIT, se enquadra nesta situação.  Só mesmo Justiça Eleitoral poderá iniciar as investigações, sobre a denúncia que estou a fazer.  Se depender do TSE, não vai ser investigado!



Não se sabe, ainda quem serão os novos "porquinhos" da campanha da Dilma.  Mas com certeza, dinheiro para campanha Dilma2014 não vai faltar. E com certeza, haverá muita "sobra de campanha" que serão distribuídos via "dólares na cueca" ou diretamente nos paraísos fiscais.  O caminho para o paraíso já está pavimentado, desde eleições de 2010. Tudo isto, pelo silêncio que reina sobre o assunto, está totalmente blindado! 

Ministro Joaquim Barbosa e Procurador Geral Rodrigo Janot, estou a fazer denúncia aqui, via meu blog, que é público e tem audiência requerida.  Que providências Vossas Excelências vão tomar, diante de tantas evidências?  

Ossami Sakamori
@SakaSakamori





sexta-feira, 28 de março de 2014

Dilma não se reelege em 2014!

Estadão, ontem (27/32014). A pesquisa CNI/Ibope sobre o desempenho do governo federal e a atuação da presidente Dilma Rousseff mostrou piora da avaliação da atual gestão e animou o mercado acionário. Os investidores dispararam ordens de compras que impulsionaram principalmente as ações das estatais.


A alta do índice Bovespa em 3,5% foi puxado pelas cotações de empresas estatais como a Petrobras PN (8,12%), Eletrobras PNB (3,52%), BB ON (6,63%). 

O resultado da pesquisa, explicaram os profissionais de mesa de renda variável consultados, fez crescer a perspectiva de mudanças na condução da política econômica do governo.  A pesquisa apontou a queda da aprovação do governo Dilma de 43% para 36%, isto num cenário que não estava em exposição notícias sobre a CPI da Petrobras, envolvendo a presidente.

Já foi dito aqui no blog que as bolsas em geral valorizam ou desvalorizam em função da expectativa dos acontecimentos, tanto do índice geral ou das cotações específicas de cada companhia.  E desta vez não foi diferente.  A depressão das cotações, até hoje, refletia o desempenho do governo Dilma, sobretudo às empresas estatais ou de economia mista, de controle do governo federal.

O desempenho da bolsa no dia de ontem, mostra que o mercado financeiro começa a trabalhar com a perspectiva de não reeleição da Dilma Rousseff nas eleições deste ano.  Avalia o mercado de que qualquer dos candidatos à presidência já postulados é melhor do que a atual presidente da República.



O recente episódio da compra de refinaria da Pasadena, nos EEUU, envolvendo a presidente Dilma, ajudou a refletir na perspectiva de não reeleição da presidente Dilma.  Desde a sua posse, é a primeira vez que a pesquisa aponta dúvida sobre a reeleição da presidente Dilma.  

Este blog já fez matéria "Dilma não se reelege em 2014" há mais de 5 meses, exatamente no dia 25 de outubro de 2013.  O argumento usado naquela matéria era justamente sobre a deterioração do quadro econômico neste ano, ano das eleições.  Novamente, este blog, acertou no diagnóstico. A perspectiva de reeleição da Dilma, para o mercado financeiro, passou de certa para duvidosa.


Nada como um dia atrás do outro!  O povo já não tem certeza da reeleição da Dilma ao cargo de presidente da República.

Ossami Sakamori
@SakaSakamori


quinta-feira, 27 de março de 2014

CPI da Petrobras Já!

O fato político mais importante neste momento é criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras que investigaria o ruidoso caso da compra da refinaria de Pasadena.  O senador Álvaro Dias, PSDB/PR, vice-líder da bancada no Senado diz possuir 29 assinaturas, sendo 2 assinaturas a mais que o mínimo necessário para instalação da CPI no Senado Federal.


Em resumo, o caso da compra da refinaria Pasadena veio a tona porque a Petrobras pagou no total de US$ 1,18 bilhão a empresa belga Astra Oil que teria adquirido pelo US$ 42,5 milhão.  Grosso modo, a Astra teria embolsado lucro de nada mais, nada menos que US$ 1,137 bilhão, em 5 anos.  

A referida refinaria foi adquirida pela Petrobras com intuito de refinar o óleo pesado do campo de Marlim na bacia de Campos.  Melhor dizendo, a possibilidade de refino do óleo de Malim foi a justificativa apresentada para a compra da refinaria.  Aparentemente a justificativa colaria, porque o Brasil não tem refinaria que processa o óleo pesado, seja do campo de Marlim ou não.  Acontece que a refinaria estava sucateada, por isso a aquisição pelo preço vil pela Astra Oil.

Aparentemente, a Petrobras comprou uma refinaria sucateada, pagando por ela US$ 1,18 bilhão.  Do jeito que se encontra refinaria, não encontraria comprador que pagasse US$ 200 milhões.  Para deixar a refinaria Pasadena em condições de operar com o petróleo do Marlim, seria necessário fazer pesado investimento pela Petrobras.  

A presidente Dilma à época presidente do Conselho de Administração da Petrobras, aprovou a compra dos 50% da refinaria Pasadena por já absurdo preço de US$ 360 milhões.  Diz a Dilma que desconhecia as cláusulas "Put option" e a cláusula "Marlim" porque o relatório que dava suporte à compra não trazia explicitamente as duas cláusulas. O ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, contraria afirmação da Dilma, dizendo que a Dilma sabia sim.


O mínimo de bom senso diz que a Dilma, especialista na área de minas e energia, tendo sido ministra da pasta, não tivesse exato conhecimento da natureza da operação.  Se ela diz que desconhecia, por outro lado, comprova que a presidente Dilma Rousseff, ao contrário do que se alardeava na campanha para sua eleição para presidente da Repíblica como a gerentona.  

Uma coisa é certa, a presidente Dilma Rousseff é inútil e incompetente para assumir o cargo de presidência da República, pois assina qualquer papel que apresente a ela despachar.  A segunda alternativa é que ela sabia sim, do esquema que envolvia a compra da refinaria Pasadena pela Petrobras, só não se tem comprovação de que ela teria levado a propina da Astra Oil, juntamente com o Sérgio Gabrielli e sua turma.  


O fato que a presidente Dilma atuou como ministra de Minas e Energia por longo período no governo Lula.  Sendo ministra da área, deveria ter conhecido os executivos da Suez Energia/Tractebel, maior investidor na área de energia no Brasil, sendo a principal a usina hidroelétrica de Jirau na Rondônia.  A empresa Astra, que embolsou o fabuloso lucro de mais de US$ 1 bilhão faz parte do grupo Suez Energia, o que dá evidência da proximidade da Astra com a própria presidente Dilma.

Diz a presidente Dilma, que quando soube da cláusula Marlim, mandou executar o contrato para compra dos restantes 50%, via Conselho Arbital.  Claro, sem execução das cláusulas contratuais, a Astra Oil não embolsaria o lucro fabuloso dos restantes do 50%.  Quando a presidente Dilma, mandou executar o contrato, ficou clara também a intenção dela de materializar o lucro de US$ 1 bilhão pela Astra Oil, a velha conhecida dela própria. 

Agora, o assunto sob o holofote, a Graça Foster, presidente da Petrobras, mandou instaurar uma investigação interna sobre a operação da compra da refinaria Pasadena.  Pergunto, porque só agora?  Se realmente houvesse interesse em apurar os fatos, não deveria ter tomado providências já no início do seu mandado à frente da Petrobras?  Isto parece uma ação coordenada pela Dilma e Graça Foster, de dizer que "não sabia" do que estava ocorrendo sob seus narizes.  É a mesma tática usada pelo presidente Lula.  A essa altura, o presidente Lula, amigo pessoal do Sergio Gabrielli, também vai alegar que "não sabia" de nada.  Lembrando que a operação objeto da polêmica foi iniciada na gestão do presidente Lula.


Isto pode dar pano para manga para os políticos da oposição, mas uma coisa é certa, o processo de compra fraudulenta vai ser investigado pela SEC - Security Exchange Comission (CVM dos EEUU) e pelo Departamento de Justiça dos EEUU, uma vez que houve, operação fraudulenta da compra da refinaria Pasadena que deu prejuízos para os acionistas minoritários americanos.  Lembrando que a Petrobras é negociada na Bolsa de Nova York, sob forma de ADR.

No meu entender, o caso da compra de refinaria Pasadena pela Petrobras é caso policial, não mais político.  Deixem por conta do MPF e Polícia Federal para apurar os fatos.  Certamente, o caso vai ser investigado em cooperação com o SEC e Departamento de Justiça americana, uma vez que o o provável crime de corrupção ativa e passiva teria ocorrido em solo americano.
Por algum tempo, o povo brasileiro vai passar pelo constrangimento de ver sua presidente da República sendo investigado e denunciado pelas autoridades americanas.  Conhecendo o rigor que as autoridades americanas tratam sobre o assunto, tudo leva a crer que Dilma Rousseff, presidente da República Federativa do Brasil, poderá ser condenada nos EEUU, pela operação fraudulenta da compra da refinaria  Pasadena.

De qualquer forma, mesmo com a inutilidade da formação da CPI da Petrobras, sou pela criação da mesma, para o povo brasileiro tomar conhecimento dos fatos.  A CPI sempre dá exposição à mídia.  E pela mídia o povo deve conhecer a maior ladroagem internacional pelos poderosos da República instalados nos Palácios.

Sou a favor da criação da CPI da Petrobras!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori


quarta-feira, 26 de março de 2014

Povo brasileiro deve até os tubos!

Estadão, hoje. O estoque de operações de crédito do sistema financeiro subiu 0,6% em fevereiro ante janeiro e chegou a R$ 2,733 trilhões, informou o Banco Central. No primeiro bimestre deste ano, a expansão foi de 0,7% e, no acumulado em 12 meses, houve alta de 14,7%. A alta no mês, tanto no crédito às pessoas físicas, quanto no financiamento às empresas também foi de 0,6%. 


Tal pai, tal filho! O povo brasileiro está super endividado, tal qual o Tesouro do governo federal.  O endividamento do povo corresponde a 57% do PIB, que é um número que requer atenção.  O endividamento das famílias brasileiras no início do governo Lula, em 2002, estava em 26% do PIB, hoje mais do que dobro.  Pelo número apresentado, significa que cada brasileiro tem dívida, em média, R$ 13.655,00, sendo adulto ou criança.  

Grande parte da expansão da economia no período Lula & Dilma, foi graças ao consumo do povo brasileiro, baseado em expansão do nível de endividamento.  Tanto quanto o nível de endividamento do setor público, o endividamento da população parece estar chegando à exaustão.  Não há muito espaço para crescer.  Estamos chegando no limite da irracionalidade.  A classificação de risco do Brasil, segundo Standard Poor´s, segunda passada, reflete exatamente este quadro alarmante.

O que mais me impressiona são os juros que o povo paga.  A taxa de juros nos créditos livres estava em 31,5% ao ano contra inflação oficial de 5,90% ao ano.  Os juros do cheque especial, a média, estava em 156,7% ao ano, segundo Banco Central.  O que impressiona, também, é o índice de inadimplência do cartão de crédito que estava 22,7% do total de crédito, no mês de fevereiro.  Todos estes dados foram divulgados pelo Banco Central.

Os dados acima, de certa forma, mostra o pífio crescimento do Brasil, sobretudo nos últimos 3 anos do governo Dilma.  O governo não incentiva o crescimento da produção, que resultaria no acréscimo de volume de dinheiro na mão dos trabalhadores.  Pelo contrário o erro sistêmico da política econômica (sic) da Dilma está levando o país a desindustrialização.  O setor industrial no início do governo Lula, representava 26% do PIB, hoje, não passa do pífio 13% do PIB.  Brasil está criando emprego lá fora.  Os chineses agradecem, os europeus agradecem e os americanos também.


Não vou me alongar numa matéria tão triste.  O povo brasileiro está no limite da sua capacidade de consumo.  Na sequência, haverá retração de consumo.  As entidades de classes ligados ao comércio, já prevê vendas do dia de Páscoa deste ano, em declínio em relação ao volume de venda do ano passado.  Neste cenário, será difícil o Brasil crescer 1,7% neste ano, como prevê o Banco Central.  

Estão com as palavras a presidente Dilma e o ministro Mantega!  Digam algo!  Façam alguma coisa!

Ossami Sakamori
@SakaSakamor


Standard & Poor´s. Dilma comemora o que?

Os que pouco convivem com o mercado financeiro, sobretudo o mercado financeiro global, devem estar estranhando que ontem na esteira do anúncio do rebaixamento da classificação do risco do Brasil pela Standard Poor´s, o índice Bovespa reagiu positivamente. 


Explico.  O anúncio da perspectiva de rebaixamento já fora anunciado pela agência de classificação, já no final do ano passado.  O anúncio de segunda-feira, nada mais foi do que a confirmação da perspectiva anunciada.  O mercado financeiro já tinha absorvido o rebaixamento.  Tanto assim que o acumulado da perda do ano é de 6,7%. 

Outro fator, que deixou o mercado financeiro nacional e global é o anúncio da mesma agência a S & P, de que a perspectiva para o restante do ano é de estável.  Portanto, não há perspectiva de mais um rebaixamento no decurso deste ano, para a agência. 

Quero explicar aos meus leitores, a comemoração do governo brasileiro.  A comemoração da manutenção do Brasil no grau de investimento, no meu entender, me parece um prêmio de consolação.  Senão vejamos, como funciona a classificação de risco. 


A agência de classificação de risco Standard & Poor´s, tem na sua graduação de classificação, na seguinte ordem:

A+
A
A-
AA+
01. AA
02. AA-
03. AAA+
04. AAA
05. AAA-
06. B+
07. B
08. B-
09. BB+
10. BB
11. BB-
12. BBB+
13. BBB
14. BBB-
15. C+
16. C
17. C-
18. CC+
...

A agência Standard & Poor´s, no seu critério de avaliação, considera que para merecer recomendação de investimento terá que estar classificado no mínimo na posição BBB- numa escala colocada acima, num total de 14 posições.  

Para se ter ideia, o título do Tesouro americano, tem nota A, isto é perdeu uma posição por conta da briga do Obama com o Congresso americano.  O critério é certo e é rigoroso. Lembrando que o que está em análise é titulo de Tesouro de cada país.   

A mesma agência de classificação de risco, a S & P, no dia de ontem, anunciou também, a classificação de risco do título da República Bolivariana de Venezuela para B+, isto é 8 posições acima do risco Brasil.  A Venezuela tem a seu favor, a vasta reserva de petróleo que garante a liquidez dos seus títulos.  

Posto isto, meus caros leitores, não é piada o mercado ficar comemorando a nota de risco dos títulos do governo brasileiro?  Não chega a ser uma piada a presidente Dilma ficar comemorando o "não rebaixamento" do grau de investimentos?  

Estamos na frente da Argentina que está com classificação CCC+, mas estamos atrás da Venezuela que tem classificação B+.  E os irmãos tequila, os mexicanos estão com nota BBB+, isto é 2 posições na frente do Brasil.  Lembrando que estamos a falar de títulos do Tesouro de cada país.  

Os chilenos, os mais sérios do continente, tem o título do seu Tesouro classificado como AA- , isto é, 12 posições na frente do Brasil, quase encostando aos EEUU.  Aplauso aos chilenos!


A história é mais ou menos assim.  O Brasil está na corrida de São Silvestre, por exemplo.  A organização da maratona anuncia a quatro cantos que só ganha o "título de louvor" quem chegar até 14ª colocação.  A Dilma, o Mantega, o Tombini, fizeram de tudo para poder manter o Brasil na 14ª posição.  Hurra! Perdemos uma posição, mas mantemos dentro dos corredores a ganhar o título de louvor.  Suamos, mas ganhamos!  Ganhamos a 14ª posição!  


É!  Para o Brasil chegar no nível de credibilidade, em títulos do Tesouro, como o da Chile, vai demorar muito ainda.  Há que fazer muitas lições de casa!  É mais ou menos como aquela classificação falsa de 3º maior crescimento do mundo. Era falso, o Brasil ocupa 115ª colocação em termo de crescimento global. 

E assim, a Dilma vai enganando a população!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori




terça-feira, 25 de março de 2014

Economia BR. Quadro externo preocupante!

Falar sobre o rebaixamento da classificação pela Standard & Poor´s é como chover no molhado.  A própria agência já tinha anunciado que ao perdurar a situação da economia brasileira, iria rebaixar a classificação neste início do ano.  


O ministro Guido Mantega, à pedido da presidente Dilma, preparou o documento para o pronunciamento em Davos, no Fórum Econômico Mundial, nesse início do ano.  Basicamente, preparou um plano que previa superávit primário de R$ 44 bilhões no Orçamento da União.  O montante corresponde a grosso modo 0,92% do PIB, o que é considerado muito baixo.

O que está pegando no momento é fechamento das contas externas.  O próprio Banco Central fez projeção de déficit em conta corrente previsto de US$ 80 bilhões.  O Banco Central ainda prevê o ingresso do investimento estrangeiro direto (IED) em US$ 64 bilhões.  Até aqui, a conta não fecha. Fica faltando US$ 16 bilhões para zerar a balança de pagamentos do ano de 2014, segundo projeção do Banco Central.

Ao governo brasileiro sobrou algumas alternativas para fechar a conta do balança de pagamentos. 

A primeira alternativa é queimar US$ 16 bilhões, queimando parte da reserva que está em US$ 365 bilhões, grosso modo.  Como o Brasil tem uma dívida externa, incluindo setor público e privado próximo de US$ 320 bilhões, a queima da parte da reserva é visto pelos investidores estrangeiros como sinal de alerta.


A segunda alternativa é fazer captação de empréstimos em dólares pelo governo federal, empresas estatais e empresas privadas.  Pelo que consta, o empréstimo feito pela Petrobras no início do ano, já está contabilizado na meta da balança de conta corrente do BC.  O volume de US$ 16 bilhões não é tão expressivo, em termos de empréstimos externos, se considerar o setor público e privado.  Mas, a dívida externa brasileira cresce.


A terceira alternativa é atrair capital estrangeiro especulativo em títulos do governo federal.  Seria captação líquida de US$ 16 bilhões em títulos do Tesouro.  Leia-se captação líquida como volume acima da rolagem da dívida pública em mãos dos estrangeiros.  Para, dentro da nova conjuntura, a de classificação de risco rebaixado, certamente o Tesouro terá que pagar os juros básicos, Selic como referência, maior do que de hoje para atrair capital estrangeiro especulativo. Os agiotas internacionais exigirão os juros cada vez mais alto.


Por mais que a Dilma e Mantega digam aos investidores externos que o Brasil está uma maravilha, os números reais desmentem o otimismo de ambos.  Vamos ver, até onde, os investidores estrangeiros vão acreditar na palavra de ambos.  O quadro externo é de alerta!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori