As pessoas que são leitores deste blog, que pertencem à classe média, que tem grau universitário ou tem atividade comercial de serviços e outras tantas que são agropecuaristas que respondem por uma boa parte do PIB - Produto Interno Bruto do País, deveria prestar atenção nesta matéria. Começo com a afirmação preliminar mal colocada do Presidente da República, recém eleito, o Presidente Lula, PT/SP. A conta das promessas, infelizmente, sobrou para a classe média, como eu e você que está lendo este texto.
O Orçamento Público é composto de gastos com a manutenção da máquina do governo, incluído segurança e saúde pública e educação, em tese. Nem todos gastos de responsabilidade pública, não são pagos com o dinheiro da arrecadação dos governos. Muitas contas são pagas para concessionárias de serviços públicos. Muitos destes gastos são pagos pelo próprio contribuinte diretamente aos prestadores de serviços, porque os governos em nível federal, estadual e municipal não conseguem atender a demanda da população.
Quando o Governo federal não consegue pagar as contas das despesas correntes, incluído Previdência Social, emite títulos do Tesouro Nacional para pagar o "rombo fiscal" ou o "déficit primário", como os economistas denominam. É bom salientar que o pagamento dos juros da dívida pública não entra na conta do "déficit primário", este dinheiro que falta, incluído juros da dívida pública, se denomina "déficit nominal". O déficit primário, como aquele das falas do Presidente da República, Lula, considerando-o como fato corriqueiro é de arrepiar o cabelo do mercado financeiro nacional e internacional.
Um governo que não consegue pagar nem as despesas correntes e que produz "déficit primário", como é o caso do Brasil, desde a última crise econômica financeira provocada pelo governo Dilma, PT/MG, vive numa "ciranda da dívida", que poderá levar o País numa situação de default ou falência como queira chamar. O mundo já conheceu a situação de default, o da Grécia, que fez gastos extraordinários para realização da Olimpíada em 2004, criando "déficit primário" além do que o país podia responder. Na mesma linha, a fala irresponsável do futuro Presidente da República, sobre as contas do governo, é de considerar como preocupante.
Quando um Presidente da República, no caso o Lula, promete dar comida para 30 milhões de brasileiros, sem dizer donde vem o dinheiro e já começa com o PEC de Transição para garantir cerca de R$ 175 bilhões, para cobrir o rombo fiscal futuro, o dinheiro que falta após o recolhimento de impostos e contribuições, além de prometer ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha acima de R$ 5.000 mensais, vejo que não está nem um pouco preocupado com o equilíbrio de contas públicas é muito preocupante.
Ontem, quinta-feira, dia 10, no Escritório de Transição do Governo, no CCBB, criou-se um clima irresponsável para um Presidente da República, recheado de choro de "crocodilo", de que vai dar prioridade para dar comida aos 30 milhões de miseráveis do País. Nada disso foi feito, após a permanência no governo por 13 anos e 8 meses consecutivos. A fala, foi de no mínimo, irresponsável, até pela falta de memória pela idade e ou muita cachaça, que nem mais disfarça perante o público.
Enfim, a consequência do endividamento público para pagar as despesas a serem criadas sob responsabilidade do Lula, no novo período é a volta da inflação. Foi o que aconteceu nos últimos dois anos no Brasil, por conta das despesas extraordinárias criadas pelo Presidente Bolsonaro, PL/RJ, devido a pandemia Covid-19. O atual o governo da União gastou além dos Orçamentos Públicos ordinários, lançando mão de um PEC denominado de Orçamento de Guerra, que ocasionou o pico de inflação de 11,30% em agosto de 2022. Até então, a última vez que ocorreu inflação acima de 10% foi entre novembro de 2002 a novembro de 2003, no governo Lula (2003/2008).
A anunciada gastança do governo feita nas falas do novo Presidente da República, vai perpetuar a inflação no Brasil. É falso, também, a concepção de que os gastos públicos leva ao crescimento do PIB - Produto Interno Bruto. Vide, o resultado no governo Dilma Rousseff, PT/MG, que levou o País à mais grave crise econômica financeira do Brasil dos últimos 100 anos! Desde então, o País vive numa gangorra, de crise em crise, a herança maldita dos governos populistas como a da Dilma Rousseff, PT/MG.
Cuidado com os discursos populistas, muito comum nos países da América Latina, como a Venezuela e Argentina, que seguiram a cartilha de macroeconomia do Presidente eleito, Lula da Silva, PT/SP. Ontem, dia 10, o mercado financeiro reagiu mal às falas do Presidente da República eleito, de que a âncora do governo dele seria a "âncora social" e não a "âncora fiscal" como espera de um governo responsável.
Para atenuar o efeito "Lula", ontem, foi anunciado um novo membro para a equipe de transição na área econômica diante da reação negativa do mercado financeiro, o economista Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda dos três governos do PT. Qual vai ser a reação do mercado financeiro, não saberia dizer, mas foi feito um "remendo" às pressas para acalmar o mercado financeiro nacional e internacional. O mercado financeiro esperava o nome do Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central dos governos Lula.
Cuidado com o discurso fácil e populista do Lula!
Ossami Sakamori