domingo, 29 de maio de 2022

Brasil retomará a vocação do crescimento econômico!


O ocupante do Palácio do Planalto, à partir de 1º de janeiro de 2023, será o atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, no meu entender.  Não será o candidato que as pesquisas eleitorais, sabidamente direcionadas, apontam o Lula como o vencedor das eleições no próximo dia 2 de outubro.   Não sou comentarista da área política e nem sou político.  Falo, hoje, na condição do dono do meu único voto.  Mas, estudo e tenho conhecimento da macroeconomia, para descrever a importância das eleições do próximo dia 2 de outubro.

            As principais pesquisas, encomendadas pelos partidos políticos, mostram a tendência, no dia de "hoje", 5 de junho, a pouco menos de 4 meses das eleições, de que o candidato da "esquerda", Lula da Silva, toma dianteira, em quase todas regiões do Brasil, com exceção da Região Sul, composto pelos estados PR, SC e RS, que, majoritariamente são eleitores da "direita".  Região Sul é composta pela pujante indústrias e setor produtivo do agronegócio do País.   No entanto, a Região Sul, a cidade de Curitiba, é palco de pesquisa de opinião para lançamento de qualquer produto.   Se dá certo em Curitiba, dá certo no resto do País.  Se seguir a projeção, o resultado das eleições será totalmente inverso ao de hoje.   Direita ganhará eleições no Brasil.

           Há uma clara tendência de que a região Sudeste vai acompanhar a região Sul.  Região Sudeste é onde localiza as maiores indústrias e prestadores de serviços do País.  Os empresários não querem políticos de "esquerda", como a Venezuela, Argentina, Bolívia e Chile (o novo governo), porque tem a imagem de que a "esquerda" destrói a "iniciativa privada".   Na esquerda, tudo é financiado pelo governo, com impostos auferidos dos setores produtivas do País.  Nem é preciso conhecer a teoria em que baseia os governos de "esquerda": "Dá comida na mesa, que nóis ganha eleições".   Os eleitores brasileiros, embora com baixa escolaridade, ignorantes eles não são.   Nas urnas escolherão se "esquerda" ou "direita".  Vão escolher se querem repetir Argentina ou não.   

           No lado da "direita", a equipe do atual presidente da República, está atuando fortemente para combater a inflação, que parece estar se arrefecendo.  O governo busca inflação de um dígito (menos de 10%), até o final do ano.  A política de juros, com taxa básica muito acima de dois dígitos (mais de 10%), parece arrefecer a inflação.  A inflação do final do ano deverá terminar entre 8% a 9%, ainda alta, porém sob controle do Banco Central do Brasil.  

        Por outro lado, as medidas econômicas já implementadas, produzirão efeitos no médio prazo (6 meses), tais como:  a) liberação do Auxílio Brasil para cerca de 19 milhões de chefes de família;  b) Liberação do FGTS, de até R$ 1 mil para cada contribuinte, injetando cerca de R$ 40 bilhões na economia, ainda no primeiro semestre;  c) Antecipação da parte do 13º dos aposentados e beneficiários do sistema INSS;  d) Isenção de Imposto de importação de produtos essenciais como trigo e leite;  e) Redução de IPI em 30%, para grande parte de produtos de consumo como a "linha branca" e veículos;  f) Linhas de financiamento para empresas de pequeno porte, num volume de R$ 50 bilhões.   

       Segundo a grande imprensa, há uma melhora significativa nos pequenos comércios, os de rua.   Esta melhora é natural, devido, sobretudo, à liberação de uso de máscara para ambientes abertos.   Isto é sinal de que a economia está retomando o ritmo normal, pré-pandemia.   Ajudado com os estímulos elencados anteriormente, o Brasil crescerá 5% em 2022, garantindo através de eleições, a continuidade do atual governo, o do presidente Bolsonaro. 

            Enfim, o Brasil voltará à sua vocação de crescimento econômico, perdido em 2014/2015, a pior crise econômica dos últimos 100 anos.   Brasil está prestes a sair da UTI - Unidade da Terapia Intensiva.   Você, eleitor, é responsável para "virar" esta página nefasta de baixo crescimento!  

              Ossami Sakamori

           

sábado, 28 de maio de 2022

Petrobras: Só tem diesel para 38 dias!

 


A última notícia que veio da Petrobras, amplamente divulgada pelos principais veículos de comunicação no País, é que o atual presidente da Companhia, mandou um comunicado para ANP - Agência Nacional de Petróleo e ao Ministério de Minas e Energia alertando de que a Petrobras tem reserva de óleo diesel, tão somente, para próximos 38 dias.  Isto no meio de indicação de um novo presidente para a Companhia, conforme noticiei na matéria anterior, pendente de aprovação pelo Conselho de Administração, que, deverá ocorrer nos próximos 45 dias.

             Por outro lado, há poucos dias, a Petrobras anunciava lucro recorde no primeiro trimestre deste ano, 2022, de        R$ 44,5 bilhões, o que representa uma alta de 3.718% em relação ao mesmo período de 2021.  Se no ano de 2015, governo da Dilma Rousseff, registrava prejuízo líquido de R$ 34,8 bilhões, em 2021, a Companhia já apresentou lucro de R$ 106,6 bilhões.  

          Analistas do setor explicam que os números são resultados de uma série de fatores, entre os quais, de Companhia voltar-se à exploração e produção de petróleo e à exportação.   E, na minha avaliação, o aumento do preço internacional do petróleo aos níveis acima de US$ 100 cada barril (158,9 litros), do tipo Brent (petróleo leve), é o principal fator que leva Petrobras aos lucros recordes.  Não se tem valor exato, porque a Petrobras é uma verdadeira  "caixa preta", que nem mesmo os Diretores tem noção do que ocorre com o monstrengo da Companhia, mas, estima-se que o custo de produção do nosso "pré-sal" não passa de US$ 40 cada barril.   Companhia lucrativa como qualquer petroleira, até um "engraxate" do Wall Street tocava com os pés nas costas!

           Por outro lado, todos sabem que ocorreram os maiores escândalos de ladroagem na Petrobras, no período do governo Dilma Rousseff.  Nem é preciso lembrar a compra superfaturada da Refinaria de Pasadena nos Estados Unidos ou ao escandaloso custo de construção da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco.  Faz parte do seu portfólio de ladroagem a venda das participações da Petrobras nos poços da bacia do Golfo do México.   A contratação pela Petrobras, na gestão da Graça Foster, aliada da Dilma, das plataformas marítimas para o grupo de empresas denominadas de Sete Brasil é um outro escândalo que terminou em enorme prejuízo à Petrobras.   

           O noticiário sobre o estoque mínimo de diesel, apenas suficiente para 38 dias, demonstra que a Petrobras conitnua sendo ninho de malandragem de todo o tipo.  Fabrica-se "crise" para "alguém" levar vantagem na negociação do combustível no mercado internacional, curiosamente, tudo feito na filial da Petrobras em Singapura, um paraíso fiscal.    

          Tem razão, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que afirmou:  A Petrobras no Brasil é um ser vivo independente, que não tem função social, que não tem função estruturante. Nessa esteira, ou a gente privatiza essa empresa, ou toma medidas mais duras. Ela não está cuidando do nome da empresa, porque todo desgaste da Petrobras não vai para a Petrobras, todo o desgaste vai para o governo federal".  

           O anúncio da reserva de diesel para apenas 38 dias pela Petrobras, uma das petrolíferas mais lucrativas do mundo, é prenúncio de mais um golpe que está em andamento.  E, também, para cercear o Governo Federal de indicação de um novo presidente da Companhia, como foi noticiado na matéria anterior.

           Ossami Sakamori




            

terça-feira, 24 de maio de 2022

Andrade será o novo presidente da Petrobras!


O presidente Jair Bolsonaro demitiu José Mauro Coelho da presidência da Petrobras e indicou Caio Paes de Andrade, atual secretário especial de desburocratização do Ministério da Economia, conforme o anúncio feito no dia de ontem, 23, segunda-feira, pelo Palácio do Planalto.  O comunicado foi lacônico, sem justificar o motivo pelo que foi demitido, o recém nomeado, o atual presidente da Companhia, José Mauro Coelho.
            No dia 6 de maio, há exatos três semanas, escrevi neste blog: Combustíveis: Você é otário! e no final do texto expliquei o motivo porque o povo é otário.  Disse eu, naquele texto:  "O Presidente da República tem suas razões.  O benefício do preço internacional do petróleo vai para os acionistas da Petrobras.  Infelizmente, a população e o setor produtivo pagam para ver os acionistas da Petrobras terem lucros estratosféricos.  Em tempo:  A União Federal é acionista da Companhia em cerca de 1/3 das ações, mas não manda absolutamente nada na sua política comercial!"

           Enfim, antes tarde do que nunca.  O recém indicado Caio Paes de Andrade, conhecido como Andrade entre seus colegas, é atual secretário especial de desburocratização do Ministério da Economia, portanto é uma pessoa que está em sintonia com o Ministro da Economia, Paulo Guedes e com o novo ministro de Minas e Energia Adolfo Saschida, que também fazia parte da equipe, a quem vai ficará subordinado, na hierarquia da burocracia do governo federal.  

            Andrade, como é chamado pelos colegas do Palácio do Planalto, tem formação em Comunicação Social pela Universidade Paulista, pós-graduação em Gestão pela Universidade de Harvard e mestrado em Administração de Empresas pela Universidade Duke.  Andrade iniciou sua trajetória na gestão do presidente Bolsonaro como presidente do Serpro, em fevereiro de 2019.   Andrade reúne duas qualidades essenciais ao cargo que foi indicado:  Primeira: Andrade tem formação acadêmica e experiência em serviço público e  a segunda qualidade é ter afinidade com a equipe econômica, Guedes e Saschida, respectivamente, Ministro da Economia e  Ministro de Minas e Energia. 

            Nem é preciso ser um expert em política ou economia para entender a missão para o qual foi indicado presidente da maior Companhia estatal do Brasil.   A ordem é segurar o preço dos combustíveis, nos atuais níveis ou ainda promover uma pequena baixa, uma vez que o preço internacional de petróleo está estabilizado em torno de US$ 110 cada barril, do tipo Brent e dólar estabilizando.   Na minha percepção, ainda, de que, com o término da guerra Ucrânia x Rússia e o dólar estabilizado aos níveis de US$ 4,50 a US$ 5 e inflação nos níveis atuais, que poderá haver margem de baixa de combustíveis na bomba, sem comprometer a margem de rentabilidade da Petrobras.  É o que o povo espera.

             A mudança da presidência da Petrobras veio em boa hora e veio para melhor!

             Ossami Sakamori  

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Brasil crescerá 5% em 2022 !

 


Sobre forte sinalização de projeções pessimistas sobre o desempenho da economia global em 2022, já comentada por mim, na matéria anterior, a economia brasileira corre por fora.  A surpresa vem dos indicadores do desempenho da vendas no varejo e na taxa de desemprego formal, que diminuiu no primeiro trimestre deste ano, conforme IBGE, fechando em 11,1%, melhor resultado para o período, desde 2016.  Na contra mão, o que segura o crescimento econômico é a intervenção do Banco Central, aumentando a taxa básica de juros Selic em 12,75% no último dia 5 de maio e com projeção para Selic na próxima reunião, ao menos em 13,25%. 

          Outros indicadores, como a produção industrial do Brasil, que no primeiro trimestre deste ano, segundo IBGE, mostrou ganho trimestral em um ano, nos primeiros três meses deste ano, em 1,2%.  No entanto, mesmo diante dos bons números apresentados pela economia no primeiro trimestre e indicação de melhora no setor de serviços no primeiro quadrimestre, o mercado financeiro, os que torcem contra o Brasil, projeta um crescimento pífio para o País, não mais que 1%, neste ano.  Os pessimistas sobre o Brasil terão que explicar muito, sobre o equívoco, no final do ano.  

               Apesar de notícias negativas sobre a economia na economia mundial, sobretudo em razão dos boicotes do mundo ocidental em relação à Rússia, devido a guerra contra a Ucrânia, o País está caminhando no sentido contrário ao do mundo, apresentando bom desempenho, sobretudo, no setor agropecuário, que representa 27% do PIB, que somado aos gastos do setor público, cerca de 33%, responde por 60% do PIB.   O setor agropecuário, incentivado pelo Plano Safra do governo federal, que deverá destinar cerca de R$ 234 bilhões para linhas de custeio e comercialização e de R$ 99,8 bilhões para investimentos na próxima safra.   É um volume de dinheiro que deixa todo mundo feliz.

          Ao lado de investimentos no setor agropecuário, R$ 333,2 bilhões, o governo federal vai injetar no mercado consumidor, o governo deve injetar cerca de R$ 92 bilhões para beneficiar cerca de 19,1 milhões de chefes de família de que sobrevive de bolsas.   O Ministério da economia está liberando FGTS, no valor máximo de R$ 1 mil para cerca de 42 milhões de trabalhadores, o que certamente, vai gerar consumo imediato.   Além destes recursos, a Caixa Econômica Federal está concedendo empréstimos de até R$ 2 mil para os microempreendedores, pessoas jurídicas.   Para dar maior liquidez ao sistema, o governo federal vai liberar 50% do 13º salário para os beneficiários do INSS.   Todo esse volume de dinheiro vai circular na economia brasileira,  independente da conjuntura internacional negativa.   

          E finalmente, apesar de maioria das instituições financeiras indicarem crescimento pífio para o País, menos de 1%, continuo na minha aposta sobre o crescimento econômico do Brasil, não menos que 5%,  em 2022.   

            Ossami Sakamori

    

quinta-feira, 19 de maio de 2022

Prenúncio de quebra das bolsas mundiais?

 


Wall Street está preocupado com recente decisão, pelo parlamento europeu, de fazer um  novo boicote, a suspensão da compra de petróleo e gás natural, com plano de substituir importação destes produtos, totalmente, até 2026.  O plano para europeus, leia-se União Europeia, pode ser até perfeito.  É uma ampliação do boicote contra Rússia, com a suspensão do SWIFIT, compensação bancária mundial, para com o Banco Central e todas instituições financeiras da Rússia.  Isto tudo, em protesto contra a invasão da Ucrânia pela Rússia, ordenado pelo presidente Putin.   

       No primeiro momento, a guerra Ucrânia x Rússia, começou em 24 de fevereiro, parecia que o seu efeito seria sentido pelos russos, mas não foi bem assim.   Esqueceram os dirigentes da União Europeia de que Rússia é um grande fornecedor de petróleo do mundo e especialmente, também, fornecedor de gás natural e carvão mineral que alavanca a economia do norte europeu, especialmente, a Alemanha.            Passado dois meses em guerra contra ucranianos, os russos estão encontrando caminhos alternativos para venda do petróleo, dos produtos agrícolas e de insumos para a agropecuária, utilizando-se do mecanismo de liquidação em rublo, moeda russa.   Seja como for, a Rússia está respirando, com a ajuda da China, sobretudo em comércio exterior.   

              Voltando ao assunto do boicote na compra de gás natural e carvão mineral pelos países da União Europeia, o plano, mais uma vez, parece ter dado errado.   Novamente, o tiro está saindo pela culatra para os europeus.   Ontem, iniciou um grande movimento de venda de papeis (ações) das companhias do mundo todo, que não se via há muito tempo, e até um recuo do preço do petróleo para o patamar próximo de US$ 100 cada barril, do tipo Brent.  O petróleo pode recuar para US$ 90, na minha visão.

              Segundo noticiário do mercado financeiro global, as principais ações negociados nas principais praças, Nova York, Paris, Franckfurt, Hong Kong e Tokyo, estão operando em forte baixa.   Para quem acompanha o mercado financeiro, como eu faço, o movimento é prenúncio de "quebra" das bolsas ao redor do mundo.   Este tipo de movimento, nós sabemos como começa, mas o término, é muito incerto.  No meu entender, o movimento de "baixa" no mercado financeiro, só vai terminar com o término do conflito entre Ucrânia e Rússia.   E, os russos parecem não ter pressa... para terminar.

          Num quadro assim, o melhor mesmo é não se aventurar no mar revolto, mercado de ações, com risco de perder as suas economias.   Esse filme, já vimos antes.

                 Ossami Sakamori

segunda-feira, 16 de maio de 2022

O petróleo é deles!

Este assunto dos combustíveis, especialmente, o do diesel, no Brasil, está me cansando...  Brasil é um país que me parece Rússia, um país comandados pela oligarquia, tal qual aquele país.  Antes, achava que era diferente, que o nosso País era comandada pelos partidos de plantões.  Até este momento, o único que, aparentemente, tinha boas intenções, foi o Getúlio que disse que o "petróleo é nosso", para justificar a criação da Petrobras, uma companhia brasileira que iria e vem explorando o petróleo no solo e no mar brasileiro.   Puro engano, meu, o "petróleo é deles".  Petrobras, uma empresa de economia mista, age e pratica política comercial à serviço de acionistas do Wall Street ( Petrobras é negociada na Bolsa de Valores de Nova York) para deleite dos acionistas, privadas.

          O preço dos combustíveis, gasolina e diesel, são vendidos, na bomba dos postos de gasolinas, igual como em Los Angeles, Londres ou Paris, tudo de conformidade com o preço de "paridade" ao preço internacional do petróleo.   Pergunto:  Qual é a vantagem do povo brasileiro, ter a Petrobras, como "companhia brasileira"?   A única vantagem, seria dos acionistas brasileiros, que detém maior fatia de ações da Petrobras, sem direito a voto, a Petr4. Esclareço: no conjunto de ações, ON somado ao PN, o governo é minoritário.   Eis, a razão porque o governo brasileiro, enfrenta "saia justa" para indicar um Presidente da Companhia, cujo controle acionário (direito a voto: ON) é do governo federal.  Brasil, na prática, não é dono da Petrobras.

             O governo federal, na sai justa que se encontra, tenta influir na formação do preço de combustíveis, essencial para formação de preço final de produtos para "exportações" e "importações", mas não tem tem força para influir na formação de preço de combustíveis na bomba de gasolina.   Na prática, o governo federal indica Diretoria Executiva da Petrobras, mas não manda na Companhia, a Petrobras, nem tão pouco no preço de combustíveis na "bomba",  O novo ministro da Minas e Energia, o Adolfo Sachsida, funcionário de carreira do Ministério da Economia, manda na Petrobras, mas não manda na formulação dos preços dos combustíveis.  

        O Presidente da República, Jair Bolsonaro, na sua inocência, pensa que manda na Petrobras... Ele pensa, mas, não manda!  Esse imbróglio da Petrobras vai continuar, enquanto o povo brasileiro paga o combustível, na bomba, ao preço de "paridade" com o mercado mundial de combustíveis, igual ao preço de Nova York.   Vivemos no terceiro mundo, mas, pagamos combustíveis igual ao primeiro mundo!

           Ossami Sakamori


sábado, 14 de maio de 2022

Petrobras vai continuar nas mãos dos abutres

 

A Petrobras, empresa de economia mista, fundada pelo presidente Getúlio Vargas em 1954, sob égide de "petróleo é nosso!" não cumpre mais a finalidade para que foi criado.  O presidente da Companhia, de ontem e de hoje, cumprem rigorosamente, os interesses do mercado financeiro, esbanjando lucro astronômico para seus acionistas, majoritariamente, do mercado financeiro nacional e internacional.   Com preço do barril do petróleo alcançando acima de US$ 100 cada barril do tipo Brent e seguindo as regras do mercado de varejo de petróleo, a "paridade  ao preço internacional", é uma "covardia" dirigir empresa nestas condições.   Eu diria que, até o "engraxate" do Wall Street, tocaria a Petrobras com os pés nas costas, melhor do que qualquer presidente burocrata.
             A Petrobras, na prática, não pela lei, exerce o "monopólio" da exploração e refino do petróleo no Brasil.  A Petrobras tem "reserva" para si, o consumo de 3,5 milhões de barris/dia, faça sol, faça chuva.  A Petrobras produz o volume de petróleo, do petróleo pesado, suficiente para abastecer o mercado brasileiro de combustíveis.   Brasil tem refinarias para abastecer o mercado brasileiro de combustíveis, embora, estas foram objeto de custos de construção abusivas.  Uma dessas refinarias, a Abreu e Lima que poderia ter custado US$ 20 bilhões, teria custado à Petrobras, algo como US$ 80 bilhões.  Como o petróleo dá lucros fabulosos, o acréscimo de custos, foi absorvidos pela Petrobras, sem causar "terremoto" na Companhia.   Nem é preciso lembrar que a referida refinaria foi executada no governo Dilma, com Graça Foster no comando da Petrobras.
           Em linhas gerais, a Petrobras vende o petróleo pesado da "pré-sal" e compra o petróleo leve no mercado internacional, utilizando-se da sua subsidiária em Singapura.  Para conveniência da Diretoria da Petrobras, a filial da Petrobras em Singapura, não pertence ao holding Petrobras, no Brasil, diretamente.  Toda transação comercial, a venda do petróleo pesado e compra do petróleo leve é feito pelo braço da Braspetro Holding em Roterdã, Holanda, paraíso fiscal utilizadas pelas grandes corporações mundiais.   O Tribunal de Contas da União, não alcança as operações feitas pela Braspetro com filial em Singapura. 
             Presidente da República, quer interferir na política de preços da Petrobras, mas creio que isto não traga efeito imediato.  O PR é muito "inocente" para quebrar a cadeia de improbidade administrativa que corre numa das maiores Companhia de petróleo do mundo, a Petrobras.  Petrobras vai continuar nas mãos dos abutres, o mercado financeiro.

             Ossami Sakamori 

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Brasil deverá crescer 5% em 2022!

 

Nas últimas duas matérias anteriores, tratei do assunto sobre os aspectos negativos da economia mundial e em especial sobre a economia do Brasil.   A inflação absorveu a inflação do mundo devido à inflação americana e à guerra Ucrânia x Rússia e o resultado disto tudo não poderia ser diferente do mundo global.  Inflação batendo dois dígitos, 12,13%, no Brasil sobretudo em função do preço do petróleo ultrapassando a marca de US$ 100 cada barril do tipo Brent (petróleo leve).  Hoje, valos tratar do crescimento econômico do Brasil, que aos poucos está mostrando o resultado das medidas que o Palácio do Planalto vem tomando.  Segundo a prévia do mercado financeiro, o PIB do primeiro trimestre terá sido de 0,5% ao mínimo.  

            O resultado positivo do PIB - Produto Interno Bruto teria sido puxado pelo setor de serviços e comércio.  Justifica-se: Os pequenos comércios, devagar, estão voltando às suas atividades, decaídas, em função da menor incidência do terrível vírus fez diminuir a atividade do setor de serviços e comércio ao menor nível em relação à atividade antes da pandemia.  Para melhor avaliar, segue o gráfico acima que mostra o desempenho da economia do Brasil nos 10 anos.  

              O Palácio do Planalto vem tomando medidas que certamente, melhorará ainda mais o crescimento econômico, PIB - Produto Interno Bruto, para os 7 meses que ainda restam do ano de 2022.  Certamente, o carro chefe do conjunto de medidas é o recurso de Auxílio Brasil, que está a beneficiar 19 milhões de chefes de famílias, com R$ 400.  Para dar liquidez ao mercado consumidor, o governo está liberando o FGTS, até o valor de R$ 1 mil.  A Caixa Econômica Federal, por outro lado, na mesma linha, está liberando linha de crédito de longo prazo de até R$ 2 mil para microempresários.   

           O Ministério da Economia está diminuindo a alíquota de IPI - Imposto de Produtos Industrializados, em 35%.  A alíquota de IPI incide sobre diversos produtos industrializados entre os quais a linha branca (eletrodomésticos).  Para aliviar o preço de produtos de consumo, o ministro Paulo Guedes desonerou o Imposto de Importação de produtos alimentícios, sobretudo e de consumo imediato.  Estas medidas, ao mesmo tempo que alivia a pressão inflacionária, serve sobretudo a movimentar a economia brasileira.

          Como este ano, 2022, é ano de eleições, novas medidas pontuais deverão ser tomadas para aliviar o "bolso" do consumidor de baixa renda, o "cercadinho eleitoral" para qualquer candidato, seja majoritário ou proporcional.  Desta forma, o Brasil deverá fechar o ano de 2022, com crescimento de 5%, segundo minha avaliação.

              Ossami Sakamori

quinta-feira, 12 de maio de 2022

Mercado financeiro está desabando!

 

O gráfico acima se refere ao ano de 2021

O mercado financeiro internacional, no dia de ontem, 11 de maio, desabou, como nunca dantes visto nos últimos anos.  Os índices Dow Jones e NASDAQ, índice da bolsa de Tóquio e de Hong Kong, acompanharam a queda, no dia ontem.  O principal motivo, segundo analistas é a inflação dos Estados Unidos que disseminou ao redor do mundo.  Ontem, dia 10, falamos da inflação do Brasil, que bateu recorde, mas a inflação do Brasil, embora um número explosivo, não é caso isolado entre as maiores economias do mundo.  

           A inflação dos países do primeiro mundo, está batendo na casa de 7% a 8%.  Para países como Alemanha, França e Reino Unido, apresentar inflação nos níveis que chegou, é um catástrofe, diferente do Brasil que já viveu vários momentos de "inflação galopante".   O reflexo da "inflação e baixo crescimento" é conhecido como "estagflação", isto é, estagnação somado à inflação.  O resultado da estagflação reflete no mercado financeiro como todo.  É o que estamos vendo.

        O bloqueio do Swift bancário vai provocar reação em cadeia, prejudicando os clientes do sistema bancário mundial e em consequência o comércio mundial, não só dos russos.  O bloqueio do Swift dos bancos russos, hoje, dia 28, poderá ser o início da maior crise financeira mundial, talvez, maior do que a crise financeira mundial, que iniciou com a quebra do Banco Lehman Brothers, em 2008.   A frase foi dita por mim, no dia 28 de fevereiro último.  Não quero com isto, demonstrar que eu tinha razão.  Qualquer engraxate do Wall Street saberia descrever a situação que o mundo se encontra.

         Não sabemos, até o momento, o tamanho do "buraco" que está se criando, mas ... certamente, levarão muitos "investidores especulativos" perderem grandes fortunas em poucos dias.  E, a recuperação é lenta e gradual.  O mercado financeiro é assim, só deveria entrar nela quem é do ramo para aplicar seus ativos financeiros.  Assim mesmo, com cautela e muita sobriedade.   

              Pronto... o recado foi dado.  Eu fiz a minha parte...

            Ossami Sakamori

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Inflação em abril: 12,13%

 

Crédito da Imagem: UOL

O IPCA, índice de inflação oficial, medido pelo IBGE, no mês de abril, confirmou em 12,13%, sendo o IPCA de abril, cravou 1,06%.   O índice de inflação de dois dígitos (acima de 10%) traz preocupações para todos atores, o Ministério da Economia, o Banco Central, o mercado financeiro e sobretudo a própria população.   Inflação de dois dígitos, se não for administrados com devido cuidado, pode virar "hiperinflação" que o povo brasileiro já vivenciou inúmeras vezes.   Na sequência, vamos tentar expor os motivos que levaram a esta situação de enorme risco, de inflação sair do controle das autoridades monetárias.  Este filme já vimos inúmeras vezes.

           No caso presente, a principal causa vem de fatores externos, sobretudo.  A principal causa é a inflação nos Estados Unidos, onde já vivencia o pior índice dos últimos 40 anos, ao redor de 8,5%.  Inflação de dólar, espalha inflação ao redor do mundo, pois que a moeda americana é referência para trocas comerciais no mundo todo.   Em outras palavras, da inflação de 12,13% no Brasil, grosso modo, 8,5% vem da própria desvalorização do dólar americano, moeda referência.  Isto mesmo... a inflação importada por conta da desvalorização do dólar, situação inédita, pelo menos nos últimos 40 anos.

           A segunda causa importante é a consequência do bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos e pela União Europeia à Rússia, retirando a Rússia da compensação financeira dos Bancos Centrais do mundo, o SWIFIT, devido à guerra Ucrânia x Rússia.  O tiro está saindo pela culatra para os países do Ocidente, em função do bloqueio econômico imposto à Rússia e aos "oligarcas" daquele país.   O preço do petróleo, o combustível que move o mundo, está sendo negociado no patamar acima de US$ 100 cada barril de petróleo do tipo Brent (petróleo leve), antes negociados a patamar entre US$ 60 a US$ 80.   

            Acompanhando a evolução da desvalorização do dólar americano (US$) e a alta dos combustíveis e principais commodities, como as agrícolas e os minérios, estão alcançando preços internacionais nunca dantes alcançados.  No primeiro momento, podemos pensar que as consequências são benéficas para o setor produtivo brasileiro, uma vez que o agronegócio, mineração e petróleo respondem por cerca de 1/3 do PIB do País.  As consequências maléficas para a população e ao setor produtivo do País é a volta de inflação de dois dígitos (acima de 10%).

          Os fatos acima descritos, não tem volta, sobretudo a inflação americana e a guerra da Ucrânia x Rússia.  Única alternativa que recai ao Ministério da Economia e ao Banco Central é tentar domar a inflação, trazendo-a, no patamar "civilizado" de um dígito (menos de 10%), utilizando instrumentos convencionais da macroeconomia, o aperto monetário.   

           Cabe ao governo atual, o do Presidente Bolsonaro, tomar medidas firmes e consistentes, sem fugir das e leis vigentes, sobretudo a Emenda 95, domar o fantasma da inflação.  Ao povo cabe discernir a realidade dos fatos já descritos e a promessa fácil de distribuição de renda, imagino, emitindo papel moeda ou endividando o País mais do que está. Inflação de 12,13% serve de sinal de alerta para administradores públicos e empreendedores produtivos adequarem os seus orçamentos à nova realidade.

             Ossami Sakamori  

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Lula é Dilma!

 


A foto acima "não vai aparecer" na campanha do ex-presidente Lula da Silva ao cargo de Presidente da República nas eleições de 2022.  A afirmação foi feita pelo próprio Lula no lançamento da sua "pré-candidatura" à Presidência da República, por uma coligação de partidos de esquerda, uma miscelânea de siglas  que o povo já conhece de outras eleições.  Dito pelos partidos que os apoiam, como um prato de "lula e xuxu", numa alusão ao companheiro de chapa, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, mas isto mais parece "gato e lebre".   O verdadeiro motivo, imagino, que seja por ex-presidente Dilma ter feito gestão desastrada, que acabou culminando em processo de cassação de mandato pelo Congresso Nacional.

           A ex-presidente Dilma, foi ministro de Minas e Energia do governo Lula; foi chefe do gabinete por um período e foi eleito presidente da República por indicação do Lula, em dois períodos consecutivos.   A Dilma Rousseff foi protagonista de uma boa parte da gestão do Partido dos Trabalhadores no Palácio do Planalto.   A ex-presidente sofreu o processo de impeachment por levado o Brasil a pior crise econômica/financeira dos últimos 100 anos, no período 1985/86, motivo que culminou com sua perda de mandato e ascensão do seu vice-Presidente, Michel Temer.

             Na gestão da Dilma Rousseff, PT/MG, que ocorreram os maiores escândalos de ladroagem na Petrobras.  Nem é preciso lembrar a compra superfaturada da Refinaria de Pasadena nos Estados Unidos ou ao escandaloso custo de construção da Refinaria Abreu e Lima em Pernambuco.  Faz parte do seu portfólio,  venda das participações da Petrobras nos poços da bacia do Golfo do México.   A contratação pela Petrobras, na gestão da Graça Foster, aliada da Dilma, das plataformas marítimas para o grupo de empresas denominadas de Sete Brasil é um escândalo que terminou em enorme prejuízo à Petrobras.   Enfim, a ladroagem na Petrobras ocorreu sob a batuta da dupla, o que o Lula quer se livrar, com o afastamento da Dilma da campanha presidencial de 2022.  


           A foto acima, Lula quer esquecer.  Segundo a imprensa noticiou, à época, a foto foi feita na apresentação do engenheiro Paulo Roberto Costa, pelo então presidente Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras e ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, ao então presidente Lula da Silva.  Para quem não se lembra, o engenheiro Paulo Roberto Costa foi o operador chefe das propinas que envolveram as maiores empreiteiras do Brasil.   

            Ao "esconder" Dilma da campanha presidencial, o Lula quer livrar a imagem de ser o "maior ladrão" da República.  Segundo Lula, a Dilma pode não aparecer na campanha presidencial e nem ocupar qualquer cargo no Palácio do Planalto, caso venha sagrar-se vencedor nas eleições deste ano, para tentar livrar-se do escândalo de corrupção na Petrobras, hoje, esbanjando em lucros.  

           Ossami Sakamori


sexta-feira, 6 de maio de 2022

Combustíveis: Você é otário!

 


Não aguento mais, ficar ouvindo barbaridades sobre o preço dos combustíveis que são praticados "na bomba" e ler o lucro astronômico anunciado pela Petrobras, referente ao primeiro trimestre deste ano, 2022.   O mercado financeiro tem razão em comemorar o lucro da Companhia, neste primeiro trimestre de 2022, R$ 44,5 bilhões, o maior lucro histórico, num único trimestre e anuncia por conseguinte, R$ 48,5 bilhões em dividendos.  A primeira vista, o lucro de uma Companhia, no caso da Petrobras, é decorrente de administração competente da atual Diretoria.   Mas, não é o caso.  A administração da Companhia, exceto algumas reformas pontuais, continua na mesma direção, a de de uma empresa "mastodonte", há décadas.  O nome de um novo presidente da Diretoria Executiva tem pouca influência.   O "mamute", a Petrobras, anda sozinho!

            O fabuloso lucro da Petrobras decorre da "política de paridade" de preço praticado pela Companhia acompanhando o preço internacional de petróleo.  Como vocês sabem, o preço do petróleo no mercado internacional, sobretudo, após a guerra Ucrânia x Rússia, ganhou impulso, passando de um patamar médio de US$ 60 por barril a um patamar acima de US$ 100 por barril, do tipo Brent (referência ao tipo do petróleo dos mares da Noruega).  Cada barril de petróleo, convencionado pelo mercado mundial em aproximadamente 158,9 litros, para cada um de vocês terem a ideia do volume do barril. 

              A Petrobras é detentora da maior parte das reservas do petróleo do País, que legitimamente ganhou em licitações promovido pela República Federativa do Brasil.   A maior parte das reservas da Petrobras está no na camada de rochas submarina, denominada de "pré-sal".   Uma outra parte da reserva nas rochas submarinas do tipo "pós-sal", as mais próximas da superfície.  A Petrobras tem pouca reserva em terra, onde, o custo de produção é muito baixo, como as da Arábia Saudita, detentora de maior reserva de petróleo na terra.  Estima-se que o custo de produção  "em terra" é de aproximadamente US$ 15.

           Pois, bem.  A Petrobras, hoje, extrai do solo e do oceano, algo como 3,5 milhões de barris/dia, o suficiente para abastecer o País.  Em termo de volume de petróleo, o Brasil é auto suficiente em petróleo.  No entanto, as refinarias da Petrobras só processam o petróleo do tipo leve.  Nas condições descritas, a Petrobras exporta 100% do petróleo que explora, o do tipo pesado e importa 100% do petróleo do tipo leve.  A conta fecha, mas a equação, não.   Brasil "não possui" refinarias para processamento de petróleo pesado como as que Petrobras explora.  É um erro grotesco de política de investimentos da Petrobras.

          Continuando:  O custo médio de produção do petróleo pesado, no Brasil, segundo área técnica da Petrobras, é de cerca de US$ 40 cada barril.  Mesmo vendendo o petróleo pesado e importando o petróleo leve, o resultado financeiro não influi significativamente no resultado da Companhia.   O mercado de petróleo, vem sendo praticado acima de US$ 100, sobretudo, após o início da guerra Ucrânia x Rússia.  Qualquer leigo, já sabe que a Petrobras vende o petróleo ao consumidor, obedecendo "paridade" com o preço do mercado internacional auferindo o lucro abissal. Grosso modo, a Petrobras lucra US$ 60 (US$ 100 - US$ 40), seja o presidente da Companhia um general de 5 estrelas ou um obscuro funcionário de carreira do Ministério de Minas e Energia.   Assim... até este que escreve, tocaria a Petrobras com os pés nas costas e produzir lucro R$ bilionário a cada trimestre!

         O Presidente da República tem suas razões.  O benefício do preço internacional do petróleo vai para os acionistas da Petrobras.  Infelizmente, a população e o setor produtivo pagam para ver os acionistas da Petrobras terem lucros estratosféricos.  Em tempo:  A União Federal é acionista da Companhia em cerca de 1/3 das ações, mas não manda absolutamente nada na sua política comercial!

             Ossami Sakamori 

terça-feira, 3 de maio de 2022

Projeção econômica oficial do Brasil

 

 Imagem apenas para referência

Uma das tarefas mais difíceis para um comentarista de macroeconomia é fazer previsão dos indicadores econômicos do mundo e em especial do País.  Se a previsão da economia é difícil para agentes públicos, em especial, aos ligados ao Banco Central do Brasil e ao Ministério da Economia, a tarefa fica muito mais difícil para um leigo como este que escreve.

          Seja como for, considero como minha obrigação, um observador da macroeconomia, fazer comentário sobre os números que se referem ao Brasil.  Amanhã, dia 4 de maio, quarta-feira, o COPOM - Comitê de Política Monetária do Banco Central, vai se reunir para definir a taxa básica de juros Selic que vai vigorar nos próximos 45 dias.  O Banco Central sinalizou e o mercado financeiro prevê a taxa Selic em 12,75% ao ano.  O Boletim Focus do Banco Central prevê ainda, mais um aumento da taxa Selic, na próxima reunião no mês de junho, passando para 13,25% ao ano.

          A previsão da taxa Selic está baseado na projeção de preços administrados em 2022 em 7,09% e projeção do IGP-M no final do ano em 12,35%.  O último índice serve como referência para reajuste de alugueis e alguns outros contratos imobiliários.  Enquanto isso, as instituições financeiras elevaram a inflação oficial, IPCA, de 7,46% para 7,65%.  A projeção para o dólar, moeda americana, segundo o mercado financeiro, é de R$ 5 por dólar, como número referência.   

         O mesmo Boletim Focus do Banco Central, o último, reduziu o crescimento econômico, PIB de 2022, de 0,56% para 0,65%.  O mesmo Boletim, reduziu a previsão de crescimento do PIB para o próximo ano, 2023, de 1,12% a 1%.  Posso assegurar que o Banco Central do Brasil toma medidas de contenção da inflação, na tentativa de manter o poder de compra do Real, moeda brasileira, mas, historicamente, quase "sempre" tem errado nas medidas.   Como meu comentário, posso acrescentar que a projeção do crescimento econômico oficial está muito aquém da minha projeção de crescimento econômico, que deverá alcançar 5% em 2022.

        O fato concreto é que, sobretudo, com a "independência" do Banco Central, o Ministério da Economia, as duas instituições do Governo, costumam andar nos lados opostos.  Não há "sinergia" entre o Banco Central e o Ministério da Economia.  Ambas instituições não andam de mãos dadas, apesar de ambas instituições representarem a República Federativa do Brasil.  Nos países do Primeiro Mundo, o Banco Central e o Ministério da Economia, via de regra, andam focados nos mesmos objetivos: o crescimento econômico e o bem estar social da população.  O Brasil tem muito chão para caminhar, até chegar lá!

       Assim, quero afirmar que, nem tudo que o Banco Central resolve sobre a política monetária e muito menos as medidas econômicas tomadas pelo Ministério da Economia, têm minha concordância plena.  

        Ossami Sakamori