quinta-feira, 30 de abril de 2020

A vaidade pode derrubar o Paulo Guedes!

 

Escrevi, ontem, de que o "rombo fiscal" ou o "déficit primário" de 2020, vai bater R$ 500 bilhões e que o endividamento líquido do Tesouro Nacional vai estar próximo de R$ 5 trilhões.  Na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020 previa "déficit primário" ou o "rombo fiscal" de R$ 120 bilhões.  A diferença de até R$ 380 bilhões é a "espuma" que está sendo debitado ao "Orçamento de Guerra", que oficializa o "rombo fiscal" além daquele previsto na LDO de 2020.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, brigou com o ministro do Desenvolvimento Regional, Paulo Marinho, seu "braço direito" na aprovação da Reforma da Previdência, por ter ele e o ministro Braga Ramos lançado o plano "Pró Brasil", sem consultá-lo.  Isto é mais uma questão "vaidade" do que  questão de raiz.  Enfim, as obras previstas no plano "Pró Brasil", um investimento público de R$ 27 bilhões, foram incluídas no "Orçamento de Guerra" do Paulo Guedes, agora com a "chancela" do ministro da Economia.  Vamos lembar que o "rombo fiscal" proveniente de diversos programas "chancelados" pelo Paulo Guedes está estimado, pelo próprio seu Secretário de Tesouro, em R$ 380 bilhões.

Uma parte do "rombo fiscal" proveniente do "Orçamento de Guerra" do ministro Paulo Guedes é aquele proveniente do "Auxílio Emergencial de R$ 600" que irá consumir cerca de R$ 90 bilhões.  Outro "rombo fiscal" importante é constituído de "socorro aos estados e municípios", ao redor de R$ 90 bilhões.  Inclui no "rombo fiscal", também, o socorro  às micro e pequenas empresas.  Inclui também no "rombo fiscal" ajuda às grandes empresas, como montadoras de automóveis.  E, finalmente, uma "reserva de contingência" destinado ao Ministério da Saúde, para combate à epidemia "coronavírus", num montante inicial de R$ 15 bilhões.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi contra os investimentos em obras públicas no montante de R$ 27 bilhões previsto no plano Pró Brasil, com argumento do "equilíbrio fiscal".  Nada disso é verdade: O "rombo fiscal" do ano de 2020 previsto em R$ 120 bilhões está passando para R$ 500 bilhões, conforme Secretário do Tesouro.  No fundo, no fundo, a estrela Paulo Guedes não quer ver "nenhuma constelação" atrapalhando o seu brilho.  A verdade seja dita: O ministro da Economia é tão vaidoso quanto o seu chefe.

A vaidade pode derrubar o Paulo Guedes!

Ossami Sakamori




quarta-feira, 29 de abril de 2020

O "rombo fiscal" de 2020 deve atingir R$ 500 bilhões!



A Câmara dos Deputados deve votar hoje,  o "Orçamento de Guerra", o Projeto de Emenda Constitucional 10, que possibilita o governo federal a fazer gastos não previstos na LDO de 2020.  A PEC 10, como é conhecido, vai convalidar as medidas sociais e econômicas devido à "Covid-19" (denominação técnica do coronavírus).  A votação deverá ocorrer dentro da normalidade, porque não há parlamentar que tenha ousadia de votar contra.  A emenda Constitucional já foi aprovada pelo Senado Federal com alterações ao Projeto original. 

Uma das alterações no Orçamento Fiscal, denominado de "Orçamento de Guerra", vai permitir o pagamento de "auxílio emergencial" de R$ 600 para os trabalhadores informais, com impacto fiscal de cerca de R$ 90 bilhões.  No "Orçamente Guerra" está previsto gastos em obras emergenciais no valor de R$ 26 bilhões devido ao plano "Pró Brasil", anunciado há poucos dias pelo governo.  O plano "Pró Brasil" foi inserido no "Orçamento de Guerra", sem consulta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, motivo que provocou a "ira" e a "quase saída" do ministro da Economia do governo Bolsonaro.  

Antes da PEC 10, o Orçamento Fiscal já constava o "rombo fiscal" de R$ 120 bilhões.  Além do "rombo" fiscal decorrente da PEC 10, ainda tem a medida de socorro aos estados e municípios, cerca de R$ 90 bilhões.  Algumas medidas que contribuem com o "rombo fiscal", como renúncias fiscais às empresas, não estão ainda formalizadas.  Enfim, o total de "rombo fiscal" no Orçamento de 2020, deverá atingir R$ 500 bilhões.   Como o "rombo fiscal" é coberto com emissão de títulos da dívida do Tesouro Nacional, o endividamento público líquido deverá terminar o ano próximo de R$ 5 trilhões.  Divida este número por número de habitantes, que saberá quando você está devendo para sustentar a máquina pública brasileira.  

O "rombo fiscal" da União em 2020 deve atingir R$ 500 bilhões!

Ossami Sakamori



  

terça-feira, 28 de abril de 2020

André Mendonça é amigo pessoal do Dias Toffoli.


Ontem, dia 27, no início da noite, confirmou a nomeação do André Mendonça como ministro da Justiça e Segurança Pública, na vaga deixado pelo antecessor Sérgio Moro.  Isto faz parte do processo de sucessão que segue em conformidade com a Constituição da República Federativa do Brasil.  A biografia do novo ministro é impecável.  O novo ministro fez parte da equipe do presidente do STF, Dias Tofolli, quando este último era Advogado Geral da União na gestão do presidente Lula da Silva.

No ano passado, em homenagem aos 10 anos do ministro Dias Toffoli, foi lançado o livro "Democracia e Sistema de Justiça", de autoria do novo ministro, com coordenação do  ministro do STF, Alexandre Moraes.  Na ocasião do lançamento do livro, o então Advogado Geral da União, lembrou que a ideia do livro nasceu em 2008, nos tempos que trabalhava com o então advogado-geral da União, Dias Toffoli, hoje presidente do STF. 


Para mim, que sou engenheiro e tenho formação cartesiana, não me entra na cabeça, a nomeação do André Mendonça como ministro da Justiça e Segurança Pública, uma vez que o novo ministro tenha servido, justamente, ao governo Lula da Silva.   Nem tão longe, o Presidente Bolsonaro venceu eleições de 2018, disputando aguerridamente, o segundo turno, com o petista Fernando Haddad.  Para mim, a aproximação dos antagonistas de ontem, é "surreal". 

Igualmente, dá nó na minha cabeça pensar que o Presidente Bolsonaro venha fazer "coligação" com o "centrão", comandada pelo amigo inseparável do petista Lula da Silva, o ex-deputado Waldemar da Costa Neto.   Nada contra, porque o sistema do governo no País é o "presidencialismo de coalizão".  Só estranho que até ontem, os atores políticos citados estavam "se engalfinhando". 

O presidente Bolsonaro está certíssimo, ele esta em "coerência" consigo mesmo.  Eu é que não tinha me apercebido que a "politicagem" é a mesma de ontem, e que o planeta Terra continua redonda, como dantes.   

André Mendonça é amigo pessoal do Dias Toffoli. 

Ossami Sakamori




domingo, 26 de abril de 2020

Paulo Guedes será o próximo a deixar o Planalto.


Nem é necessário ser cientista político para fazer prognóstico dos próximos capítulos da "novela" de nomeação e destituição de ministros do governo do presidente da República, Jair Bolsonaro.  O PR, faz questão de transmitir aos seus ministros de que a prerrogativa da escolhas ou demissões dos primeiros escalões do governo é exclusiva competência dele.  E assim se fez e avocou para si a responsabilidade de destituição e nomeação do novo Delegado Geral da Polícia Federal, na data de ontem.  

A Constituição da República Federativa do Brasil prevê exatamente como entende o presidente Jair Bolsonaro.  Não há nenhuma irregularidade de ordem legal.  Por outro lado, tanto quanto o direito da escolha, a responsabilidade da boa ou má escolha recai exclusivamente ao Presidente da República.  Também, dar autonomia ou não aos indicados é de exclusiva vontade do PR.  Em relação ao episódio que resultou no afastamento do Diretor Geral da Polícia Federal, pelo ordenamento jurídico atual, é de responsabilidade do Presidente da República, com ou sem anuência do ministro da Justiça e de Segurança Pública.   

A forma como é feito as demissões segue ao estilo autoritário do atual PR.  Esta forma de demissão, com muita celeuma, pelo menos nos últimos afastamentos de ministros, faz parte da natureza humana do presidente Bolsonaro.  Para o PR, seja Mandetta ou Mouro, são apenas peças do seu tabuleiro de xadrez, no sentido literal da palavra, para preservar a "sua exclusiva liderança".  Vejo que o PR não quer ninguém faça "sombra" ao seu estilo de governo, um tanto "autoritário" e outro tanto "soberbo".  Está no direito dele pensar assim, pois o presidente Jair Bolsonaro foi eleito, exatamente, com o seu estilo: "autoritário" e "soberbo".  Errou quem pensou que ele iria mudar após empossado no cargo de PR.

O próximo ministro a deixar o governo Bolsonaro, na minha modesta opinião, é o ministro da Economia, Paulo Guedes.  O lançamento do "Plano Pró Brasil", matéria de competência do Ministério da Economia, foi elaborado e anunciado sem o Paulo Guedes.  Paulo Guedes, foi o principal mentor e apoiador do presidente Bolsonaro para dar "credibilidade" na fase da campanha eleitoral e foi o principal articulador na aprovação da Reforma da Previdência no ano passado.  No momento, o Paulo Guedes está em processo de "fritura", fase que antecede à demissão, à pedido ou por decisão do PR.  Repito, a conclusão é exclusiva minha.  Não me baseei em nenhuma informação de "fontes".  

Sem intenção de ofender quem quer que seja, o Paulo Guedes é o próximo na lista de demissão dentro do quadro de ministros que compõe o governo Bolsonaro.  

Paulo Guedes será o próximo a deixar o Planalto.

Ossami Sakamori  

sábado, 25 de abril de 2020

A soberba pode levar o Bolsonaro ao afastamento.


Tenho ocupado o espeço deste blog, aberto em 2012, sobretudo, com fins de denunciar as "ladroagens" e "desmandos" no governo da presidente Dilma, no auge auge da popularidade, 77% de aprovação.  Denunciei outras tantas ladroagens aos cofres públicos, também, no governo Temer. Votei no Jair Bolsonaro, no segundo turno, em 2018, para  o cargo máximo da República, mas não concedi "carta branca" para falar e agir em meu nome.  O episódio que culminou com o afastamento do ministro da Justiça, Sérgio Moro, me faz pensar seriamente sobre  o futuro do País.

Falo com convicção de que o presidente Bolsonaro, está passando fora dos limites considerados como atos de um bom governante, sobretudo, em se tratando de cargo máximo da República Federativa do Brasil.  O último episódio, o afastamento do ministro da Justiça e Segurança Pública, em decorrência da demissão do Delegado da Polícia Federal, me fez sentir que sou um cidadão de "segunda categoria" que faz parte de um país do "terceiro mundo".   A fotografia do Brasil continua tão feia quanto dantes.  

É certo que o ex-ministro Sérgio Moro, saiu atirando, na sua renúncia ao cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública, acusando o presidente Bolsonaro da tentativa de ingerência no assunto da Polícia Federal, cuja subordinação funcional é do Ministério a que foi responsável.  Ontem, no final da tarde, o presidente da República, fez um pronunciamento à nação, expondo detalhes das desavenças funcionais e pessoais com o ministro afastado.  Não precisava ter feito.  E, não foi pronunciamento qualquer.  Foi uma demonstração de "força" para com o, simples, cidadão Sérgio Moro, já que ele tinha se demitido.   Tipo de demostração de força que as Forças Armadas usam para "intimidar" os inimigos.

Escrevo esta matéria com muito pesar.  Apesar de discordar dos sucessivos "engalfinhamentos" entre o presidente da República e os adversários políticos, dei meu apoio ao presidente da República, há poucos dias,  através do Desagravo ao presidente Bolsonaro .   Espero que o presidente da República, Jair Bolsonaro, continue merecendo a confiança de todos brasileiros.  Recomendo, no entanto, ao presidente a deixar de lado a "soberba" que levaram muitos presidentes do País aos atos extremos.

A soberba pode levar o Bolsonaro ao afastamento.  

Ossami Sakamori

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Plano Pró Brasil : R$$ 300 bilhões!


O governo do presidente Jair Bolsonaro lançou ontem, 22 de maio, o Plano Pró-Brasil, de ampliação dos investimentos públicos, com previsão de gastos de R$ 300 bilhões em obras, sem detalhar bem as fontes de recursos.   É uma versão brasileira do "Plano Marshall", segundo os próprios integrantes do governo.   É mais um anúncio de impacto do que um "plano novo", na minha visão, como irei demostrar abaixo.   Curiosamente, ao anúncio do Plano Pró-Brasil vem acompanhado de articulação do Palácio do Planalto com os partidos do "centrão", para dar "suporte" às iniciativas do governo no Congresso Nacional.  O presidente Bolsonaro parece ter rendido à realidade da política brasileira.   

Embora o Planalto negue o ressuscitamento do já conhecido "toma lá, dá cá", é uma versão "light" do Presidencialismo de coalizão.   Eu já manifestei algumas vezes sobre o tema em matérias anteriores.  A estrutura do governo da União desenhada na Constituição de 1988, há exigência de que as iniciativas importantes do Executivo terão que ter aprovação do Congresso Nacional.   Como o  presidente Jair Bolsonaro está sem partido no momento, não tem outra forma de viabilizar a "governança" sem o apoio dos partidos que reúnam a maioria absoluta do Congresso Nacional.  Gostando ou não, o "toma lá, dá cá", negociação, faz parte da forma de governo previsto na Constituição brasileira.

Feito a ressalva, vamos aos números.  Dos R$ 300 bilhões anunciados no plano Pró Brasil, cerca de R$ 250 bilhões já estavam previstos em investimentos nas obras de infraestrutura, em 20/30 anos, dentro do Plano de Parcerias Público-Privadas do Ministério da Infraestrutura.  Dos R$ 50 bilhões restantes, uma parte faz parte das obras já estão prevista no LDO de 2020 e uma outra parte, os recursos vem da linha de financiamento da "Minha Casa Minha Vida" com recursos do FGTS e uma outra parte, através do financiamento à área de saneamento, via BNDES.   O Plano Pró Brasil nada mais é do que "consolidação" de vários projetos já aprovados em diversos níveis de decisão do governo federal.  

O que ficou evidente é que o presidente Jair Bolsonaro resolveu seguir a tradicional receita "feijão com arroz" do funcionamento do Executivo Federal, isto é, a Secretaria do Governo comandada pelo general Ramos, vai cuidar da relação Executivo/Congresso Nacional e a Casa Civil comandada pelo general Braga Neto, vai coordenar a parte executiva do governo federal.   Vamos apenas lembrar que a Casa Civil foram ocupados pelo José Dirceu, Dilma Rousseff, Antonio Palocci e Eliseu Padilha, entre outros.  

Braga Neto é o "homem forte" no governo Jair Bolsonaro!

Ossami Sakamori



quarta-feira, 22 de abril de 2020

Economia: Apertem os cintos que o pior está por vir.


O que está acontecendo no mercado de petróleo é apenas prenúncio do que está por vir na economia mundial, sobretudo devido ao efeito da "coronavírus".   Ontem, o barril de petróleo para entrega em abril, esteve operando no terreno negativo.   O petróleo do tipo Brent, negociado no mercado de Londres, operou abaixo do preço base de US$ 20.  Os "comprados" perderam a aposta.  Ao invés de ter lucro com o valor do "ágio", tiveram que pagar o "deságio".  O pânico se instalou, ontem, porque o petróleo de maior valor, o do tipo Brent, que há poucos meses esteve operando acima de US$ 35, "de repente" desabou para o patamar de US$ 20 cada barril.   

O consumo diário médio mundial de petróleo, em tempo normal, gira em torno de 100 milhões de barris/dia.  Os produtores do petróleo, membros do OPEP, já tinha feito corte de 10 milhões de barris/dia para tentar "retomar" o preço de petróleo nos níveis praticado anteriormente, US$ 35/barril.   Embora, o problema de ontem tenha ocorrido com o petróleo do tipo mais pesado, o WTI (West Texas Intermediate), negociado no mercado de Nova York, mesma regra vale para o petróleo do tipo leve, o Brent, negociado no mercado de Londres.  

Como o mundo, ainda, depende da energia gerada pelo petróleo, ganha sobremaneira importância o mercado de petróleo.  Desta forma, o preço de petróleo acaba servindo de referência para previsão do PIB mundial.  O preço de petróleo, embora não esteja associado diretamente ao crescimento de cada país, ainda assim serve de referência para fazer avaliação do efeito "coronavírus" no PIB mundial.  Se a curva resultante do "coronavírus" continuar na trajetória "imaginado", a economia global deverá provocar uma "perda" no PIB em cerca de 10%.   O Brasil que já sofria a pior depressão dos últimos 100 anos, "no mínimo", vai acompanhar a "depressão" mundial. 

No "front" interno, a Petrobras já cortou a produção do petróleo em 200 mil barris/dia.  A Petrobras possui reserva de cerca de 15 bilhões de barris no Campo Tupi e tem associação com os chineses no Campo Libra, uma reserva estimada em 10 bilhões de barris. Assim, a reserva estimada do Brasil é de 25 bilhões de barris.  A Petrobras, ainda, tem a desvantagem de produzir petróleo do tipo pesado, que, pasmem, não serve para ser processado nas refinarias instaladas no País. Assim, o Brasil importa petróleo leve, na sua totalidade, para serem processados nas suas refinarias. 

É guardado a "sete chaves", mas o custo de produção do petróleo "off shore" da Petrobras está estimado em US$ 20 cada barril.  Na atual situação, o lucro bruto da Petrobras na produção do petróleo é "zero". A tal grande reserva, comemorada, de petróleo no Brasil, é pouco acima de 25 bilhões de barris e está longe de "ombrear" com as maiores reservas do mundo, a da Arabia Saudita e da Venezuela, cada um com mais de 300 bilhões de barris.   

O baixo preço do petróleo é prenúncio de "grande depressão global" devido a "coronavírus".  Apertem os cintos que o pior está por vir. 

Ossami Sakamori

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Baixem as âncoras que o inverno está por vir!


A montadora Volkswagen do Brasil retomou a produção da sua unidade em São Bernardo dos Campos, no dia 18, com apenas um turno de trabalho.  À primeira vista, a notícia seria alvissareira, no entanto, a fábrica vai voltar à atividade para atender os 1,2 mil trabalhadores que estavam em "lay-off" desde janeiro e que passam a participar do no programa que tem parte dos salários bancada pelo FAT.  Certamente, as unidades prontas ficarão retidas no páteo da montadora porque as revendas estão com portas fechadas em decorrência do "isolamento social", imposto pela maioria dos governadores das unidades da federação.

Alguns leitores pedem que eu faça a análise da conjuntura econômica do País sem levar em conta a epidemia "coronavírus".  Com "isolamento social" decretado em todo o território nacional, é "impossível" não vincular a atividade econômica à epidemia "coronavírus".   Como engenheiro que sou, sei muito bem que não há obras de engenharia sem o "cronograma físico-financeiro".  No cronograma da "conjuntura econômica", é impossível não levar em conta o "isolamento social" como um fator preponderante.   Para qualquer análise da conjuntura econômica do País para o ano em curso, a data do fim do "isolamento social" tem importância fundamental nas suas análises.

Nas minhas considerações sobre a epidemia, citadas em várias matérias sobre o tema, o fim do "isolamento social" deverá acontecer após a ocorrência do pico da "curva de incidência" da epidemia que deverá ser no mês de julho. Desta forma, imagino que o fim do "isolamento social" no Brasil deverá ocorrer durante o mês de julho.  E, em consequência, as atividades econômicas deverão "tentar" retomar o ritmo de crescimento apenas à partir do início do mês de agosto, faltando tão somente 5 meses para o término do ano de 2020.

Após uma longa fase de estagnação econômica decorrente do "isolamento social", a economia vai retomar a atividade com muita parcimônia, devagar e quase parando.  Não haverá "explosão" de consumo porque não há "represamento" de consumo. Durante o tempo do "isolamento social", está havendo, "silenciosamente", "demissões em massa", sobretudo dos trabalhadores formais.  Dentro deste quadro, o "consumo" cairá em níveis nunca dantes vistas, por conta da perda da renda média dos trabalhadores.  

Por incrível que pareça, o nefasto "gastos públicos" serão carros chefes para impulsionar a economia até a saída do "isolamento social".  Em determinado momento, os "gastos públicos" representarão cerca de 50% ou mais do PIB - Produto Interno Bruto.  Sobre o tema "gastos públicos" retornarei em matérias posteriores, porque é um outro tema "explosivo".

Sendo assim, a atividade econômica só retornará ao curso normal a partir do mês de agosto.   Baixem as âncoras que o inverno está por vir!

Ossami Sakamori

domingo, 19 de abril de 2020

O pico da "coronavírus" virá no mês de julho


Eu tinha resolvido não voltar ao assunto sobre a epidemia do "coronavírus" sob ponto de vista médico-sanitário, por não ser nem um médico e nem um sanitarista.   Iria escrever sobre o reflexo do "coronavírus"  na economia global e em particular sobre a economia brasileira.  No entanto, volto ao assunto fora da minha área, porque, no meu ponto de vista, está havendo um grande equívoco sobre a disseminação da epidemia no Brasil.  

O buraco da "coronavírus" está mais para baixo do que os médicos e sanitaristas afirmam, como se um ser humano tivesse domínio sobre a pior pandemia que assola o mundo, desde a "gripe espanhola".  Para vocês não acharem que sou oportunista de plantão, peço leitura da matéria postada há poucos dias: O pior da coronavírus está por vir .  Ouvi algumas frases chaves ditas pelo ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, como mantras a ser repetida:  "Seguir a recomendação científica da OMC" ou "Preservação da vida acima de tudo".  Isto é óbvio, que serviu de "frase de efeito" para manter a sua popularidade em alta.   

Verdade número um: A trajetória do alastramento da pandemia "coronavírus" não é possível ser manipulado por ser humano.   O alastramento da epidemia seguirá o seu curso normal, querendo ou não o ser humano, quer seja um cientista ou um político.  O exemplo de que falo verdade vem dos Estados Unidos.  O presidente Trump decretou "lock down" ou "isolamento total" em todo o território nacional, há cerca de um mês.  Apesar do "isolamento total", o núemro de vítimas, até ontem, passava de 33 mil mortos e com tendência deste número chegar rapidamente em 60 mil vítimas fatais.   Proporcionalmente ao número de habitantes, seria como se no Brasil alcançasse 40 mil mortos.   

Outra lição importante que vem dos Estados Unidos é a impossibilidade do "direcionamento" do "pico da curva", como foi insistentemente defendia peo ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta e de alguns governadores, seguidores da sua teoria científica, a da possibilidade de manipulação da "curva de incidência"  da epidemia.   Nem Trump e muito menos o presidente Bolsonaro,  terão base científica para manipular a curva da trajetória do "coronavírus", apesar das "canetas" cheias de tintas.  

Eu chamei atenção por diversas vezes de que o "coronavírus" espalha mais rapidamente no frio devido a sua natureza.  O "coronavírus" não resiste às altas temperaturas, segundo a "ciência".  Na linguagem popular, podemos dizer que o "coronavírus" gosta do frio.  É aqui que mora o perigo!
O Brasil está em pleno outono e está a adentrar no inverno. Seguindo a "lógica científica", o "coronavírus" se espalhará com maior intensidade nos meses que está por vir.  Dentro desta lógica, o "pico de incidência" deverá acontecer entre o meses de junho e agosto, inverno no Brasil.  

Assim, sob o "ponto de vista científico", posso afirmar que o "pico de incidência" do "coronavírus" virá no início de julho ou seja no início de inverno.  Até lá, a "curva achatada" como querem os manipuladores da política de saúde pública, seguirá suavemente em "linha ascendente" como manda a natureza da "coronavírus".   

Coronavírus é como rompimento da barragem do Brumadinho. Não tem quem segure. 

O pico da "coronavírus" virá no mês de julho.   

Ossami Sakamori







sábado, 18 de abril de 2020

Mais um estouro da bolha imobiliária?


Há exatos dois meses, no dia 18 de fevereiro, postei matéria sobre a pandemia "coronavírus", chamando atenção sobre os Efeitos "coronavírus" na economia global .  Naquela oportunidade chamei afirmei de que a "coronavírus" poderia causar efeitos semelhantes ao da crise financeira mundial de 2008.  Acertei na previsão, mas errei na "dosagem".  Os efeitos decorrentes do "coronavírus" em 2020 vai ser muito pior do que a crise "hipotecária" de 2008.   

A economia global pegou de surpresa, todos os países, indistintamente, de leste a oeste e do norte ao sul.  Não vivi a depressão econômica mundial de 1929, mas pelas leituras e sendo estudioso na "macroeconomia", tem-se a noção do que foi a "depressão" de 1929 e sobretudo as saídas usadas para a pior crise econômica.  Nem é preciso lembrar que muitas grandes fortunas da época "desapareceram" de dia para a noite e o povo de todos quadrantes do planeta passou "fome", literalmente.  A crise "coronavírus" tem mostrado, até aqui, que está vindo com igual ou pior intensidade.  

No momento, os países do mundo global está preocupado com o "lockdown", nas suas diversas formas.  Nem é diferente no Brasil.  A discussão sobre "isolamento social" está em alta no Brasil e tem sido o motivo para "disputa política partidária" entre diversos níveis de entes federados.  Não é momento para disputa de "paternidade" da solução de saída para a pandemia.  A pandemia "coronavírus" é um evento da "saúde pública" e que inevitavelmente trará consequências inevitáveis e irreversíveis à "economia" como um todo.   Cientificamente falando, as medidas sobre a saúde pública e sobre a economia devem andar de "mãos dadas", para minorar as consequências decorrentes da inevitável pandemia.   

Segundo órgãos de fomento internacional, a economia global deve sofrer retração, entre 5% a 10%.  Eu mesmo fiz prognóstico de retração de 10% no PIB do Brasil em 2020.  Diante do quadro, afirmo que, o ano de 2020/2021, serão marcados como um segundo estouro da "bolha imobiliária".   

Ossami Sakamori



sexta-feira, 17 de abril de 2020

Bons augúrios para o Nelson Teich !


Já que a grande imprensa dá destaque apenas ao ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, me cabe apresentar o novo ministro da Saúde, o médico oncologista Nelson Luiz Sperle Teich.  A fonte utilizado foi o BBCNews.  

O médico Nelson Teich, é empresário do setor de saúde e foi presidente da Associação Médica Brasileira.  Nascido no Rio de Janeiro, se formou pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro e se especializou em oncologia no Instituto Nacional de Câncer.  Atualmente é sócio da empresa Teich Health Care, uma consultoria de serviços médicos.  Teich atuou como consultor informal na campanha eleitoral do presidente Bolsonaro em 2018, apresentado que foi pelo Paulo Guedes, de quem é amigo.

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, defende a "ciência e a vida" como nem poderia esperar de um médico.  Um ponto, filosoficamente, oposto ao pensamento do ex-ministro Henrique Mandetta é a dicotomia: "economia e saúde".  O novo ministro defende que a "economia" e a "ciência" devem andar juntos ou que eles são "interdependentes", como quer o presidente Jair Bolsonaro e em posição oposta ao do ex-ministro Henrique Mandetta.  

Nelson Teich defende a "interdependência" entre a economia e sáude.  Defende que, não existe saúde pública sem uma economia pujante.  Isto deveria ser óbvio, mas para o "discurso político" é conveniente defender a "ciência e a vida" como prioritários sobre a "economia".  No fundo, no fundo, Henrique Mandetta entrou em "rota de colisão" com o presidente da República, pela "visibilidade política".  

Que os melhores augúrios acompanhem o novo ministro da Saíde, Nelson Teich !

Ossami Sakamori


quinta-feira, 16 de abril de 2020

Não haverá UTI para doente "coronavírus" de número 1001 !


Até este momento, não tivemos notícias sobre o afastamento do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, apesar do mesmo ter dito em conferência diária para a imprensa que ele e sua equipe estavam de "saída" do Ministério da Saúde.  Henrique Mandetta espera ser demitido pelo presidente Bolsonaro para sair como "vítima" da "politicagem" do Planalto.   Henrique Mandetta não pedirá demissão, como que o "cargo" de ministro lhe pertencesse de direito.  Uma coisa é certa: o ministro Mandetta esconde a triste realidade da saúde pública brasileira. 

O Ministério de Saúde não sabe exatamente o número de leitos de UTIs disponíveis no SUS - Sistema Único de Saúde, somado ao leitos de UTIs do Sistema Complementar de Saúde.   A "estimativa" publicada pela grande imprensa vai de 30.000 leitos a 40.000 leitos.  Sabe-se que do total de leitos de UTIs, cerca de 60% são destinados a doentes comuns.   Pois bem, desta forma, na melhor das hipóteses, 16.000 leitos de UTIs estarão disponíveis para doentes do "coronavírus".   

Segundo os técnicos do Ministério da Saúde, o período de internamento de doentes "coronavírus" é um período médio de 16 dias (mínimo de 12 dias e máximo de 20 dias).  "Cientificamente" falando, como recorre sempre o "ainda" ministro Henrique Mandetta, o número de UTIs destinados aos doentes do "coronavírus" é de cerca de 1.000 leitos de UTIs, simultâneos.  

Cientificamente falando, independente da "curva de incidência", se na forma de "pontiaguda" ou "achatada", o SUS e o Sistema Complementar não suportam atender simultaneamente, mais de 1.000 doentes do "coronavírus". A partir do 1.001º, os doentes do "coronavírus" estarão sob avaliação das equipes médicas de cada unidade hospitalar, a escolha de quem vai para UTI.  O "isolamento social" em nada muda a situação falida do Sistema Único da Saúde, apenas posterga a "hora da verdade".   

No Brasil, não haverá UTI para doente "coronavírus" de número 1001 !

Ossami Sakamori

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Isolamento social não é um "confinamento político"


A hipocrisia do ser humano ultrapassa a fronteira da inteligência humana.  Fiz questão de postar a foto do topo desta página, extraído da Gazeta do Povo de hoje, para servir de mote para esta matéria.  A foto ilustra as medidas de "distanciamento social" para conseguir manter o controle do "coronavírus".  Receio que o "isolamento social" esteja sendo utilizado para fins políticos, como passo a expor na sequência.

O "distanciamento social" é apenas um detalhe do "isolamento social", nome que substituiu o "confinamento social".  Há uma briga entre o governo central e os governadores das unidades da federação. Os últimos adotam e defendem o "isolamento social", com unhas e dentes.  Tem uma expressão muito utilizado pelos brasileiros: "papel aceita tudo".  O tão defendido "isolamento social" não passa de uma "tese política" para colocar em "holofote" os governadores de alguns estados brasileiros do que propriamente atender o bem estar da população.  

"Isolamento social" não passa de um "mote político" para políticos que tem pretensão de voos mais altos.   Tomemos como exemplo a capital da maior cidade do Brasil, a cidade de São Paulo.  A própria estatística fornecida pela Prefeitura Municipal, diz que o transporte coletivo está funcionando com quase 30% de lotação, ou seja, mais de 2,5 milhões de pessoas continuam usando o transporte coletivo, apesar do "isolamento social".  O número de usuários de transporte coletivo, com "isolamento social", na capital paulista é maior do que maioria das capital de estados do Brasil.

Voltando à fotografia do topo, o "distanciamento social", um detalhe do "isolamento social", o distanciamento nas filas de espera estão rigorosamente obedecido, mas nada garante que dentro do transporte coletivo, haja a mesma obediência às boas regras do "distanciamento social".  Certamente no interior dos ônibus, trens metropolitanos e de metrôs de São Paulo e de grandes cidades do Brasil, há um verdadeiro "empurra, empurra", um "esfrega, esfrega", típicos de transporte coletivo, tal qual acontece em todo o mundo.  

Isto me traz à reflexão... Será com a pureza da alma que algumas autoridades locais, estejam impondo o "confinamento social" à população, visando o "bem estar" da dela ou estão usando para fins de marcar suas posições políticas?

"Isolamento social" não passa de um "confinamento político".

Ossami Sakamori





terça-feira, 14 de abril de 2020

Coronavírus para o povo: Oh !


Atrás da pandemia de "coronavírus" que tem causado muitas vítimas fatais e tem exposto a fragilidade do Sistema de Saúde no País, os políticos, de modo genérico, vem se engalfinhando para ampliar o seu "espaço político" aproveitando-se do pânico que se instalou no mundo e particularmente no Brasil.   O fenômeno não é diferente em qualquer país do mundo.  O "coronavírus" virou instrumento para ocupação do espaço de exposição na mídia, sobretudo para promoção pessoal. O "coronavírus" não é mais epidemia, mas uma "pandemia" política em toda parte do mundo.

No imbróglio de uma possível demissão do ministro da Saúde, Henrique Mandetta, o assunto se tornou o mais evidente no centro de poder do Brasil.  O assunto da demissão ou renúncia do ministro se tornou o mais importante agenda do Palácio do Planalto do que a própria epidemia "coronavírus".   O presidente da República não quer demitir o ministro da Saúde para torná-lo "vítima de injustiça".   O Henrique Mandetta não quer se demitir para assumir não sair como um "vencido" na disputa política.   O presidente da República tem à vista, a sua reeleição em 2022 e o ministro da Saúde tem pretensão de ser governador do estado de Mato Grosso do Sul.  

Enquanto isso, o Sistema de Saúde Pública do País, incluído o SUS e Sistema Complementar, não tem estrutura para atender a demanda que ainda está por vir.  O Brasil tem 30.000 leitos de UTIs e dentre estes, 12.000 UTIs destinados à epidemia "coronavírus".   Considerado o prazo médio de internação em cerca de 12 dias, o número de UTIs disponíveis em todo o território nacional é de apenas 1.000 leitos.   O sistema de saúde na cidade de Manaus já entrou em colapso.  Deverá entrar em colapso no curto prazo, o sistema de saúde de Fortaleza, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife são os próximos a entrar em colapso.

A tal "curva de incidência" utilizada como padrão recomendada pela OMC é uma curva que lembra uma "montanha".  O "isolamento social" ou o "confinamento horizontal" como queiram denominar serve, segundo a OMC, para "suavizar" o "pico da montanha".   Segundo a crença dos técnicos dos ministérios de saúde de todo o mundo, sem os "isolamento social" ou o "confinamento social", o "pico da montanha" ficaria como um "pico do Everest", pontiagudo e o sistema de saúde entraria em colapso.   Isto tudo é uma "tese científica".  No entanto, ninguém está sabe que tipo de curva da incidência ocorrerá nos países tropicais como o Brasil.  No momento, tudo, não passa de hipóteses.

Enquanto os políticos e os partidos políticos "se engalfinham", a saúde da população acaba ficando no segundo plano.  Para a população "confinado" em "curral eleitoral", um verdadeiro "chiqueirinho", resta se contentar com o "resto de comida" que lhe são oferecido.   

Coronavírus para o povo: Oh !


Ossami Sakamori

segunda-feira, 13 de abril de 2020

O pior da "coronavírus" está por vir !


O presidente Jair Bolsonaro disse, nesse domingo, que o País precisa ser informado sobre o que "realmente acontece", sem pânico.  Completou: "O País precisa ser informado do que realmente está acontecendo, através de mensagens de conforto, cada um se preparar para a realidade".  Por outro lado, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, continua a afirmar que ele segue o "critério científico" emanado pela Organização Mundial da Saúde.  Ambos tem razão, conforme visão "parcial" de cada um sobre a pandemia "coronavírus".  

O ministro Mandetta, na sua última fala, prevê o "pico de incidência" do "coronavírus" no mês de maio.   O ministro da Saúde deve estar prevendo a "curva" mais suave e controlada (sic).  Dá-se a impressão de que ambos, o presidente da República e o ministro da Saúde, tenham faltados à aula de "geografia".  O pico da epidemia "coronavírus" no Brasil virá no "inverno" do hemisfério sul. 

Na minha constatação, olhando pelo lado da "evidência científica", a epidemia se alastrou nos países que se situam no hemisfério norte, acima do paralelo 30 Norte, exatamente no inverno, apesar de "confinamento total" ou "lockdown".  Os Estados Unidos, onde a pandemia "pegou pesado" está a entrar na curva declinante, agora, somente na saída do inverno.  Na Itália e Espanha, onde a pandemia disseminou rapidamente, apesar das medidas radicais, a "curva de incidência" apenas entrou no patamar de estabilidade, na entrada do outono, resistindo ainda no patamar alto de "fatalidade".

A constatação científica é de o vírus, Covid-19, não resiste às altas temperaturas.  No ditado popular: o "coronavírus" não gosta do calor.  A "evidência científica" mostra que, no momento, verão no hemisfério sul, a incidência da epidemia vem "pegando de leve", comparativamente aos países do hemisfério norte.  A menor incidência no Brasil é menor do que países do hemisfério norte, porque estamos de saída do verão e na entrada de outono, nem tanto pelo "isolamento social", como querem demonstrar o ministro da Saúde, Henrique Mandetta.

Ao contrário do que afirma o ministro da Saúde, o "pico de incidência" da epidemia "coronavírus" deve ocorrer não no mês de maio, mas entre os meses de junho a agosto, ou seja no "inverno" no hemisfério sul.  O colapso do sistema de saúde é previsível sob "ponto de vista científico", no "pico" que está ainda longe de acontecer.   Ciência não é somente "Medicina".  Geografia e Estatística, junto com a Medicina, deveriam fazer parte das constatações "científicas".

O pior da epidemia "coronavírus" está por vir, infelizmente.

Ossami Sakamori





domingo, 12 de abril de 2020

O Sistema de Saúde está em colapso


Faz pouco mais de um mês que escrevi a primeira matéria sobre a epidemia do coronavírus no País, sob o título O efeito coronavírus será devastador para o Brasil .  Não, não sou da área médica, ao contrário, sou da área de ciências exatas.  Motivo pelo qual enxergo a pandemia "coronavírus" pelo lado das "ciências exatas".  Não tenho nenhuma crítica a fazer ao ministro Henrique Mandetta, no terreno pessoal ou profissional, pois nem o conheço pessoalmente para fazê-lo.  Só sei que o ministro da Saúde está usando o "holofote" da grande imprensa para se tentar ser um "herói nacional", escondendo as mazelas do sistema de saúde pública no País.  

O fato é que o ministro Mandetta tenta "mitigar" o efeito da pandemia do "coronavírus" no País, com a tal "recomendação científica" da Organização Mundial da Saúde, um organismo da ONU.  A OMC recomenda o "confinamento total" para evitar a proliferação da epidemia.   Assim, fez os Estados Unidos e assim fazem os países como França, Espanha e Inglaterra.  Os Estados Unidos, na maioria dos estados da Federação, adotam o "lockdown", que nada mais é do que "confinamento total".   O ministro recomenda o "isolamento social" que é um "confinamento seletivo", uma nova interpretação do "confinamento vertical".   Isto nada tem a ver com o "lockdown".   O "confinamento social" é uma versão brasileira do "confinamento horizontal".   
Deixando de lado a discussão sobre as nomenclaturas e do pensamento do ministro da Saúde, Henrique Mandetta" sobre a "recomendações científicas" da OMC, o fato concreto é que o SUS e Sistema Complementar de Saúde não tem estrutura para atender a demanda prevista para os pacientes da epidemia "coronavírus".  O Brasil possui cerca de 30.000 leitos de UTIs em todo território nacional.  Dentre destes leitos hospitalares, segundo o próprio Ministério da Saúde, cerca de 12.000 UTIs estarão disponíveis para os pacientes do "coronavírus".   

O número de UTIs no Brasil são insuficientes para atender os pacientes com gravidade do "coronavírus".   O número absoluto de UTIs pode parecer elevado: 12.000 UTIs.  No entanto, a conta não é simples assim.   Cada paciente do "coronavírus" ocupam entre 10 a 14 dias na UTI.  Sendo assim, o número de leitos disponíveis para pacientes do "coronavírus" é de apenas 1.000 leitos.   O Brasil já tem na "estatística" preocupante: mais de 10.000 pacientes com coronavírus e mais de 1.000 vítimas fatais decorrentes do "coronavírus".  

Repito: O Brasil tem disponível pouco mais de 1.000 leitos de UTIs, insuficientes para atender a demanda no "pico", seja ele da "curva horizontal" ou da "curva vertical".   

O sistema de saúde de Manaus já entrou em "colapso".  O próximo sistema a "entrar em colapso" é o da Fortaleza, segundo a grande imprensa.  Bruno Covas, prefeito de São Paulo, não dorme mais.   O prefeito e o secretário da Saúde da maior cidade do Brasil preveem o iminente "colapso" no atendimento em UTIs.  O "isolamento social" decretado pelo governador João Dória, não está produzindo o efeito desejado.   Com o sistema de saúde "em colapso", os profissionais da saúde, terão que "decidir" pelos pacientes que ficarão sem o atendimento em UTI.   Certamente, os pacientes acima de 60 anos com doenças antecedentes serão os "escolhidos" para ficarem apenas e tão somente na mão de Deus.

Na contramão, a boa evidência é de que a incidência na epidemia "coronavírus" proliferam em menor intensidade nos países tropicais.  Está provado "cientificamente" de que o "coronavírus" não resiste (não gosta) de ambiente de calor.

O Sistema de Saúde no Brasil etá entrando em uma nova fase, a do colapso para atendimento ao "coronavírus".  

Ossami Sakamori




   

sábado, 11 de abril de 2020

As meias verdades do ministro Mandetta


Tudo que o ministro da Saúde, Henrique Mandetta diz é meia verdade.  Ele dá a entender que através do "isolamento social", o Brasil controlará a pandemia do "coronavírus".  Não há "evidência científica" de que o "coronavírus" transmite apenas de pessoa para pessoa.   Os Estados Unidos que é país mais rico do mundo, com 25% do PIB mundial, impôs à sua população "isolamento total" ou "lockdown", mesmo assim não tem colhido resultados esperados.  Há vítimas fatais diários de mais de 1.000 doentes nos Estados Unidos, mais do que o número de mortes decorrentes do "coronavírus" no Brasil, hoje.

A minha "constatação científica" é de que o número de mortes no Brasil, proporcionalmente à população é menor do que países do hemisfério norte pela evidência de que a maior parte do território nacional encontra-se na região tropical (entre paralelo 30º Norte e paralelo 30º Sul.  O "coronavírus" tem proliferação menor num ambiente tropical própria natureza do vírus que prolifera mais facilmente num ambiente frio.  A má notícia é de que o Brasil está no outono e em breve vai entrar no inverno, ambiente propício para proliferação do "coronavírus".  

O ministro Mandetta tenta a todo custo, com o "isolamento social", empurrar o "pico" da incidência do "coronavírus" para frente, não por "recomendação científica", mas por absoluta falta de estrutura de atendimento no Sistema de Saúde.   Henrique Mandetta, sabe muito bem que se houver o "pico" do "coronavírus" em breve, o Sistema Único de Saúde, não está preparado para atender toda a demanda.  No momento, o Ministério de Saúde nem tem os EPIs - Equipamentos de Proteção Individual para os profissionais de saúde, muito menos número de UTIs suficientes. 

A "evidência científica" do ministro Mandetta, mostra que o Sistema de Saúde no País, não tem leito de UTIs suficientes para atender a demanda do "coronavírus", no seu "pico".  O Brasil tem 30.000 leitos de UTIs e deste total 12.000 leitos de UTIs "reservados" para "coronavírus".   Se considerar que a média de internamento em UTI para os doentes do "coronavírus" é de cerca de 12 dias, o número de leitos destinados para os pacientes desta epidemia, em todo o Brasil, é cerca de 1.000 UTIs.   O Brasil não suporta número de pacientes do "coronavírus" acima de 1.000, o que é insuficiente para uma pandemia.  

Assim sendo, a "evidência científica" do ministro da Saúde Mandetta, de impor "isolamento social" a qualquer custo, tem o "pano de fundo", a falta de leitos hospitalares suficientes para atender a demanda acima do "pico científico" de 1.000 doentes nas UTIs.  Na "ciência da estatística e da matemática, quanto mais achatada a "curva da demanda", mais prolongado será o período de incidência do "coronavírus".  A esta constatação "científica", soma-se ao fato de que no hemisfério sul, o período de frio está por vir.  Infelizmente, até lá, os doentes no Brasil serão apenas objetos de "disputas políticas partidárias", tal qual gado no "confinamento" esperando o dia do abate.   

Assim, podemos afirmar que a epidemia do "coronavírus" só vai deixar o País à partir de agosto, na melhor das hipóteses.   Isto é "evidência científica", de um engenheiro.


Ossami Sakamori




quinta-feira, 9 de abril de 2020

Bolsonaro é um "messias" no deserto da insensatez



O "isolamento social" está em alta no Brasil, impulsionado pelas "informações científicas", presumidamente como a única verdade.   O ministro da Henrique Mandetta está em alta na contramão da popularidade do presidente da República Jair Bolsonaro.  A diferença é que o ministro da Saúde se expõe à mídia, aproveitando da apresentação diária do relatório diário da evolução da epidemia "coronavírus" no País como que o dono da única verdade.   A diferença é que o presidente se apresenta ao público com suas declarações "toscas", que levam à interpretações diversas, ao sabor da grande imprensa, órfãos das verbas publicitárias do governo federal.  A batalha é desigual e, no momento, está desfavorável ao presidente Bolsonaro.

No Estadão de hoje, traz relatório do Carlos Zarlenga, presidente da GM no Brasil, sobre a situação econômica das montadoras de veículos automotores como um todo, relatando o outro lado da face do "isolamento social" e os reflexos que isto causa à cadeia produtiva da indústria, o "carro chefe" do setor industria no País.  Vamos lembrar, também, que a indústria automobilística foi o responsável pelo início do ciclo de industrialização do Brasil.   A palavra dele vale como a palavra do setor industrial do País.

Diz o Carlos Zarlenga para o Estadão, que a parada na produção não é maior problema neste momento e que o mais preocupante é a situação de caixa da indústria.  Diz o presidente da GM, que a indústria tem caixa para duas a seis semanas, dependendo do porte, se referindo a cadeia produtiva do setor.  O problema da liquidez pode quebrar a cadeia de pagamentos e se a cadeia de pagamentos para, há um grande risco de insolvência num período muito curto. Completou o Carlos Zarlenga que está a falar de "dias" e não de "meses" para a cadeia produtiva do setor começar quebrar.  

Tomei como exemplo, a cadeia produtiva da indústria automotiva por se tratar de "ícone" do setor industrial no País.  Ainda, aproveitando o gancho do presidente da GM: "Não tem empresa que resista a um período longo sem venda".  Pode ser grande, média ou pequena, nenhuma empresa resiste ao período longo de "isolamento social" como querem os governadores de muitos estados.   Receio que o presidente Bolsonaro, na sua maneira tosca de se comunicar, ele tenha razão ao contrapor ao "isolamento social", na forma como está sendo implementado pelos governadores dos estados.   

Presidente Jair Bolsonaro, no momento, é voto vencido na defesa da liberação gradual do "isolamento social".  Jair Bolsonaro é um "messias" a fazer discurso no "deserto da insensatez", povoado que está de abutres "oportunistas". 

Ossami Sakamori