segunda-feira, 30 de abril de 2018

Brasil é um navio sem comandante!

Crédito da imagem: Gazeta do Povo

A grande imprensa noticia que o presidente Temer cancelou a viagem que faria à Ásia em função do avanço de investigações do caso conhecido como do "Decreto dos Portos" ou o "caso Rodrimar".  Inicialmente, a viagem iria durar cerca de 10 dias, com périplo nos países asiáticos onde o Brasil tem relações diplomáticas e comerciais.  Se a viagem pode ser cancelada repentinamente, os assuntos que iriam ser tratada não deveriam ser tão importantes.  Penso que o cancelamento de visitas oficiais na última hora, é um total desrespeito com os anfitriões.  

Michel Temer está preocupado com uma eventual uma nova denúncia pelo STF e ter que se submeter à votação da "autorização" pela Câmara dos Deputados para que o investigação vire ou não um processo.  No caso de autorização pela Câmara dos Deputados, o presidente da República acusado, deve ser afastado pelo período de seis meses até que se conclua a culpabilidade ou não.  Por este ano ser ano de eleições, é pouco provável que a Câmara dos Deputados vote a matéria. 

Com popularidade em baixa, 6% de ótimo e bom, e com ameaça de "autorização" do processo pelo STF, o presidente Temer vê frustrado a pretensão de concorrer à reeleição.  Na última semana, Michel Temer fez questão de mostrar a indignação pela inciativa da Polícia Federal e autorização da prorrogação pelo ministro Barroso do STF.  Fez gravação de um pronunciamento acusando a Polícia Federal pela investigação sobre lavagem de dinheiro.  Por diversas vezes, o presidente Temer bateu no púlpito com as mãos, coisa que nunca tinha isto feito até o momento. 

E assim, os empresários adiam os investimentos, com receio de alguma reviravolta na política brasileira. Os investidores institucionais estão postergando os investimentos para o próximo ano.  A ponte que seria de esperança acabou virando uma pinguela de desesperança para o povo brasileiro.

Brasil é um navio sem comandante. 

Ossami Sakamori

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sábado, 28 de abril de 2018

Desemprego continua alto!


O IBGE anunciou o índice de desemprego no final do mês de março. O número de desempregados, com carteira assinada, passou para 13,1%, correspondente a cerca de 13,7 milhões de trabalhadores. Embora, o número seja menor do que do mesmo mês do ano passado, aumentou em relação ao mês de janeiro pelo fator sazonal. O número caiu como um balde d'água fria no governo Temer que ansiava por número mais otimista. Pelo visto, a ponte da esperança virou mesmo pinguela da esperança.

O número, 13,1% da força do trabalho ou 13,7 milhões de trabalhadores é um tanto assustador levando em consideração que há cerca de 26 milhões de trabalhadores sub-empregados ou em trabalhos informais além de 13 milhões de trabalhadores dependentes do Bolsa Família. Enquanto os trabalhadores com carteira assinada, não passa dos 34 milhões, para uma força de trabalho de 104 milhões de pessoas no País.  Os números por si só mostram a fragilidade social.

A espantosa diferença entre o número de trabalhadores com carteira assinada e o número total da força de trabalho salta até aos olhos de qualquer cidadão. Claro, uma boa parte do número é representado pelos micro-empresários informais ou formais. Um outro número preocupante é o número de pessoas inadimplentes no comércio, são mais de 61 milhões. Para uma população de 207 milhões ou 104 milhões de força de trabalho, o número de inadimplentes beira quase a uma irracionalidade.  Não é atoa que os juros dos créditos diretos e de cartões de créditos são exorbitantes. 

A caótica situação na segurança pública é apenas retrato da grave situação do quadro de desemprego no País.  O número de trabalhadores vulneráveis, somando os desempregados, os desalentados, os subempregados e os beneficiários do Bolsa Família chega a 53 milhões ou equivalente a cerca de 50% da força de trabalho. A solução para grave quadro social, certamente, está na criação de novos empregos.  Não é pela criação do Ministério de Segurança Pública e ou intervenção em segurança pública nos estados que resolverá o caos social que encontra os grandes centros urbanos. 

Os leitores devem estar intrigados o motivo porque apesar do aumento de carteiras assinadas todos os meses do primeiro trimestre deste ano, não está levando a melhora no quadro de desempregados. Pelo contrário, o número de desempregados está aumentando. O fato decorre de que o País precisa criar cerca de 500 mil novos empregos por ano apenas pelo aumento de contingente de pessoas que entram no mercado de trabalho, motivado pela expansão do número de habitantes do País. 

Não adianta a grande mídia televisiva tentar mostrar o otimismo através de reportagens que mostram o aumento de consumo da população. É certo que a grande mídia depende das verbas publicitárias que vem das indústrias e comércio, mas nada justifica esconder a realidade da situação econômica do País como todo nos seus noticiários.  O governo Temer quer levar as notícias mitigadas para melhorar a sua popularidade.  O povo não é otário!  O índice de aprovação do governo Temer não passa dos 6% entre bom e ótimo. 

No quadro econômico totalmente desequilibrado como demonstrado acima, o segmento que está "rindo atoa" com lucros nunca dantes vistos é o setor financeiro. Nunca na história recente, os bancos ganham tanto dinheiro!  O povo otário, no qual me incluo, continua acreditando na grande mídia sobre a propalada recuperação econômica.

Desemprego continua alto!

Ossami Sakamori

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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Brasil paga dívida da Venezuela!

Crédito da imagem: Veja

O governo Temer vai pedir um crédito suplementar de R$ 1,3 bilhão ao Congresso Nacional para pagamento de parcelas de financiamentos feitos pelo BNDES ao governo de Venezuela e Moçambique.  Não há almoço grátis. A parcela da dívida, classificado como segredo de Estado, não honrado faz parte do financiamento de obras de infraestrutura feitas pelas empresas envolvidas no Lava Jato. Certamente, esta parcela será o primeiro de uma série que o governo brasileiro deverá pagar nos próximos 20 anos.

As parcelas de financiamento não pagas pela Venezuela e Moçambique são apenas uma pequena parte do crédito que o BNDES tem com os países da América Latina e África. Vejam as obras que o governo Lula fez no exterior com o dinheiro do BNDES, que hoje, o governo da União está sendo chamado para pagar as parcelas vencidas. Nem é preciso lembrar que o governo brasileiro deixou de fazer as obras no Brasil para deixar as empreiteiras do Lava Jato e Lula da Silva mais ricos. 


1) Porto de Mariel (Cuba)













Valor da obra : US$ 957 milhões (US$ 682 milhões por parte do BNDES) Empresa responsável : Odebrecht


2) Hidrelétrica de San Francisco (Equador)



















Valor da obra contratada : US$ 243 milhões. Empresa responsável : Odebrecht. 

Após a conclusão da obra, o governo equatoriano questionou a empresa brasileira sobre defeitos apresentados pela planta. A Odebrecht foi expulsa do Equador e o presidente equatoriano ameaçou dar calote no BNDES.


3) Hidrelétrica Manduriacu (Equador)


















Valor da obra : US$ 124,8 milhões (US$ 90 milhões por parte do BNDES). Empresa responsável : Odebrecht. 

Após 3 anos, os dois países 'reatam relações', e apesar da ameaça de calote, o Brasil concede novo empréstimo ao Equador.

4) Hidroelétrica de Chaglla (Peru)















Valor da obra : US$ 1,2 bilhões (US$ 320 milhões por parte do BNDES). Empresa responsável : Odebrecht


5) Autopista Madden-Colón (Panamá)


Valor da obra: US$ 152,8 milhões. Empresa responsável : Odebrecht




6) Aqueduto de Chaco (Argentina)




















Valor da obra: US$ 180 milhões do BNDES.
Empresa responsável : OAS


7) Soterramento do Ferrocarril Sarmiento (Argentina)





















Valor : US$ 1,5 bilhões da parte do BNDES. 
Empresa responsável : Odebrecht


8) Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela)


















Valor da obra : US$ 732 milhões. 
Empresa responsável : Odebrecht


9) Segunda ponte sobre o rio Orinoco (Venezuela)















Valor da obra : US$ 1,2 bilhões (US$ 300 milhões por parte do BNDES). 
Empresa responsável : Odebrecht


10) Barragem de Moamba Major (Moçambique)


Valor da obra : US$ 460 milhões (US$ 350 milhões por parte do BNDES). 
Empresa responsável : Andrade Gutierrez


11) Aeroporto de Nacala (Moçambique)







Valor da obra : US$ 200 milhões ($125 milhões por parte do BNDES). 
Empresa responsável : Odebrecht


12) BRT da capital Maputo (Moçambique)


Valor da obra : US$ 220 milhões (US$ 180 milhões do BNDES). 
Empresa responsável : Odebrecht


13) Hidrelétrica de Tumarín  (Nicarágua)




Valor total da obra : US$ 1,1 bilhão (US$ 343 milhões). 
Empresa responsável : Queiroz Galvão
A Eletrobrás participa do consórcio que irá gerir a hidroelétrica


14) Projeto Hacia el Norte – Rurrenabaque-El-Chorro (Bolívia)






Valor da obra : US$ 199 milhões. 
Empresa responsável : Queiroz Galvão


15) Exportação de 127 ônibus (Colômbia)






Valor : US$ 26,8 milhões. 
Empresa responsável : San Marino


16) Exportação de 20 aviões (Argentina)






Valor : US$ 595 milhões. 
Empresa responsável : Embraer


17) Abastecimento de água da capital peruana – Projeto Bayovar (Peru)




















Valor : Não informado. 
Empresa responsável : Andrade Gutierrez


18) Renovação da rede de gasodutos em Montevideo (Uruguai)






Valor : Não informado. 
Empresa responsável : OAS


19) Via Expressa Luanda/Kifangondo



Valor : Não informado. 
Empresa responsável : Queiroz Galvão


20) Super-porto em Rocha (Uruguai)


Valor da obra: US$ 1 bilhão. 
(Empréstimo em gestação). Empresa responsável: Odebrecht

O fato é que o povo brasileiro é leniente com a corrupção.  O ex-presidente Lula está preso por condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas alguns dos ministros do Supremo Tribunal Federal querem livrá-lo do cumprimento da pena. Está cheio de pessoas com muita pena dos políticos e empreiteiros que se tornaram multimilionários com o dinheiro público.  Lula da Silva deixou o legado para o povo brasileiro. 

Brasil paga dívida da Venezuela!

Ossami Sakamori

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