terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Michel Temer é candidatíssimo à reeleição!

Crédito da imagem: Estadão

Até que enfim, o presidente Michel Temer tirou a máscara. Todo esforço dispendido nos dois últimos episódios, o da intervenção na segurança pública do estado de Rio de Janeiro e a criação do Ministério da Segurança Pública tem como o pano de fundo a pretensão da sua candidatura à reeleição no próximo mês de outubro.  Ele conta com a base de sustentação bastante expressiva, com capilaridade nos grotões do País. MDB do Temer é ainda, de longe, o partido que tem estrutura partidária em quase todos os 5.570 municípios. É a última epata da sua "ponte de esperança" apregoada antes de derrubada da titular Dilma Rousseff, companheira de chapa em 2014. 

Apesar do baixo índice de popularidade do Temer, 6% de ótimo e bom, mostrado na última pesquisa IBOPE, é de supor que os que aprovam o seu governo tenham preferência por seu nome para presidência da República nas próximas eleições. Nas últimas pesquisas de intenções de votos, apenas Lula da Silva e Jair Bolsonaro estavam à sua frente, se considerarmos que os 6% seja intensão de votos para Michel Temer. 

Lula da Silva está praticamente fora do baralho em função da condenação em segunda instância pela Justiça Federal da 4ª Região, o que é de supor o impedimento para registro de sua candidatura no próximo pleito.  Michel Temer, com intervenção no estado de Rio de Janeiro e criação da Ministério de Segurança Pública tem interesse de mostrar  ao povo a "paternidade" da intervenção militar, que é a principal bandeira do candidato Jair Bolsonaro. 

Com desistência da reforma da previdência, Temer não necessita mais do apoio de 308 deputados e 54 senadores para governar o País. Com 39 ministérios na mão, o presidente Temer conta também com o apoio da maioria dos partidos que compõe o "centrão". Temer terá nas mãos a máquina pública federal para "obrigar" o apoio dos prefeitos e governadores, carentes de verbas federais. Temer contará "coercitivamente" através do "toma lá, dá cá" com o apoio de parlamentares preocupados em suas próprias reeleições. 

Michel Temer moveu a primeira pedra do jogo de xadrez que é a política brasileira. Os demais candidatos ficarão na dependência das "jogadas" do presidente Temer para se posicionarem. Na política, o que vale é o jogo "jogado". 

Michel Temer é candidatíssimo à reeleição!

Em tempo: Temer jamais será meu candidato. 

Ossami Sakamori


sábado, 24 de fevereiro de 2018

O Jogo de Temer por Amanda Sindmann

Colaboradora:
Amanda Sindmann










Em um ano que promete ser marcado por muita convulsão política, a jogada mais importante - até o momento em que este texto foi escrito - foi dada pelo presidente Michel Temer no dia 16 de fevereiro com o decreto nº 9.288 que formalizou a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Embora tenha ocorrido ao custo da necessária reforma da previdência (e que não é o escopo deste texto), a medida estremeceu o panorama político e alterou o balanço das forças que se preparam para disputar a eleição de outubro.

Não se trata, aqui, de avaliar se a forma como a ação foi feita é ou não a melhor possível, portanto deixemos o debate deste aspecto para outra hora. Agora, atentemos para o cenário antes desta jogada: Lula, condenado em segunda instância, foi retirado do pleito e, por baixo dos panos, costurava a candidatura do PT.  Bolsonaro, que resolvera seu problema de filiação partidária, procurava tornar seu pleito atrativo para setores da sociedade civil organizada que ainda não veem nele uma alternativa válida. Alckmin, o último dos nomes que, até agora, pode ser levado a sério, também luta por firmar seu nome, o que envolvia resolver rebeliões internas no próprio partido. Todos estes fatores se tornaram irrelevantes naquela sexta-feira.

Repare, caro leitor, um fator comum nestas três candidaturas: nenhuma delas se apresenta como herdeira de um quarto jogador: o governo atual, visto como repelente de votos, apesar de ter conseguido feitos importantes como a reforma trabalhista e o teto de gastos. A continuação deste impasse político poderia beneficiar ou não os pré-candidatos atuais, porém era totalmente prejudicial para Temer.

Estas considerações podem fazer parecer que a intervenção foi declarada apenas com propósitos políticos, o que não é verdade. A questão é que não se pode esperar que uma decisão do governo, evidentemente composto por políticos, não seja política, sendo necessário conferir se ela é boa para a população. Uma pesquisa do Ibope divulgada na sexta-feira (23), mostra que a imensa maioria da população do estado (84%) aprova a ação do Estado. Para o Rio, portanto, é melhor que a interferência ocorra, ainda que política, do que não aconteça.

Voltemos ao panorama político. O movimento do presidente, como um terremoto, alterou o terreno e lembrou aos outros jogadores de sua existência.  A esquerda petista e Bolsonaro ficaram atordoados, sem saber como reagir, este último, acusou Temer de roubar seu discurso.  Alckmin, por sua vez, foi cauteloso e não rejeitou a ideia por completo, alegando que ela é “drástica, mas necessária”.

A pergunta que um leitor mais sagaz deve se fazer é: se a intervenção atende a uma agenda política, que agenda será essa? O próprio Temer já anunciou, várias vezes, que não pretende ser candidato a reeleição, a única hipótese que, a princípio, faz sentido. Acontece que a política não é feita de instantes fotográficos e sim uma disputa acirrada pelo acúmulo de poder, um capital político que pode ser utilizado de várias maneiras, ainda mais em ano eleitoral. Seu principal problema, neste momento, é a construção de uma candidatura viável que aceite carregar o manto de herdeira do governo, com todos os pontos negativos e positivos que isto atraia - que incluem o tempo de TV do partido e a imensa máquina estatal. Lula e Bolsonaro - cada um por seus motivos - jamais aceitariam este papel, que foi oferecido ao presidente tucano, que, fazendo valer sua posição, se mantém distante.

Temer sabe que seu nome está desgastado e, não importa quais resultados positivos apresente, jamais será um candidato viável à própria sucessão, ainda mais considerando que, em uma hipotética vitória, voltaria a pautar as reformas interrompidas, o que lhe atrai o antagonismo de setores influentes da sociedade organizada, como os sindicatos, e membros do poder judiciário. Sua estratégia mais viável, portanto, é tornar o governo um ativo importante ao ponto de que seja uma má ideia não tê-lo como aliado. Outro indício de que isto está acontecendo nos bastidores é o ressurgimento do ministro da Fazenda, que ainda cogita ser cabeça-de- chapa, mesmo concorrendo com o atual patrão.

Que vantagens teria o presidente com isso? Ainda é cedo para fazer uma afirmação mais concreta. O máximo que pode-se inferir é que a decisão tenha a ver com o foro especial por prerrogativa de função. Findado seu governo, por motivos óbvios, Temer estará desprotegido e procuraria abrigo em um substituto que lhe seja simpático. E todos sabemos que isso só ocorrerá se ele eleger o próprio sucessor.

Amanda Sindmann 
Escreve histórias sobre outros assuntos em um 
blog  amandasindmann.tumblr.com, mas jura que só acompanha política por diversão.

Opinião manifestada nesta matéria é de exclusiva responsabilidade da autora.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Temer está em "desespero total!"

Crédito da imagem: Estadão

Presidente Temer está atrapalhado no caso de Decreto presidencial dos portos que, supostamente, teria beneficiado a empresa Rodrimar, operadora do Porto de Santos. O caso está sendo investigado pela Procuradoria Geral da República e Polícia Federal. A Polícia Federal ganhou mais 60 dias para concluir a investigação. Isto tem tirado o sono do presidente Michel Temer. 

O caso ganhou notoriedade com a declaração infeliz do Delegado Geral da Polícia Federal Fernando Segóvia de que o inquérito em curso tenderia para o arquivamento. O caso não seria notícia da imprensa se o presidente Temer tivesse obedecido a liturgia do cargo. É exatamente isto que o Michel Temer não tem feito, ultimamente. Há cerca de um mês, atendeu o Fernando Segóvia no Palácio do Jaburu, residência oficial, "fora da agenda", tal qual aconteceu com a polêmica reunião "fora da agenda" com o dono da JBS Joesley Batista. 

Em linhas gerais, o Decreto dos portos como é conhecido, estendeu o prazo de "concessão" para os operadores de portos, que era de 25 anos para 35 anos, renováveis por mais 35 anos. De princípio, a renovação da concessão, que venceria nos próximos anos, teria que submeter às novas licitações. O Decreto dos portos assinado pelo presidente Temer deu prazo extra de 10 anos mais 35 de renovação, o que na prática "estica" o prazo da concessão em mais 45 anos. Isto tudo, feito sem que os cofres públicos tenha recebido "um tostão" sequer da Rodrimar e de outras concessionárias pela extensão da concessão. 

Com tantos "benesses" concedidas ao operador de porto Rodrimar, a Procuradoria Geral da República mandou instaurar investigações para apurar um eventual recebimento de vantagens ilícitas pelo presidente Michel Temer. O caso ganhou notoriedade por conta da "mala de R$ 500 mil" recebido e devolvido pelo ex-secretário do presidente Temer Rodrigo Rocha Loures. Não se sabe se a "mala" teria sido de pagamento de propina sobre fornecimento de gás por preços favorecidos pela Petrobras à Termoelétrica do grupo JBS ou sobre o caso Rodrimar.  

Para desviar atenção do caso "Rodrimar", o presidente Temer teria decretado a intervenção federal na segurança pública do estado de Rio de Janeiro. E tenta ainda o presidente Temer, criar "na marra" o Ministério de Segurança Pública, para nomear mais um "elemento" da quadrilha. Devido à urgência, a do Michel Temer, o novo ministério não terá estrutura de Ministério, mas apenas o seu titular terá o "status" de ministro numa clássica manobra feita anteriormente com o Moreira Franco para livrar algum membro da quadrilha da justiça comum. Nos próximos dias saberemos qual é a verdadeira razão para criação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública.

O presidente Temer, segundo a grande imprensa, com a intervenção na secretaria de segurança do estado de Rio de Janeiro e criação do Ministério Extraordinário de Segurança Pública, tenta recuperar a popularidade e "tentar" a reeleição no próximo dia 7 de outubro. Sem um cargo público, o caso Rodrimar e outras duas denúncias arquivadas do Michel Temer começariam a correr na justiça de primeira instância à partir de 1º de janeiro de 2019. É isto, a origem da tanta lambança do presidente da República nos últimos dias para tentar garantir o "foro privilegiado" para si próprio. 

Enquanto isto, o mercado financeiro já assimilou a não aprovação da reforma previdenciária. Como diz o jargão do mercado financeiro, a não aprovação da reforma da previdência já esta "precificada" (sic). O mercado financeiro aposta num novo governo à partir de 2019. Para o mercado financeiro, qualquer novo presidente da República será melhor que o Michel Temer. 

Temer está em "desespero total!".

Ossami Sakamori


quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Cité Soleil é aqui !


Crédito da imagem: Globo

Não resolve a situação de insegurança nas favelas do Rio de Janeiro sem uma efetiva participação do Estado brasileiro no "provimento" de necessidades básicas da população. Coloco em dúvida o resultado da intervenção federal por um período curto, pouco mais de 10 meses, para resolver a "ocupação" das favelas pelo tráfico de drogas. O buraco é mais embaixo!

O Exército brasileiro vangloria-se de ter participado da missão de pacificação do Haiti, convocado que foi pela ONU, de 2004 até 2017. Coube o comando da missão ao Exército brasileiro chefiar a missão de paz por 13 anos. Eu disse 13 anos!  O general Braga Neto sabe exatamente o que em para ele resolver. Resolver as ocupações de tráfico de drogas nas favelas do Rio de Janeiro cuja população, não se sabe exatamente, estimado em pouco menos de 500 mil pessoas. O general Braga Neto sabe que o espaço de tempo é muito curto para "pacificar" todas favelas do estado de Rio de Janeiro. 

Durante uma visita ao Brasil em 2014, o senador haitiano Jean Charles Moise, fez um pedido ao governo brasileiro para substituir seus tanques de guerra por tratores agrícolas, numa clara alusão de que o problema do Haiti não era de ocupações pelo tráfico de drogas, mas de prover aquele país de uma ajuda mais permanente do que simples "ocupação" temporária de Exército. Trocando em miúdos, os favelados do Rio de Janeiro, querem ver resolvidos as suas necessidades básicas imediatas como creches, escolas fundamentais, unidades de pronto atendimento, vias de acesso pavimentadas, energia elétrica, água, que população vizinha de muro tem acesso. 

O exemplo vem do Cité Soleil, uma favela da periferia da capital Porto Príncipe, Haiti, com população estimado em 400 mil habitantes. Durante 13 anos, o Exército brasileiro, ocupou Cité Soleil fazendo "patrulhamento ostensivo" nas ruelas e becos para "inibir" a presença do tráfico de drogas e violências decorrentes. Com fim da missão o Exército brasileiro entregou o "patrulhamento ostensivo" (vide foto do topo da página) para a Polícia Nacional Haitiana, que assumiu o controle da segurança. Disse o coronel Alexandre Cantanhede do Exército brasileiro, "o sentimento é de dever cumprido", na despedida do Haiti. 

Eu avalio o sentimento do povo fluminense em relação ao tráfico de drogas nas favelas. No entanto, discordo o pensamento de maioria de que o tráfico de drogas deve ser combatido com "matança" dos traficantes, como "abater" animais. Se o tráfico de drogas se instalou pela "ausência" do Estado, por que não prover as favelas de suas necessidades básicas, além do "patrulhamento ostensivo" das suas ruas e vielas. O tráfico de drogas com armamentos pesados não se sustenta num ambiente sadio e patrulhado. 

Enquanto o governo brasileiro não resolver o alarmante problema de desemprego, mais de 12 milhões de trabalhadores formais e outros 40 milhões de trabalhadores no sub-emprego, a intervenção federal é como tentar curar com gases e esparadrapos o câncer em metástase. O remédio para a criminalidade nas favelas não está tão somente na repressão, mas sobretudo no atendimento às necessidades básicas da população. A solução é remédio sistêmico!

Cité Soleil é aqui !

Ossami Sakamori


domingo, 18 de fevereiro de 2018

Intervenção federal. Não terá almoço grátis!

Crédito de imagem: Estadão

A intervenção militar na segurança pública do estado de Rio de Janeiro é decisão que não tem mais retorno. Que a decisão de maior importância, mediante convocação do Conselho de Defesa Nacional como manda a Constituição, passou a ser assunto do Estado, ninguém mais tem dúvida.  Foi pela primeira vez que o Conselho de Defesa Nacional foi convocado pelo presidente da República desde a promulgação da Constituição em 1988. 

Diz o Artigo 91 da Constituição: 

O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos:

I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça;
V - o Ministro de Estado da Defesa;                            
VI - o Ministro das Relações Exteriores;
VII - o Ministro do Planejamento.
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.     
                   
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:

I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição;
II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;
III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo;
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional e a defesa do Estado democrático.
§ 2º A lei regulará a organização e o funcionamento do Conselho de Defesa Nacional.

Seja como for, o presidente da República Michel Temer no uso de suas atribuições, consultado o Conselho de Defesa Nacional, decretou a intervenção federal na área de segurança do estado de Rio de Janeiro. E nomeou como interventor o general do Comando do Leste Braga Neto. O general Braga Neto deve obediência apenas ao presidente Michel Temer, no organograma do Poder Executivo. 

As coisas feitas no afogadilho como acontecem sempre no governo do Michel Temer, o general Braga Neto foi nomeado interventor federal nos assuntos da segurança pública do estado de Rio de Janeiro, mas nada foi providenciado no Orçamento Fiscal para execução da difícil missão.  O presidente Temer deve propor nos próximos dias ao Congresso Nacional o montante de verba necessária no Orçamento Fiscal de 2018 os custos de manutenção da intervenção federal, sob pena de general Braga Neto não poder cumprir com a missão atribuída a ele. 
Tem um ditado muito usado entre nós: "não há almoço grátis".  A intervenção federal vai ter ônus para o contribuinte, além do dispêndio já previsto no Orçamento Fiscal do estado do Rio de Janeiro para o setor de segurança pública. Acrescente nisso a manutenção de presídios estaduais no nível desejado. No meu entender, cabe ao general Braga Neto, em regime de urgência, apresentar os custos necessários para implementação da intervenção federal confiado a ele ao presidente Temer. 

O fato é que "abriu a porteira" para intervenção federal nas áreas de segurança pública para os demais estados da federação, com enorme dificuldade orçamentária. Alguns governadores desejariam eximirem das responsabilidades da segurança pública para garantir as verbas necessárias para o cumprimento da missão.  Já tem pelo menos os estados de Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte e Maranhão na fila de espera. 

Já decidido e publicado o Decreto, a intervenção federal, cabe ao próprio presidente Temer o cumprimento da missão, que ele próprio criou para si e para o interventor federal general Braga Neto, de mandar ao Congresso Nacional alocação de recursos necessários, alguns $ bilhões, ao Orçamento Fiscal de 2018 para o cumprimento do Decreto presidencial. Governo Temer continua sendo governo de improviso!  

Não terá almoço grátis!

Ossami Sakamori

sábado, 17 de fevereiro de 2018

Temer dá a sua última cartada com a intervenção militar



Sem mesmo saber sobre "intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro", ontem de manhã, postei matéria sobre a improbabilidade de aprovação da reforma da previdência. Acertei sem  querer. Michel Temer dá última cartada no posto de presidente da República diante da impossibilidade da aprovação do seu maior projeto que era a reforma da previdência. Temer mudou o foco do discurso de previdência para a segurança pública, como que "de repente" o problema do País fosse o único. De certa forma, Temer está conseguindo desviar a "atenção" que era de previdência social para a segurança pública. Temer quer repaginar a sua imagem!

Impressionante é como a grande imprensa dedica suas páginas para o lado que o Temer quer conduzi-las. No Brasil não há imprensa independente. A imprensa brasileira é generosamente paga com propaganda explícita e implícita pagas com verbas de publicidade de suas grandes estatais como CEF, BB, Petrobras, Eletrobras, BNDES. O governo federal é maior cliente, disparado, em relação aos clientes privados. A grande imprensa sempre foi vendilhão e move de acordo com o interesse do seu maior cliente, o governo federal.

Quanto ao assunto da segurança pública no Rio de Janeiro já fiz várias matérias sobre o tema nesses 6 anos de blog. As favelas, que hoje são denominadas como "comunidades", formam um "país" à parte. O tráfico de drogas e milícias armadas tomam conta das favelas pela "ausência" do Estado mais do que pela "não presença" da segurança pública. O tráfico de drogas e milícias armadas substituem o Estado nas favelas há muito tempo. Leonel Brizola, governador do Rio de Janeiro entre 1991 a 1994, já admitia que as favelas eram de "domínio" do tráfico de drogas.

Não será a "intervenção militar", que resolverá em "definitivo" a segurança pública no Rio de Janeiro. Após o período de intervenção que termina no dia 31 de dezembro, a vida nas favelas voltará tudo como dantes.  Não será neste curto espaço de tempo que o presidente Temer e o general Breno Neto conseguirão "prover" as favelas de serviços essenciais como de educação, saúde pública e infraestrutura urbana. A intervenção militar é uma solução paliativa.  

A solução da "intervenção militar" do presidente Temer na segurança pública do Rio de Janeiro é como tentar curar a "metástase de câncer" apenas com curativos superficiais. É a última e derradeira tentativa do Michel Temer em sair da mediocridade e deixar alguma marca, pelo menos entre população fluminense. Vamos lembrar também que o General Breno Neto, nomeado interventor na segurança pública, ficará subordinado "diretamente" à presidência da República. Assim sendo, a responsabilidade do sucesso ou insucesso será exclusivamente de ambos. 

Temer dá ultima cartada para tentar mudar a sua imagem de mediocridade. 

Ossami Sakamori


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Reforma da previdência não será votada!

Crédito da imagem: Estadão

Vai dar o que todos já esperavam, apesar da insistência do presidente Temer a reforma da previdência não será votada neste mês. O governo Temer não consegue os 308 votos necessários de deputados para aprovar uma Emenda Constitucional.  Assim, infelizmente, a ponte para o futuro do Michel Temer vai terminar numa pinguela da mediocridade. 

Os empresários já não esperavam mais, o mercado financeiro já levou em conta a não aprovação da reforma da previdência, neste momento. O mundo não acaba sem a reforma de previdência no mês de fevereiro. Os deputados, mais uma vez, demonstram que os interesses particulares estão acima do interesse do Estado. Os deputados estão mais preocupado com as próprias reeleições do que com o destino do País. Não é novidade, sempre foi assim. 

Sem a aprovação da reforma da previdência, fica mais distante a pretensão do presidente Temer em tentar a sua própria reeleição. Triste fim para político no final de carreira com marcada pela corrupção e mediocridade. Sem reforma da previdência, Michel Temer é quase nada, uma personalidade insignificante no mundo político.

Por outro lado, os candidatos à presidência da República terão que mostrar para que vieram. Certamente, uma das principais pautas do programa do governo deverá ser a reforma da previdência. Vamos ver o que irão propor os candidatos. Uma saia justa e tanto para candidatos aventureiros. 

Triste destino do Brasil, o ano de 2018, tão esperado pela população, será mais um fim de feira! 

Ossami Sakamori


quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

João Dória x Geraldo Alckmin

Crédito de imagem: UOL

Ser ou não ser, eis a questão! Geraldo Alckmin é pretenso candidato à presidência da República. Ele é presidente do PSDB, partido que foi oposição ao PT durante 13 anos. FHC não conseguiu fazer o sucessor e perdeu o comando da Nação para o PT do Lula. Por mais que a imprensa queira apequenar o PSDB, o partido "tucano" tem comando do maior colégio eleitoral do País, o estado de São Paulo. PSDB é um partido que tem uma base partidária forte em todo território nacional tanto quanto o MDB. Isto é fato incontestável. Se o PSDB e o Geraldo Alckmin tem chances de ganhar eleições são outros quinhentos. 

Geraldo Alckmin é como o próprio PSDB, sempre está "em cima do muro". Haverá convenção do partido no dia 4 de março para definir a candidatura do partido à presidência do partido. Concorre com o Alckmin, o prefeito de Manaus e ex-senador Arthur Virgílio. O PSDB está rachado entre os "cabelas brancas" e "cabeças pretas", segundo a imprensa. Costurar o apoio no meio de "tiroteio" é a primeira missão do Alckmin na convenção partidária no próximo dia 4.  

Corre por fora, o prefeito de São Paulo para tentar demover a pretensão do Alckmin. João Dória aposta numa eventual "prévias" dentre os filiados do partido. Tudo isto, parece definir no próximo dia 4. Alckmin em querendo partir para candidatura à presidência da República, terá que fazer as costuras internas, essenciais para tentar fazer frente aos candidatos dos demais partidos. 

Todas pesquisas apontam o governador Alckmin na quarta ou quinta colocação. Alckmin, se eleições fossem realizadas hoje, perderia para de longe para o já lançado candidato Jair Bolsonaro, que desponta na dianteira, na ausência do Lula. A imprensa comenta que Alckmin não tem perfil e nem "carisma" para "empolgar" os eleitores. No entanto, Alckmin conta a seu favor o fato de ele estar exercendo o quarto mandato de governador de São Paulo, o estado com o maior colégio eleitoral do País. 

Por outro lado, o prefeito de São Paulo João Dória que representa o "novo", dentro do PSDB, tenta emplacar o seu nome no PSDB. João Dória conta com razoável apoio dentre os paulistanos, mas não sabe se empolga a população dos demais estados da federação. João Dória é a pedra no sapato do Alckmin. A grande imprensa dos últimos dias dão indicação de que se preterido pelo PSDB, João Dória se filiaria ao DEM para viabilizar a sua candidatura à presidência da República. 

Até o último dia de desincompatibilização, dia 6 de abril, tudo pode acontecer. Vamos ver no que no que vai dar. 

Ossami Sakamori

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Manuela D'ávila x Luciana Genro



Luciana Genro, ex-deputada federal, foi candidata à presidência da República pelo PSOL em 2014. Ela é filha do ex-ministro da Justiça do governo Lula e ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro. Há indicativo de que Luciana Genro venha se candidatar, novamente, ao cargo de presidente da República nas eleições do próximo outubro. 

Manuela D'ávila é hoje deputada estadual pelo PCdoB/RS desde 2015. Segundo ela declarou à imprensa, que tem pretensão de se candidatar ao cargo de presidente da República nas próximas eleições. Manuela D'ávila  foi deputada federal eleita pelo PCdoB, partido que fez coligação com o PT entre 2007 e 2014. Não é certo ainda a candidatura da deputada para o cargo máximo da República apesar de ela própria afirmar tal pretensão. Deixar reeleição certa por uma eleição incerta deve pesar na decisão da deputada Manuela.

As candidaturas da Luciana Genro e da Manuela D'avila tornaram-se sobrevida para os partidos que as pertencem com a improbabilidade da candidatura do Lula à presidência em função da lei da "ficha suja". Outro fator que fez crescer a necessidade de candidatura próprios dos partidos nanicos é a "cláusula de barreira" aprovada pelo Congresso Nacional, que exige desemprenho dos partidos para ter bancada na Câmara dos Deputados. De acordo com a "cláusula de barreira" nas eleições de 2018, cada partido deve eleger no mínimo 8 deputados federais para ter direito à bancada política e ter acesso aos fundos partidários. 

Particularmente, nenhuma delas tem meu voto por representar partidos de extrema esquerda. De qualquer forma, as candidaturas colocadas é uma forma de empoderamento das mulheres na política brasileira. 

Ossami Sakamori

Luciano Huck por José Ribeiro da Silva

Matéria do colaborador: 
José Ribeiro da Silva













Um jornal de Curitiba, com grande circulação publicou em 10 de Janeiro/2018, matéria fazendo apologia à candidatura de Luciano Huck, elencando 8 fatores que, segundo o jornal, o mantém favorito à presidência. Resolvi fazer um contraponto dos 8 fatores sob o ponto de vista da realidade brasileira.

1. Incerteza.

O que o jornal chamava de incerteza era o fato de que naquele momento o julgamento do Lula em segunda instância ainda não tinha acontecido, pois sabíamos que ia sinalizar se o molusco pode ou não pode ser candidato.

2. Falta de nome no centro.

Na verdade, falta um NOME. Um candidato que tenha propostas para tirar o Brasil do atoleiro e criar condições para moralização do país. A matéria diz que não existe uma posição ideológica majoritária no Brasil, quando sabemos que simplesmente não existe POSIÇÃO IDEOLÓGICA alguma, a julgar pelos candidatos e ainda mais pelos eleitores.

3. Alckmin não decolou.

Será que Alckmin não decolou mesmo, não estão deixando ele decolar, não conseguiram captar, ou estão escondendo sua decolagem? Atribuíram a ele fez 9,5% das intenções de votos no último levantamento do Paraná Pesquisas em dezembro de 2017, no cenário sem Lula. Se Alckmin não subir nas pesquisas, Huck se apresentaria como uma alternativa para o eleitor que votou no PSDB. Essa informação por si já coloca em cheque a credibilidade da pesquisa, afinal, Huck quer surfar no vácuo do Alkmin e nada melhor do que torpedeá-lo.

Lembrando que esse instituto Paraná Pesquisas é novato na praça, suas pesquisas são pontuais e localizadas. Não tem cacife para fazer uma pesquisa confiável de abrangência nacional para avaliar uma candidatura à presidência. Isso é tarefa para macaco velho.

4. Huck é conhecido.

Sim, ele é conhecido pelas grandes massas de manobra, que adoram PÃO & CIRCO, mas não do eleitor esclarecido, que pode até conhecê-lo não o admiram. Mas o que interessa nesse caso é ser conhecido e reverenciado pelo povão ignorante, iletrado, desinformado e manipulável, que ostenta a maioria dos votos. Agora, vir dizer que Luciano Huck é uma “personalidade” pelo simples fato de ser o pré-candidato com maior número de seguidores nas redes sociais, já é demais. Qualquer de nós, eu ou você que está lendo, podemos ter quantos milhares ou dezenas ou centenas de milhares de seguidores quisermos. Basta estar disposto a pagar por isso da mesma forma que podemos pagar para ter milhares de likes em nossas postagens nas referidas redes.

5. Pode se vender como novo.

Na verdade ele se vende do jeito que o patrão mandar: como novo, semi-novo, lata velha e o povão que está acostumado comprar gato por lebre, compra feliz da vida.  Esse papo de que ele poderia dar um ar autêntico para a ideia de que existe um movimento de mudança na política é pura embromação. Poderia vender essa ideia, quando na verdade existe apenas discursos vazios. Dizem que ele poderá fazer como fez o presidente francês Emmanuel Macron. Essa me faz rir de raiva. Querer comparar o moleque mimado do caldeirão ao o economista experiente e ex-ministro das Finanças de um país desenvolvido?  Piada de mau gosto.

6. Tem baixa rejeição.

O simples fato de as pesquisas mostram Huck com baixa rejeição não diz grande coisa. Pesquisas direcionadas ao público alvo do "caldeirão", ouvindo moradores das bibocas das periferias das grandes cidades, nos cafundós do interior onde estão seus telespectadores, refletem o resultado que a interessas a eles, mas longe da realidade.

7. Tem suporte.

É Claro, tem o sistema Globo por trás e isso sim diz muita coisa. Pode influenciar os outros tentáculos do establishment a apoiar o moleque mimado. Que Deus nos livre de mais uma desgraça na presidência.

8. Traz discurso positivo.

Resta saber o que consideram um “discurso positivo”. Afinal ele está dizendo o quê? Ele ainda não discursou politicamente, não foi colocado à prova, não pegou no batente e quando chegar a hora “H” ele vai repetir o discurso que establishment escrever para ele, assim como o discurso do Lula em 2002 e a famosa carta ao povo brasileiro atribuída a Palocci, que apenas a subscreveu.

DISCURSO POSITIVO SERIA:

Apresentar sua equipe de governo durante a campanha eleitoral já no primeiro turno, para sinalizar ao eleitor o perfil da sua gestão: Convidar ministros pela competência e não pelo apadrinhamento político e filiação partidária;  Assumir compromisso de resistir ao fisiologismo do Congresso;  Comprometer-se a não manter servidor público bandido;  Não aceitar canalhas no seu governo; Assumir o compromisso de acabar com o carnaval através de Decreto no primeiro dia de governo;  Enviar projeto para o Congresso propondo a redução do número de feriados; Dar sequência às Reformas, tributária, política e ampliar a Reforma Trabalhista. Mas nem Huck ou qualquer outro candidato tem aquilo roxo suficiente para, executar pelo menos uma dessas medidas.

FORA ISSO, É TUDO PAPO FURADO E ANTIGO.

José Ribeiro da Silva 
Consultor e Gestor de Treinamento; Administrador graduado pela PUC-PR em 1980; com pós-graduação em Gestão de Custos e MBA em Gestão Tributária e atualmente é Acadêmico de Ciências Contábeis. Fundador do ITDE Consultoria & Treinamento.

A presente matéria é do colaborador e amigo José Ribeiro da Silva, Cuiabá, MT. A opinião é de responsabilidade exclusiva do autor. 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Marina Silva x Ciro Gomes



Marina Silva, candidata declarada à presidência da República pela Rede, iniciou a carreira política na cidade de Rio Branco, capital do estado de Acre, pelo PT. Foi senadora pelo PT e ministra do Meio Ambiente convidada que foi pelo então presidente Lula da Silva. Marina já foi candidata à presidência da República pelo PV e pelo PSB, este último em razão do falecimento do candidato titular Eduardo Campos em circunstâncias que todos já conhecem. Em ambos eleições à presidência da República alcançou votação expressiva, embora não tenha alcançado voto suficiente para disputar o segundo turno das eleições em 2010 e 2014.

Particularmente, Marina Silva sofre de doença de metal que a abate fisicamente. Não saberia afirmar que se eleita presidente da República, Marina teria saúde requerida para exercer o cargo em sua plenitude. Ninguém comenta sobre o fato, mas é um fator fundamental para o exercício do cargo máxima da República, a de ter saúde perfeita. A fragilidade da saúde, neste caso, não seria apenas de foro íntimo dela, mas de interesse público. Muitos candidatos à presidência da República foram descartadas em função da saúde nas histórias recentes da República. 

Marina Silva, apesar de ter pertencido ao partido da esquerda como PT e pregar programas mais para a esquerda, com a Rede, paradoxalmente, convive com altas rodas do setor empresarial. Quando foi candidata à presidência pelo PV, Marina foi financiado pelo dono da empresa Natura, que veio a ser o candidato à vice-presidente em 2010 na sua chapa. Marina Silva, em 2014, foi estimulada e financiada pela Neca Setúbal, uma das filhas do Olavo Setúbal, fundador do Banco Itaú. Nada que desabone a conduta por ser financiado pelas grandes fortunas do País, mas contradiz um pouco com o ideário político do partido do qual é seu presidente, a Rede Sustentabilidade.

O outro candidato, Ciro Gomes é candidato à presidência da República pelo PDT, respaldado que foi pelo presidente do partido Carlos Lupi em janeiro de 2016. Ciro Gomes tem extensa história política. Foi prefeito de Sobral, deputado estadual, prefeito de Fortaleza e governador do estado de Ceará. Ciro Gomes foi ministro da Fazenda do governo Itamar Franco e ministro da Integração Nacional no governo Lula. O último mandato político foi de deputado federal entre 2007 a 2010. 

Ciro Gomes foi fundador e membro do PSDB até 1996, quando filiou-se no PPS para concorrer à presidência da República em 1998. Em 2007, filiou-se ao PSB para concorrer ao cargo de deputado federal pelo Ceará, quando obteve 667 mil votos dos cearenses. Em 2015, com breve passagem pelo PROS, filiou-se ao PDT, onde permanece para concorrer ao posto de presidente da República.

Observando a trajetória do Ciro Gomes, ex-governador do Ceará, denota-se que ele é mais à esquerda dentro do espectro político conhecido no País, senão vejamos: Ciro Gomes foi um dos fundadores do PSDB, participou do PPS, filiou-se ao PROS e finalmente se candidata à presidência da República pelo PDT.  

Se acalmem que vou apresentar demais candidatos neste blog, com breves comentários. Já apresentamos, incluídos os de hoje, 6 candidatos, o que significa que os eleitores terão muitas opções à escolha no dia 7 de outubro próximo.

Ossami Sakamori



segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

João Amoedo x Luciano Huck



João Amoedo é candidato à presidência da República por um partido nanico, o Partido Novo. Ele fundou o Partido Novo há alguns anos. Na legislatura atual não elegeu nenhum deputado federal. João Amoedo é um ex-banqueiro e investidor. A proposta do Partido Novo é liberal na economia e conservador nos costumes, tal qual a cara do seu fundador. 

Contra João Amoedo tem o mínimo tempo de televisão destinado ao Partido Novo, já que a proposta do Partido é contrária à coligação com nenhum outro partido político. Partido Novo não quer ser contaminado nos seus preceitos da política econômica liberal. É um bom candidato para o País, no meu entender, mas não tem força para chagar no segundo turno das eleições. A intenção do Amoedo, creio, é fazer uma boa bancada do Partido Novo na Câmara dos Deputados. 

O outro possível candidato, o Luciano Huck, tem à sua disposição o partido PPS, o até então Partido Comunista do Roberto Freire, deputado federal pelo São Paulo. Luciano Huck é apresentador da Rede Globo e angaria popularidade entre classes da camada mais pobre. E, certamente contará com o apoio do elenco da Globo. Luciano Huck tem até 6 de abril para definir sobre a sua candidatura, último dia para filiação partidária. 

A grande incógnita é se a Rede Globo, no caso de Luciano Huck ser candidato, vai apoiá-lo ou não. A Rede Globo tem força suficiente para eleger ou derrubar um presidente da República, pois tem alcance na grande fatia de telespectadores e tem também alcance em todo o território nacional. Não tem como dissociar Luciano Huck da Rede Globo, mesmo que ela não venha participar efetivamente na campanha do apresentador.

Estão aí postos dois possíveis candidatos à presidência da República para o período 2019/2022. 

Ossami Sakamori


sábado, 10 de fevereiro de 2018

Alvaro Dias x Jair Bolsonaro

Crédito da imagem: Gazeta do Povo

A Gazeta do Povo, tradicional veículo de comunicação do Paraná, traz matéria sobre "tiroteio" entre o senador Alvaro Dias, Podemos/PR e o deputado Jair Bolsonaro, PSC/RJ, acerca de armamento da população. Interessante que o confronto de ideias acontece entre dois pré-candidatos ao cargo de presidência da República. É natural que o confronto de pensamentos deve ser encarado como natural para que os eleitores possam optar por um novo presidente da República que vai governar o País nos próximos 4 anos. Nem é preciso lembrar que o Brasil está em "frangalhos", especialmente nas áreas essenciais como educação, saúde e segurança pública.

O deputado Jair Bolsonaro propõe "armar" a população "até os dentes", para "enfrentamento" dos bandidos.  A declaração parece dirigir para o seu público alvo, o povo das favelas do Rio de Janeiro, onde o tráfico de drogas fez a "ocupação". É um discurso que pode empolgar (sic) a população sofrida, que sente na pele a "ausência" do Estado nas comunidades carentes. Deputado Jair Bolsonaro faz parte da "bancada da bala" na Câmara dos Deputados, para melhor contextuar a sua declaração como candidato à presidência em 2018, hoje, ocupando o segundo lugar nas pesquisas, ficando atrás apenas do Lula.

Para o mesmo público, três dias após, o senador Alvaro Dias, Podemos/PR, outro pré-candidato ao cargo de presidente da República, alfinetou: "Quem tem que ser armar para defender a população é o Estado Brasileiro. O povo paga impostos para ser defendido pelo Estado, pelo governo e não para se defender em uma guerra civil que querem implantar no país, evidentemente porque não existe exame de sanidade mental para candidatura, ainda, no Brasil". 

As declarações foram feitas no Show Rural que acontece na cidade de Cascavel na semana que termina hoje, tudo segundo o jornal Gazeta do Povo, da minha cidade. Os leitores deste blog ficarão informados sobre as propostas do governo, na medida que as campanhas eleitorais venham acontecer. As forças das redes sociais poderão influir decisivamente na melhor escolha, penso eu. 

É importante que os eleitores fiquem consciente do posicionamento político e dos programas do governo de cada candidato para que possamos fazer a melhor escolha dentre eles, nas eleição do próximo outubro. Esta matéria, certamente, será a primeira de uma série. 

Se acalmem que virão muitas matérias sobre confronto de ideias entre os presidenciáveis. 

Ossami Sakamori