terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Previsão de indicadores econômicos para 2020


Os leitores que acompanham este blog, aguardam em cada final de ano, a previsão de principais indicadores econômicos do País para o próximo ano.  Este ano, não poderia ser diferente, sobretudo quando a economia do País parece ter encontrado o caminho de crescimento.  O Brasil, entrou à partir de 2014, em decorrência do uso político da política econômica, em situação de contas públicas insustentáveis e consequente depressão econômica, a pior dos últimos 100 anos!

A seguir os indicadores econômicos para o ano de 2020, baseado na trajetória dos indicadores do segundo semestre deste ano, 2019.  

1. Crescimento do PIB - Produto Interno Bruto, de 2020.  Com reforma da previdenciária aprovada e com reforma tributária em vias de ser aprovada em 2020, com implementação à partir de 2021, a previsão para o crescimento do País está entre 3% e 3,5%.  O número supera a expectativa dos renomados articulistas econômicos, no entanto, os outros indicadores apontam para o número apresentado por este blog.

2. Com política monetária competente implementada pelo presidente do Banco Central, Campos Neto, a  inflação deverá estar comportada ao redor dos atuais números, ou seja, ligeiramente inferior a 4% ao ano.  Não há motivo que justifique uma alta expressiva nem tão pouco uma baixa significativa.  A tendência, se continuar a atual política monetária, a expectativa para próximos anos é uma inflação decrescente no segundo semestre de 2020.  

3. Número de desemprego.  O número de desemprego medido pelo IBGE, hoje, ligeiramente acima de 12%, a expectativa é de que termine o ano de 2020, abaixo de 10%.  O País crescendo entre 3% a 3,5%, a criação de empregos, com carteira assinada, deve ultrapassar 2 milhões em 2020.  Ainda assim, o número de empregados formais, não deverá passar dos 36 milhões, número muito abaixo, em relação aos melhores indicadores que o País já vivenciou até hoje.  

4.  Dólar.  Deixei o assunto do dólar  por fim, porque o assunto traz muito polêmica e confusão por parte dos que tem pouco afinidade sobre a moeda.  O  dólar americano é referência em mais de 2/3 de todas transações do mundo, enquanto o real é referência em algumas transações com a Argentina.  Dólar alto significa real desvalorizado.  Dólar baixo significa real valorizado.
    4.1. Para leigo entender.  Enquanto as "compras" estiverem mais vantajoso fazer em Nova York do que em São Paulo, o real está valorizado demasiadamente, considerando que a cidade de Nova York é uma das cidades mais cara do mundo.  Outra referência é quando  uma viagem ao exterior estar custando mais barata que viagens dentro do País, o dólar está depreciado ou o real valorizado.
      4.2. O Brasil é superavitário em balança comercial, mas é, tradicionalmente, deficitário em conta corrente.  Balança comercial é resultado de exportação e importação de produtos.  Balança de conta corrente é balança de serviços que envolve: fretes, seguros, royalties, juros e serviços.  Brasil continua exportador de produtos primários e importador de serviços.  
       4.3. O Brasil possui uma reserva cambial robusta, cerca de US$ 356 bilhões, em 27/12/2019, porém, o número é menor que níveis de reserva de 2014, o início da "depressão econômica".  Em outras palavras, o Banco Central está tentando "segurar" o dólar, vendendo a reserva.  O País está gastando o dinheiro do "saldo médio", necessário para manter notas de classificação de créditos.  
      4.4. Diante do exposto, o dólar deve oscilar entre R$ 4 a R$ 4,50, em 2020, a não ser que haja "ocorrências" não previstas, nacional e ou internacionalmente.

5. Selic.  A taxa de juros básicos Selic, deverá manter nos níveis de 4,5% ao ano, durante todo o ano de 2020.  Com endividamento líquido do Tesouro Nacional ao redor de R$ 4,2 trilhões, o Banco Central não tem muita margem para baixar a taxa básica de juros, que é referência para pagamento de juros na "rolagem" da dívida pública federal ou dívida pública do Tesouro Nacional.  A baixa da taxa básica de juros Selic tem sido referência para direcionamento de recursos do setor especulativo para o setor produtivo.  Em algum momento, dentro da política monetária de sustentação do crescimento econômico do Banco Central, a taxa básica de juros Selic poderá experimentar o piso de 3,5% ao ano.

Acrescido a outros indicadores, como por exemplo, o número de inadimplentes no comércio, hoje em 63 milhões, os agentes econômicos produtivos e especulativos poderão redirecionar os seus investimentos no ano de 2020.  

Façam as suas apostas!

Ossami Sakamori
         

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Em 2020, o Brasil deverá ter crescimento entre 3% a 3,5%


O ministro da Economia, Paulo Guedes, prevê que o País deve crescer 2,4% em 2020.  A Zaina Latif, economista-chefe da XP Investimentos, um pouco mais conservadora, prevê crescimento econômico para o próximo ano em 2,3%. O presidente do Banco Central, Campos Neto, é reticente, não faz previsão para o ano de 2020, como é do seu costume em não opinar sobre previsão do futuro.  Campos Neto é responsável pela política monetária do Brasil ao lado do Paulo Guedes que é responsável pela política econômica.  A sintonia de pensamento entre ambos, o Paulo Guedes e Campos Neto, parece ser o segredo da retomada do crescimento econômico, previsto para este ano em 1,2%.

Em 2013, neste blog, critiquei a política econômica desastrada da presidente Dilma Rousseff, ainda no meio da euforia da falsa "sensação de bem estar" da população.  Critiquei duramente o subsídio de energia elétrica promovido por aquele governo, embora tenha ido na contra mão da maioria dos articulistas econômicos. A história mostrou que a minha tese estava correta.  Bem, o que ocorreu depois, os que acompanham este blog sabem muito bem.  Deu no que deu.  Em 2015, o País entrou em depressão, a maior dos últimos 100 anos!  

O País mostra algumas evidências de que o ano de 2020, deverá ter um crescimento econômico, acima das previsões dos melhores articulistas econômicos.  A venda de Natal, prevista em crescimento de 10% em relação ao Natal passado, é uma evidência palpável de que a população voltou às compras.   Embora, o dólar às alturas, acima de R$ 4,00, a inflação anda comportada nos níveis ao redor de 4%, já há alguns meses.  A criação de emprego, embora sazonal, no mês de novembro alcançou 99,2 mil, o que anualizado dá próximo de 1 milhão.  Isto parece a retomada palpável do crescimento econômico do País.  

Todos indicadores econômicos mostram crescimento sólido e robusto, sobretudo no presente semestre, o que indica que o crescimento do ano de 2020, deverá estar bem acima das previsões dos "notáveis" analistas econômicos.  Em 2020, o Brasil deverá ter crescimento entre 3% a 3,5%. Podem apostar na minha previsão!  Mais uma vez, se sairão vencedores!  

Ossami Sakamori

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Paulo Guedes: Brasil vai crescer 2,4% em 2020 !


O Ministério da Economia prevê o melhor Natal dos últimos 6 anos.  Para o País que passou por pior depressão econômica dos últimos 100 anos, a notícia é alvissareira.  Os indicadores econômicos apontam o crescimento do PIB - Produto Interno Bruto de 2019, em 1,2%, após 5 longos anos de estagnação e aumento de número de desempregados em níveis recordes.  Isto é o resultado de política econômica e política monetária implementada pelo Paulo Guedes como ministro da Economia e Campos Neto como presidente do Banco Central.  Eles estão no caminho certo.

Com inflação controlada nos níveis abaixo de 4% e taxa básica de juros Selic no nível de 4,5% ao ano, a economia do País, encontra-se em condições nunca dantes encontrada, pelo menos dentro do Plano Real.  O processo irreversível de desestatização e desregulamentação da economia e com a aprovação da reforma da previdência, trouxe otimismo no mercado financeiro e no setor empresarial produtivo.  

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou junto com o presidente do Senado Federal e o presidente da Câmara dos Deputados, a reforma tributária, para serem votados em 2020, o que trará uma nova motivação para o crescimento sustentável para os próximos anos.  Por outro lado, a credibilidade do ministro da Economia, Paulo Guedes, está em alta, muito por conta por sua determinação em diminuir o "rombo fiscal" ou o "déficit primário", condição indispensável para ganhar credibilidade no mercado financeiro nacional e internacional.  Não é por acaso que o Standar & Poor, uma das agências de classificação de riscos, melhorou a nota de avaliação de riscos do Brasil.

Paulo Guedes, ministro da Economia, em sua entrevista para a imprensa, ontem, 19, baseado em indicadores econômicos, o crescimento econômico do País para o ano de 2020, com perspectiva de alcançar 2,4% de acréscimo no PIB do Brasil.  Este blog já tinha anunciado a possibilidade de crescimento econômico do País entre 2% a 3,5% para o próximo ano.  

Paulo Guedes:  Brasil vai crescer 2,4% em 2020 !

Ossami Sakamori

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Selic de 4,5% é prenúncio de um "círculo virtuoso".


Ontem, dia 11, o Copom - Comitê de Política Monetária do Banco Central se reuniu e estabeleceu a taxa básica de juros Selic em 4,5% ao ano, como já estava previsto pelo mercado financeiro e maioria dos articulistas econômicos.  Apesar da taxa básica de juros Selic ser menor desde que vigora a inflação sob regime de metas implementada há 20 anos, o resultado é decorrente da estabilidade da inflação nos níveis abaixo de 4% ao ano.  A inflação anualizada é a menor dos últimos 20 anos, também. 

O resultado da inflação baixa é decorrente de dois fatores principais: 1) A contenção dos gastos públicos dentro do teto dos gastos públicos limitado ao de 2016, corrigido pela inflação do período.  O ministro da Fazenda do governo do Temer, diante da situação explosiva e quase incontrolável, estabeleceu o "engessamento" dos gastos públicos por período de 20 anos.  2) O brutal índice de desempregos, a maior desde a criação do Plano Real.  Cerca 50 milhões de força de trabalho, dentre 110 milhões, vivem em uma das seguintes situações:  desempregados, desalentados, nem-nem e subempregados.  O número de empregados formais com carteira assinada, do período antes da crise econômico mundial de 2008, de cerca de 50 milhões, baixou para o atual 33,4 milhões.   Nesse mesmo período, o número de inadimplentes no comércio cresceu para 62 milhões de pessoas negativadas no Serasa ou no SPC.  Desta forma, conclui-se que a contenção de inflação foi por falta de poder aquisitivo da população brasileira.  

O ministro da Economia Paulo Guedes, vem administrando os gastos públicos, dentro da LDO de 2019, aprovado no governo Temer.  O "rombo fiscal" ou o "déficit público, previsto na LDO que era de R$ 139 bilhões vai terminar o ano ao redor de R$ 80 bilhões, menor do que previsto, em decorrência do dinheiro extra obtido com o ágio no leilão da "cessão onerosa" do pré-sal.  Na outra ponta, o presidente do Banco Central, Campos Neto, vem conduzindo a "política monetária", com independência, mas em "sintonia fina" com a "política econômica" do Paulo Guedes.  A "sintonia fina" explica-se pela origem de ambos, que eram gestores do mercado financeiro antes de assumir as respectivas funções públicas. 

O resultado é que, as operações de fusões e aquisições, até novembro, segundo Transactional Track Record, atingiram total de R$ 275 bilhões, 10,2% acima de 2018.  Desse total, cerca de 60% das transações se referiam aos grupos estrangeiros, correspondente a cerca de R$ 161 bilhões.  A seguir a mesma trajetória deste ano, o ano de 2020, é de se esperar investimentos do setor produtivo muito acima do que estão sendo feitos neste ano.  

Havendo investimento no setor produtivos significa criação de empregos formais e a criação de empregos formais significa maior consumo da população.  Maior consumo da população significa maior arrecadação dos governos em todos níveis.  Para o governo federal, maior arrecadação, significa diminuir ou eliminar o "déficit primário" ou o "rombo fiscal", um dos piores males da macroeconomia.  O crescimento econômico, pode significar para a União, a eliminação do "déficit primário" ou "rombo fiscal", um dos piores males dos fundamentos macroeconômicos.     

Para o leigo entender, desde 2014, o Brasil experimenta o "círculo vicioso" de sucessivos "rombos ficais", tal qual o cachorro querendo morder o próprio rabo.  Com enorme sacrifício para a população, o Brasil está a entrar no "círculo virtuoso", de crescimento econômico, sustentável ao longo dos próximos anos.  

Selic de 4,5% é prenúncio de um "círculo virtuoso".

Ossami Sakamori 


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Brasil deverá crescer entre 2% a 3,5% em 2020


Os renomados articulistas econômicos e a grande imprensa anunciam o crescimento econômico para o próximo ano, 2020, ao nível de 2%, após divulgação de indicadores econômicos dos últimos três meses de 2019, que em relação aos mesmos meses de 2018 apresentaram um discreto, mas um número positivo.  Todos apontam a aprovação da reforma da previdência como o principal motivo para indicação positiva dos números nos últimos três meses, no que os acompanho.  Tudo leva a crer que o ano de 2020, tem perspectiva de melhora. 

Embora a mudança na política econômica seja tímida até hoje, há uma sinalização tanto da equipe econômica como também do Congresso Nacional na mesma direção sobre a reforma tributária e um novo pacto federativo para entrar em vigor à partir de 2021.  O ministro da Economia, Paulo Guedes, faz o que pode para driblar os parlamentares no sentido de aprovar o novo modelo, o da economia liberal.  Porém, deixou para trás um dos principais pilares da reforma estruturante que seria a previdência na forma de "capitalização".  Corta-se a mão para não entregar o braço inteiro.  Felizmente, é assim que funciona a democracia, sem o "polêmico" AI-5.

O que para mim, um leigo, mas com conhecimento, o suficiente, para opinar sobre a "macroeconomia", de que a política monetária conduzida pelo Campos Neto do Banco Central, vem trazendo resultados inesperados.  A política da taxa básica de juros Selic, em níveis menor dos últimos 20 anos e adequado valor para o real, compatível para equilibrar as nossas conta do País, sem "queimar" a robusta reserva cambial, US$ 366 bilhões (no dia 3 de dezembro de 2019), tem mostrado inflação controlada e um discreto crescimento econômico (1%).   

Diante dos dados disponíveis, podemos afirmar que o Brasil deverá crescer entre 2% a 3,5% em 2020, conforme o movimento conhecido como "efeito manada", onde vai um vão todos!

Ossami Sakamori

domingo, 1 de dezembro de 2019

A carne de boi vai continuar caro !


O preço de carne teve alta expressiva na última semana, comparado com a média dos meses anteriores.  Não só a carne, mas o frango, o ovo e o pão vão sofrer altas nos próximos dias.  Há que se perguntar se esta alta é bom para o povo brasileiro ou não.  E qual será o reflexo da alta da carne na inflação.  O Banco Central é em parte responsável por isso.  Tudo isso é reflexo da "desvalorização" do real perante o dólar.  A moeda americana fechou cotado a R$ 4,24 na última sexta-feira, 29 e o preço da carne de boi não vai baixar. 

Na matéria anterior, eu disse que o dólar poderá flutuar até R$ 4,50, reportando à minha matéria de agosto de 2018.  O fato é que o resultado da balança comercial do País, exportação menos importação, deu pífio US$ 1,2 bilhão, o pior resultado dos últimos 5 anos.  O Brasil é deficitário em conta corrente com o exterior, decorrência dos serviços como royalties, seguros, fretes, turismo e sobretudo os juros da dívida pública contraído em moeda americana.  Para manter equilíbrio na conta corrente, o País deve gerar superávit robusto, não uma "merreca".  

Para leigo entender, o País gasta mais do que recebe, em dólar, na transação com o exterior.   O primeiro diagnóstico da situação é que o real estava apreciado ou o dólar estava depreciado.   Existe várias formas de aferir o valor da moeda local, fazendo comparação do preço de até com "MacDonald" em cada país, por exemplo.  Economista de renome como o Paulo Nogueira Batista já alertava que o real estava "apreciado" em cerca de 30%, à época em que o dólar estava cotado a R$ 3,50, o que daria dólar a R$ 5 atualizado para hoje.  O fato é que o dólar a R$ 4,50 não é nenhuma anomalia, mas sim apenas uma correção do rumo.

O dólar a R$ 4,50 traz alguns transtornos, como a alta do preço do carne, do pão, do frango, do ovo e de produtos importados como vinhos italianos ou portugueses.  Por outro lado, os produtos brasileiros, tanto faz produtos primários como agropecuários, turismo, minérios ou industrializados como calçados e máquinas e equipamentos que se tornam competitivo no mercado internacional com o dólar alto.  Foi assim que a China cresceu no patamar mínimo de 6% ao ano nas últimas duas décadas.  O Banco Central sob a batuta do Campos Neto parece ter despertado sobre isto.  Antes tarde que nunca! 

A carne de boi vai continuar caro !

Ossami Sakamori