Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
quarta-feira, 28 de julho de 2021
Bolsonaro forma o Presidencialismo de coalisão
quinta-feira, 22 de julho de 2021
Ciro Nogueira, o chefe da Casa Civil
O novo formato do governo a ser implementado, não é tão novo como parece. O ex-presidente Lula da Silva, manteve a Dilma Rousseff como chefe da Casa Civil no segundo mandato, no período de 21 de junho de 2005 a 31 de março de 2010, até a desincompatibilização do cargo para se candidatar ao posto de presidente da República como sucessora do presidente Lula da Silva.
No formato do governo no Brasil, o chefe da Casa Civil, não só faz articulação com o Congresso Nacional para aprovação dos projetos importantes ao Poder Executivo, mas o cargo lhe confere "poderes de fato" como que de um "Primeiro Ministro" num regime parlamentarista. Eu diria que o regime do governo no Brasil, na prática, tem funcionado como de um Presidencialismo de "coalisão".
O novo formato do governo vai deixar o presidente Jair Bolsonaro, mais livre das decisões administrativas do governo, liberando-o para campanha presidencial de 2022. Creio que este é o objetivo principal, nada mais que isto.
Ossami Sakamori
sábado, 17 de julho de 2021
Banco Central compra 41,8 toneladas de ouro
terça-feira, 13 de julho de 2021
Situação fiscal do Brasil é grave!
Com IPCA dos últimos 12 meses divulgada pelo IBGE, o teto dos gastos públicos estabelecido pela Emenda 95, poderá ser de R$ 1,610 trilhão, incluído gastos com a Previdência Social. O teto dos gastos públicos para do ano passado, 2020, foi de R$ 1,486 bilhão. A LDO - Lei de Diretriz Orçamentária de 2022, deverá ser aprovada até 31 de agosto, como acontece a cada ano. O que chama atenção é o valor dos gastos da União, em relação ao PIB, a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, que totalizou R$ 7,4 trilhões no ano de 2020, que correspondeu a cerca de 20% do PIB. Para o ano de 2021 e 2022, não será nada diferente.
Mas, o que é preocupa os investidores institucionais e agências de classificação de riscos é o "déficit primário" do governo central. No entanto, o governo federal considera como boa, a estimativa do "déficit primário" que caiu para 2,2% do PIB, ante 3,5%, previsto anteriormente. Comemorar a queda do "déficit primário", que persiste aos Orçamentos Fiscais desde a quebra do País em 2015, é uma ironia. Para quem tem pouca familiaridade com a "macroeconomia": O "déficit primário" é o dinheiro que falta para cobrir despesas do governo após arrecadação de impostos e tarifas. O Brasil, desde 2015, não consegue pagar as despesas com os impostos que arrecada, gerando o "déficit primário" ou o "rombo fiscal".
Para quem não tem familiaridade com a "macroeconomia", o "rombo fiscal" ou o "déficit primário" é coberto com o endividamento público, através da venda de Letras do Tesouro Nacional, pagando em média a taxa de juros básicos Selic. O País só consegue fechar as contas das despesas públicas federais, desde 2015, cobrindo com empréstimos tomados aos especuladores financeiros nacionais e internacionais. Eu disse, que o "déficit primário" é o dinheiro que falta para cobrir as despesas do governo federal, excludentes os juros da dívida pública. Dá-se o nome de "déficit nominal" aquele que excede ao Orçamento Fiscal que engloba o pagamento de juros da dívida pública ao redor de R$ 5,171 trilhões, líquidos. O governo da União, desde 2015, só vem rolando o principal da dívida, somado aos novos "déficits primários". O Orçamento Fiscal previsto para 2022, continua mostrando que o dinheiro que a União arrecada, mal cobre as despesas correntes do governo federal.
O País só sai desse "círculo vicioso", como que o cachorro querendo morder o próprio rabo, se não houver investimentos públicos robustos como aqueles em execução nos Estados Unidos e União Europeia. Este blog, em matéria denominado Acelera, Brasil ! , mostra que os investimentos públicos serão as únicas formas de sair dessa situação grave e crucial que o País atravessa.
Ossami Sakamori
domingo, 11 de julho de 2021
Política: Vamos botar ordem nesse galinheiro, vamos!
Não entendo bem, como pode uma "quadrilha" que assaltou os cofres públicos, no passado recente, fazer parte da direção de uma investigação sobre suposta corrupção na compra de vacinas Covid-19, as 400 milhões de doses da AstraZeneca. Curiosamente, a vacina objeto da suposta tentativa de superfaturamento, já vem sendo produzida e distribuída pela Fundação Fiocruz, vinculado ao governo federal, em convênio com a Universidade de Oxford.
Apesar de, o governo não ter aprovado nenhuma reforma estruturante como a tributária, essencial para promover o crescimento sustentável do País, a economia vem recuperando o retrocesso de 4,1% em 2020, devido a pandemia Covid-19. As projeções de instituições financeiras e de organismos de fomento como FMI, preveem o crescimento do País acima de 5% em 2021, o que equivale recuperar o retrocesso sofrido em 2020 e um ligeiro crescimento real do PIB.
A briga explícita, o xingamento entre a direção da CPI da Covid-19, os "bandidos" de carteirinha e o Presidente da República, não soma em nada ao crescimento econômico do País. Pelo contrário, as brigas explícitas, via grande imprensa, só fazem os investidores nacionais e internacionais, postergarem os investimentos no País, à espera de um ambiente político melhor. Entre rentabilidade e segurança, os investidores institucionais preferem a segurança. Num ambiente político como que vivemos, a segurança é o que menos vivenciamos neste momento.
Está na hora de os políticos de todas matizes e de todos escalões, terem um olhar para o horizonte do Brasil, do que ficar olhando aos próprios umbigos, com vista às eleições de 2022. Vamos botar ordem nesse galinheiro, vamos!
Ossami Sakamori