sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Acordo Mercosul / União Europeia

 

A presidente da Comissão Europeia, que reúne representantes dos países membros da União Europeia, se encontra na reunião da cúpula do Mercosul (criado em 26/3/1991), para aprovar a "minuta" do Acordo entre Mercosul e União Europeia, que posteriormente, deverá ser ratificado pela Comissão Europeia, onde ela preside.  

          Para entender melhor o contexto da provável aprovação do acordo entre os dois blocos comerciais, a União Europeia e o Mercosul, convém lembrar da biografia da Ursula Von der Leyen, que passaremos a denominar, simplesmente como Ursula (pronuncia-se Úrsula), é belga de nascimento e alemã de adoção, 66 anos, é médica de formação, pertence ao CDU, o mesmo partido que pertence a não menos atuante, Angela Merkel, que foi Chanceler da Alemanha entre 2005 e 2021.

              A "minuta" do Acordo Mercosul - União Europeia, prevê o livre comércio entra os dois blocos econômicos, nos dois sentidos, aumentando significativamente a interação das atividades comerciais, culturais e sociais.  O "repentino" interesse dos europeus no Acordo, em grande parte, deve-se às anunciadas medidas protecionistas anunciadas pelo presidente eleito Donald Trump, em taxar as importações de produtos e serviços vindo do exterior, para proteger o setor produtivo americano.  Trump está correto no seu entendimento, em proteger o setor produtivo americano.  

             Para o Brasil, os interesses comerciais e de serviços, diante do novo quadro "pintado" pelo presidente eleito, Donald Trump, coincidem com os da União Europeia.   Na prática, a implementação do Acordo Mercosul/ União Europeia atende menos aos interesses econômicos de ambos blocos do que aos interesses políticos, como querem os políticos do Mercosul.   É normal, que cada ator político envolvido procure "capitalizar politicamente" do que real interesse econômico da população de ambos blocos.  

           Para o setor agropecuário brasileiro, o Acordo Mercosul - União Europeia, não isenta as "exigências sanitárias" de cada país do bloco europeu.  Certamente os produtores rurais de cada país do "bloco europeu farão pressão aos governos locais, para darem preferência aos produtos agropecuários locais.

            Seja como for, o Acordo Mercosul - União Europeia, transformará a "geografia econômica" de ambos blocos, tornando-os, na somatória, a terceira potência econômica global, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.   Já diz o adágio popular: "juntar a fome com a vontade de comer", eis a situação do Acordo comentado acima.  

                Ossami Sakamori

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Brasil, um país desgovernado !

 

Acordei, hoje, dia 5 de dezembro, já próximo ao final do segundo ano do governo do Presidente Lula, muito preocupado, não pela sua posição política, que todos nós conhecemos, mas, sobretudo, pelo seu jeito de resolver as coisas, nos arroubos, baseado tão somente nos seus instintos políticos.   Ele se preocupa, acima da tudo, na sua "popularidade" perante à população brasileira e sua presença no cenário internacional.  

             Três dias após o anúncio das emendas ao "arcabouço fiscal" ou à "política fiscal", para tentar eliminar o famigerado "déficit primário" das contas do Orçamento Público federal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não conseguiu explicar, claramente, ao público e aos parlamentares o que deverá votar na iniciativa do Executivo sobre o "corte" de "gastos públicos" para tentar equilibrar ou tentar equilibrar as contas públicas. 

             Para o público em geral e até mesmo aos analistas econômicos de plantões, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, consegue enganar com o seu "arcabouço fiscal", que nada mais é do que a "política fiscal", nomenclatura consagrada no mundo global.   Vocês próprios, estão vendo que, estou perdendo o meu e o tempo de vocês nos "preâmbulos", para que possa analisar a situação do Brasil, friamente.

            Analisando ou tentando analisar as medidas propostas pelo Executivo ao Congresso Nacional, não saberia afirmar se elas contém os cortes nos gastos públicos do Exercício fiscal deste ano, 2024 necessários para equilíbrio das contas públicas.  Receio que as medidas propostas são cheias de "boas intensões", mas que, na prática, faltando tão somente poucos dias ao final do exercício fiscal, mais uma vez, o Governo do Presidente Lula, vai apresentar mais um "déficit fiscal" na sequência do "déficit primário" de R$ 230 bilhões no exercício fiscal de 2023.

             Enfim, o Governo do Presidente Lula não tem apresentado a devida "transparência das contas públicas", tal qual fez a Presidente Dilma, que acabou culminando em seu "impeachment"  pelo Congresso Nacional. 

             Infelizmente, o Brasil com 212 milhões de pessoas habitando o território de mais de 8,5 milhões de Km e 8ª economia do mundo, com forte presença nas exportações de produtos primários, estejamos vivendo esta situação "vexatória" aos olhos do mundo global.    Esta situação, afugenta os investidores institucionais nacionais e internacionais, tão necessários para o desenvolvimento sustentável do País.

              Ossami Sakamori

quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

A velha tese populista no Governo Lula

 

Assistindo a um programa de comentários macroeconômicos sobre o crescimento econômico do Brasil, neste terceiro trimestre,  independente do número, que resultou em aspecto positivo para o governo do Presidente Lula, neste segundo mandato.  Constatei, também, a completa ignorância dos comentaristas econômicos do País.  Os leitores deste, não pode caminhar no campo do "achismo", sobretudo quem vive no meio empresarial, por isso, resolvi tomar um minuto do seu tempo para esclarecer eventuais dúvidas.

            Alguns dos equívocos recorrentes é sobre a responsabilidade da "política econômica" como sendo do Banco Central do Brasil.   A "política econômica", é e será, sempre, dos Ministérios do Planejamento e do Ministério da Fazenda.   O Banco Central do Brasil, como é em qualquer país desenvolvido, executa a "política monetária", que diz respeito ao "poder de compra" da moeda do país, no nosso caso, o real ou o  R$, como a população conhece como a nossa moeda.  O BC executa a "política monetária" através de diversos instrumentos, entre os quais a taxa básica de juros Selic.  Desta forma, é incabível a interferência ou a tentativa de interferência pelo Poder Executivo, sobretudo pela Presidência da República.    

           Cabe ao Poder Executivo a árdua tarefa de estabelecer a "política econômica" que engloba a "política fiscal" do Governo, que o ministro da Fazenda insiste em chamar de "arcabouço fiscal", para enganar a população brasileira, sem nenhum pudor.   Em resumo, o Banco Central deve cuidar da "inflação" ou o "poder de compra", no nível aceitável para a população e ao setor produtivo do País.   

           A "política econômica", ausente no governo do Presidente Lula, é dele, como chefe máximo do Poder Executivo, mas, também, da equipe econômica, composta pela ministra do Planejamento, Simone Tebet e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.    Faz-nos a falta de figuras como Roberto Campos, de um Mário Henrique Simonsen ou mesmo de uma figura folclórica como o do ministro Delfim Neto.   Na falta destas figuras, o Presidente Lula, fica "palpitando" com maior desenvoltura, na área econômica, para infelicidade do povo brasileiro.  

           Já dizia o então ministro da Fazenda Delfim Neto, do regime militar: "É preciso fazer o bolo crescer para depois dividi-lo".   Ao que parece, os sucessivos Governos do Brasil, tem pressa em dividir o bolo antes dele crescer, para deixar os seus nomes na história do País.                       

                Ossami Sakamori              

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Há nuvens negras no horizonte do Brasil

 

Ontem, dia 2, primeiro dia útil do último mês do ano, assisti pelo meio de comunicações do País, a fala do ministro da Fazenda do Governo do Presidente Lula e fiquei "estarrecido" e "preocupado" com o rumo que o País a tomar, com as medidas anunciadas pelo ministro sobre as contas públicas do País, independente da nomenclatura que se queira dar a elas.   Parecia, ao meu ver, no seu pronunciamento, de que, ele próprio, o ministro da Fazenda, estava convicto de que as medidas anunciadas tirarão o País da situação de sucessivos "déficits primários" nas contas públicas federal.

          Somente no aspecto da "preocupação",  com o mínimo de conhecimento que eu tenho sobre a macroeconomia, pude me solidar da sua postura "cabisbaixo", de ontem.   É grave a atual situação fiscal do Brasil !    Mais do que analistas econômicas de entidades públicas e privadas, como IPEA, CNI, FIESP, o mercado financeiro composto de investidores nacionais e estrangeiros, de capital produtivo e de capital especulativo, perceberam o sinal  de "fadiga do arcabouço fiscal", apresentado pelo Fernando Haddad, nesses últimos 2 anos, do Governo do Presidente Lula. 

           Na economia acontece o mesmo que na engenharia, onde eu tenho algum conhecimento, o sinal de uma possível e provável "ruptura" acontece somente na véspera.  Um edifício ou um viaduto emite sinal de desabamento, antes, como o País, já cansou de ver acontecer.   O sinal de uma provável ruptura no mercado financeiro brasileiro vem do movimento de retirada dos dólares, moeda forte, investidos pelos especuladores e investidores produtivos no País.  

          Houve ou está havendo migração ou repatriamento da moeda forte, o dólar americano, para os países de origem.   Isto é apenas um "sinal de alerta" de um possível e provável "colapso" no mercado financeiro e de investimentos produtivos estrangeiros no País, num futuro bem próximo.   Infelizmente, não será a taxa Selic, uma das mais alta do mundo, que vai impedir a "revoada" do capital estrangeiro do País, tão necessária, para o seu desenvolvimento.  Há sinais claros de que há nuvens negras no horizonte próximo!

        Deus queira eu esteja equivocado na minha análise sobre os fatos narrados aqui.

             Ossami Sakamori   

segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

A ausência de uma "política econômica" no governo Lula


Este mês de dezembro, o Governo do Presidente Lula completa dois anos de mandato dentro do período de quatro anos conquistado nas eleições de 2022.   Nestes dois anos imprimiu o seu estilo de governo, recheado de "improvisos" e com estrutura do Governo federal "inchada", com os 38 ministérios, que faltam edifícios na esplanada dos ministérios da Capital federal, para auxiliá-lo na administração do setor público federal.

          Segundo o portal da transparência, no mês de julho de 2024, havia 1.221.304 servidores federais, que administram a "política fiscal" ou o "arcabouço fiscal" como quer denominar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.   Um novo nome dado à "política fiscal" nos dá impressão de uma tentativa de "enganar" os políticos e analistas econômicos.  Curiosamente, para o meu espanto, está conseguindo enganá-los.

             Na matéria precedente, tratamos sobre a "política fiscal".  No âmbito da macroeconomia, a "política monetária" que cuida do "valor de compra" da moeda Real é função do Banco Central, sobretudo, através do balizamento dos juros da dívida do Tesouro Nacional, através do instrumento da taxa básica de juros Selic, como fazem as maiores economias do mundo.  

              No entanto, falta ao Governo do Presidente Lula, o principal instrumento para o desenvolvimento sustentável do País, que é a "política econômica", indispensável em qualquer país do mundo, sobretudo num país do tamanho e importância do Brasil perante o mundo global.   A "política econômica" deve mostrar o direcionamento que o Governo quer dar ao desenvolvimento do País, estabelecendo regras e incentivos, sobretudo aos setores tecnológicos e industriais, preparando-os para competição no mercado global, cada vez mais acirrada.   Faz-nos a falta de uma figura como a do Roberto Campos, avô do atual presidente do BC, que foi ministro de Planejamento do Governo Castelo Branco, idealizador do BNDES, do FGTS e Banco Central do Brasil.

            Falta ao Governo do Presidente Lula, além das medidas sociais que atendem as camadas mais pobres da população, uma "política econômica" para que o Brasil possa sair da posição de mero e simples fornecedora de commodities para os países tecnologicamente mais avançadas do mundo global.

             Ossami Sakamori               

domingo, 1 de dezembro de 2024

Brasil tem futuro !

 

O que vou escrever, aqui, neste primeiro dia do mês de dezembro de 2024, poderá tirar emprego de milhares de funcionários públicos de alto escalão do Governo Federal e de analistas econômicos conceituados que reinam absolutos em comentários sobre crise fiscal, nos principais meios de comunicação do País.   Ao mesmo tempo, desvendar o segredo "polichinelo" do ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da ministra Simone Tebbet, do Planejamento.  

              Para o professor que fui, da Escola de Engenharia da UFPR, no final da década de 1960, onde, procurei desvendar o "segredo" da complexa cadeira de "Estabilidade das Construções", a "teoria macroeconômica" praticada pelos gestores públicos brasileiros, que se torna complexa porque o próprio gestor público pretende "enrolar" os leigos em macroeconomia, para "massagear" os seus próprios egos.

             A grande maioria dos gestores das finanças públicas, sobretudo, os ministros do Planejamento e da Fazenda, aproveitam da situação de "ignorância" sobre a matéria, a macroeconomia, para maioria da população para "vender" a situação como sendo  "complexa", um assunto que é de singular compreensão.  Para esta situação de falsa complexidade, sobram espaços para comentários dos "analistas econômicos" para interpretar vocabulários novos dos ministros da área econômica, como o "arcabouço fiscal" para substituir a tradicional nomenclatura, a "política fiscal" do Governo federal.

            Feito este preâmbulo para elucidar a "enganação" que os ministros da área econômica, quero esclarecer, que a teoria macroeconômica que os gestores públicos devem ou deveriam seguir está sintetizada na Lei complementar 101/2000  , que, além de dispor regras claras sobre gestão financeira e econômica do Brasil, diz claramente, no Artigo 4º, atendendo o Artigo 165 da Constituição, que obriga os gestores públicos no item a) do parágrafo I, o dever do "equilíbrio entre receitas e despesas".   Faz algum tempo que os sucessivos gestores públicos, não vem respeitando a mais simples regra das finanças públicas, a do "equilíbrio fiscal",  sempre com o pretexto de atender a demanda da população carente do País.  O resumo: "Não gastar mais do que se arrecada".

           No meu entender, um país que caminha com visão de curto prazo, como o  Brasil sempre se portou, o  "amanhã próspera" do País está cada vez mais distante e eternamente dependente dos países desenvolvidos, em tecnologia, sendo o Brasil apenas exportador de commodities e de mão de obra qualificada para suprir as demandas internacionais. 

              Vale a pena pensar e repensar sobre o futuro do País.  Pensar grande e agir com vontade para tornar o Brasil dentre as maiores potência econômica e social do Mundo.   Um dia, quem sabe, o problema da pobreza e da fome serão assunto para as primeiras damas, como foi para a dona Ruth Cardoso, a precursora da Bolsa Família no País. 

              Na terra de cegos, quem tem um olho é Rei, já diz o adágio popular, muito lembrado no País.  Quem é quem nesta história?

             Ossami Sakamori