Escrevi, ontem, de que o "rombo fiscal" ou o "déficit primário" de 2020, vai bater R$ 500 bilhões e que o endividamento líquido do Tesouro Nacional vai estar próximo de R$ 5 trilhões. Na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020 previa "déficit primário" ou o "rombo fiscal" de R$ 120 bilhões. A diferença de até R$ 380 bilhões é a "espuma" que está sendo debitado ao "Orçamento de Guerra", que oficializa o "rombo fiscal" além daquele previsto na LDO de 2020.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, brigou com o ministro do Desenvolvimento Regional, Paulo Marinho, seu "braço direito" na aprovação da Reforma da Previdência, por ter ele e o ministro Braga Ramos lançado o plano "Pró Brasil", sem consultá-lo. Isto é mais uma questão "vaidade" do que questão de raiz. Enfim, as obras previstas no plano "Pró Brasil", um investimento público de R$ 27 bilhões, foram incluídas no "Orçamento de Guerra" do Paulo Guedes, agora com a "chancela" do ministro da Economia. Vamos lembar que o "rombo fiscal" proveniente de diversos programas "chancelados" pelo Paulo Guedes está estimado, pelo próprio seu Secretário de Tesouro, em R$ 380 bilhões.
Uma parte do "rombo fiscal" proveniente do "Orçamento de Guerra" do ministro Paulo Guedes é aquele proveniente do "Auxílio Emergencial de R$ 600" que irá consumir cerca de R$ 90 bilhões. Outro "rombo fiscal" importante é constituído de "socorro aos estados e municípios", ao redor de R$ 90 bilhões. Inclui no "rombo fiscal", também, o socorro às micro e pequenas empresas. Inclui também no "rombo fiscal" ajuda às grandes empresas, como montadoras de automóveis. E, finalmente, uma "reserva de contingência" destinado ao Ministério da Saúde, para combate à epidemia "coronavírus", num montante inicial de R$ 15 bilhões.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi contra os investimentos em obras públicas no montante de R$ 27 bilhões previsto no plano Pró Brasil, com argumento do "equilíbrio fiscal". Nada disso é verdade: O "rombo fiscal" do ano de 2020 previsto em R$ 120 bilhões está passando para R$ 500 bilhões, conforme Secretário do Tesouro. No fundo, no fundo, a estrela Paulo Guedes não quer ver "nenhuma constelação" atrapalhando o seu brilho. A verdade seja dita: O ministro da Economia é tão vaidoso quanto o seu chefe.
A vaidade pode derrubar o Paulo Guedes!
Ossami Sakamori