sexta-feira, 31 de julho de 2020

Brasil está bombando em dívida pública!


Lá vou eu, mais uma vez, tratar de um tema que nem mesmos os CEO de grandes corporações tem "fígado" para ficar discutindo e analisando.  Falo do desempenho das contas públicas, que envolvem o Tesouro Nacional, a Previdência Social e o Banco Central, que somado dá "governo federal".  O governo federal apresentou "déficit primário" ou o "rombo fiscal" de R$ 417 bilhões no primeiro semestre deste ano.  O resultado é pior em mais de 20 anos.  

Segundo o Ministério da Economia, somente em junho, o "rombo fiscal" foi de R$ 194 bilhões, ante o rombo de R$ 11 bilhões no ano passado.   A deterioração no resultado das contas do Tesouro Nacional, segundo o Ministério da Economia, é explicada pelo aumento das despesas e piora arrecadação em função da pandemia "coronavírus".  Também, contribuiu, segundo o Ministério da Economia, o diferimento de tributos no primeiro semestre e que a expectativa é de reversão ao longo do segundo semestre de 2020.   

Considerando que o "rombo fiscal" decorreu devido ao efeito pandemia, que deu início na segunda quinzena de março e considerando que a epidemia "coronavírus" persiste com a mesma intensidade, ainda nesse mês de julho, é de prever que o "déficit primário", o dinheiro que falta para pagar as contas do ano, deverá ocorrer na mesma intensidade dos últimos três meses.   O governo federal fala em "déficit primário" ao redor de R$ 800 bilhões e eu insisto e afirmo que o "rombo fiscal" de 2020, não deverá ser inferior que R$ 1 trilhão.  

Como se sabe, o "rombo fiscal" é coberto pelo governo federal vendendo os títulos do Tesouro Nacional.  O governo federal não consegue pagar a sua dívida pública, nem mesmo a taxa Selic, 3,25% ao ano, a mais baixa dos últimos 20 anos.  O governo federal está como aquele cidadão que tem dívida no banco e não consegue pagar, então, vai "rolando" a impagável dívida, com esperança de que um dia, quem sabe, se Deus ajudar, possa pagar parceladamente.  Ah!  Esqueci de contar.  Os juros da dívida pública líquida, hoje, incide sobre a dívida líquida ao redor de R$ 5 trilhões, e nem entram na conta do "déficit primário". 

Fico triste ver muitos servidores públicos, da área econômica dizer que o Brasil está "bombando".   No que será que estamos bombando?  O Brasil se comporta como um "novo rico", gastando o que não tem, tudo "por conta" do futuro.  Estamos é "bombando" de vergonha, creio eu.

Ossami Sakamori


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Banco Central solta cédula de R$ 200 !


O Banco Central anunciou o lançamento de uma nova cédula, a de R$ 200,00.  A nova nota ou a nova cédula deverá entrar em circulação no final do mês de agosto. O desenho final ainda não está disponível para o público, mas já foi anunciado que a nova cédula vai homenagear o lobo guará, um felino tipicamente brasileiro, que vive nos cerrados brasileiros.   Seja como for, a aparência do lobo guará lembra mais um guapeca, um cachorro de rua, do que um imponente animal selvagem.  Espero que o lobo guará... ops!  Espero que a nova cédula não traga de volta a famigerada inflação, vivida antes da edição do Plano Real pelo presidente Itamar Franco, através da Medida Provisória 434 de 27 de fevereiro de 1994. Certamente, nesse período houve a desvalorização da moeda que merecesse uma nova cédula.  Nada contra.

O principal motivo é que, de fevereiro a junho, o Papel Moeda em Poder do Público saltou de R$ 210 bilhões para R$ 270 bilhões, segundo Banco Central.  Acreditam os técnicos do BC que o aumento da circulação do papel moeda tenha sido provocado pelo pagamento de "Auxílio emergencial" em dinheiro vivo pela Caixa Econômica Federal.  A grande maioria dos beneficiários do "Auxílio emergencial" sequer tinha conta bancária.   Grosso modo, está em circulação a moeda física do Real mais de R$ 60 bilhões comparado com o início do ano.  

Nós já estamos cansados de saber que, a circulação de moeda física, provoca inflação.  Inflação é um fenômeno pouco explicável na teoria macroeconômica.  Um dos sinais da volta da inflação, pelo menos para os beneficiários do "Auxílio emergencial", é a alta dos preços generalizados dos gêneros de primeira necessidade.  Como isto vai influir no cálculo da inflação dos meses subsequentes ao período considerado pelo BC é um exercício de futurologia.  Sabemos apenas que há indícios da volta da inflação apesar da demanda reprimida devido a pandemia "coronavírus".

Contaram-me que o lobo guará é um animal traiçoeiro, que vem atacar o galinheiro do sitiante, na calada da noite.  Espero, sinceramente, que a nova cédula de R$ 200,00 não provoque efeitos indesejados pela população que é a volta da inflação.

Ossami Sakamori





 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Ação pró-Brasil, já!


O programa Pró-Brasil lançado pelos ministros Braga Neto, Tarcísio Gomes de Freitas e Rogério Marinho, no dia 20 de abril, sem a presença do ministro da Economia, Paulo Guedes, está mais próximo de se naufragar.  Há um tiroteio intenso e generalizado entre a equipe econômica e os ministérios fins como da Infraestrutura e Desenvolvimento Regional.  Paulo Guedes é contra o plano Pró-Brasil.  É por esse motivo é que apresentei ao governo federal, um plano denominado de "Ação pró-Brasil", um "Plano de saída" para depressão econômica que estamos a viver, grande parte, devido a pandemia "coronavírus".  

O principal defeito do Pró-Brasil do ministro Braga Neto foi de não detalhar as fontes de financiamentos para o programa de investimento em infraestrutura e desenvolvimento regional previsto no programa.  Uma questão de vaidade, a de autoria do Plano tem sido, o principal entrave para o Pró-Brasil sair do papel.   Paulo Guedes não quer tutelar um Plano que não é conduzido por ele próprio.  Ele quer marcar a sua passagem pelo governo, como "salvador da pátria" ou "mago da economia".  Vaidade do ministro Paulo Guedes está acima do interesse do País. 

"O programa Pró-Brasil, do Braga Neto, já foi alvo de intrigas no governo. Ele foi idealizado em um primeiro momento pelos ministros Braga Netto (Casa Civil), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), deixando a equipe econômica de fora. O ministro Paulo Guedes, na reunião ministerial do dia 22 de abril, disse que o governo Bolsonaro iria terminar igual ao governo Dilma Rousseff caso optasse somente por incentivar a retomada via obras públicas.  A questão não é colocar o Pró-Brasil como prioridade ou não.  O principal entrave para o Pró-Brasil é a vaidade do ministro Paulo Guedes, que não foi chamado para ser o protagonista do Plano.

Disse o Paulo Guedes, que a retomada do crescimento vem pelos investimentos privados, pelo turismo, pela abertura da economia e pelas reformas.  Segundo Paulo Guedes, o caminho "desenvolvimentista" (sic) foi seguido e o Brasil quebrou.  Completou, o ministro da Economia, de que a política foi corrompida, e economia estagnou através do excesso de gastos públicos.  No entanto, digo eu, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é autor e defensor do "Renda Brasil", um programa assistencialista aos moldes do Bolsa Família, com gastos ao redor de R$ 250 bilhões ao ano.  Quem diria, o ministro Paulo Guedes, defensor intransigente da teoria liberal desenvolvida na Universidade de Chicago enveredar-se ao estilo "neoliberal" do professor britânico John Keynes.  À essa altura quem deve estar rindo à toa é o ex-presidente Lula, que se soubesse disso, teria convidado Guedes para ser o seu ministro da Economia. 

É por esse motivo, em confronto com a ideia do ministro Paulo Guedes, e à favor do ministro Braga Neto, é que apresentei aos ministros lotados no Palácio do Planalto, um plano denominado de "Ação pró-Brasil", cujo objetivo é fazer investimento em obras públicas num montante de R$ 1 trilhão no biênio 2021/2022, com o objetivo de transformar o País num "canteiro de obras", com criações de até 5 milhões de empregos diretos.   Em macroeconomia, sabe-se que para tirar qualquer país de uma recessão profunda, só tem uma saída, investimento do Estado na economia.  Foi assim com o programa de investimentos em obras públicas do presidente Roosevelt para tirar os Estados Unidos da depressão de 1929 e foi assim, também, o Plano Marshall, um programa de ajuda econômica dos Estados Undos aos países da Europa Ocidental, destruído que estava pela II Guerra Mundial.

Uma depressão econômica, projetada pelos organismos de fomento econômico, ao redor de 10% do PIB, devido a pandemia "coronavírus" e considerando, ainda, que a economia brasileira está "quase parando", desde 2015, não tem solução mágica para mudar a situação.  Não será a "Renda Brasil" e nem os subsídios generalizados, num gasto público estimado pelo próprio governo em R$ 800 bilhões, somente para o ano de 2020, tirará o País do "buraco" que se meteu.   O plano "Ação pró-Brasil" prevê um investimento de R$ 1 trilhão no biênio 2021/2022 e criará cerca de 5 milhões de novos empregos, sem delongas.

A briga dentro do mesmo "chiqueirinho" é motivo para o atraso que o Brasil se encontra, apesar da vontade de mudança do presidente da República.  

Ação pró-Brasil, já!

Ossami Sakamori

terça-feira, 28 de julho de 2020

Brasil está a precisar de um plano "Ação pró Brasil".



Infelizmente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem conseguido implementar medidas econômicas eficazes para tirar o Brasil do "atoleiro" que se meteu desde 2015.  De lá para cá, o País teve uma a queda do PIB e uma sequência de desempenho que nem sequer acompanhou o crescimento populacional.   Para piorar a situação, o País e o mundo foi pego de surpresa com a pandemia "coronavírus", que deixou a economia global em "frangalhos".  Paulo Guedes já abandonou a "teoria liberal", enfaticamente defendida à época da campanha presidencial de 2018 e enveredou por caminho "perigoso" da política econômica voltada ao assistencialismo, tão criticada por ele próprio em 2018. 

No ano de 2019, a gestão do ministro Paulo Guedes foi marcada pela aprovação da reforma da previdência.  Com muito custo, sem uma base de apoio político sólido, aprovou-se a reforma da previdência que trará ao País uma economia de R$ 1,2 trilhão ao longo dos 10 anos.  Sem as demais reformas prometidas: o pacto federativo, a reforma tributária e desoneração da folha de pagamento, o Brasil não tomou o rumo do crescimento econômico.   Para piorar a situação, no mês de março deste ano, veio a pandemia da "coronavírus" e o ministro Paulo Guedes teve que editar medidas para socorrer as empresas e lançar um programa de "Auxílio emergencial" para os trabalhadores informais.  O custo destas medidas, segundo o Ministério da Economia é de R$ 800 bilhões e segundo minha conta será de R$ 1 trilhão.

Os Estados Unidos, neste mesmo período, já flexibilizou US$ 2 trilhões até a data de hoje e o presidente Trump anunciou ontem mais uma ajuda de US$ 1 trilhão.  É uma bagatela de dinheiro que corresponde, no total equivalente a "grosso modo", cerca de R$ 15,6 trilhões de reais, na cotação do dólar no dia de ontem.  Comparativamente, a população brasileira que é cerca de 210 milhões e a americana ao redor de 350 milhões de habitantes, as medidas emergencial deles nem se compara ao nosso.  O maior problema da destinação da verba para pandemia no Brasil é que ela gera o "déficit primário" ou o "rombo fiscal".  No Brasil, as despesas citadas estão sendo pagas com comprometimento na dívida do Tesouro Nacional.  

O presidente da República tem queixado das vagas de trabalhos que estão fechando, apesar do esforço para minorar o problema.  O presidente da República tem toda razão.   O ministro Paulo Guedes, não conseguiu apresentar ao presidente da República, um "Plano de saída" para as empresas se recomporem, após a pandemia "coronavírus".  A única novidade é a criação do programa de assistência aos trabalhadores informais denominado de "Renda Brasil", que será paga com a "nova CPMF", segundo o esboço de ideia da reforma tributária, que onera mais uma vez o contribuinte.

Este que escreve, apresentou aos ministros militares lotados no Palácio do Planalto, um plano denominado "Ação pró Brasil", um conjunto de investimentos em obras emergenciais, que criariam novos empregos e ao mesmo tempo trariam o tão desejado desenvolvimento ao Pais.  No plano "Ação pró Brasil", o País de amanhã, viraria um verdadeiro "canteiro de obras" com milhares de empregos formais.  Enfim, o Brasil voltaria ter a cara de um país pujante, como que já experimentou em décadas passadas.   

Brasil está a precisar de um plano "Ação pró Brasil".

Ossami Sakamori 

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Haverá aumento da carga tributária no Brasil


Por mais que tentem demonstrar que o governo do presidente Bolsonaro tem viés ideológico da direita, com falso dilema, de um governo com opção declaradamente evangélica, o seu ministro da Economia, Paulo Guedes, está desviando cada vez mais, da economia liberal como prometera na campanha eleitoral. O ministro  Paulo Guedes abandonou o seu discurso inicial e envereda agora para o caminho do "neoliberalismo" da esquerda, que está deixando até o Lula e a Dilma envergonhados de terem avançado menos, nas suas teorias macroeconômicos de esquerda.

O ministro Paulo Guedes quer tirar o Brasil da profunda depressão que já se entrava, sem aplicar a teoria liberal ao estilo do professor Milton Friedmann da Universidade de Chicago e envereda para um perigoso caminho, sem volta, do assistencialismo com um programa "carro chefe", o "Renda Brasil".  Renda Brasil foi proposta de um programa de transferência de renda preconizada pelo Eduardo Suplicy, PT/SP, que nem Lula e nem Dilma ousaram em implementá-lo, devido a alto custo.   O programa Renda Brasil deverá custar aos cofres da União, mais do que saúde pública, educação e segurança pública, individualmente.  O custo do Renda Brasil será ao redor de R$ 250 bilhões/ano.  Vamos lembar que o Bolsa Família tem orçamento de cerca de R$ 35 bilhões/ano.

Ministro Paulo Guedes tenta aprovar a "reforma tributária" com a criação de IVA federal, um conjunto de medidas para simplificar a apuração do tributo, para fechar portas para a sonegação.  Ao mesmo tempo, quer ressuscitar a "nova CPMF" para financiar a "desoneração de folha de pagamento" e o maior programa de redistribuição de renda do mundo, denominado de "Renda Brasil".  Como não tem almoço grátis, haverá aumento da carga tributária ao redor de 10% sobre gravames atuais.  

Não sei se tem alguma relação com a mudança na direção da política econômica, mas muitos da equipe econômica, engajados com a economia liberal, estão deixando os cargos com alegações diversas.  A principal perda para o Ministério da Economia, é sem menor dúvida, a do economista do IPEA, Mansueto Almeida, que deixou a função de Secretário do Tesouro Nacional neste mês. 

Assim, podemos afirmar, sem nenhuma dúvida de que haverá aumento da carga tributária para as empresas e consequentemente, isto vai refletir no custo dos produtos ao nível de consumidor.   É matemática pura: 2 + 2 nunca dará 5.  

Ossami Sakamori

domingo, 26 de julho de 2020

As privatizações do Paulo Guedes

 

A principal bandeira do Paulo Guedes, ministro da Economia, a privatização das estatais, está com atraso de no mínimo 2 anos.  Os entraves burocráticos e as forças políticas contrárias às privatizações impedem que o processo ocorra com celeridade.  O espírito de "corpo" para manutenção das estruturas de "nomeações" nas diretorias das estatais tem sido o maior óbice para que as privatizações ocorram como quer o ministro da Economia.  A principal bandeira do Paulo Guedes que é a economia liberal ao estilo implementada pela Universidade de Chicago está longe de acontecer no curto prazo.

Segundo fontes, o governo trabalha com a possibilidade de privatizar 16 estatais até 2022, incluindo Correios, Eletrobras e Telebras.  Algumas destas privatizações necessitam de aprovação do Congresso Nacional.  Abaixo o cronograma básica elaborado pelo Ministério da Economia.


Segundo as fontes, o ministro Paulo Guedes está interessado em agilizar a venda dos Correios e a Eletrobras, consideradas as principais de cada setor.  

Tentar vender as estatais no meio da brutal recessão mundial é uma irresponsabilidade.  O valor das empresas no mercado financeiro ou nas principais bolsas mundiais estão sobejamente achatado em função da "depressão mundial" devido a pandemia "coronavírus".  Além de tudo, no meio de discussão sobre a reforma tributária, os investidores institucionais não colocariam as suas disponibilidades no meio da possibilidade de um aumento da carga tributária no País.

De qualquer forma, as privatizações são as luzes no final do túnel, no momento de "depressão" econômica que abate o País, desde 2015.   Não será o "charme" do ministro Paulo Guedes é que vai mudar a liberalização da economia no País.  Tem muito chão a percorrer, ainda!

Ossami Sakamori


sábado, 25 de julho de 2020

Brasil "não está" bombando


Enganam-se as pessoas que pensam que a crise econômica que abate o Brasil e o mundo está no fim.  A pandemia "coronavírus", ao contrário do que apregoava o então ministro da Saúde, Henrique Mandetta, está formando um "platô" na curva de incidência, com o número de vítimas fatais em mais de 85 mil.  Com a flexibilização do isolamento social, o número de  mortes poderá alcançar 150 mil até final do ano, infelizmente.

Infelizmente, a expansão da incidência da "coronavírus" vai colocar as principais atividades econômicas do País em profunda depressão, acompanhando a evolução da economia dos países do primeiro mundo.  Os nossos carros chefes da indústria, que sempre serviram de referência para indicar a atividade econômica do País, vão ficar em "compasso de espera", em níveis de 50% das suas capacidades produtivas,  pelo menos, até o final deste ano.  Mais de 1,3 milhão de pequenas empresas já fecharam as suas portas e esse número deverá subir para 2 milhões, o que corresponde a 50% das empresas do número total de empresas em atividades antes da pandemia "coronavírus".   

Até o mês de agosto, o "Auxílio emergencial" e diversas formas de "subsídio" para empresas grandes e pequenas, estarão garantido, mas não se sabe até quando o governo federal poderá socorrê-los.  O governo federal corre para tornar o "Auxílio emergencial" em um programa de "Renda Mínima" aos níveis de R$ 300,00 por mês.  Certamente, as grandes empresas pressionarão o governo para prorrogar os atuais subsídios até o final deste ano.  O governo federal, à toque de caixa, quer aprovar a reforma tributária para compensar a perda de arrecadação e manter os programas para as empresas e renda mínima para os trabalhadores informais.

O que está "segurando" a economia são os agronegócios, serviços essenciais e os gastos dos governos em todos os níveis.  Esses gastos representam cerca de 50% na formação do Produto Interno Bruto.  Assim, podemos concluir que o "recuo" do PIB do Brasil em 2020, será de 15%.  Esta situação se torna dramática, quando se soma à "paralisação" da economia do País desde 2015 até a chegada da pandemia "coronavírus".  

Recomenda-se à essa altura, aos empresários em geral, muita cautela ao planejar suas atividades, ao mínimo, até o final deste ano.  Desta forma, concluo que é absoluta mentira o que se apregoa em redes sociais de que o País está "bombando".  Ao contrário, o Brasil se encontra numa situação, no mínimo, delicada. 

Ossami Sakamori




sexta-feira, 24 de julho de 2020

O pacotão do "trio parada dura"


A grande imprensa, sobretudo a televisiva, noticiou com destaque o "acordo" que teria sido feito entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente do Senado Davi Alcolumbre e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, sobre a tramitação do projeto de "reforma tributária" no Congresso Nacional.   Segundo destaque da imprensa, Paulo Guedes teria saído da reunião de entrega da primeira parte do projeto de "reforma tributária", com gesto de "v" de vitória.  As primeiras notícias é de que haverá simplificação do sistema tributário, mas com o aumento da "carga tributária".  Para os três, o aumento de carga tributária deve ser motivo de vitória.  

O que é que posso dizer sobre a "reforma tributária"?  De positivo, podemos dizer que haverá "simplificação" no sistema tributário, pelo menos  no âmbito federal, com criação de um IVA federal e desoneração da folha de pagamentos.  De negativo é que no resultado final, haverá aumento da carga tributária, que no Brasil, já é um dos mais altos do planeta.  Paulo Guedes quer, de qualquer maneira, a recriação da "CPMF", com nova denominação, para financiar um novo programa de redistribuição de renda, denominado de "Renda Brasil", de deixar envergonhado a esquerda brasileira.  

A simplificação do sistema tributário será bem-vinda. O cipoal de legislação existente no País, faz com que as empresários brasileiros percam muito tempo e dinheiro tentando com os recursos administrativos e judicial para enfrentar a perversa legislação tributária.  E do lado do governo federal, com criação do IVA federal e de uma "nova CPMF" quer eliminar o "déficit primário", persistente desde 2015. O governo federal vem, sistematicamente, burlando a Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, gastando mais do que arrecada.  É um desafio para o Paulo Guedes, eliminar o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" pós reforma tributária. 

A notícia ruim do momento é que o final do túnel da pior recessão econômica desde 1929 está longe de acabar.  Os principais órgãos de fomento internacional indicam que o Brasil deverá ter o recuo de 6% a 9% no  seu Produto Interno Bruto - PIB.  Na minha projeção, o Brasil verá recuo de 15% no PIB em 2020.  É resultado de matemática pura.  Infelizmente, para a nossa desgraça, ele se materializará.   

O segmento empresarial que mais sofre com a "recessão" é o dos pequenos e micro empresários.  Do total de 4 milhões de empresas de  pequeno porte, cerca de 2 milhões ou 50% do total, estarão com  as portas até o final do ano.  O ministro Paulo Guedes, o senador Davi Alcolumbre e o deputado Rodrigo Maia, não devem estar nem um pouco preocupados com a situação dos contribuintes, pois, os ganhos deles estão mais do que garantidos, com o nosso dinheiro.  

Do pacotão do "trio parada dura", coisa boa não deve sair!

Ossami Sakamori


quinta-feira, 23 de julho de 2020

Paulo Guedes é um ser irracional !


Ontem, dia 22, Banco Central do Brasil, Tesouro Nacional e Previdência Social anunciaram uma nova previsão do "déficit primário" no Orçamento Fiscal de 2020.  A nova situação do "rombo fiscal" é de R$ 800 bilhões, aproximando celeremente à minha previsão anunciada anteriormente em R$ 1 trilhão.  Da maneira como o governo vem gastando, sem nenhum freio, sempre colocando a culpa na pandemia "coronavírus", a minha nova previsão para o "rombo fiscal" de 2020 é de R$ 1,2 trilhão.  Será o maior "rombo fiscal" da história brasileira, dentro do Plano Real.  Tudo culpa da "coronavírus".  

Ainda assim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, é considerado o "mago da economia".  Por certo é porque faz muita "mágica" para tentar mostrar ao presidente da República que a economia está "bombando", apesar da pandemia "coronavírus".  O ministro Paulo Guedes, para agradar ao presidente da República, tem intensão de criar um novo programa assistencial, o "Renda Brasil", que nem mesmo o Lula e Dilma tiveram ousadia de implementar.  Somente o programa "Renda Brasil" deve ajudar no "rombo fiscal" em cerca de R$ 250 bilhões ao ano ou R$ 2,5 trilhões em 10 anos, equivalente ao dobro da economia que foi feita na "Reforma da Previdência".

O "déficit primário" é valor que falta para pagar as despesas do governo.  Em tempos normais, o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" provocam a famigerada inflação.  O Brasil viveu situação de hiperinflação, várias vezes, antes do Plano Real.  A inflação só não volta por falta de demanda.  No passado, para que os futuros governantes não ousasse pagar as contas com o endividamento público, em 2020, o governo FHC aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal, que obrigaria o governo federal a "gastar somente o que se arrecada".  Posteriormente o governo Temer editou a Lei do "teto dos gastos" que limita o gasto ao nível de despesas do ano de 2016.  Nenhuma dessas leis é observado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.  

Paulo Guedes, com a desculpa da pandemia "coronavírus", extrapola qualquer tipo de "racionalidade" e ainda pior, pretende criar um programa assistencial bilionário denominado de "Renda Brasil".  Fazer uma "boa figura" com o dinheiro do contribuinte é fácil para qualquer gestor público.  Os contribuintes que esperem a "conta" que virá na reforma tributária, especialmente com a "reedição" de uma "nova CPMF".  Não tem almoço grátis!   O contribuinte, como sempre, paga a conta da "irresponsabilidade fiscal" do ministro da Economia.  

Paulo Guedes é um ser irracional !

Ossami Sakamori




quarta-feira, 22 de julho de 2020

A reforma tributária do Paulo Guedes


Após um ano e meio de atraso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, encaminhou ao Congresso Nacional, o esboço da "Reforma tributária".  Nessa primeira etapa, ficou de fora o "novo pacto federativo" os impostos e contribuições no âmbito de estados e municípios.  O governo resolveu não comprar briga com os governadores e prefeitos, neste momento.  Na sequência, seguirá ao "crivo" do Congresso Nacional a criação da "nova CPMF", que poderá ter denominação de ITD - Imposto sobre Transações Digitais ou coisa semelhante.   No final das contas, vem o aumento de carga tributária, embutido.  

Nessa primeira etapa, está em discussão, apenas a unificação do PIS/Pasep - Programa de Integração Social/ Formação do Patrimônio do Servidor Público e da Cofins - Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social que serão unificados em IVA - Imposto sobre o valor agregado.   Segundo Paulo Guedes, o novo imposto terá alíquota única de 12%, não cumulativo, sendo que os bancos pagarão 5,8%, por considerar que eles não se apropriam de crédito tributário ao longo da cadeia de produção, ao contrário dos outros segmentos produtivos.  Entendi, perfeitamente o espírito da coisa. 

Ao que parece, para evitar maiores polêmicas, a "nova CPMF" deverá ser votada, apartada dessa primeira  fase, por se tratar de assuntos polêmicos como a "desoneração da folha de pagamento" e o novo programa "Renda Brasil", que englobaria o "Bolsa Família".  Apenas quero alertar os leitores deste, de que a alíquota da "nova CPMF" está longe de ser o noticiada 0,2%.  A alíquota em discussão no Ministério da Economia é de 2% sobre todas transações digitais ou eletrônicas.  Quem, efetivamente, vai aprovar o novo programa "Renda Brasil" e a forma de financiamento será o Congresso Nacional.   O programa "Renda Brasil" reúne  interesse, também, dos senadores e deputados pois se trata de um programa que "rende votos".  A conta do "novo cercadinho", invariavelmente, cairá no "colo" do contribuinte.  

Nos próximos dias, veremos embates acalorados sobre a criação do IVA e da "nova CPMF".  Vamos assistir, mais uma vez, como se fossemos cordeiros do "chiqueirinho", esperando tão somente a hora do abate.  Entenderam?


Ossami Sakamori 


terça-feira, 21 de julho de 2020

Brasil carece de uma Angela Merkel.


A União Europeia, nesta madrugada de terça-feira, dia 21, chegou ao consenso a um orçamento comum para os próximos 7 anos e o programa de reconstrução nacional pós "coronavírus", um pacote de mais de $ 1,8 trilhão de euros, equivalente a R$ 11 trilhões, mais do que o PIB brasileiro que anda por volta de R$ 7 trilhões.  O pacote constitui de um conjunto de "investimentos" e "empréstimos" para os países que fazem parte do bloco para reerguer do retrocesso e estagnação da economia do bloco europeu.   Infelizmente, no Brasil, nem mesmo o governo federal e as unidades da federação, conseguem se reunir numa mesma mesa para tratar do assunto em comum, que é a saída para a profunda crise econômica se abateu no País.  Ao invés disso, no meio da pandemia, o Palácio do Planalto, o STF e o Congresso Nacional, se engalfinham para ver quem manda mais.  

Ao contrário que acontece no Brasil, a União Européia, autoriza a Comissão Europeia, o Poder Executivo da UE, a fazer empréstimo em nome dos seus membros, "investimentos na retomada", no valor de $ 750 bilhões euros, equivalente a cerca de R$ 4,6 trilhões, valor maior que o PIB argentino, ao longo dos próximos 7 anos.  O empréstimo que se refere é para países que compõe a União Européia.  É como que um "Plano Marshall" para reconstrução da Europa ocidental. 

Por outro lado, o que se vê no Brasil são programas de "Auxílio emergencial" e diversas formas de "subsídios para grandes e médias empresas", via bancos de fomentos estatais.  Não se sabe exatamente quanto anda o valor, mas estima-se que o número deverá atingir cerca de R$ 500 bilhões.  No Brasil, há vagas declarações do ministro Paulo Guedes, sem precisar o número exato do "rombo fiscal", já que a LDO de 2020 já previa um "rombo" de R$ 124 bilhões.  O País está a enfrentar um outro desafio, a perda de arrecadação devido a desaceleração da economia devido a "coronavírus".

Nas diversas matérias anteriores a esta, venho insistindo que o ministro da Economia, Paulo Guedes apresente um "Plano de saída" detalhada para a crise econômica decorrente da "coronavírus".  Não há, até hoje, o "Plano de saída", senão uma vaga ideia de que haverá "desoneração da folha de pagamento" e um programa de assistência aos pobres, denominado de "Renda Brasil".  Para financiar ambos programas, estima-se um um comprometimento do Orçamento Fiscal em cerca de R$ 500 bilhões, deverá ser criada a "nova CPMF".  Eu disse, deverá.  Ambos assuntos, ainda precisam passar pelo "crivo" do Congresso Nacional.

Brasil carece de uma Angela Merkel.

Ossami Sakamori

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Paulo Guedes propõe o aumento da carga tributária


O ministro da Economia, Paulo Guedes, ameaça aumentar o "IVA federal" se a "nova CPMF" não passar no Congresso Nacional.  A "nova CPMF" ou ITE - Imposto de Transações Eletrônicas, de princípio, incidiria em todas formas de pagamentos, inclusive àquelas efetuadas pelas empresas de meios de pagamentos, que no momento, não pagam nenhum imposto.  O fato é que, se não houver a nova forma de cobrança de imposto, o Orçamento Fiscal da União não fecha, com a implementação do novo programa assistencial do governo federal, o Renda Brasil.

Não existe milagre na "macroeconomia". Se cria novas despesas, deverá criar novas fontes de financiamento.   Não existe almoço grátis!  A "nova CPMF" vai  cobrir a "desoneração da folha de pagamentos" e o novo programa Renda Brasil. O governo federal cria um conjunto de medidas que vai custar à União, cerca de R$ 500 bilhões ao ano ou R$ 5 trilhões em 10 anos.  A justifica é de que a "desoneração da folha de pagamentos" vai criar novos empregos.  Mentira!  O que impede o desenvolvimento do País é a complexidade da apuração dos impostos e a alta carga tributária, que hoje representa a cerca de 1/3 do PIB.  Atualmente, de cada 3 que o brasileiro gasta, 1 vai para os governos.  

A desoneração da folha de pagamento, de alguma forma dificulta a sonegação de contribuições que incide sobre a folha.   No entanto, a "desoneração" será substituído com a criação de uma nova contribuição, a "nova CPMF".  Assim, a "desoneração" é para "inglês" ver.  No final das contas, a carga tributária será o mesmo ou maior.  Isto, interessa ao governo federal que vai vender a imagem de que está criando estímulo para criação de novos empregos.  O ministro Paulo Guedes afirma que se não for criada "nova CPMF" haverá aumento da alíquota do novo IVA - Imposto sobre Valores Agregados.  Isto mostra a má fé nas propostas a serem discutido no Congresso Nacional à partir desta semana. 

Todo esse movimento, é para justificar a forma de financiamento do "Renda Brasil", que deverá substituir diversas formas de auxílios, incluído o Bolsa Família e o "Auxílio emergencial".  Somente o Renda Brasil vai custar ao País, cerca de R$ 2,5 trilhões em 10 anos, equivalente a duas vezes a economia que foi feito com a "Reforma da Previdência" no ano passado.  O ministro Paulo Guedes quer criar um novo "cercadinho" de eleitores, para garantir a "popularidade" do presidente da República.  A fórmula é "neoliberal" clássica. Paulo Guedes vende até a sua alma para garantir a reeleição do presidente da República em 2022.  

Uma coisa é certa, com ou sem "nova CPMF" virá o aumento da carga tributária, já para o próximo ano.

Ossami Sakamori

domingo, 19 de julho de 2020

1,3 milhão de empresas fecham as portas!


Segundo estimativa do IBGE, cerca de 1,3 milhões de empresas estavam paralisadas ou tinham fechado as portas em definitivo na primeira quinzena de junho.  Desse universo, segundo IBGE, 522 mil empresas, cerca de 39,4% atribuíram o movimento à pandemia "coronavírus".  O levantamento é da pesquisa Pulso Empresa, a primeira, que vai medir a cada 15 dias, o impacto da pandemia no setor  empresarial.  O instrumento, Pulso Empresa, servirá para aferir a evolução da economia do País.  

A pesquisa vai medir o desempenho do setor empresarial num universo de 4 milhões de empresas, estimada antes da pandemia "coronavírus".  O IBGE estima que dos 1,3 milhão de negócios interrompidos, 610 mil o fizeram temporariamente e 716 mil fecharam em definitivo, estes, porém, não têm condições ou planos de voltarem  após passar a fase da pandemia "coronavírus".  Desta forma, o País vai retomar à atividade normal, pós pandemia, com retração de 18% a menos de empresas de pequeno porte.

Do total de 610 mil empresas que interromperam as atividades, 99% eram empresas de pequeno porte, com menos de 49 empregados.  Curiosamente, são estas empresas que adotaram o caminho das demissões, apenas 34,4% seguiram o caminho das demissões.  Na prática, esses pequenos empresários que resistem às demissões, mas acabam por cortar parcela maior da folha ou mesmo fechar as portas.  O efeito da pandemia "coronavírus" é perverso, como em todos campos da atividade humana, os pequenos são os que sofrem o impacto da pandemia "coronavírus".  

1,3 milhão de empresas fecham as portas!

Ossami Sakamori






sábado, 18 de julho de 2020

O começo do fim da Oi Telecomunicações



A morte anunciada da Oi Móvel S.A. está próximo do seu desfecho, a TIM Participações, a Telefônica Brasil e a Claro Telecom Participações informaram nesta sexta-feira, dia 17 de julho, que, em reunião realizada pelos Conselhos de Administração das companhias aprovaram a apresentação em conjunto de oferta vinculante para aquisição de ativos móveis da empresa Oi S.A.  Obedecendo as normas da CVM - Comissão dos Valores Mobiliários,  o anúncio foi publicado na edição de hoje nos principais meios de comunicação do País.  É quase como que um "obituário" de uma única operadora de telefonia de capital nacional. 
  
Resumidamente, os ativos considerados na proposta que será apresentada para o grupo Oi Telecomunicações para ser levado a uma nova Assembleia Geral dos credores a ser realizada no dia 17 de agosto próximo, são : Os termos de autorização de radiofrequência; direito de uso de espaço em imóveis e torres; elementos de rede móvel de acesso ou de núcleo e sistemas/plataformas.  Segundo analistas do mercado financeiro, a TIM deverá fazer ficar com a maior fatia para equilibrar a concentração de espectro no Brasil entre as 3 operadoras remanescentes, todas de capital estrangeiro.  

É o início do fim da Oi Telecomunicações, que resultou da fusão entre Telemar e BR Telecom, ambos concessionárias de telefonia, que originaram do processo de privatização do sistema Telebras, ainda no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.  No governo Lula, a Oi Telecomunicações incorporou a empresa Portugal Telecom, hoje acionista minoritária, a Bratel.  A Oi Telecomunicações, em junho de 2016, pediu "Recuperação judicial" à Justiça do estado de Rio da Janeiro, cujo prazo terminaria em 20/1/2020.  Como era de se esperar, a "novela" Oi, não terminou ainda. 

Não conseguindo honrar com os compromissos previstos no Plano de Recuperação Judicial, a Oi pediu à Justiça do Rio de Janeiro, a prorrogação e realização de uma nova Assembléia Geral dos credores, no prazo de 120 dias.  A Assembléia Geral que refere as 3 operadoras é aquela concedida pelo Judiciário do Estado do Rio de Janeiro.  Após a aprovação da Assembléia Geral dos credores, há que esperar o pronunciamento da Juíza titular da 7ª Vara Empresarial da Comarca de Rio de Janeiro.  Muitos embates jurídicos poderão ou não ocorrer, até que a operação seja confirmada pelo Judiciário brasileiro e pela Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações.

De qualquer forma, é o triste começo do fim de uma única operadora de telecomunicações de capital nacional. 

Ossami Sakamori

quinta-feira, 16 de julho de 2020

A nova CPMF será uma realidade!

Crédito da imagem: UOL

A corda sempre arrebenta para o lado do mais fraco, isto é do lado do contribuinte e do lado do consumidor.  O ministro da Economia, Paulo Guedes, quer porque quer, "nem que a vaca tussa", o Imposto de Transação Eletrônica, nos moldes da "famigerada" CPMF.  Há cerca de duas semanas, escrevi matéria sobre o tema:  "Se preparem que vem a CPMF" . O novo imposto tem como finalidade principal, segundo a equipe do Ministério da Economia, para financiar a desoneração da folha de pagamento e um novo programa assistencial, o "Renda Brasil".  Se aprovado, o novo posto, o ITE, entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2021.  

A equipe econômica do Paulo Guedes estuda se o ITE - Imposto de Transação Eletrônica vai incidir em que tipo de operação financeira ou não.  Única dúvida que paira, se o novo imposto será cobrado por qualquer movimentação financeira como era na CPMF ou se o ITE será cobrado apenas sobre "pagamentos instantâneos", que entrará em vigor no próximo mês de novembro.  A ideia é tributar as movimentações informais do sistema de "meios de pagamentos", que atua fora do sistema formal da economia. 

Para leigo entender melhor, o ITE vai incidir sobre todas formas de pagamentos, via cartões de débitos ou créditos.  O ITE vai incidir sobre pagamentos de qualquer fatura de fornecedores, em forma de TED ou em forma de liquidação de boletos bancários.  O lado nocivo desta forma de imposto é o mesmo que acontecia na extinta CPMF, a cobrança do imposto em "cascata" ou "imposto sobre imposto".  Segundo a equipe econômica do Ministério da Economia, a alíquota deverá ser entre 2% a 4% sobre cada transação financeira.

O fato concreto é que o novo imposto, ITE, deverá cobrir parte da despesas previdenciárias provocado com a "desoneração da folha de pagamentos" e um novo programa de renda mínima "Renda Brasil".  As tais despesas, sem nenhum provisionamento de receita até que seja votado a nova "CPMF" ou o ITE, grosso modo, ascende a R$ 500 bilhões anuais.  Isto é volume de dinheiro que o novo imposto deverá arrecadar, sob pena de inviabilizar os novos programas do governo federal.  

Posto isto, o Imposto sobre Transações Eletrônicas, o ITE, igual a extinta CPMF, será uma realidade. 

Ossami Sakamori



quarta-feira, 15 de julho de 2020

Amazônia é nossa!

 Crédito da imagem: Greenpeace

Vi com muita preocupação uma "carta aberta" subscritos pelos empresários e ministros da área econômica de governos passados sobre a retomada do desenvolvimento econômico, pós pandemia "coronavírus".  A iniciativa parece de boa fé, mas cita expressamente, o desenvolvimento "sem desmatamento".  Uma clara referência ao desmatamento da região Amazônica.  A referida carta aberta veio à esteira de uma manifestação de investidores estrangeiros, sob mesmo teor.  Ambas iniciativas, coincidem com a discussão em paralelo, sobretudo pelos europeus, em transformar o bioma  Amazônica em "pulmão do mundo", com interferência direta na "soberania brasileira" sobre o território que contém o bioma Amazônica e o bioma do cerrado.   

O documento foi assinado por um grupo de empresários, entre eles, o Armínio Fraga, Nelson Barbosa, Joaquim Levy, Pedro Malan, Eduardo Guardia, Gustavo Krause, Luis Carlos Bresser Pereira, Maílson da Nóbrega, Marcílio Marques Moreira, Rubens Ricúpero e Zélia Cardoso de Melo, Ilan Goldfajn, Alexandre Tombini e Gustavo Loyola, após pressões dos investidores internacionais para transformar o bioma Amazônia em um "patrimônio da humanidade".  O documento, à primeira vista, é de natureza econômica, mas tem como "pano de fundo" a entrega do bioma Amazônica e do bioma cerrado para serem administrados pelos países do primeiro mundo, como que fossem seus.   Na prática, o Brasil perderia o "domínio" sobre os biomas citados, deixando à mercê dos estrangeiros a "política ambiental" sobre cerca de 2/3 do território brasileiro.  

Curiosamente, os signatários da carta aberta, em sua maioria compostos pelos importantes integrantes dos governos passados, sobretudo da "esquerda".  Pode ser pura coincidência, mas vejo na "carta aberta" o início de um movimento "orquestrado" pelos países do primeiro mundo que ao longo de séculos não fizeram os "deveres de casa" em seus próprios territórios. Por outro lado, o bioma florestal na União Européia está completamente exaurido.  E para seu desfavor, a União Européia é grande consumidor de combustíveis fósseis e de energia nuclear.  Preocupados que estão, os países europeus, pelo aquecimento global, quer a todo custo, transformar o bioma Amazônica como "pulmão do mundo" tornando-o verdadeiros "proprietários".  

Segundo Greenpeace, o desmatamento na Amazônia brasileira registrou um aumento de 13,7% entre agosto de 2017 a julho de 2018, uma área correspondente a 7.900 km², ínfimo em relação do total do bioma Amazônia que corresponde a cerca de 40% do todo território nacional ou equivalente a cerca de 3.400.000 Km², em sua maior parte composto de "terras devolutas" do governo federal.  De outro lado, o setor agropecuário brasileiro ocupa cerca de 2.500.000 km² em áreas totalmente fora do bioma Amazônica.  Para orgulho de todos brasileiros, a agropecuária brasileira, atende a todos requisitos ambientais e sanitários exigidos pelos consumidores do mundo global.  Brasil orgulha de apresentar o "selo verde" em seus produtos agropecuários.  

O País sofre do síndrome do cachorro magro, igual aquele que "abana o rabo" para ganhar o resto de "osso carcomido" tal qual faz os países da primeiro mundo em relação ao Brasil.   É exatamente o que fazem os nominados empresários brasileiros ao assinarem a "carta aberta" direcionados aos "agiotas" nacionais e internacionais.  

Amazônia é nossa!

Ossami Sakamori 

terça-feira, 14 de julho de 2020

O Plano de saída do Paulo Guedes







Enfim, o ministro da Economia, Paulo Guedes mostra a sua verdadeira "cara".  Guedes está longe de ser o defensor "ferrenho" da "economia liberal", esta defendida pelo professor Milton Friedman (31/7/1912 - 16/11/2006) da Chicago University, a teoria lembrado como referência às suas convicções na área macroeconômica.  Isto foi a "pegadinha" do ministro Paulo Guedes, para diferenciar e respaldar o então candidato à presidência da República, Jair Messias Bolsonaro do outro candidato à presidência do partido da esquerda.  

Seguindo orientação do presidente da República, Paulo Guedes, dará prioridade ao programa "Renda Brasil", uma versão do "renda mínima" do ex-senador Eduardo Suplicy, PT/SP.  Outros programas serão os programas de emprego e uma nova lei de falência.  Sobre o programa "Renda Brasil", vai substituir diversos programas assistenciais, entre eles o "Bolsa Família".  Para geração de emprego, o Paulo Guedes vai propor "desoneração da folha de pagamentos".  Uma outra mudança será redução de alíquotas de impostos da área federal sobre empresas.

A grande novidade é a recriação da extinta CPMF, em forma de imposto sobre transações digitais.  Nem Paulo Guedes e nem a equipe econômica sabem exatamente a abrangência e nem as alíquotas a serem aplicadas.  Fala-se em 2% e 4%, conforme natureza da transação.  Este pretendido imposto vai pegar todas transações, inclusive as feitas pelas empresas de "meios de pagamentos".  O "novo CPMF" tem a vantagem de "pegar todo mundo", incluindo as "transações informais" e tem a vantagem para o governo, de receber "na fonte da geração".  

Este que escreve, apresentou ao General Braga Neto da Casa Civil, um "Plano de saída" para crise econômica proveniente da "coronavírus" denominado de "Ação pró Brasil", que vai na direção contrária ao do Plano Guedes, um amplo programa de investimentos.  Certamente, na queda de braçocom Paulo Guedes, o ministro da Economia vai levar a vantagem.  O importante é que a minha parte, eu fiz!  

Está posto, então, o "Plano de saída" do Paulo Guedes

Ossami Sakamori










segunda-feira, 13 de julho de 2020

Fábio Faria será um bom ministro das Comunicações.


Fábio Faria, PSD/RN, o novo ministro das Comunicações, mostra para que veio.  Segundo informações de fontes do Planalto, o ministro tem auxiliado o presidente da República nas articulações políticas junto aos colegas da Câmara dos Deputados, donde é deputado licenciado.  Sendo genro do Silvio Santos, Fábio Faria tem portas abertas em setores refratários ao presidente da República como a imprensa em geral e os setores do Judiciário, leia-se STF e TSE.   Ele é articulador informal do presidente da República para distensionamento do relacionamento  entre os 3 poderes da República, segundo o que se comenta a grande imprensa.   

Fábio Faria é sangue novo na Praça dos 3 Poderes.  O novo ministro das Comunicações tem tudo para aparar as arestas criadas entre o Palácio do Planalto e o STF.  Ele é tradicional família de políticos no Rio Grande do Norte, onde seu pai Robinson Mesquita de Faria foi governador do estado entre 2015 e 2018.  Serviço para o novo ministro parece não faltar.  O serviço de "comunicação social" que estava na Secretaria-Geral da Presidência vai passar para o Ministério de Comunicações, embora de forma equivocada.  Confundiram a "bunda" com a "abunda".  Comunicação social, nada tem a ver com radiodifusão, televisão ou telecomunicações.  O então, secretário de "comunicação social" vai ser o "número 2", Secretário Geral do novo Ministério das Comunicações, também, de forma equivocada.  Felizmente, os "meninos" de hoje, aprendem fácil.  

Fábio Faria tem a frente o desafio de privatizar os Correios e a Telebras, o que é uma tarefa nada fácil.  As empresas em questão deverão ser "preparadas" para serem privatizadas e isto é uma tarefa essencialmente técnico.  Na área de telecomunicações tem a incumbência de implantar a banda 5G, a telefonia móvel de última geração, em todo o território nacional.  Felizmente, o deputado Fábio Faria tem fama de ser "bom" e "ligeiro".  Certamente, o novo ministro das Comunicações deverá desempenhar o novo cargo que venha corresponder aos anseios do presidente da República, o que não é tarefa para qualquer um.  

Fábio Faria será um bom ministro das Comunicações.  

Ossami Sakamori


domingo, 12 de julho de 2020

Brasil está à deriva!


O ministro da Economia, Paulo Guedes parece ter perdido motivação para continuar defendendo o modelo "liberal" na política econômica.  Bastante solicitado pelo presidente da República para implementar uma política econômica "neoliberal" na economia, de auxílio e subsídios de toda ordem devido a "coronavírus", parece ter gostado.  No momento, está ocupado com as medidas econômicas populares como "Auxílio emergencial" e empréstimos subsidiados a grandes empresas.  Que se lixem os pequenos empresários, que não conseguem os empréstimos subsidiados prometidos, por conta de exigência de garantias, que eles não tem.  

Paulo Guedes, tomou gostinho pela política assistencial, que rende popularidade ao presidente da República e quer de qualquer maneira implementar o programa "Renda Brasil", uma versão ampliada do programa de renda mínima defendida pelo então senador Eduardo Suplicy, PT/SP.   O ministro da Economia, rasgou o diploma da Universidade de Chicago, para se aprofundar no programa assistencial que custará aos cofres do governo federal, cerca de R$ 250 bilhões, anualizado.  A essa altura, o propósito do equilibro fiscal foi para o "espaço".  O programa Renda Brasil é de dar inveja ao ex-presidentes Lula e Dilma.  Nem eles, os presidentes da "esquerda", tiveram a coragem de implementar um programa com tamanho "rombo fiscal".  Afinal, o dinheiro não dá na árvore!  Quem paga a conta são os empresários, de pequeno a grande porte, e trabalhadores com carteira assinada. 

O Paulo Guedes perdeu a força e vontade de fazer as outras reformas importantes ao País como a reforma administrativa, reforma tributária e um novo pacto federativo, prometido antes da crise da "coronavírus".   Há uma vaga promessa de que a "reforma tributária", em nível federal, será encaminhada ao Congresso Nacional nos próximos 60 dias. As outras reformas, certamente, ficarão para o próximo ano, se ainda o ministro Paulo Guedes permanecer no cargo.  

Paulo Guedes parece estar menos feliz por ter perdido o holofote da imprensa e dos empresários em geral.   Fortuna ele já tem. O nome ele já fez, por ter sido ministro da Economia.  Não demora muito, o ministro vai pegar o seu "boné" e deixar o governo.   

Brasil está à deriva!

Ossami Sakamori


sábado, 11 de julho de 2020

O nosso PR está correto?



Não é fácil tratar sobre a tragédia da pandemia "coronavírus".  Infelizmente, ontem, dia 10 de julho, o Brasil registrou a marca de 70 mil vítimas fatais devido a "coronavírus".  Analisando os gráficos apresentados pela grande imprensa, parece que a curva de incidência da "coronavírus" está longe de tomar rumo descendente.   Pelo contrário, nos Estados Unidos, o nosso espelho, a curva de incidência voltou ao "crescimento".   É triste ver que o nosso presidente da República, imitando o presidente Trump dos Estados Unidos, não dá a "mínima" importância para a tragédia que abate sobre o País e ao mundo.  Assim, o povo brasileiro, órfão como sempre e sem um ministro da Saúda efetivo, caminha para o fim que não sabemos como terminará.

Observando as estatísticas de outros países, que guardam semelhanças impressionantes, não foi difícil prever que a pandemia iria atingir o "pico" no mês de julho.  No início da pandemia, observando os gráficos e estatísticas, previ que no mês de julho haveria 50 mil mortes.  Estou a errar em muito.  Em apenas 10 dias no mês, o número já superou em 40% e com forte indicação de que o número de vítimas fatais devem terminar ao redor de 100 mil nos próximos dias.   

A estatística é apenas um modelo matemático que retrata a projeção do que poderá ocorrer no futuro.  Os número divulgado pela imprensa é tão igual àquele que o nosso presidente da República recebe da sua assessoria. No entanto, o nosso presidente da República,  com a sua automedicação, tomando o seu "cloroquina", vangloria-se de estar com saúde para "dar e vender".  É certo que o presidente Bolsonaro tem equipe médica à sua disposição, pagos com o dinheiro do contribuinte, mas o seu "live", mostrando a automedicação com "cloroquina" e transmitindo mensagem de "pouco ligando" para com a pandemia "coronavírus", é uma verdadeira falta de respeito para com as famílias dos que perderam os seus entes queridos devido a "coronavírus".  

Infelizmente, o Brasil está a testemunhar a pior tragédia das últimas décadas, com previsão de mais de 100 mil vítimas fatais, muito maior do que a soma de vítimas devido a acidentes de trânsito e mortes por violências a cada ano.  A ficha nem bem caiu para mim, ainda.  Ainda, assim, estou tomando os meus cuidados pessoais, obedecendo a "quarentena" recomendada pela ciência e medicina.  

Fico triste que diante de uma tragédia nacional, o meu presidente da República, venha fazer gesto de "positivo" em todas aparições, tal qual um verdadeiro "mentecapto".  Tenho absoluta certeza de que ele não é "um".   Deus queira que eu esteja certo...

Ossami Sakamori