Praticamente, hoje é último dia útil do ano e véspera de adentrar ao período de um novo governo, o do Presidente da República, Lula da Silva, PT/SP, recém eleito. Com espanto do aparato policial, todo efetivo da Secretaria de Segurança do DF e da Polícia Federal de Brasília, cerca de 8 mil, nunca dantes visto numa cerimônia de posse de um Presidente da República, sobretudo em se tratando de figura que, em tese, reúne "popularidade" perante a população. Atiradores de elite estarão posicionados em pontos estratégicos para abater qualquer ameaça ao novo Presidente da República. Ainda, assim, segundo a grande imprensa, foi recomendado ao Lula da Silva, o uso de colete de bala. Este é o clima que envolverá a transmissão de cargo, querendo ou não, que acontecerá na primeira hora do dia 1º de janeiro de 2023.
Tirando o "clima de guerra", entre os apoiadores do Jair Bolsonaro e do Lula da Silva, para os pobres mortais como eu e milhões de pessoas que compõe a população brasileira, numa nova estimativa do IBGE de 208 milhões de indivíduos, estarão mais preocupados com o quadro da economia do País para o próximo ano, diante do quadro mundial de estagflação, um quadro de estagnação somado ao de inflação alta. A economia global, no que o Brasil está inserido, é de continuidade da situação da economia global, com inflação alta e baixa demanda. O Brasil é um país que depende muito do mercado externo, tanto na importação de insumos tecnológicos ou na exportações de commodities, sobretudo de minérios de ferro e de produtos agrícolas, portanto, o desempenho do País depende mais do mercado externo do que do mercado interno.
No front interno, até que o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explique bem o que seria o seu "arcabouço fiscal" ou um novo termo dado à sua "âncora fiscal" que pressupõe que ele esteja se referindo à "política fiscal", o mercado financeiro e os empresários de grande porte que produzem maior parte das riquezas ao País, vão adiar os investimentos importantes até que se saiba o que exatamente quer o acadêmico e ministro Fernando Haddad. Na prática, o novo ministro da Fazenda, pediu ao atual ministro da Economia, a não renovação da isenção tributária por parte do Paulo Guedes, numa clara demonstração de que o Fernando Haddad virá com o voraz apetite de arrecadar impostos. Há sinalizações de que haverá, também, a tributação sobre os dividendos para reforçar caixa para pagamento de novos encargos aprovados pela PEC da Transição.
No entanto, devida a condição excepcional do Brasil, o ano de 2023 deverá terminar com o crescimento econômico de no mínimo 2% e a taxa básica de juros Selic aos níveis atuais, de 13,75%, já observada no último trimestre de 2022.
Para todos vocês que acompanha este blog, desejo um bom final de ano e ano cheio de esperança para o próximo!
Ossami Sakamori