Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
terça-feira, 29 de junho de 2021
Brasil deve R$ 5,171 trilhões!
domingo, 20 de junho de 2021
CPI da Covid-19: O Big Brother dos políticos
A CPI da Covid-19, tornou algumas personagens do governo e fora dele, como "investigados", como se os membros que compõe a CPI fossem os mais "puros" e "inocentes" para julgar qualquer personagem do País. Tudo indica que o objetivo da CPI da Covid-19 é levar o presidente da República aos bancos dos réus. A CPI é instrumento do Congresso Nacional para investigar irregularidades do governo, isto é. Os membros da CPI, formados pelos parlamentares "carimbados" querem chegar ao objetivo que é o "impeachment" do presidente Jair Bolsonaro. Os tais senadores da República, Omar Aziz, PSD/AM, Randolfo Rodrigues, REDE/AP e Renan Calheiros, PMDB/AL, se portam como os "donos" da verdade, o que parecem estar longe de sê-los, pelo histórico parlamentar de cada um.
Os principais veículos de imprensa estampam na primeira página, a foto acima, que mais parece foto de "chefões" da máfia italiana do que de "nobres" senadores da República. Fico triste com os mais de 500 mil vítimas da pandemia Covid-19, que estes senhores alegam poderiam ter evitados. Até posso concordar em parte com a afirmação, no entanto, o atraso na vacinação, ninguém fica fora da responsabilidade, até mesmo estes senhores, os donos da verdade, que poderiam ter atuado preventivamente.
Cada um faz o seu juízo de valor, se estes senadores tem "qualificação" para julgar qualquer cidadão brasileiro do bem.
Ossami Sakamori
quarta-feira, 16 de junho de 2021
Brasil crescerá 5%, neste ano!
A agência de classificação de riscos de crédito dos governos ao redor do mundo, a Fitch Ratings, divulgou nota, nessa terça-feira, dia 15 de junho, previsão de crescimento do Brasil em 5% neste ano, ante a projeção anterior de 3,5%, para o ano de 2021. As instituições financeiras brasileiras, já vinham sinalizando o crescimento em até 4,5%. Previsão de crescimento feita por uma agência como a Fitch, pegou o mercado financeiro de surpresa.
No entanto, a agência de classificação de risco Fitch mantém a classificação da nota de crédito dos títulos do Tesouro Nacional na categoria de especulação, que vai em ordem de crescente, B-, B, B+, BB-, BB e BB+, mantendo o rating (classificação) do Brasil em BB-. O País continua segundo a Fitch com grau de risco de calote. A nota mais baixa do grupo de investimento é a nota BBB-, considerada juntamente com BBB, BBB+ a qualidade média de investimento. O Brasil ainda tem muitos deveres de casa a fazer para alcançar o "grau de investimento", onde atrairia capital estrangeiro para investimentos produtivos. Segue imagem das notas do mundo, sendo verde é o "grau de investimento".
A Fitch prevê ainda que a inflação ao consumidor deve elevar para 5,5% e o dólar termine este ano, 2021, ao redor de R$ 5,30, com viés de baixa. E, ainda, prevê que a taxa básica de juros termine o ano em 6%, com viés estável no próximo ano. As projeções da Fitch, no meu entender, deverão confirmar, sobretudo, com a vacinação da Covid-19 em curso e já levaram em conta as medidas "tímidas" anunciadas pelo ministro Paulo Guedes em relação às medidas econômicas a serem implementadas, ainda neste ano.
Brasil crescerá 5%, neste ano!
Ossami Sakamori
quarta-feira, 9 de junho de 2021
Brasil só crescerá no último trimestre de 2021.
A expectativa que cada brasileiro com relação ao crescimento econômico do País neste ano, 2021, não poderia ser diferente da minha. Ninguém mais aguenta a situação econômica decorrente da pandemia Covid-19 que afeta a todos, inclusive a este que escreve. O Brasil se e encontra numa situação sócio econômico incomparável com o restante do mundo devido a depressão econômica peculiar do País, a pior desde a crise econômica mundial iniciada em 1929. Nesse período, de 2014 a 2020, o País ficou atrasado em relação aos países desenvolvidos, um "fosso", ligeiramente superior a 25%. O povo brasileiro está apreensivo e com expectativa de que uma hora mude o viés da curva de crescimento.
No início do ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou o crescimento em "V", no final do primeiro trimestre desde ano. Já estamos no segundo trimestre e não vemos no horizonte próximo, a segunda "perna" do "V" e nem tão pouco enxergamos no próximo trimestre. Até este momento, as medidas econômicas adotadas pelo ministro Guedes são tímidas e não passa do "auxílio emergencial", uma repetição do "auxílio emergencial" de 2020, porém com valor do desembolso "per capita" menor do que do ano anteior. Na semana que passou, o governo anunciou uma carência no programa Pronampe, um empréstimo subsidiado da Caixa. A notícia desta semana é que haverá prorrogação do programa "auxílio emergencial" por mais 3 meses, numa evidência de que a segunda perna da "V" só se concretizará no último trimestre.
O pano de fundo é que, o País passou de 8ª economia do mundo, ocupado em 2014, para 13ª economia, conforme pode ver no gráfico abaixo.
Para o País voltar a ocupar a 8ª posição na economia global, tirar a defasagem de 25%, o esforço terá que ser acima das maiores economia do mundo. E não está sendo. Pelo contrário, em termos de investimentos, continuamos na "rabeira" do mundo.
A triste notícia é que o Brasil, não fez e não faz os deveres de casa, como a reforma tributária e um novo pacto federativo. Eu já manifestei nas matérias anteriores, de que o Brasil esconde os problemas no âmbito tributário e também no trabalhista. O País esconde os maiores problemas como "iceberg", onde os problemas maiores estão submersos, distantes aos olhos de quem tem pouca familiaridade com a "macroeconomia". Os empresários que se aventuram em investir no Brasil correm o risco enorme de ir a "falência" ou a uma "recuperação judicial", o que já vem ocorrendo.
Enquanto isto, as maiores economias do mundo, sobretudo os Estados Unidos e União Europeia anunciam pesados "investimentos públicos" para soerguimento da economia, os investimentos públicos no Brasil os investimentos estão limitados pelo limite do "teto dos gastos públicos", conhecido como Emenda 95, de autoria do ex-ministro da Economia, o banqueiro Henrique Meirelles. A Emenda 95, limita os gastos públicos, incluídos investimentos públicos, ao nível de 2016, o fundo de poço da pior crise econômica dos últimos 100 anos.
Para os que acompanham este blog, digo com total segurança de que a perna da "ascensão" do Brasil se dará no último trimestre deste ano, igual a perna da letra "U" e não da "V".
Ossami Sakamori