Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
sábado, 18 de agosto de 2012
BRASIL ESTÁ ACIMA DOS PARTIDOS POLÍTICOS
O Estado de São Paulo tem hoje uma carteira de 63 projetos de investimento em estudo, com potencial de R$ 29 bilhões, segundo a agência do governo Investe São Paulo. Fonte: Folha.
"São recursos ainda não anunciados, de empresas que buscam o governo para acompanhá-las em identificar município, terreno, questões ambientais e outros. Ainda estão no acordo de confidencialidade", diz Luciano Almeida, presidente da Investe SP. Podem levar entre seis meses e três anos de maturação. Outros 40 projetos estão na lista, mas congelados. Fonte: Folha.
A origem das companhias que estudam se instalar no Estado é, principalmente, americana (34%). "Não estão entrando mais projetos de grande magnitude. É a segunda onda, dos fornecedores das que se instalaram." Fonte: Folha
Como podem ver na notícia veiculada, especificamente no caso fenômeno ocorrido no estado de São Paulo, já é segunda onda de fornecedores que se instalaram no estado. Coisa semelhante ouvi do Consul Geral do Japão no Paraná, na inauguração da pedra fundamental da construção da fábrica de pneus Dunlop, do grupo Sumitomo, de que os japoneses estão vindo para o Brasil, numa terceira onda de investimentos.
O ano de 2012, estava previsto para ser o ano de maior investimento de capital estrangeiro no país em toda sua história, se não fosse a pouca clareza na implementação da política econômica pela equipe Mantega/ Tombini. E sobretudo pela atrapalhada verbal ou melhor destempero verbal da presidente Dilma, que provocou, mínimo mal estar e postergação de alguns investimentos estrangeiros (IED) no país.
No obstante, os investidores privados, notadamente os estrangeiros, vêem claramente após alguns meses de sucessivas atrapalhadas que os atos não correspondem exatamente aos verbos pronunciados pela equipe do governo e nem pela própria presidente Dilma.
Além de, conjunturalmente, a pior seca dos EEUU dos últimos 50 anos, ter produzido para nossa sorte aumento expressivo de preço dos commodities, pela escassez dos produtos do que propriamente pelo aumento da demanda. Tem adágio que é comumente utilizado pelos empresários de que "Deus é brasileiro" soa como se verdadeiro fosse. Nos piores momentos, lá está a natureza a colaborar com o Brasil.
Apesar do mensalão, do DNITduto, da CPMI do Cachoeira, das notícias de roubalheira praticados pelos agentes públicos em todo o Brasil, a vocação pródiga do país em produção agrícola bem como de minérios de toda natureza, faz com que, ainda, o setor primário continuem sendo o carro chefe na formação do PIB brasileiro. De um lado mostra o atraso tecnológico do país, mas por outro lado mostra a pujança econômica do país. Podemos dizer, sem medo de errar, que o Brasil está acima de governantes de plantão.
O Brasil tem vocação de ser potência econômica, apesar do atraso nas inovações tecnológicas, atraso na educação e na capacitação, sobrevivendo com saúde pública e de segurança pública de país do 3º mundo. Os estrangeiros parecem perceber isto e não querem perder oportunidade de ganhar dinheiro no país apesar de enfrentar todas mazelas.
A história nos mostra o que acabo de escrever, o país teve crescimento espantoso na era da ditadura militar, teve crescimento com Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula e agora com Dilma. Conclui-se portanto que o Brasil tem vocação de crescimento, apesar de todo tipo de desgoverno.
Com o pit stop de 2012, o Brasil continuará a crescer nos próximos anos e ninguém, nem mesmo PT e nem mesmo PSDB conseguirão segurar a vocação natural do país que é de ser uma das potências mundiais. Brasil é de todo o povo, não apenas de donos de siglas partidárias, felizmente. Não sou partidário de ditaduras, tanto dos militares como dos militantes.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
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