quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Governo paga as contas com o seu dinheiro!

 

A ministra do Planejamento, Simone Tebbet, apresentou, ontem, ao Congresso Nacional, a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentários do próximo ano, ao de 2014, na undécima hora, no final do dia, 31 de agosto.   A LDO passará pelo crivo do Congresso Nacional e deverá ser aprovado no  mês de dezembro para entrar em vigor à partir do dia 1º de janeiro do próximo ano.   

            O Governo federal, embaralha e deixa para a última hora, a sua apresentação, para não sofrer crivo antecipadamente.   Mesmo para este que escreve, é obrigado a catar e sintetizar os números para uma mínima compreensão da população.  O Orçamento público federal, que engloba despesas com a saúde, segurança pública em nível nacional, educação em nível superior e Previdência Social, é complexo até mesmo para os que entendem da macroeconomia.  

             O Orçamento público federal, previsto pelo LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias, prevê gastos com a manutenção da máquina pública federal de R$ 2,093 trilhões, sem contar com as despesas obrigatórias da Previdência Social, que prevê gastos de R$ 895,7 bilhões em 2024, valor 7,24% maior que aos de 2023.  Não entra na conta os gastos com o FUNDEB.  Significa que o Governo federal, excluído gastos com juros da dívida pública, pretende gastar em 2024, os exatos R$ 2,988 trilhões, se não houver Leis complementares no meio do ano. 

              A ministra do Planejamento, Simone Tebbet, afirma que, se não houver aprovação das reformas previstas no "arcabouço fiscal", em tramitação no Congresso Nacional, vai terminar o ano com um "déficit primário" ou o dinheiro que falta para cobrir as despesas do Governo federal, maior ainda do que o previsto.   Isto, não é só ameaça, mas um "aviso" de que no final do exercício de 2024, deverá haver um novo "rombo fiscal".  

           Sai Governo, entra Governo, é contada a mesma ladainha de sempre, de que o culpado do "déficit fiscal" ou "rombo fiscal", está sempre do outro lado do Praça dos Três Poderes, de quem vê do Palácio do Planalto ou de quem vê do Congresso Nacional.  Inúmeras vezes, quando não são eles, a culpa recai ao Banco Central, não tão longe das vistas do Palácio do Planalto.  Cada um fica pensando em quem botar a culpa.

          Enquanto isto, o contribuinte, que não tem nada a ver com a disputa do protagonismo dos feitos e dos desfeitos do Governo federal, pelos políticos de plantões, mas, rigorosamente, a população é o único que "paga o pato", com impostos e contribuições exorbitantes embutidos nos preços dos produtos que consomem, sem ver as contrapartidas à altura do sacrifício que faz. 

           Ossami Sakamori


quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Esse filme já assisti ...

 

O Presidente Lula vai aumentar o número de ministério dos 37 para 38 com a chegada de novos aliados do "Centrão", denominação que se dá à sigla que abriga os deputados e senadores ligados ao PP e políticos ligados ao Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, PP/AL.  A consequência é desastrosa para as contas públicas ou para as despesas do Governo federal.

             Com a aprovação do novo "arcabouço fiscal" do Governo, a despesas do Governo federal vai aumentar em cerca de R$ 300 bilhões em relação ao Orçamento fiscal de 2022, último ano do Governo Bolsonaro.  Isto não é dito pela grande imprensa que se perde no cipoal de números e dados imprecisos, que nem mesmo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sabe onde e como vai terminar. 

             Para cobrir os novos gastos públicos, não só do Governo federal, mas também dos estados e municípios, os governos que compõe a estrutura que mantém a saúde pública, a segurança pública, a educação e a Previdência social, com ou sem o IVA - Imposto dos Valores Agregados, cuja alíquota não deve ser menos do que 27,5% para o Governo federal e outros tantos para os governos estaduais e municipais.  

             No caso do Governo federal, conta ainda com o reforço da arrecadação do Imposto de Renda, para os assalariados e os investidores produtivos e, também, para os especuladores do mercado financeiro, nacional e internacional.  Está certo, que será implantado, ainda, o Imposto de Renda para as "grandes fortunas", afugentando os investidores produtivos e não produtivos.    Tudo isto para cobrir o aumento de "gastos públicos" gerado pelos programas sociais e de investimentos, gerando gigantesca despesa, semelhante aos dos países mais ricos do mundo.   Porém, no Brasil, os governos prestando serviços de baixa qualidade, iguais dos países do terceiro mundo.  

           Todo o aumento de carga tributária é arcado por nós, os contribuintes e pelos consumidores de serviços públicos, dos mais humildes aos da classe média, que utilizam diariamente, os trens metropolitanos para seus deslocamentos e enfrentam as filas de postos de qualquer serviços públicos.   Enquanto o Presidente da República faz o seu périplos pelo mundo, gastando o dinheiro público, os reles contribuintes se ralam, cá na terra à espera por algumas migalhas de benefícios que lhes são concedidos com o dinheiro do próprio contribuinte.    

            Com IVA ou sem IVA, a carga tributária no Brasil é, de no mínimo, igual aos dos países do primeiro mundo, que prestam serviços de excelência.   E, o País continuará se endividando, sem gerar os "superávits primários" necessários para serviços da dívida pública.   Esse filme, já venho assistindo ao longo da minha vida.  Entra Governo, sai Governo, a mesma promessa de sempre.  

            Ossami Sakamori     

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Desculpa, presidente João Lourenço!

 

Presidente Lula é um aluno aplicado do Xi Jingpin, presidente da República Popular da China, na volta da reunião do BRICS que aconteceu na África do Sul.   Não conseguindo impor a sua agenda de Brasil fa de fazer parte como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, que os chineses torceram o nariz, o Presidente Lula já deu ordem para que as transações comerciais com a Argentina, novo membro do BRICS, fossem feitos em "yuan", a menor fração da moeda chinesa, a renminbin, que equivale a cerca de R$ 0,67.   

             No seu périplo à África, prometeu ao governo angolano, financiamentos, segundo o Presidente Lula, o país é bom pagador dos investimentos que o Brasil fez no país.   A Angola é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, com reserva cambial, em 2022, de US$ 14,5 bilhões.   O financiamento que tinha feito junto ao Governo brasileiro, no período do Lula 1 e Lula 2, foi quitado, antecipadamente.   Foi infeliz, a citação do Presidente Lula de que a Angola merece investimentos brasileiros porque é um bom pagador.   

        É certo que o Brasil é uma potência econômica mundial, disputando a posição de 8ª economia do mundo, mas falta, ainda ao Brasil, muitas lições de casa para fazer, a começar pela economia "fechada" ao mundo global e contas públicas no "vermelho", desde a última crise econômica e financeira de 2014/2015.   Desde então, o Brasil está com os pés trocados, com os "déficits primários" nas contas públicas, não conseguindo pagar, sequer, as despesas com a educação, a saúde, segurança pública e previdência social, essenciais para a manutenção da máquina publica.   

            Pelo jeito, temos muito a aprender com os angolanos, que pagam suas contas antecipadamente e com reservas robustas para o tamanho do país.   Desculpa a nossa falha, presidente João Lourenço!

               A próxima viagem do Presidente Lula será para a Cuba, "inadimplente" com dívida da construção do Porto Mariel com o dinheiro público brasileiro. Você financiou a construção do Porto cubano!

              Ossami Sakamori             

              


domingo, 27 de agosto de 2023

Há sinal de alerta na economia global

 
Infelizmente, a economia global não anda bem como os responsáveis pela política econômica do Governo imagina e deseja.  Nem mesmo os países como os Estados Unidos e a China, respectivamente, primeira e segunda maior economia do mundo, escapam da situação.  Muito menos o Brasil que disputa a 8ª posição na economia global.  Não adianta a ministra do Planejamento, Simone Tebet, pensar que o País é uma "ilha de fantasia".   Esquece a professora e ministra do Planejamento de que o Brasil, não é como a sua cidade, a Três Lagoas do Mato Grosso do Sul.   Esquece, também, a ministra de que o País não está isolado no mundo.  Brasil faz parte do contexto mundial, sobretudo em matéria de economia global.
            Dentro do contexto global, os Estados Unidos, que detém 25% da economia, está com economia em pleno emprego, mas luta para manter a inflação sob controle, no teto de 5% ao ano.   Inflação nos Estados Unidos significa que a moeda de trocas comerciais internacional, o dólar americano, US$, está perdendo o valor ao nível de 5% ao ano.  Isto é ruim para o Brasil.  
            Para o País, o maior problema não está na inflação americana, mas  sobretudo na expansão da economia doméstica da China ou melhor, o problema está na estagnação da economia chinesa.    A China é de longe o maior consumidor dos commodities brasileiros, sobretudo de minério de ferro e produtos agropecuários.   Os reflexos, ainda, não é sentido, mas eles virão de "galope".  
               A economia brasileira depende da venda de minério de ferro para a China, para fechar a balança de pagamentos no "positivo".   A China, também, é maior cliente de commodities agropecuários.  O Brasil vem se preparando para exportações de produtos agropecuários para a China e se tornou dependente dela.   Dentro da lógica cartesiana, China em crise, o Brasil vai junto.  
           Há muitos anos atrás, ouvi de um empresário japonês, a máxima deles, de que o "espirro" dos americanos viraria "tufão" no Japão.   É o caso do Brasil, o "resfriado" dos chineses vira uma forte "gripe" para brasileiros.    Há indício forte de que a China vai enfrentar uma crise econômica, sem precedente, a maior das últimas décadas, causado sobretudo pela "crise hipotecária", a mesma que assolou os Estados Unidos na crise financeira de 2008. 
             O Brasil, dentro do contexto global, depende da expansão da economia chinesa para a economia doméstica crescer. Se a China vai mal, o Brasil irá mal, também. Independente das matizes ideológicas, o Presidente Lula vai enfrentar uma das piores situações da economia global das últimas décadas.   O Governo Lula, enfrentando a crise econômica global e reflexos na economia doméstica, certamente, quem vai "pagar o pato", somos nós, o povo brasileiro. 
            A falência da "Americanas" ou o calote da "123 milhas" são apenas a ponta de um enorme "iceberg" à deriva em mares revoltos. Com certeza, não será a Simone Tebet que vai mostrar o caminho seguro para nau que leva o nome Brasil.
            Ossami Sakamori     

sábado, 26 de agosto de 2023

Brasil e o curral eleitoreiro

 

Entra governo, sai governo, o discurso cai no lugar comum, "tirar os pobres do estado da miséria", num país rico em riquezas minerais, terras propícios para agricultura e clima temperada, sem desastres naturais.  E, de quebra o povo brasileiro é pacífico e ordeiro, porém de baixa "escolaridade", fácil de ser manobrado.

           Geograficamente, o Brasil se situa entre latitude 5º 16' ao norte, fazendo divisa com a Venezuela e 33º 45' ao sul, terminando no Arroio do Chuí, divisa com Uruguai.  O País é banhado a leste ao norte pelo Oceano Atlântico, com clima quente a temperado.  Nenhum país do mundo tem tamanha extensão territorial propício para agricultura extensiva e mecanizada.   E tem floresta em abundância para ser o "pulmão" do mundo.

       Condições semelhantes ao do Brasil, somente os Estados Unidos, a maior potência econômica do mundo, que possui 1/4 de toda riqueza do planeta.    E, de quebra, o País possui uma das maiores jazidas de ferro do mundo, sem contar com as jazidas de lítio, elemento essencial para baterias elétricas.  Como diz a letra do hino nacional, o Brasil está deitado em "berço esplêndido".   

          Com condições excepcionais que o País possui, qualquer analfabeto funcional, é capaz de governar o País.  Já em 1979, o diplomata brasileiro, Carlos Alves de Souza Filho, que atribuiu ao Charles De Gaulle, a famosa frase de que "o Brasil não é país sério", atribuindo ao Brasil, nenhuma eventual ameaça à França.   Os sucessivos governos que comandam o País, não têm a mínima noção do que seja a teoria macroeconômica, muito menos sobre os pensamentos "neoliberais" e "liberais", atribuídos ao John Keynes Maynard e ao Milton Friedman, em épocas diferentes.

            Vejo pelos discursos e prioridades que são dados pelos sucessivos governos, dividindo o País ou dos seus eleitores em "pobres e ricos" ou em "sul/sudeste e norte/nordeste".   Cada presidente que passa, os discursos são direcionados ao seu "curral eleitoral", ou ao seu "chiqueirinho" eleitoreiro.   E, os eleitores se comportam como tais animais, prontos para irem ao abate, em silêncio, à espera das migalhas que lhes são distribuídos no seu caminho.  

        Não há política econômica e muito menos a política fiscal, em todos momentos, que leve o Brasil ao caminho do crescimento sustentável e que leve à liderança mundial, tal qual são hoje, os Estados Unidos e a China.    Condições para tal, o País tem!   Literalmente, o Brasil está "marcando o passo".                       

            Ossami Sakamori    

                          


sexta-feira, 25 de agosto de 2023

O FED indica o tamanho do desafio


A atenção do mundo se volta para a reunião do FED, o Banco Central americano, na cidade de Jackson Hole, nos Estados Unidos, com a presença de líderes de bancos centrais de todo o mundo.  Cristine Lagarde, a presidente do Banco Central europeu confirmou a sua presença, para dar maior peso à reunião, que tratará do rumo da maior economia do mundo, os Estados Unidos.  

     O presidente do FED, anuncia o crescimento econômico do país, com o Produto Interno Bruto aumentando a uma taxa anualizada de 2,4% no último trimestre, conforme o Departamento de Comércio, acima da expectativa do mercado.  Por outro lado, a maioria dos analistas do mercado, acha que a inflação estará acima de 3% até o final deste ano, com sinalização de queda.  

          Enquanto isso, na África do Sul, encerra a conferência da cúpula do BRICS, com inclusão da Argentina, Irã, Etiópia, Egito, Arábia Saudita e Emirados Árabes, sem nenhuma definição importante, a não ser a ampliação dos membros do bloco, liderado pela China, a segunda maior economia do mundo.   Na reunião da cúpula, o Presidente Lula propôs ingerência do bloco no Conselho de Segurança da ONU, o que foi ignorado pelos demais membros.   Também, foi ignorado pelos membros da cúpula, a criação da "moeda alternativa" ao "dólar americano", nas transações comerciais entre os países do bloco.  Ficou estabelecido que as transações se farão pela opção de moedas estabelecidas entre partes. 

          No meu entender, a reunião do FED, Banco Central americano, é uma forma de mostrar ao mundo de que o dólar americano, US$, continuará sendo a moeda referência para transações comerciais e financeiras internacionais, em vigor desde a Conferência de Bretton Woods, realizada no mês de julho de 1944, que estabeleceu as regras para o sistema monetário internacional.

            Até entendo a tentativa do Presidente Lula de querer ocupar o protagonismo na conferência da cúpula do BRICS, ao tentar interferir no Conselho de Segurança da ONU e na proposição da criação de uma moeda alternativa ao dólar americano.  Com adesão de novos membros, aliados dos Estados Unidos, as tentativas propostas pelo Presidente Lula, estão longe de serem alcançados.    

            Dentro do contexto, o Banco Central do Brasil, age em sintonia e em conformidade com as decisões do FED.  No mercado financeiro global, não permite amadorismo ou um "sonho de verão".  Há que ser realista e ter o "pé no chão" para tirar proveito das regras do mercado, ocupando cada vez mais, o espaço de um dos maiores fornecedores de commodities.  

               Ossami Sakamori



quinta-feira, 24 de agosto de 2023

Não tem almoço grátis!

 

A novidade de hoje, é que a Câmara dos Deputados aprovou ontem, em definitivo, o novo "marco fiscal" do Fernando Haddad.  A nova denominação da "política fiscal", o "marco fiscal" veio para oficializar os "déficits primários", que nada mais é do que o "rombo fiscal", o dinheiro que falta para cobrir as despesas do Governo federal.    De quebra, para poder gastar mais, o FUNDEB e o Fundo constitucional para manutenção do Distrito Federal, ficaram de fora do "teto dos gastos".

            Numa outra medida, o Governo Lula pretende mudar os depósitos judiciais do Carf - o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, no caso de empate ser favorável ao Governo, num montante aproximado de R$ 50 bilhões, em discussão no momento, que a partir da mudança entra no caixa do Tesouro Nacional para amenizar o "déficit primário", o dinheiro que falta, para cobrir os gastos do Governo federal.   

          Na prática, a Emenda 95 que limita os gastos públicos aos níveis de 2016, corrigido monetariamente, foi pelos ares.  Como a nova lei de responsabilidade fiscal, denominado de "arcabouço fiscal", não sobrepõe a Emenda Constitucional, há que revogar a Emenda 95.  Como no Brasil as coisas são feitas no "joelho", a revogação da Emenda 95, deverá vir em outro momento.   

        O fato concreto é que o Governo Lula, com seus 37 ministérios, está ávido de "gastança" para mostrar as realizações do Governo Lula III.  A consequência é o "déficit primário", que aumenta cada vez mais o endividamento público, que já ultrapassa os R$ 6 trilhões, equivalente a "receita bruta" de 2 anos do Governo federal.   Dentro deste contexto, o Banco Central, faz o que pode para "segurar" a inflação, com a taxa Selic, a mais alta da última década.   Só espero que o Governo não imponha novos encargos (impostos) para a população.  "Não tem almoço grátis", já diz o ditado popular.   

           Assim, há razões de sobra para Banco Central praticar a taxa Selic nas alturas... para manter  inflação sob controle...  Uma coisa leva à outra...

        Lá na África do Sul, onde o Presidente Lula se encontra, na reunião dos membros do BRICS, que resolveu incluir no bloco econômico, a Argentina, a Arábia Saudita, o Egito, os Emirados Árabes Unidos, Etiópia e o Irã.  A Etiópia é um país economicamente insignificante, foi indicada pela África do Sul.  Houve uma frustação da parte do Presidente Lula, que queria o BRICS confrontando, "politicamente", aos Estados Unidos.  Houve consenso entre os membros de que o bloco tem os seus objetivos essencialmente econômicos.  

          Ossami Sakamori    

quarta-feira, 23 de agosto de 2023

Reunião do BRICS

 

Amanhã, dia 24, quinta-feira, termina a reunião anual do BRICS, bloco comercial formado atualmente pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.    A agenda principal é inclusão de novos membros ao bloco comercial que tem como um dos objetivos a quebra da hegemonia dos Estados Unidos na economia mundial, representando por cerca de 25% do PIB global.   

            A liderança do bloco BRICS é da China com o seu segundo PIB do mundo, que grosso modo, representa cerca de 15% do PIB global.  O Presidente Lula, pensou em liderar a reunião do bloco, querendo colocar como a agenda do bloco, a ingerência política na ONU, sobretudo no Conselho de Segurança Nacional, propondo inclusive uma "moeda alternativa" para comércio mundial.  O Brasil é voto vencido.  A reunião, segundo a grande imprensa, voltou ao seu trilho normal com agenda econômica, com ampliação do bloco para países que ainda não fazem parte dos blocos liderados por Estados Unidos e União Europeia.  A China quer ocupar este "vazio", aproveitando do bloco BRICS.

            Ao bloco econômico BRICS devem fazer parte, segundo desejo da China, com apoio de todos componentes do Bloco, a Indonésia, a Arábia Saudita, o Irã, os Emirados Árabes e a Argentina.  O último país, é indicação do Brasil, que ainda pretendia a inclusão da Venezuela no Bloco BRICS.  No fechamento da reunião da cúpula, poderá haver acréscimo de outros nomes ao bloco, porém, acho improvável.   

            O objetivo principal é estabelecer, no longo prazo, uma moeda alternativa ao dólar americano (US$) no comércio mundial e criar uma alternativa à liquidação financeira via SWIFIT, em dólar americano.   Pode ser que o caminho mais viável, na minha opinião, é a compensação financeira, ainda em dólar americano (US$), porém fora do sistema de compensação SWIFIT, entre os membros do bloco BRICS.   A mudança vem atender aos interesses da Rússia, que está alijado da compensação pelo SWIFIT e o colocaria no sistema de liquidação financeira global, independente do conflito Ucrânia x Rússia.

           O Presidente Lula, deve contentar-se com a inclusão da Argentina ao BRICS, sendo a Argentina o parceiro comercial importante do Brasil na América do Sul.   

              Ossami Sakamori

terça-feira, 22 de agosto de 2023

Brasil depende de nós !

 

O Brasil perdeu o rumo do desenvolvimento econômico e social há algum tempo.  O episódio não é recente e não é culpa tão somente do atual Governo.  O Presidente Lula se elegeu no "vácuo" do protagonismo da classe empresarial, que outrora vivera momentos significativos para impulsionar o desenvolvimento do País.  As pessoas da minha idade, os setentões, sabem do que estou a falar.   
         O País teve, na história recente, um Presidente Geisel, que impulsionou a Petrobras e teve um Presidente Figueiredo que ousou construir a Usina Hidroelétrica de Itaipu.  Nos tempos do regime militar, tudo foi feito "na marra", sem muito planejamento.  Era tempo de ouro para grandes projetos, sobretudo na área de energia e transporte, preparando o País para o desenvolvimento sustentável.  
              O Brasil teve o setor industrial como gerador de desenvolvimento e criação de empregos no País.   O País teve empresários como o Antônio Ermínio Moraes, o Jorge Gerdau  Johannpeter, Benjamin Steinbruch e banqueiro e empresário como o Mário Garnero.  Na mesma época, como interlocutor dos operários junto aos empresários, despontava o nome do sindicalista do ABC, Lula da Silva.   
        O exuberante prédio do FIESP na Avenida Paulista, perdeu o seu brilho, na medida em que a poderosa Federação das Indústrias, hoje, é ocupado pelo Josué Gomes, nada menos que o filho do então vice-Presidente do Governo Lula, o então poderoso empresário José Alencar, dono da Coteminas.   Desde então, a então poderosa FIESP, virou um "puxadinho" do Palácio do Planalto, perdendo a importância e a independência em relação ao Governo federal.   
      Com FIESP ou sem FIESP, os empresários brasileiros, em grande maioria são "procuradores" ou "tetas de ferro" dos investidores e especuladores estrangeiros, que dançam conforme a música tocada pelo Palácio do Planalto.   Mas, felizmente, ainda há muitos empresários produtivos, entre os quais os de agronegócios, que acreditam na potencialidade do País, que estão sem as lideranças que levem o País ao lugar que está reservado, o do grupo do G7, as 7 maiores economias do mundo.  
            Com o Presidente Lula ou na ausência dele, o destino do Brasil, depende tão somente do povo brasileiro, cada um contribuindo para o País alcançar o objetivo de ser uma das 7 maiores potências econômicas do mundo global !
          A poderosa FIESP virou puxadinho do Palácio do Planalto.  Os empresários precisam ser mais agressivos e exigir do Governo uma política econômica compatível com a potencialidade do País.
           Brasil depende somente de nós, do setor produtivo !

             Ossami Sakamori           

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Presidente Lula vai a reunião do BRICS

 


O Presidente Lula viajou para a África do Sul, membro do grupo econômico denominado BRICS, composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, numa reunião anual, que é feito em alternância entre seus membros.  A primeira reunião do BRIC foi realizado em 2009, na Rússia cujo objetivo foi debater o impacto da crise financeira mundial nos países emergentes.  Sendo a mais recente, realizada pela China, em vídeo conferência em Pequim, em vídeo conferência pela razão do efeito do Covid-19.

           A agenda da reunião que acontece na África do Sul, que entre os temas está a adesão de outros países emergentes ao bloco, entre os quais a Argentina, recomentado pelo Brasil, em reunião mais protocolar do que um posicionamento "comum", importante, entre os países membros.   A ausência já comunicada é do Wladimir Putin, presidente da Rússia, para evitar prisão decretada pelo Tribunal de Haia.  

            Na prática, na reunião desta feita, não tem agenda econômica importante, a não ser a adesão ou aceitação de novos membros ao bloco econômico BRICS.  O presidente Lula, pretende incorporar agendas de maior interferência do bloco no Conselho de Segurança da ONU, assunto que não faz parte do objetivo do bloco econômico.  

             Reuni abaixo, alguns dados sobre a África do Sul, que despontou no noticiário pela eleição do Nelson Mandela, presidente entre 1994 a 1999 pelo fim do "apartheid".  

África do Sul

Cidade de Cabo - África do Sul

         O bloco econômico, o BRICS, constituiu o Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, uma versão repaginada setorial do BID ou o Banco dos BRICS, cujo atual presidente é a Dilma Rousseff, PT/MG, ex-presidente da República, nomeada pelo Presidente Lula.  

            Seja qual for o resultado da reunião da cúpula do BRICS, o encontro será importante para a agenda econômica do Brasil, sobretudo em razão da realização da COP 30, em 2025, na cidade do Belém, Pará. 

             Ossami Sakamori  

domingo, 20 de agosto de 2023

Economia: O "tsunami" está por vir !

 


Na matéria anterior, eu disse que a popularidade do Presidente Lula está em alta devido, sobretudo, a inflação em baixa.  Grande parte do mérito está na "política monetária" agressiva do Banco Central, com taxa básica de juros Selic a mais alta da economia global.  O custo de manter a popularidade do Governo federal e governos estaduais em alta, como sempre, recai nas costas da população brasileira, independente de ser pobre ou rico.

             Vejamos o que está acontecendo com a "política econômica" do Governo, que privilegia os "gastos públicos", criando um enorme "bolha" de gastança do dinheiro do contribuinte.  Ainda, assim, o Governo federal é incapaz de gerar os recursos necessários para manter a "máquina pública", incluindo nela os diversos benefícios como o da Bolsa Família e da Previdência Social, sem contar com diversos benefícios indiretos através de subsídios. 

             Grosso modo, somente o Governo federal, consome cerca de 1/3 de tudo que o País produz e gasta.   Acrescente nas despesas do Governo federal, os que corresponde às despesas dos estados e municípios, que gasta outro 1/3, arrecadado com o ICMS e Imposto sobre os serviços.  Somando tudo, a população brasileira destina, direta ou indiretamente, cerca de 2/3 de toda movimentação econômica e financeira do País para a administração pública.  

              Apesar de os "louros" da realização do Governo federal e dos governos locais serem creditados aos políticos de plantões, quem paga a conta, como sempre, é a população brasileira.  Além de tudo, sobretudo o Governo federal, para as suas realizações no campo social e de infraestrutura, emitem títulos da dívida pública pagando a taxa Selic, a mais alta dentre os principais países do mundo.   Um dia, isto tudo, explode! 

               Só para se ter ideia, o Governo Lula pediu e o Governo Bolsonaro atendeu, o acréscimo de R$ 145 bilhões ao LDO de 2023, no final de 2022.  Não satisfeito com o destinação do valor extra, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou ao Congresso Nacional, o "arcabouço fiscal", que nada mais é do que a "política fiscal", com "déficit entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões, dependendo dos recursos depositados do Carf, a instância administrativa entre Governo federal e o contribuinte.  

            Ainda assim, o Governo Lula, no primeiro ano do seu mandato, vai amargar o "déficit primário", o dinheiro que falta para pagar as contas, não se importando com a gigantesca dívida pública federal, acima de R$ 6 trilhões, que só de juros à base de taxa Selic, consome próximo de R$ 800 bilhões ao ano, na sua rolagem.

        Desde a última crise econômica financeira de 2014/2015, o Governo brasileiro sequer consegue pagar os juros da dívida pública, apresentando sucessivos "déficits primários", o dinheiro que falta para pagar as contas do Governo federal, exceto os juros da dívida pública.   O próximo passo do País, se não tomar atitude de gerar o "superávit primário" para pagar, ao menos, os juros da dívida pública, se denomina "default" ou "falência", tão igual às inúmeras empresas do País em situação de "recuperação judicial".  

          Diante da situação descrita acima, só posso afirmar, "com convicção", de que a equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é de total incompetência e de irresponsabilidade desmedida.   Enquanto isso, o Presidente Lula vai "surfando" na onda, sem perceber que o "tsunami" está muito mais próximo do que se possa imaginar. 

           Gastar é ótimo, mas, uma hora chega a conta para pagar!

            Ossami Sakamori  

sábado, 19 de agosto de 2023

Inflação em baixa, Presidente Lula em alta.

 

A popularidade do Presidente Lula, em grande parte, vem da manutenção do poder de compra da população, sobretudo a da baixa renda, aquela que depende dos programas do governo e da estabilização do preços de produtos de consumo cotidiano.   O Brasil já viveu períodos de "hiperinflação" no passado não tão distante, sobretudo antes do Plano Real, implementado pelo Governo Itamar Franco. 

          O índice de inflação do mês de julho medido pelo IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, resultou em +0,12%, acima da taxa de junho de -0,08%, resultando na inflação acumulada dos 12 últimos meses em 3,99%.   Para avaliar a trajetória da inflação presente, o Conselho Monetário Nacional, leia-se Banco Central, a meta de inflação para 2023 em 3,25%, ainda, ligeiramente inferior à inflação anualizada de 3,99% do mês de julho deste ano.

           O resultado da inflação próximo da meta, anualizada de 3,99% no mês de julho, somado ao índice de desempregado do segundo trimestre deste ano, que caiu para 8%, o melhor resultado desde 2014, o ano da pior crise econômica e financeiro dos últimos 100 anos no Brasil, vivido no Governo Dilma, PT/MG.   O resultado de hoje, é um esforço contínuo de sucessivos governos, de Temer ao Bolsonaro, que seguiram rigorosamente a política fiscal balizada pela Emenda 95 de 2016.    

              O resultado se credita, também, à política monetária do Banco Central, de taxa Selic de 13,25%, desde última reunião do COPOM, que reduziu a taxa de juros em 0,5% sobre a taxa Selic de 13,75% que vigorava desde junho de 2022.   A política monetária, de juros altos, veementemente criticado pelo Presidente Lula e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está produzindo o efeito desejado, a de inflação baixa e taxa de desemprego em queda.   Pontos para o Campos Neto do Banco Central, que pratica política monetária contracionista, apesar das críticas do Presidente Lula.     

         Inflação em queda é sentido pela população em geral, sobretudo a da baixa renda, que depende de Bolsa Família, que sente o poder de compra garantida pelo baixo índice de inflação.   Não se via há muito tempo, a queda do preço de alimentos, que dá a sensação do poder de compra da população menos favorecida.   A "picanha" do Presidente Lula, não está longe de fazer parte do "churrasquinho" de final de semana da população.   Inflação em baixa, Presidente Lula em alta.

PS:  A matéria não se refere ao meu posicionamento macroeconômico, liberal, da linha de pensamento do professor Milton Friedman, Nobel em Economia, muito menos ao pensamento liberal contrário ao socialista.  

            Ossami Sakamori         


sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Brasil não é mais a bola da vez

No mercado de risco, as ações das empresas brasileiras caíram mais uma vez e acumula sua pior sequência de queda, desde 1980.  O dólar está para romper a casa dos R$ 5, conforme já fizemos previsão nas matérias anteriores.  Os especuladores estrangeiros já sacaram R$ 7 bilhões nas duas últimas semanas.  O volume não é tão expressivo, mas a sequência de queda é preocupante.  

           O pivô da crise, uma grande parte, é debitado à perspectiva de estagnação na economia chinesa, visto com "recuperação judicial" de grandes incorporadoras de construções da China e o movimento do Banco Central chinês de entrar comprando grande volume de dólares (US$), reforçando ainda mais a sua reserva que já ultrapassa de longe os US$ 3 trilhões.   O assunto, também, já foi comentado nas matérias anteriores.  

              Com exceção dos Estados Unidos que está com economia no limite do crescimento, próximo de 5% ao ano, com pontuais crise financeira de grandes conglomerados financeiros, o FED - Federal Reserve, o Banco Central americano, faz esforço para conter a inflação ao teto de 5%.   Isto corresponde que a moeda americana está sofrendo "desvalorização" ou que as demais moedas estão ganhando "valorização" relativamente ao dólar.  

          O movimento de fuga dos investimentos estrangeiros especulativos do Brasil, está causando a alta do dólar ou desvalorização do real, numa situação enunciado no início desta matéria.   O movimento de fuga dos capitais estrangeiros do País, parece não ser "pontual" motivado com os juros da dívida pública americana e nem tão pouco se refere à inflação americana.   O problema maior é a ausência da "política econômica" do Governo Lula, para balizar o crescimento econômico duradouro do País.

             Já estamos atravessando o oitavo mês do ano e não temos ainda a "política fiscal" ou o "arcabouço fiscal" do Haddad ou do Governo Lula.   Só sabemos que o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" do Governo federal para o ano em curso, 2023, gira entre R$ 100 bilhões a R$ 150 bilhões, dependendo das medidas legislativas que deverão ser aprovadas, ainda, pelo Congresso Nacional.   O presidente da Câmara, Arthur Lira, PP/AL, promete acelerar a sua aprovação, até o final deste mês.  

              O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá que apresentar ao Congresso Nacional, até o final deste mês, a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentários do próximo ano, o de 2024, para tornar-se Lei Orçamentária do ano fiscal do próximo ano.   Tudo está na "undécima" hora e falta atuação incisiva do Governo Lula para a sua aprovação.   

               Diante da conjuntura descrita acima, os empresários produtivos brasileiros, cruzam os braços à espera de uma "política econômica" consistente e uma "política fiscal"  responsável, com "déficit primário" zero.   Lembrando, mais uma vez que o "déficit primário" é o dinheiro que falta para cobrir as despesas para educação, saúde e segurança pública, sem contar também com as despesas sobre a Previdência Social.   No déficit primário, não entra as despesas com os juros da dívida pública da União.  Estas últimas são englobados na dívida pública da União, acima de R$ 6 trilhões, líquidos.   

      Diante da situação do País, é perfeitamente compreensível que o capital estrangeiro estejam em "fuga" do Brasil, procurando um "porto seguro" para seus investimentos, uma grande parte dos fundos de pensões dos países de origem.   O Brasil não é mais a "bola da vez", no aspecto positivo.    Só mesmo o Fernando Haddad, o ministro da Fazendo do Governo Lula não enxerga a real situação do País.

            Ossami Sakamori

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

A alta dos combustíveis do Governo Lula

 

Vocês devem se lembrar da imagem acima, postado neste blog, há mais de um mês, sobre a iminência da alta do petróleo no País, sobretudo, em função do acordo de produção do petróleo pelo OPEC e a iminência da alta de petróleo no mercado global.  Dito e feito, a Petrobras anuncia, com defasagem de um mês, a alta dos combustíveis para as distribuidoras de combustíveis no País.

              A alta dos combustíveis foi "segurada" pela Petrobras, até ontem, para atender a política econômica do Governo Lula, de subsídios aos setores onde alcança as mãos do Governo federal.   Em consequência, os lucros da Companhia despencaram, neste período, e as ações da Petrobras voltaram a ser os patinhos feios do mercado financeiro.

            Neste período, entre o anúncio do OPEC até ontem, o petróleo do tipo Brent, que são aquelas que as refinarias no País tem condições de processar, houve aumento de cerca de 10%, com tendência de novas altas, em razão da contenção voluntária de fornecimento do petróleo ao mercado mundial pela Arábia Saudita, dono da maior reserva de petróleo do mundo, seguido de Venezuela.

            Convém lembrar que a Petrobras não produz petróleo do tipo Brent, igual daqueles da Arábia Saudita.  A Petrobras extrai petróleo do "pré-sal" cuja característica é do tipo TWI ou tipo pesado, enquanto as refinarias instalados no País processa somente o petróleo do tipo leve, o Brent.  Desta forma, a Petrobras vende o seu petróleo, o do tipo TWI e compra no mercado internacional o petróleo do tipo Brent, a mais nobre, fazendo o verdadeiro "passeio" de petróleo.  

            O petróleo é commodity, sendo assim, o seu preço obedece ao sabor do mercado internacional, extremamente controlado pelo "cartel de petróleo", a OPEC.  Brincar com o petróleo, querendo controlar o seu preço, é um risco desnecessário, sujeitando a Petrobras a levar prejuízo, num setor que é altamente lucrativo.   Para se ter ideia, na maior economia do mundo, os Estados Unidos, o preço do petróleo é reajustado a cada oscilação de preços no mercado global.    Lá, o povo paga o preço "real", atualizado a cada oscilação do preço, na alta e na baixa.  

           Este filme o de "controlar o preço do petróleo" no mercado interno, já vimos no passado recente, no período 2014/2015, em que a Petrobras amargou prejuízo enorme num setor altamente lucrativo e teve que se aventurar num endividamento sem precedente, que quase quebrou a Petrobras.

             A alta do petróleo, que será repassado ao consumidor à partir de hoje, representa o resultado da política de preços, "não atrelada"  ao preço internacional do produto.  É mais uma "jaboticaba" inventado pelo Governo federal, dito socialista, a socialização dos prejuízos!

            Ossami Sakamori 

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Dólar é referência mundial desde 1945

 

A moeda americana, o dólar (US$), ganhou força com a compra da moeda americana pelo Banco Central chinês, nos últimos dias, reforçando a sua reserva cambial próximo de US$ 3,4 trilhões, oficialmente.   O FED, Banco Central americano, estima que a China, como país, tem reserva cambial estimado em US$ 6 trilhões, pulverizada entre diversas formas de entidades e empresas do governo chinês.


         O Brasil tem reserva cambial, ao mínimo de US$ 350 bilhões, aplicados em organismos internacionais como BID e atuação diretamente na compra de títulos de dívidas do Tesouro Nacional americano.  Recentemente, o Banco Central ensaia terceirizar a gestão da reserva cambial para alguma corretora americana de peso, o que vem recebendo críticas do Governo Lula.  Quem entende do mercado financeiro global, sabe que este perigo, a de alguma entidade financeira, de fugir com a nossa Reserva cambial, não existe.   
           No mercado financeiro do Brasil, o dólar tem registrado cotação ao entorno de  R$ 4,7592, como a mínima do ano de 2023 à cotação máxima do dólar que alcançou R$ 5,4807 no dia 3 de janeiro, na passagem do Governo Bolsonaro para o Governo Lula.  Ontem, dia 14/7, o dólar comercial estava sendo contado a R$ 4,965, configurando o viés de alta.  Penso que, em breve, deve romper o R$ 5 para cada US$ 1.
                Em relação a desvalorização ou a valorização da moeda americana, que inversamente, corresponde a valorização  ou a desvalorização do "real", diz respeito a fatores como: a) desempenho da economia americana;  b) a inflação americana; c) o desempenho da economia chinesa, a segunda economia do mundo; d) o desempenho da economia brasileira; e) a política fiscal do Governo brasileiro e sobretudo à taxa básica de juros Selic dos títulos do Tesouro Nacional, hoje em 13,25% ao ano.  
            Não adiante o Presidente Lula afirmar que o Brasil não depende do dólar americano e que os países do BRICS vão adotar como moeda alternativa a moeda "renmenbi" ou o "yuan" (a menor fração da moeda chinesa) chinês.   A própria China entrou comprando o dólar americano, numa manobra de tentar dominar não só o comércio mundial, mas, também, influir na valorização ou na desvalorização do dólar.   Parece um contrassenso, mas uma eventual valorização do dólar americano vai de encontro aos interesse dos chineses.  
             Receio que a opção demonstrada pelo Presidente Lula ao "yuan" desprezando a importância do "dólar" no mercado global, seja mais um equívoco da política econômica e fiscal do atual Governo.   Quando mistura a "ideologia política" com a "ideologia econômica e monetária", pelo atual Governo, em boa coisa não vai dar...  O padrão de intercâmbio comercial e financeira em "dólares", vigora desde 1945, na conferência de Bretton Woods. 
             Ossami Sakamori

segunda-feira, 14 de agosto de 2023

Ni hao !


A última notícia vindo do exterior, é que a China está entrando em "estagnação".  Para o Brasil que depende de exportações de commodities para aquele país, a notícia não poderia ser pior.  O nosso País é dependente das exportações de minério de ferro e de produtos agropecuário para a China.  Pior notícia não poderia ser para o Brasil que depende cada vez mais da parceria chinesa. 

          A crise do setor imobiliário continua agravando na China, após a quebra da maior incorporadora da época, o Evergrande, em passado recente.  A notícia não poderia ser pior.   A grande incorporadora, sobrevivente, a Country Garden, registrou declínio de 96% nos lucros do primeiro semestre, sem perspectiva de melhora no restante do ano.   Isto é apenas retrato da estagnação da economia chinesa, que, como Estado sobrevive até a volta do crescimento econômico do mundo.

           O grande consumidor de commodities, que vai de produtos agropecuários ao minério de ferro, com estagnação da economia, com certeza, a China deverá restringir as compras.  O Brasil é o grande, senão o maior prejudicado com retração da economia chinesa.    

           A China em si, como um país socialista, de partido único, a retomada à normalidade poderá ocorrer num prazo curto, em dois ou três anos.   O resultado da economia chinesa, não será diferente, no futuro próximo.  A China é o maior exportador de seus produtos para os Estados Unidos, União Europeia  e para a Rússia, seu vizinho, com ou sem "crise econômica".  

           Enquanto, para o Brasil, a consequência é de extrema gravidade, que recentemente, considerou a China como "parceiro preferencial".   Para se ter ideia, em 2021, o PIB americano respondia por US$ 23,32 trilhões, enquanto a china respondia por US$ 17,73 trilhões, seguido de Japão com US$ 4,93 trilhões.   No mesmo período, o Brasil respondia com US$1,61 trilhão em PIB.

            Apesar da situação de retração da economia, a China tem reserva cambial de US$ 3,200 trilhões enquanto o Brasil tem reserva cambial de R$ 350 bilhões.   A notícia é que o Banco Central chinês, está reforçando a sua reserva cambial em US$ dólares.  A situação da economia global é bem diversa daquele imaginado pelo Presidente Lula, que critica o padrão de comércio mundial em US$, dólares e declarou fazer aliança com a China e fazer a moeda chinesa, "yuan", como padrão de transações entre os países do bloco BRICS.   Enquanto o Presidente Lula está indo na direção da China, a China está indo na direção dos Estados Unidos, seu maior parceiro comercial.  

       Infelizmente, os formuladores da economia no Brasil, os ministros Fernando Haddad e Simone Tebbet, sofrem de miopia profunda, guiando o Presidente Lula na contramão do mundo, numa situação de subserviência ao Xi Jinping.   

                 Ossami Sakamori                

domingo, 13 de agosto de 2023

Brasil, o País de jaboticaba!

 

Quanto mais ignorante o povo, mais fácil para governar um país.   É a velha tática dos políticos de plantões ao redor do mundo, não só no Brasil, manter o povo ignorante.   Assim tem sido no nosso País desde os tempos imemoriais.  E, assim, tem garantido o emprego para muita gente, políticos e seus dependentes, sobretudo aos que não tem ao menos, o mínimo conhecimento sobre as finanças públicas.   No final da leitura desta matéria, você terá condição de discutir o assunto da macroeconomia de igual para igual com os "experts" no assunto.

          O "orçamento fiscal" do Governo federal é um conjunto de receitas e despesas, sob responsabilidade da União ou seja do Palácio do Planalto, que diz respeito à receita da Governo federal, composto de tributos e tarifas e as despesas sob responsabilidade dele.   

           As receitas da União são compostos de impostos, como IPI, PIS, Confins e Imposto de Renda.   As receitas do Governo federal, ainda, conta com os imposto de importações e de exportações, quando são os casos e de incontáveis tarifas de diversos serviços do Governo federal.   Os pedágios das rodovias federais, são tarifas cobradas pelas concessionárias de serviços públicos, que não entram no Orçamento do Governo federal.

           As despesas da União se referem ao pagamento de funcionários públicos, os gastos com a educação, saúde pública sob encargos do Governo federal, segurança pública na área de sua abrangência e despesas decorrentes da Previdência Social, de toda espécie, sob forma de auxílios.  Sem dúvida, que a Bolsa família é despesa do Governo federal.  

            Uma grande parte, das despesas do Governo federal é consumido pelo pagamento de juros da dívida pública, que hoje monta, grosso modo, em R$ 6,5 trilhões líquidos ou R$ 9 trilhões brutos.  Hoje, os juros da dívida pública é balizado pela taxa Selic do Banco Central.   A Reserva cambial em dólares é abatido no balizamento da dívida líquida. 

             Comumente, chamamos de "política fiscal" o conjunto de receitas e despesas da União, conforme acima, que poderá resultar em "superávit primário" ou "déficit primário".  No caso do "superávit primário", não engloba o pagamento de juros da dívida pública e muito menos da amortização dela.   Déficit primário é o dinheiro que o Tesouro Nacional busca no mercado financeiro, pagando a taxa básica de juros Selic do Banco Central. 

               O dinheiro que sobrar, num eventual "superávit primário", vai para pagamento de juros da dívida pública, que, na "rolagem" dela poderá englobar ou não a amortização da parte dela.  Quando não se consegue pagar os juros da dívida pública, após geração do "superávit primário", a conta entra no "déficit nominal", que é a verdadeira situação econômica do País.   

        Nos últimos anos, após a crise econômica e financeira de 2014/2015, o Brasil não consegue sequer pagar as despesas correntes, aquelas que são obrigatórias, gerando sucessivos "déficits primários", com exceção do exercício de 2022, que gerou um pequeno "superávit primário" de R$ 54 bilhões.  No entanto, o pequeno "superávit primário" não foi o suficiente para "zerar" o "déficit nominal" ou seja, o Tesouro Nacional, não conseguiu sequer pagar os serviços (juros) da dívida pública. 

           Convém, também, entender que a "política fiscal" diz respeito apenas às receitas e despesas do Governo federal, não englobando a política voltado ao setor produtivo, que, teria a denominação de "política econômica".  Esclarecendo, ainda, o inventado "arcabouço fiscal" do ministro da Fazenda, diz respeito tão somente à "política fiscal", que lembra o "calabouço" dos castelos da idade média.   Tem um ditado popular que diz que "o dinheiro não cai do céu".   Mas, os governos irresponsáveis poderão colocar o "real" em circulação, virtual ou físico.   

             Por último, a "política monetária" diz respeito à administração da "moeda", mantendo ou que tenta manter o "poder aquisitivo" da moeda, que é a mesma coisa que manter a inflação sob o controle.   A "política monetária" é de responsabilidade do Banco Central, no Brasil e em todos os países do mundo global.   Nos Estados Unidos, a "política monetária" é de responsabilidade do FED, que é o Banco Central deles e o Orçamento fiscal é de responsabilidade do Executivo federal e executado pela Secretaria do Tesouro, equivalente ao nosso Ministério da Fazenda.  

             Tanto a "política econômica" como a "política fiscal" é emanada pelo Governo Central, em qualquer país do mundo.  A "política monetária" é de responsabilidade dos Bancos Centrais de cada país.  Em resumo, não adianta o ministro da Fazenda, mudar a denominação da "política fiscal" para o "arcabouço fiscal", que o resultado das contas do Governo federal, permanece tão iguais, com o "déficit primário" para o exercício de 2023.   Déficit primário é "conta em vermelho"!

           Infelizmente, o Brasil é conhecido como o país de "jaboticaba", a fruta que só dá no País.  De "jaboticaba" em "jaboticaba" o País vai enfrentando a prolongada "estagnação".

                 Ossami Sakamori    

              

              

sábado, 12 de agosto de 2023

O engodo do PAC de R$ 1,5 trilhão !!!

 

Ontem, dia 11, foi lançado o Novo PAC pelo Presidente Lula, em cerimônia que contou com a presença dos governadores da região norte/nordeste.  Ficou visível a ausência dos governadores do sul/sudeste na cerimônia de lançamento.  O Novo PAC tem foco em projetos de infraestrutura, ciência, tecnologia, educação e saúde e o "comandante" do PAC será o chefe da Casa Civil, Rui Costa, PT/BA.

             O Novo PAC visa concluir mais de 29 mil obras anunciadas em sete anos, nos governos Lula II e Dilma I e II.  Em sete anos de existência, nas gestões Lula II, Dilma I e Dilma II, foram concluído apenas 16,8% das mais de 29 mil obras anunciadas à época.

            De acordo com o Governo federal, o novo PAC, que é uma reedição das antigas PAC I e PACII, com previsão de investimentos por parte do Governo federal em R$ 240 bilhões, em 4 anos.  O investimento global, considerado a parte da iniciativa privada no PPP, Parceria Público Privado, o volume de obra deve alcançar o R$ 1,5 trilhão, anunciado.   Segundo o Governo Lula, a prioridade será dada às obras inacabadas nos PAC 1 e PAC 2 e em seguida as obras prioridades dos ministérios, já programadas para serem executadas, nos respectivos Orçamentos.  

           De qualquer forma, o desembolso do Governo federal será de R$ 240 bilhões em 4 anos, numa média de gastos do Orçamento federal em R$ 60 bilhões/ano.  O impacto fiscal, não é tão expressivo, considerado o "déficit primário", o dinheiro que falta, só para este ano, de R$ 150 bilhões.   

            Em tempo:  Para aumentar o volume de investimentos no novo PAC do Lula, o global de R$ 1,5 trilhão, está embutido os investimentos das empresas estatais como a da Petrobras e dos Correios.  Desta forma, o impacto do Novo PAC na economia brasileira e na política fiscal é de pequeno montante.   A manobra do Governo Lula, para dar "impacto", pelo menos na grande imprensa, é mais ou menos, como considerar, na sua renda, a renda dos filhos, genros, netos e agregados, todos independentes e que pagam os seus Impostos de Renda, individualmente.  

            O PAC de R$ 1,5 trilhões, de obras em andamento, não causará impacto econômico e financeiro significativo na vida do reles cidadãos brasileiros.  Bom para ego dos governantes de plantões.  Num inverno frio e chuvoso, melhor mesmo é continuar debaixo da coberta, que as nossas vidas continuarão igual como dantes!    

          Ah!  Na cidade do Gramado, RS, está em curso o tradicional Festival de Cinema, de cineastas brasileiros!   Aproveito e presto homenagem aos autores, cineastas e atores brasileiros, que são orgulho de todos nós!

            Ossami Sakamori 




sexta-feira, 11 de agosto de 2023

O PAC do Lula

 

Hoje, o Presidente Lula vai apresentar o PAC (Programa de Aceleração de Crescimento) do seu seu terceiro mandato, do período do governo que vai até o final do ano de 2026.   O PAC, segundo Lula, será de R$ 1 trilhão, com recursos do Tesouro Nacional, Petrobras e do PPP (Parceria Público Privado).  

           O anúncio acontece, no momento em que o Governo federal apresenta "déficit primário" ou o "rombo fiscal" de R$ 150 bilhões no Orçamento Fiscal de 2023.   Donde virá essa montanha de dinheiro não está bem claro no Programa.   Seja como for, na administração pública, é necessário explicitar a fonte ou as fontes de financiamento, seja via Orçamento Fiscal ou através de empréstimos junto aos bancos de investimentos como BNDES, banco BRICS ou ainda bancos de fomentos internacionais como o BID.  

            Sem os requisitos acima, o novo PAC não passa de "intenções" do seu Governo do que qualquer Plano de Aceleração de Crescimento.    Se o Presidente Lula, explicitar as fontes de financiamento para o PAC pretendido, ao colossal número de R$ 1 trilhão, sem endividamento público, o seu projeto para o Brasil será muito bem vindo.   Caso contrário, será mais um projeto que levará o País a uma nova crise econômica/financeira, igual ou pior do que já passamos no período 2014/2015, no governo Dilma, PT/MG.

       Não sei porque, o novo PAC do Presidente Lula, da maneira que está proposta, me leva à lembrança da desastrada crise econômica financeira do Governo Dilma, a pior dos últimos 100 anos.   Resta a este comentarista amador, rezar ou orar para que o Brasil entre no caminho do crescimento econômico, sem prejuízo à já sofrida população brasileira.    

            O dinheiro do PAC vai sair de algum lugar.  Com certeza, será do seu bolso!

              Ossami Sakamori   

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A cúpula da Amazônia do Presidente Lula

 

A reunião entre os presidentes dos países que compõe o bioma Amazônica, convocado pelo Presidente Lula, para fortalecer a OTCA - Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, fundada em 1995, com sede no Brasil, que estava sem ação concreta desde então, teve o objetivo de lançar a "Aliança Amazônica de Combate ao Desmatamento".  O objetivo, segundo Governo brasileiro é combater o desmatamento da floresta Amazônica até 2030.   Segundo Presidente Lula, a ideia é sair da reunião, com posição unificada entre os países que formam a floresta Amazônica, com vista ao COP-28, nos Emirados Árabes, no mês de novembro deste ano e ao COP 30 que terá sede em Belém, em novembro de 2025.

           A reunião deveria merecer importância entre os países que compõe o bioma Amazônica, sendo este o único mecanismo internacional com sede no Brasil e "em tese" deveria agir para promover o desenvolvimento sustentável da área.  No entanto, a reunião não mereceu  atenção dos países que compõe o bioma Amazônia.

            A Organização, OTCA, que conta com os países banhada pela bacia Amazônica, é composto pelo cinco países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.  Estiveram ausentes os presidentes da Venezuela, o presidente do Equador e o presidente do Suriname, que se fizeram representados respectivamente pelo vice-presidente e ministros da área do meio ambiente.   Enfim, faltou a unanimidade aos propósitos liderados pelo Presidente Lula.

            De concreto, houve manifestação divergente do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sobre o tema da bacia Amazônica.  Enquanto o presidente colombiano condena exploração de petróleo no bioma Amazônica, o Presidente Lula defende a exploração do "pré-sal" na costa meridional da Amazônia, onde se encontra os estados do Amapá e do Pará, ainda dentro do bioma.   

         Enfim, a reunião da cúpula da Amazônia, OTCA serviu ao Presidente Lula tirar as suas merecidas férias no Álter do Chão, uma praia fluvial, próximo de Santarém e massagear o seu "ego" de ser o líder da cúpula da maior floresta do mundo, a Amazônia.   Falta, tão somente, ao Brasil como país, fazer os investimentos significativos, com "recursos próprios", para preservação do seu bioma, a mais importante do mundo, a Amazônia.

           Ossami Sakamori

             

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Falta política econômica no País

 

Vocês devem estar me perguntando, após ler as últimas duas matérias deste blog, o que está pegando para o Brasil retomar o crescimento econômico sustentável.   Vocês estão cobertos de razão em manter esta dúvida, até porque, nem os próprios governantes de plantões sabem exatamente como fazer para o País ter um crescimento sustentável ao longo do tempo.   

         O Brasil, considerando apenas o passado recente, vive em permanente crise econômica, especialmente após a crise do período 2014/2015, do governo da presidente Dilma, considerada a pior dos últimos 100 anos.   No governo do Presidente Temer, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, banqueiro de origem, tentou a saída para a crise econômica com o estabelecimento do "teto de gastos públicos", com a Emenda 95, em cuja teoria poderia ser considerado como "freio de arrumação", mas não uma política econômica e financeira, permanente.   

             A Emenda 95 estabelecia o teto dos gastos públicos ao mesmo nível dos gastos de 2016, corrigido monetariamente nos períodos subsequentes, durante 20 anos, com previsão de revisão no 10º ano.   Considerando que os gastos de 2016, já foram atípicos em razão de ser a saída da crise econômica de 2015, o resultado da Emenda 95, tem sido um "desastre" total.    

             No Governo Lula, o arcabouço fiscal, que nada mais é do que a política fiscal, que diz respeito aos gastos públicos do Governo federal, em razão do inchaço da estrutura do Governo, com criação de novos ministérios, que de 26 passou para 37, há previsão de "déficit primário" ou o "rombo fiscal" de R$ 100 bilhões ou R$ 150 bilhões, dependendo da liberação dos recursos do Carf.   

             Os sucessivos governos, desde 2016, vem tentado seguir o "teto dos gastos públicos" do mesmo ano, corrigido monetariamente, com atenção voltada exclusivamente para a "política fiscal", que visa tão somente aos gastos públicos, esquecendo-se da "política econômica", que engloba a economia no aspecto global, incluindo a iniciativa privada.    Lembrando que a iniciativa privada é quem recolhe os impostos e contribuições para viabilizar os recursos para os gastos públicos.   A "política econômica" deve balizar a economia do País como um todo, incluindo os gastos públicos.   A política econômica é o centro das decisões da inciativa privada para investimentos em setores produtivos no País.  O PIB - Produto Interno Bruto é a somatória de produtos e serviços dos setores públicos e dos setores privados.   O Brasil continua "capenga" sem a política econômica, que leva em conta, também, o setor privado na economia.     

          Para melhor entender, o aspecto econômico, não se deve confundir a "política monetária" sob responsabilidade do Banco Central, que cuida essencialmente do "poder de compra" da moeda, o real, com a "política econômica" e nem tão pouco com a "política fiscal".   Cada "política", a econômica, a monetária e a fiscal, devem andar no seu respectivo "quadrado", para que o País venha alcançar o crescimento sustentável ao longo do tempo.   

            Falta ao Governo federal alinhavar a "politica econômica" para orientar os investidores produtivos a direcionarem os seus investimentos, criando empregos e renda para impulsionar a economia do País.  Com economia em crescimento, o Governo arrecada mais e em consequência terá condição de prestar melhores serviços à população.   Com a "política econômica" acertada, o Brasil crescerá agregando valores aos seus produtos e serviços,  criando um "círculo virtuoso" de desenvolvimento.  A falta de política econômica é como andar de carro no escuro, sem farol de milha.

           E, assim fazendo, a "picanha" nos finais de semana, chegará à mesa dos brasileiros de todas classes sociais. 

           Ossami Sakamori