terça-feira, 29 de junho de 2021

Brasil deve R$ 5,171 trilhões!


A matéria de hoje, serve apenas para informações sobre a Dívida Pública Federal, onde o devedor é União Federal, sem considerar as dívidas de outros entes da federação, nem tão pouco de empresas públicas e ou de economia mista.  Assim, não está incluído neste montante, a dívida da Petrobras e da Eletrobras, por exemplo.   A Dívida Pública Federal, no final do mês de abril somava R$ 5,171 trilhões, incluído o montante da Dívida Federal Externa que somava R$ 230 bilhões (US$ 44 bilhões).  

           A Dívida Pública Federal, R$ 5,171 trilhões, comparado com o Produto Interno Bruto  em 2020, que somava R$ 7,4 trilhões, é muito expressivo, mesmo considerando a reserva cambial líquida do Banco Central, ao redor de US$ 290 bilhões ou aproximadamente R$ 1,450 trilhão a nosso favor.  O endividamento líquido do Governo Federal é, descontado a reserva cambial, estava no final de abril em R$ 3,720 trilhões, grosso modo, considerando dólar a R$ 5.  
           Proporcionalmente ao PIB, que mede toda riqueza produzida no País, o número não seria tão expressivo, mas se levar em conta a arrecadação do Governo Federal, previsto para 2021, de R$ 1,656 trilhão o montante da Dívida Pública Federal é expressivo.  Todos anos, desde 2014, o Governo Federal não consegue pagar os seus compromissos correntes obrigatórias, provocando o "déficit primário", que é o dinheiro que falta para cobrir as despesas obrigatórias.   Os "déficits primários" ou os "rombos fiscais" só provoca o aumento real da Dívida Pública Federal.   O "rombo fiscal" real, ou o "déficit nominal" que inclui os juros da Dívida Pública Federal, está longe de ser coberto com a arrecadação de impostos e tarifas federais.  Esta situação vem de longe e é um problema endêmico do Brasil em especial e de muitos países do mundo.
          Para um leigo entender, o País está literalmente "quebrado", pois não consegue sequer pagar as "despesas correntes ordinárias" do Governo Federal, muito menos os juros da Dívida Pública Federal.  Em outras palavras, o Governo Federal apenas "rola" a Dívida Pública Federal, "empurrando" os novos títulos públicos pagando juros médios baseados na taxa Selic, para manter a "bola da neve" da dívida "rolando".   Um país, como o Brasil, padece da mesma doença de um indivíduo que "vive" para pagar juros do cartão de crédito.   A dívida nunca acaba, só aumenta!
          Eu vejo que a única forma de País sair desta situação de "alto risco" é crescer muito acima do crescimento da Dívida Pública Federal ou a dívida pública engole o País.  A fórmula não é fácil, mas há que achar a saída para a situação.  É necessário mais do que nunca:  Acelera, Brasil !

           Ossami Sakamori

domingo, 20 de junho de 2021

CPI da Covid-19: O Big Brother dos políticos

 


Não costumo fazer comentários políticos porque não é o assunto de minha preferência, apesar de estar assistindo através de TV por assinatura, os depoimentos na CPI da Covid-19.  De terça a quinta, o assunto da CPI tem ocupado espaço nas principais mídias do País.  É prato cheio para as mídias, também, conquistarem a audiência.  Tudo tem a ver com o faturamento das principais mídias do País, tal qual "Big Brother" da Globo ou a "Fazenda" da Record.  Para os políticos, independente de posição política, contra ou a favor do governo, a exposição na mídia é propaganda gratuita.  É o "Big Brother" dos políticos.  

          A CPI da Covid-19, tornou algumas personagens do governo e fora dele, como "investigados", como se os membros que compõe a CPI fossem os mais "puros" e "inocentes" para julgar qualquer personagem do País.  Tudo indica que o objetivo da CPI da Covid-19 é levar o presidente da República aos bancos dos réus.  A CPI é instrumento do Congresso Nacional para investigar irregularidades do governo, isto é.  Os membros da CPI, formados pelos parlamentares "carimbados" querem chegar ao objetivo que é o "impeachment" do presidente Jair Bolsonaro.  Os tais senadores da República, Omar Aziz, PSD/AM, Randolfo Rodrigues, REDE/AP e Renan Calheiros, PMDB/AL, se portam como os "donos" da verdade, o que parecem estar longe de sê-los, pelo histórico parlamentar de cada um.   

          Os principais veículos de imprensa estampam na primeira página, a foto acima, que mais parece foto de "chefões" da máfia italiana do que de "nobres" senadores da República.  Fico triste com os mais de 500 mil vítimas da pandemia Covid-19, que estes senhores alegam poderiam ter evitados.  Até posso concordar em parte com a afirmação, no entanto, o atraso na vacinação, ninguém fica fora da responsabilidade, até mesmo estes senhores, os donos da verdade, que poderiam ter atuado preventivamente.

             Cada um faz o seu juízo de valor, se estes senadores tem "qualificação" para julgar qualquer cidadão brasileiro do bem.                        

              Ossami Sakamori

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Brasil crescerá 5%, neste ano!

 


A agência de classificação de riscos de crédito dos governos ao redor do mundo, a Fitch Ratings, divulgou nota, nessa terça-feira, dia 15 de junho, previsão de crescimento do Brasil em 5% neste ano, ante a projeção anterior de 3,5%, para o ano de 2021.  As instituições financeiras brasileiras, já vinham sinalizando o crescimento em até 4,5%.  Previsão de crescimento feita por uma agência como a Fitch, pegou o mercado financeiro de surpresa.

            No entanto, a agência de classificação de risco Fitch mantém a classificação da nota de crédito dos títulos do Tesouro Nacional na categoria de especulação, que vai em ordem de crescente, B-, B, B+, BB-, BB e BB+, mantendo o rating (classificação) do Brasil em BB-. O País continua segundo a Fitch com grau de risco de calote.  A nota mais baixa do grupo de investimento é a nota BBB-, considerada juntamente com BBB, BBB+ a qualidade média de investimento.  O Brasil ainda tem muitos deveres de casa a fazer para alcançar o "grau de investimento", onde atrairia capital estrangeiro para investimentos produtivos.  Segue imagem das notas do mundo, sendo verde é o "grau de investimento".

          A Fitch prevê ainda que a inflação ao consumidor deve elevar para 5,5% e o dólar termine este ano, 2021, ao redor de R$ 5,30, com viés de baixa.   E, ainda, prevê que a taxa básica de juros termine o ano em 6%, com viés estável no próximo ano.  As projeções da Fitch, no meu entender, deverão confirmar, sobretudo, com a vacinação da Covid-19 em curso e já levaram em conta as medidas "tímidas" anunciadas pelo ministro Paulo Guedes em relação às medidas econômicas a serem implementadas, ainda neste ano.

           Brasil crescerá 5%, neste ano!

           Ossami Sakamori






quarta-feira, 9 de junho de 2021

Brasil só crescerá no último trimestre de 2021.

 


A expectativa que cada brasileiro com relação ao crescimento econômico do País neste ano, 2021, não poderia ser diferente da minha.   Ninguém mais aguenta a situação econômica decorrente da pandemia Covid-19 que afeta a todos, inclusive a este que escreve.  O Brasil se e encontra numa situação sócio econômico incomparável com o restante do mundo devido a depressão econômica peculiar do País, a pior desde a crise econômica mundial iniciada em 1929.  Nesse período, de 2014 a 2020, o País ficou atrasado em relação aos países desenvolvidos, um "fosso", ligeiramente superior a 25%.  O povo brasileiro está apreensivo e com expectativa de que uma hora mude o viés da curva de crescimento.  

          No início do ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou o crescimento em "V", no final do primeiro trimestre desde ano.  Já estamos no segundo trimestre e não vemos no horizonte próximo, a segunda "perna" do "V" e nem tão pouco enxergamos no próximo trimestre.   Até este momento, as medidas econômicas adotadas pelo ministro Guedes são tímidas e não passa do "auxílio emergencial", uma repetição do "auxílio emergencial" de 2020, porém com valor do desembolso "per capita" menor do que do ano anteior.  Na semana que passou, o governo anunciou uma carência no programa Pronampe, um empréstimo subsidiado da Caixa.  A notícia desta semana é que haverá prorrogação do programa "auxílio emergencial" por mais 3 meses, numa evidência de que a segunda perna da "V" só se concretizará no último trimestre.  

         O pano de fundo é que, o País passou de 8ª economia do mundo, ocupado em 2014, para 13ª economia, conforme pode ver no gráfico abaixo.  


Para o País voltar a ocupar a 8ª posição na economia global, tirar a defasagem de 25%, o esforço terá que ser acima das maiores economia do mundo.  E não está sendo.  Pelo contrário, em termos de investimentos, continuamos na "rabeira" do mundo.

           A triste notícia é que o Brasil, não fez e não faz os deveres de casa, como a reforma tributária e um novo pacto federativo.  Eu já manifestei nas matérias anteriores, de que o Brasil esconde os problemas no âmbito tributário e também no trabalhista.  O País esconde os maiores problemas como "iceberg", onde os problemas maiores estão submersos, distantes aos olhos de quem tem pouca familiaridade com a "macroeconomia".  Os empresários que se aventuram em investir no Brasil correm o risco enorme de ir a "falência" ou a uma "recuperação judicial", o que já vem ocorrendo.

            Enquanto isto, as maiores economias do mundo, sobretudo os Estados Unidos e União Europeia anunciam pesados "investimentos públicos" para soerguimento da economia, os investimentos públicos no Brasil os investimentos estão limitados pelo limite do "teto dos gastos públicos", conhecido como Emenda 95, de autoria do ex-ministro da Economia, o banqueiro Henrique Meirelles.  A Emenda 95, limita os gastos públicos, incluídos investimentos públicos, ao nível de 2016, o fundo de poço da pior crise econômica dos últimos 100 anos.  

      Para os que acompanham este blog, digo com total segurança de que a perna da "ascensão" do Brasil se dará no último trimestre deste ano, igual a perna da letra "U" e não da "V".  

          Ossami Sakamori