domingo, 30 de setembro de 2012

PARQUE EÓLICO. CONSUMIDOR PAGA R$ 370 MI SEM USO



Quase metade das usinas licitadas no primeiro leilão de energia eólica do Brasil está pronta sem poder gerar um único megawatt (MW) de eletricidade. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que 32 dos 71 parques eólicos leiloados em 2009 estão parados por causa da falta de linhas de transmissão. "Houve um descasamento entre a entrega das usinas e do sistema de transmissão", afirmou o diretor da agência reguladora, Romeu Rufino. Fonte: Estadão.

A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), estatal do Grupo Eletrobras, venceu o leilão das linhas de transmissão, mas não concluiu nenhum projeto - em alguns casos, nem iniciou as obras. Pelas regras do contrato, o sistema de transmissão teria de ser concluído na mesma data dos parques eólicos para permitir o início dos testes. Mas, na melhor das hipóteses, a conexão com as usinas apenas se dará em julho do ano que vem. Fonte: Estadão.


Rufino afirmou que a Aneel tem discutido constantemente com a estatal para tentar resolver o problema e diminuir os impactos para o consumidor. Segundo ele, não está descartada a possibilidade de fazer uma instalação provisória enquanto a definitiva não é concluída. Apesar de não poderem produzir energia, as geradoras terão direito de receber a receita fixa prevista nos contratos de concessão. Pelos cálculos da Aneel, as 32 usinas têm receitas de R$ 370 milhões a receber. fonte: Estadão.

Assim anda as obras do PAC do sistema elétrico,  literalmente desconectadas.  Sem o mínimo de gerenciamento.  Quem paga a conta é o consumidor, pelos valores pagos às geradoras, sem a correspondente utilização da energia.  O consumidor paga, pelo rateio, sem utilizar as energias.  Isto acontece justamente no setor que a presidente Dilma se diz entendedor do assunto. Se neste setor acontece isto, imagine o resto como anda.

E por estas e outras razões que estou no contingente de 23% que não aprova a administração da Dilma, como presidente da República. Gerentona, onde?  É o que acontece, em quase todos os setores da administração pública.  Os importantes cargos da administração do governo federal é loteado, como capitanias hereditárias, sem o mínimo de exigência da competência de quem os ocupam.  Assim, afunda o Brasil.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

LULA E SERRA, VÃO PARA CASA, VÃO!


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse no sábado, 29, em comício do candidato petista Fernando Haddad na zona leste da cidade, que o tucano José Serra deveria se aposentar e não concorrer novamente à Prefeitura de São Paulo. "Serra está usando São Paulo como cabide de emprego. Ele devia requerer a aposentadoria, não a Prefeitura", afirmou. Fonte: Estadão.

Em parte, concordo que o Serra não deveria ter se candidatado à Prefeitura de São Paulo.  Mas, isto é passado.  Ele é candidato a mais uma gestão de 4 anos frente a maior cidade da América do Sul, que também é maior centro cultural e financeiro ao mesmo tempo.  Esta mesma crítica, faço ao presidente Lula.  Ele tem quase a mesma idade do Serra.  Quem pensa que ele é?  Lula se compara a Deus, é isto? 

Presidente Lula, pega o seu boné do MST e vai para o apartamento cobertura em São Bernardo do Campo, vai!  Isto mesmo, vai junto com Serra requerer a aposentadoria!  É melhor se aposentarem no auge, pelo menos o povo vai ficar com o "bem querer".

Fico triste em ouvir a disputa do poder pelos militantes da época da ditadura militar.  Discurso mais ultrapassado não existe!  Ditadura militar, triste episódio da história brasileira, começou em 31 de março de 1964.  Eu tinha 19 anos. Hoje, estou com 68 anos!  A redemocratização começou em 1984, ainda assim, há 28 anos!  Todos os exilados pela militância política da época da ditadura, foram anistiados e receberam polpudas indenizações. Apesar disto explorar condição de "terrorista" é o mesmo que se igualar ao terrorista italiano Cesare Battisti, por sinal anistiado pelo Lula.

Pois, enquanto os militantes contra ditadura de 1964, Lula, Serra, Dilma, José Dirceu, José Genuíno e tantos outros "engalfinham-se" em conquistar o poder, numa espécie de revanche após 5 décadas, porque daquelas lutas saíram-se frustrados.  Esqueceram-se do ideário de militantes e abandonaram os assuntos pertinentes à vida da população como educação, saúde e segurança pública?  Querem e querem o poder, utilizando-se de rasteiras e dribles não tão convencionais como no jogo de "pelada" da várzea.   E o povo, que os assiste, que se dane!  Eles são atores, personagens e beneficiários do poder.  Justifica-se.  Os que entram pobres no poder, saem-se bilionários ou na pior das hipóteses milionários.  Pelo visto, vale a pena "enlamear-se" no jogo de pelada e após o banho no vestiário, cada um toma o seu caminho usando o luxuoso Land Rover.

Não votem nesses que estão comprometidos e apoiados pela contra-revolução de 1964, hoje, em sua maioria transformados em ladrão de colarinho branco!  

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

sábado, 29 de setembro de 2012

PETROBRAS VALE METADE DO QUE VALIA EM 2008


A Petrobras alcançou sua maior capitalização de mercado no dia 21 de maio de 2008, quando valia R$ 530 bilhões. Agora, no cenário pós-capitalização, com a base acionária 48% maior, para que a Petrobras recupere seu valor ajustado para hoje, descontados os dividendos pagos no período as ações deveriam estar cotados ON em R$ 53,93 e PN em R$ 44,55 equivalente aos valores do pico de 21 de maio de 2008. Se e quanto isso acontecer, o valor de mercado da Petrobras atingiria R$ 650 bilhões, montante 27% acima do pico.  Mas para isto alcançar essa valorização, a empresa terá que mostrar resultado. fonte: Valor

O problema reside nisso.  A empresa terá que mostrar resultado.  após a capitalização a dívida líquida caiu de R$ 94 bilhões para R$ 57 bilhões.  Mas no fim do segundo trimestre, a dívida líquida saltou para R$ 133 bilhões e já representa 28% da capitalização, próxima do montante limite de 35% estabelecido pelo mercado para companhias do setor de exploração de petróleo.

A Petrobras vem sendo utilizado pelo governo Dilma como instrumento de política econômica, penalizando enormemente a Companhia no tocante a geração de caixa.  Como o petróleo é um commodity, as companhias internacionais privadas do setor, via de regra adota o regime de "paridade" entre o preço do mercado e o preço da bomba na ponta consumidora.  Por conta de segurar a popularidade e ajustando ao calendário eleitoral, a presidente Dilma determinou que a Petrobras teria arcar com a sua cota de sacrifício, mantendo o preço pelo menos até fim de outubro.  Que sai com o prejuízo são os acionistas minoritários e o contribuinte, também, porque a fragilidade da Petrobras lhe diz respeito tratando-se de uma Companhia estatal.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10.

EFEITO BOOMERANG DO DISCURSO DA DILMA NA ONU


Quem brinca com boomerang sabe que o brinquedinho ao lançá-lo à deriva, volta sempre em direção ao lançador.  É preciso analisar bem antes de imputar culpa aos outros.  O discurso da presidente Dilma na ONU, afirmando existir "guerra cambial" orquestrada pelos países do primeiro mundo, teve reação imediata.  Dilma foi criticar as atitudes tomadas pelos países do primeiro mundo, no tocante à liquidez do sistema financeiro, sabendo que aquelas medidas são cruciais para a sobrevivência deles.  Mesmo assim, usou erradamente o termo "guerra cambial" ao se referir às medidas.  Nada diferente do que o Banco Central do Brasil faz, o "controle informal" do câmbio, estabelecendo "banda cambial".  A respostas nem sempre vem na mesma moeda, poderá vir em dose dupla.  Veja os trechos da reportagem do jornal Estadão, para sentir o "efeito boomerang" resultante do discurso da presidente Dilma, aparentemente este direcionado ao público interno.  Quem planta colhe!

Países ricos vão levar a atitude protecionista do Brasil à Organização Mundial do Comércio (OMC), elevando a pressão sobre o governo e deixando claro que não abandonarão as críticas enquanto o Brasil mantiver uma postura defensiva. Na segunda-feira, governos de EUA, Europa, Austrália e Japão vão cobrar respostas às regras do IPI para carros, consideradas injustas, e sobre as exigências e barreiras na abertura do mercado de telefonia 4G no Brasil, consideradas discriminatórias. Não se trata de queixa nos tribunais da OMC. Mas a atitude dos países ricos é um sinal claro de que não vão apenas fazer discursos contra o Brasil. A decisão foi levar o caso ao Comitê de Investimentos da OMC, para escancarar a preocupação desses países com o Brasil. Fonte: Estadão.

A primeira é de EUA e Japão no setor de telecomunicações e a briga pelo acesso ao mercado de telefonia. Washington e Tóquio questionam as exigências do edital de licitação da faixa de 2,5 GHz - destinada ao serviço de quarta geração da telefonia móvel (4G). No item seguinte do debate na OMC, Austrália e União Europeia vão questionar a decisão do Brasil de reduzir o IPI para montadoras que façam investimentos e produzam seus carros no País. Ainda em 2011, o governo anunciou alta de 30 pontos porcentuais nas alíquotas de IPI para veículos que tenham menos de 65% de conteúdo nacional. Antes, o tributo variava de 7% a 25% e, com a medida, passou para 37% a 55%. A diferenciação continuou nos meses seguintes e, segundo a diplomacia dos países queixosos, criaram preferências para certas montadoras. Fonte: Estadão.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

SUPERÁVIT PRIMÁRIO. A META CONTINUA R$ 139,8 BI


O chefe do departamento econômico do Banco Central, Tulio Maciel, disse que o superávit primário de R$ 2,997 bilhões registrado no mês passado é o resultado mais fraco para meses de agosto desde 2002. Em agosto daquele ano, o superávit foi de apenas R$ 1,226 bilhão. O chefe do Departamento Econômico do Banco Central também disse que a programação de superávit primário está sendo cumprida até o momento, apesar do volume que ainda falta para a instituição atingir nos últimos quatro meses do ano a meta de R$ 139,8 bilhões. Segundo ele, os últimos meses de 2012 devem registrar um aumento das receitas. Fonte: Estadão.

Para a dívida bruta ao final de 2012, a expectativa passou de 55,8% do PIB para 57,2% do PIB. No fim do ano passado, estava em 54,2% do PIB. O chefe de departamento salientou que a dívida bruta absorveu o impacto da necessidade de ajuste de liquidez. "O BC adotou medidas para liberar compulsórios e isso implica em ampliação das operações compromissadas, que entram no cômputo da dívida bruta", disse. Fonte: Estadão.


O Superávit primário é a diferença entre as receitas da União e os gastos do governo.  Esta diferença é destinada ao pagamento da dívida pública do governo federal.  Normalmente, o Superávit primário não cobre a totalidade dos juros da dívida, sendo necessário, o que falta, incorporar ao saldo devedor e jogar para frente, ou seja rolar.  Esta matéria serve apenas para constatação.  Isto já estava previsto no Orçamento da União. 

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

LULA. QUEM PLANTA COLHE!


O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foram constrangidos por um protesto durante plenária com estudantes bolsistas do ProUni no auditório da Uninove, universidade particular localizada na Barra Funda, zona oeste da capital, na noite desta quinta-feira, 27. Fonte: Estadão.

No momento em que Lula e Haddad sentaram no palco, um estudante levantou com um cartaz apontando incoerência entre a proposta do partido para São Paulo de eleger um "homem novo" e o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. "Lula, renovação com mensalão?", dizia o cartaz. Após gritar a frase por alguns segundos, o jovem, não identificado, foi retirado do auditório pelos presentes. Fonte: Estadão.

Comentário: Quem planta colhe!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

ANP E PETROBRAS, JUNTOS, SOCORREM CHEVRON



A Chevron pagou na sexta-feira passada (21) a multa imposta pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) pelo acidente no campo de Frade, na bacia de Campos, em novembro do ano passado. Como o pagamento foi feito à vista, a empresa americana teve desconto de 30% sobre os R$ 35,1 milhões definidos pela agência e pagou cerca de R$ 25 milhões. Fonte: Folha.

A Chevron disse ter sido notificada na terça-feira (25) sobre a liminar concedia pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) a uma ação do Ministério Público Federal que pede a suspensão de suas atividades de produção e transporte no Brasil em um prazo de 30 dias. Além da Chevron, a Transocean, dona da sonda que provocou o acidente no campo de Frade, também terá que deixar o país em 30 dias. Fonte: Folha.

A ANP e a Petrobras, porém, estão ajudando as duas empresas a derrubar a liminar na Justiça. A Petrobras tem oito das dez sondas da Transocean no país e é sócia da Chevron no campo de Frade.
Com problemas de aumentar a produção, a estatal poderá fechar 2012 com uma produção menor do que 2011. A contribuição de Frade poderia ajudar a reduzir essa queda. Fonte: Folha.

À época do vazamento do petróleo no campo de Frade, a ANP se posicionou contra a Chveron e a Petrobras fingiu que o problema de vazamento de petróleo não era com ela.  Já comentei aqui no blog que a ANP não tinha e não tem estrutura de pessoal para exercer fiscalização efetiva nos diversos poços em operação no país, o que coloca em fragilidade o sistema de produção de petróleo no Brasil.  A Petrobras por sua vez, está com problema de geração de caixa motivado por "não paridade" dos combustíveis aos preços internacionais está extremamente debilitada em relação aos novos investimentos.  Na necessidade de manter os equipamentos da Chevron no país, o órgão de fiscalização e a maior companhia de petróleo do país resolvem aliar ao malfeitor de ontem.  

Esta mudança de atitude de ambas entidades governamentais, ANP e Petrobras, com certeza tem orientação da presidente Dilma, numa atitude recorrente, bipolar.  O blá-blá-blá é montado em cima da mesmas situações, conforme conveniências do momento, numa atitude  de esperteza e ou no mínimo conivente.  Tudo pautado, o discurso, na agenda de eleições.  E assim vai mantendo a aprovação pessoal da Dilma nas alturas.  Nota 10 para marqueteiros que fazem maquiagem perfeita da presidente Dilma, para esconder os defeitos e os malfeitos da presidente. 

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori10

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

BANCOS. DANDO COM UMA MÃO E TIRANDO COM OUTRA


Enquanto são pressionados pelo governo para reduzir as taxas de juros, os bancos têm elevado suas tarifas. De janeiro para cá, as tarifas máximas cobradas pelos bancos públicos e privados pelos produtos e serviços mais comuns tiveram aumento de até 191% na pessoa física. Fonte: Estadão.

Desde abril, os bancos sucessivamente anunciam redução de juros em diversas linhas de crédito. Segundo divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira, o juro médio cobrado nas operações de crédito livre, inclusive, atingiu seu menor patamar da série histórica iniciada em 2000 e ficou em 30,1% ao ano. Questionadas, as instituições financeiras não comentam se o aumento de tarifas tem por objetivo compensar a queda de juros. Fonte: Estadão.

Fato que já era esperado.  Na iniciativa privada, não tem Tesouro que injeta capital tanto quanto necessário para continuar o plano de expansão de crédito, determinado pelo ministro da Fazenda.  Os bancos privados tem compromissos com os seus acionistas minoritários ou não.  Os clientes que não concordam com as tarifas impostas pelos bancos privados, tem alternativas da CEF e Banco do Brasil.  E tem concorrência entre os bancos privados.  Os usuários do sistema bancário tem que negociar a contraprestação de serviços para gerir o seu fluxo de caixa.  Os grandes que negociem com os bancos as tarifas.  Os pequenos tem alternativa dos bancos públicos.  É necessário estar atentos e espertos.

Via de regra, os usuários dos bancos privados tem algum produto casado.  Teve que aceitar as tarifas porque o empréstimo foi feito naquele banco ou outra vinculação qualquer.  De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a venda casada é proibida.  Se se sentir lesado, em qualquer situação, deve formalizar a reclamação na Delegacia de Consumidor e ou no Banco Central do Brasil, devidamente protocolizado.  Garanto que os bancos, se estiverem praticando alguma ilicitude, vão se enquadrar rapidinho.  Tenho certeza! Não adianta reclamar para vizinho, que isto não leva a nada.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

PARA PT JULGAMENTO DO MENSALÃO É SABOTAGEM



Pela segunda semana consecutiva, o senador Jorge Viana (PT-AC) subiu à tribuna do Senado para criticar a imprensa no julgamento do mensalão.  O petista disse que "setores da mídia" usam o julgamento para "sabotar o PT" e o ex-presidente Lula com o objetivo de influenciar no resultado das eleições municipais do dia 7 de outubro. "Cobrar, exigir dos que ocupam cargos públicos, eu acho que é uma das funções mais nobres da imprensa. E isso é feito diariamente. Mas daí a querer conduzir a opinião pública, a explicitar, na véspera de uma eleição, uma intolerância com uma figura como a do presidente Lula, aí isso é sabotagem", afirmou. Fonte: Folha.

Comentário. Se sabotagem é coibir roubalheira, então, é sabotagem o que imprensa vem fazendo sobre o processo mensalão.  Quanto à intolerância ao presidente Lula, não só imprensa, mas o povo é intolerante com figuras públicas que se metem em roubalheira do dinheiro público. Concordo, em tese, com o Senador Jorge Viana. Mas, quanto aos fatos concretos do mensalão ocorrido, discordo integralmente.

Ao discursar para um plenário vazio, Viana disse que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que julgam o mensalão também sofrem influência da mídia. "Só não vale nossos governos indicarem ministros do Supremo e eles chegarem lá e votarem contra por pressão da imprensa", afirmou. No discurso, Viana também insinuou que alguns promotores e juízes atuam em julgamentos com posturas para agradar a imprensa porque querem virar políticos no futuro. E criticou o que chama de "endeusamento" de ministros do STF.  Fonte: Folha.


Comentário. Não só setores da mídia influencia os ministros do STF, mas o povo brasileiro, que se sentem lesados e enganados com os autores da operação mensalão.  Os ministros do STF estão cumprindo, sem temor, indo contra o partido que comanda o país, num ato de muita coragem e galhardia.  O povo não endeusa ninguém, nem mesmo os ministros do STF, que cumprem seus deveres de magistrados e nem tão pouco Lula, moralmente, chefe da quadrilha que comandou o mensalão, em julgamento.  O povo, apenas, aplaude os seus sentimentos de indignação serem atendidos.  Nada mais.

#PrimaveraJáChegou

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori10

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PORQUE FAÇO PARTE DOS 23% QUE DESAPROVA PRESIDENTE DILMA


A aprovação sobre a maneira de governar da presidente Dilma permaneceu em 77%, o mesmo percentual atingido nas duas últimas pesquisas realizadas em março e junho deste ano. Mas houve queda de 16 pontos percentuais entre os entrevistados com renda familiar superior a 10 salários mínimos neste item. Fonte: Folha.

Toda vez que faço crítica ao ex-presidente Lula e à atual presidente Dilma, vem enxurrada de críticas sobre a minha opinião expressa.  Em muitas ocasiões, são postadas ofensas pessoais, na rede social twitter, endereço pelo qual me apresento. Quem opina está sujeito a ouvir o que não quer.  Faz parte.  Embora, ofensas pessoais não fazem parte ou pelo menos procuro não ousar em utilizá-las porque não faz parte da minha tosca educação.  

Feito este preliminar, afirmo que faço parte do contingente que não aprova os métodos de administração, tanto do ex-presidente Lula, tanto quanto a da presidente Dilma.  Então, faço parte dos 23% da população que não aprova a administração da presidente Dilma.  Poderia, no meu direito, calar-me sobre os motivos que me levam a me posicionar nesta situação, mas torno público o meu pensamento para que não precise a toda hora estar justificando a minha posição.  

Reconheço que na administração dos presidentes Lula e Dilma, o Brasil sofreu avanços significativos na distribuição de renda do povo brasileiro, assim como reconheço, também, a importância da implantação do Plano Real e a Lei da Responsabilidade Fiscal do presidente FHC.  Negar os fatos concretos é tornar parciais minhas considerações sobre diversos temas que trato aqui neste blog.  No entanto, ignorar as mazelas, mesmo após 9 anos e 9 meses de administração do atual partido do governo, nas área de educação, saúde e segurança pública seria como dar às costas ao clamor popular, sobretudo sabedor de toda forma de mazelas.

Nem as mazelas nos segmentos tão importantes são motivos suficientes para eu estar posicionado na fatia dos 23% da população.  O motivo que me faz não ceder aos charmes e encantos dos aspectos positivos, nem são as dificuldades impostas à população sobre os aspectos já mencionados. O que me faz posicionar negativamente aos atos dos presidentes são os atos que em todo mundo se abomina, que é a corrupção.  Essa história de que sempre houve corrupção em todos os países e em especial em todos os governos passados do Brasil, não é justificativa suficiente para aceitá-la como fato inerente e intrínseco da política.  Não concordo, nem um pouco com o que diz ex-governador e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf em seus périplos políticos, traduzida pela sua famosa frase: Eu roubo mas faço!  Em discordando desta frase e sendo coerente com os meus princípios, tenho convicção de dizer que faço parte dos 23% que desaprova a presidente Dilma.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

BOLHA IMOBILIÁRIA VIII. SEGUNDO AGÊNCIA FITCH


Não sou mensageiro do "apocalipse now".  Faço comentários sobre o mercado imobiliário para mostrar as possíveis variáveis, em função do que denomino de "bolha imobiliária".  O país já viveu momentos semelhantes no passado e deixou sequelas irreparáveis para mais de 40.000 clientes da falida Encol.  Não tenho bola de cristal para prever o futuro, mas em muitos casos, as minhas matérias tem sido oportuno para informações privilegiadas sobre diversos temas.  Sem comentar sobre a matéria que transcrevi e  destaquei do artigo da Folha de São Paulo os trechos importantes para análise e consideração dos meus leitores.


 "De janeiro de 2008 a julho de 2012, os preços reais [descontada a inflação] da habitação aumentaram 92% em São Paulo e 118% no Rio de Janeiro" diz Jayme Bartling, diretor-sênior da agência. "Mas, nos últimos meses, a alta dos preços caiu junto com o menor crescimento da renda." A expansão do mercado de crédito imobiliário brasileiro é considerado o principal motivo do boom dos preços dos imóveis no país. Os empréstimos hipotecários cresceram de 1,5% do PIB em 2005 para 5,4% em maio deste ano, segundo números divulgados pelo BC (Banco Central). Fonte: Folha.

Os preços das casas, segundo a Fitch, têm aumentado desproporcionalmente em relação aos rendimentos das famílias tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro. Apesar da alta nos preços, a agência não acredita que os preços caiam significativamente por causa do "ambiente econômico benigno" no médio prazo. Mas a agência de classificação de alerta que, em caso de surgir um cenário de estresse econômico, os preços podem cair "consideravelmente". Fonte: Folha.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

terça-feira, 25 de setembro de 2012

NÃO HÁ GUERRA CAMBIAL, DILMA!


Presidente Dilma, onde senhora pegou esse negócio de "guerra cambial" ?  Isto só existe na sua cabeça, presidente!  Aquele velho discurso de país sub-desenvolvido, sempre botando culpa dos próprios erros a outros.  Pegava bem, quando a senhora fazia guerrilha urbana nos tempos da ditadura.  Apontava os americanos como imperialistas.  Agora, Dilma, os tempos são outros.  A era é do mercado financeiro globalizado, onde só os melhores sobressaem.  Não adianta chorar as pitangas.  Ninguém está preocupado com o Brasil em específico.  Só quer saber se o país vai honrar com o pagamento da sua dívida.  Guerra cambial virá, se a senhora continuar brincando.  Daqui a pouco, os investidores resolvem tirar o dinheiro do país e aí sim, estará declarada a "guerra cambial".  

A senhora culpa os EEUU, Alemanha e Japão, de eles fazerem os próprios ajustes.  Dilma eles estão tomando atitudes para permitir crescimento sustentável, deles próprios, claro.  A China já faz isto há tempo!  Dilma, a senhora não percebeu que eles estão preocupados com eles próprios?  A senhora acha que os EEUU, Alemanha, Japão e China estão preocupados com a situação interna do Brasil?  Negativo! Não estão nem aí, Dilma!  Eles estão é preocupado se o dinheiro colocado no país tem segurança jurídica e econômica para receber de volta.  É só isso, presidente!

Dilma, antes de espernear, deveríamos tomar medidas que estão à nossa mão.  Tem muita coisa que pode ser feito.  A começar pela desvalorização do real para tornar competitivo os nossos produtos no mercado internacional.  Vender mais. Fazer caixa.  É o que os chineses vem fazendo há 20 anos!  Fórmula para isto tem. Só a senhora que não a enxerga.  É mais fácil culpar os outros para encobrir os nossos erros, não é ?  

Como fazer?  Ora, ora, presidente!  Os juros que o país paga, ainda são uma das mais altas do mundo.  Baixa Selic para senhora ver.  Os dinheiro da especulação, vão sair rapidinho, ajudando na desvalorização do real.  E nem venha com história de que baixar juros gera inflação.  Somente, em tese, Dilma.  Tem outros mecanismos que a Fazenda e Banco Central poderão implementá-los para segurar a inflação, presidente.  A senhora não fugiu da escola, foi?  Coisa básica, Dilma.  Não vai atrás de economistas de plantão no Planalto, nem os seus puxas sacos e muito menos empresários beneficiários da Bolsa Empresário. Estes últimos, invariavelmente vão aplaudir o seu discurso "guerra cambial" como se dele estivesse concordando, sem estar convencidos disso.

Não há guerra cambial, Dilma!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori10

DILMA MANDA SACAR R$ 29 BI DAS ESTATAIS


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará um novo aporte de dividendos ao Tesouro para reforçar o caixa do governo federal e ajudar no cumprimento da meta de superávit primário (economia de recursos para pagamento da dívida) das contas públicas. O reforço dos dividendos do BNDES vai ajudar o governo a alcançar R$ 29 bilhões de receitas com dividendos, previsão que consta no último relatório do Orçamento da União, divulgado na semana passada. Fonte: Estadão.

O governo diz que não há manobra no repasse dos dividendos, mas o aumento dessas receitas num ano em que as estatais têm queda na lucratividade é visto com desconfiança. A avaliação dos analistas é que essa política de garantir "superdividendos", como vem sendo chamada no mercado, enfraquece os efeitos da política fiscal. A previsão de receitas e dividendos cresceu para acomodar a queda na estimativa de arrecadação. Fonte: Estadão.

A manobra do ministro Mantega é para garantir o Superávit Primário, nome feio, dentro da meta.  O Estadão foi benevolente em explicar que o Superávit Primário é economia de recursos para pagamento de dívidas.  Explicando melhor, é para pagamento de parte dos juros da dívida pública federal.  O resto do juros que o Tesouro não consegue pagar, vai ser acrescido no saldo da dívida bruta do Tesouro.  Rolagem da dívida.

É um artifício contábil, tudo para poder gastar.  Há poucos dias, o governo editou MP para capitalizar CEF e Banco do Brasil em R$ 21 bilhões, justamente na contramão dos gastos públicos.  O artifício contábil é de que o aporte aos bancos estatais serão considerados como investimentos e não como gastos.  E no caso de BNDES, também, é uma atitude contraditória, porque o governo injeta dinheiro com recursos captados com emissão de títulos do governo para fazer empréstimos denominado por mim de Bolsa Empresário, hoje no montante de R$ 360 bilhões.  É um tal de tira e põe.  Haja gambiarra contábil !

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10 

LULA SE COMPARA A DEUS!



O ex-presidente Lula disse ontem, em comício em Mauá, que agradecia a Deus por ter curado seu câncer para que possa reeleger a presidente Dilma Rousseff em 2014. "Uma única coisa que eu agradeço a Deus: é que ele me curou. Para que eu possa não apenas eleger Donisete [Braga, candidato em Mauá] como também para, se Deus quiser, em 2014, reeleger a companheira Dilma", afirmou. Fonte: Folha.

O Brasil é um país democrático, assim creio.  Cada um pensa como quiser e diz o que quer, são direitos fundamentais do cidadão braisleiro.  Está escrito na Constituição brasileira.  Embora, muitas vezes, não se cumpre com fidelidade, o que diz o Artigo 5º sobre os direitos fundamentais do cidadão, está lá, como Cláusula Pétria.  Cada cidadão brasileiro pode ter sua religião e sua crença.  E sobretudo, cada cidadão pode expressar o seu pensamento livremente, sem censura.  Aquele que o faz, responde por aquilo que expressa, perante a lei.  É assim a Carta Magna, objeto de uma matéria minha sobre o tema com o título "Artigo 5º da Constituição".

Voltando ao assunto da declaração do presidente Lula.  Ele não infringe o seu direito de expressão de pensamento.  Presidente Lula, embora, semi-analfabeto, como ele se proclama, ele é muito inteligente.  Tudo que ele diz, traduz o que ele pensa, mesmo em linguagem tosca.  Ele disse que é a "única coisa" que agradece a Deus, se referindo ao câncer que se acometeu e que, segundo ele, Deus o curou.  As outras conquistas veio do seu poder, assim entendi. Ele se acha todo poderoso, como de fato é, uma espécie de chefe da quadrilha que governo o país. Muitos líderes da história da humanidade se achavam infalíveis e onipotentes.  Para refrescar a memória, todos eles tiveram fim tristes, sem exceção. Lula toma caminho daqueles. Que Deus preserve a sua saúde, o que todo brasileiro deseja.  Mas, para o seu próprio bem e para que parcela significativa da população continuem o adorando, que deixe de se comparar a Deus.  

Presidente Lula, você já fez muito pelo Brasil, apesar de lambança do mensalão, mas está na hora de retirar-se da vida política. Recomendo. Primavera já chegou!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: sakamori10@gmail.com

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

LULA X OS CONSERVADORES.



Em comício neste domingo (23) em Santo André, no ABC paulista, o ex-presidente Lula acusou "conservadores" de tentarem ligar o PT à morte do ex-prefeito Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002. Ele citou o ex-prefeito no palanque ao pedir votos para o candidato do partido na cidade, Carlos Grana. Fonte: Folha.

"Nessa cidade, os conservadores chegaram ao absurdo de achar que o PT tinha coisa a ver com a morte do Celso Daniel. Possivelmente para apagar a memória daquele que foi o melhor prefeito que essa cidade já conheceu em toda a sua história", afirmou. Fonte: Folha.


Numa ação de improbidade administrativa que corre na Justiça, o Ministério Público vincula o assassinato a um suposto esquema de corrupção para desviar verbas do município para campanhas do partido. O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), que foi secretário de Governo da prefeitura na gestão de Daniel, é um dos réus do processo. Fonte: Folha.


Como no processo de mensalão, o presidente Lula tenta ligar o judiciário brasileiro a "força conservadora" brasileira.  E chamar de "elite" aquelas pessoas e empresas que não repassam verbas, via Caixa 2, aos seus interesses particulares.  Quase cola... Quase cola este tipo de discurso.  Mas felizmente, os ventos da primavera começam a soprar no planalto brasileiro.  

Quem acompanhou o noticiário à época do assassinato do prefeito Celso Daniel, sabe que algo de estranho ocorreu naquele episódio.  Histórias, ainda não desvendadas, envolvendo as principais figuras do partido do presidente Lula, quais sejam o atual Secretário Geral da Presidência Gilberto Carvalho e o ex-ministro Antonio Palocci.  Já houveram mortes em circunstâncias misteriosas de principais testemunhas do assassinato do prefeito Celso Daniel.  O único que está preso é o suposto mandande do crime, o ex-segurança do prefeito.  E vai ficar por isso mesmo.  

Agora, culpar as "forças conservadoras" do assassinato já foi longe demais.  Fez-se representar no comício citado no noticiário, a atual ministra de Planejamento e ex-mulher do Celso Daniel, a Miriam Belchior.  Marketing perfeito.  Porém, só tem uma coisa, presidente Lula, o povo não acredita mais na sua palavra.  Felizmente, a primavera já chegou!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori10

DILMA, SEU DISCURSO NA ONU É TIRO NO PÉ!


Quatro dias após a dura troca de críticas entre Brasil e Estados Unidos pelo fato de o governo brasileiro ter elevado tarifas de importação de 100 produtos para proteger a indústria nacional, a presidente Dilma Rousseff dá início a mais um round contra o "tsunami monetário". Ela deverá investir contra a injeção de dinheiro novo na economia pelos bancos centrais dos Estados Unidos, do Japão e da Comunidade Europeia, em discurso na abertura da 67.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU)e encontros com chefes de Estado. Fonte: Estadão.

Amanhã, Dilma faz o tradicional discurso de abertura da assembleia. Antes da apresentação, se reúne com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e diplomatas da organização. Até a tarde de ontem, não estava programado encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Diplomatas dizem que uma reunião entre os dois não deve ocorrer, mas é possível haver uma conversa no próprio plenário da assembleia. Ele subirá à tribuna logo após o discurso dela.  Fonte: Estadão.


Só pode ter sido Marco Aurélio Garcia, assessor top top, a orientar presidente Dilma sobre mais um round de ataque ao "tsunami monetário", se referindo aos governos dos principais países do mundo darem liquidez ao seus mercados. Os ataques são totalmente indevidos e impertinentes, por 2 motivos principais.  O primeiro motivo é que Dilma faz isso, exatamente, igual aqui no front interno com o Crédito Fácil e Crédito Barato inetando recursos ao mercado consumidor.  Além de liberar recentemente R$ 30 bilhões do empréstimo compulsório dos bancos para dar maior liquidez ao sistema, tal qual EEUU, guardada a devida proporção e injeção de R$ 21 bilhões nos bancos oficiais. O segundo motivo é que injeção de recursos estimula o consumo no mercado interno daqueles países.  O estímulo ao consumo, trazem benefícios imediatos com o aumento de demanda dos produtos de exportações brasileiros.  Portanto, está redondamente errado o discurso que pretende a presidente Dilma na abertura da Assembléia da ONU.

No entanto, ao analisar o comportamento bipolar da presidente, dá até para entender o teor do discurso.  Ela continua usar a frase de efeito como já pronunciou anteriormente como "canibalismo" e "tsunami monetário".  Isto, no front externo, chega a ser motivo de piada entre os diplomatas do primeiro mundo.  Mas no front interno, Marco Aurélio Garcia, está certo na sua orientação de aproveitar a ocasião para produzir efeito "espuma" no intuito de vender a imagem de uma presidente macho ou melhor dizendo uma presidente durona.  Assim mesmo, vai ter os agentes públicos, economistas de plantão do Planalto e empresários beneficiários da Bolsa Empresários, irão aplaudir de pé o discurso da presidente Dilma.  Fazer o que? Primavera não chegou lá, ainda.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

domingo, 23 de setembro de 2012

PRIMAVERA JÁ CHEGOU !


Ontem, dia 21, iniciou a estação da primavera no hemisfério sul.  Estação marcada por muito verde e muitas flores.  Após o inverno frio e gélido, como que de repente, a paisagem se transforma, tudo fica vicejante.  Dá-se impressão do renascer à vida!  

Brasil já viveu os tempos duros.  Quase 20 anos de ditadura militar. As experiências desastradas com "cruzado" e "cruzado novo" do José Sarney.  O confisco de depósito pelo governo Collor.  A descarada roubalheira pelos aliados do presidente Collor. As desestatizações feito à qualquer custo pelo governo FHC. Compra de votos para aprovação da reeleição, pelo FHC. A compra de votos pelo processo mensalão pelo Lula. O financiamento Caixa 2 da reeleição do presidente Lula.  O financiamento Caixa 2 da eleição da presidente Dilma, via DNIT.  O uso do dinheiro do trabalhador, FGTS, para subsidiar o programa Minha Casa Minha Vida.  O anúncio da devolução do dinheiro pago pelos consumidores de luz, como se fosse benesse do governo.  E por aí, vai!

O povo já estava sem esperança.  Eis que como um novo vento da primavera, os ministros do STF, atendendo ao clamor popular, sobretudo do proveniente das redes sociais, resolvem condenar os réus do processo mensalão.  Contrariando tudo que foi dito pelo presidente Lula, no exercício da presidência e no exercício do seu périplo político, o STF disse afirmativamente que o mensalão "existiu".  Mesmo que ele, Lula, não venha ser condenado pela justiça, como parece acontecer, por decadência do prazo, o povo já o condenou moralmente.  Para o povo, Lula é o chefe da quadrilha!

Não é porque os réus do mensalão serão condenados, que vamos baixar guarida.  O processo de corrupção no país continua.  Continua com mais vigor que antes.  São 9 ministros de Estado, afastados pela suspeita de roubalheira direta ou indireta, sem que estes fossem sequer processados.  Então, o vírus da roubalheira do dinheiro público continua.  Continua descaradamente, agora, com proteção da lei REC (Regime Diferenciado de Contratações), onde permite aditivos contratuais em até 100%. Agora, tem os agentes públicos meter a mão no dinheiro do contribuinte, oficialmente! 

Está na hora de dizer: basta!  Chega de roubalheira! Chega de endeusar os chefes de quadrilha!  Seja de que partido for!  Já está na hora de o povo reagir, para coibir a roubalheira do dinheiro público, tão carentes nos investimentos em educação, saúde e segurança pública.  Chega de cheirar cocaína do Crédito Fácil e Crédito Barato!  Chega de achar que Lula é isto ou Dilma é aquilo.  Muito menos do FHC.  Ninguém destes é arauto da moralidade pública.  

A luta é permanente.  Nós contribuintes, somos, mais do que nunca, responsáveis em fazer a revolução.  Diferentemente da revolução da Primavera árabe, porque somos democratas, faremos diferente.  Não vamos pegar nas armas e nem vamos sair à rua fazer badernas.  Isto não leva a nada!  Nós temos a arma mortal.  Nós temos o precioso  "verbo" como única arma contra os marginais que campeiam o setor público.  E porque não dizer, também, dos corruptores do setor privado, que são via de regra os maiores beneficiários desta situação.

Simplesmente, digo: #PrimaveraJáChegou

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR.  E-mail : sakamori10@gmail.com 

DILMA, SUBTRAINDO DINHEIRO DAS ESTATAIS?



A administração petista voltou a se amparar nas empresas estatais para inflar as receitas do Tesouro Nacional, mas os resultados obtidos ainda estão muito aquém das metas fixadas para o ano. O expediente foi inaugurado no final do governo Lula, quando a arrecadação de impostos começou a sofrer os efeitos da crise internacional e deixou de ser suficiente para sustentar sozinha a escalada dos gastos públicos. Para evitar cortes de despesas que trariam desgaste político e desaceleração econômica, a saída foi extrair parcelas crescentes dos lucros das empresas controladas pela União. Fonte: Folha.

No mês passado, o pagamento de dividendos das estatais ao governo atingiu o maior valor desde o início do mandato da presidente Dilma Rousseff. Foram R$ 5,8 bilhões, o equivalente a, por exemplo, quase o triplo dos investimentos programados para o ano na rede de aeroportos. Para engordar as cifras, o Tesouro Nacional usou uma manobra heterodoxa: resgatou antecipadamente títulos de sua dívida em poder de dois bancos federais, contabilizando o valor como dividendo recebido.  Fonte: Folha.


Como pode ver, Dilma fez "gambiarra contábil" para subtrair dinheiro das estatais, sob título de dividendos antecipados, para poder continuar com a gastança pública, sem cortes.  Se o presidente Lula era analfabeto funcional, como ele própria o denominava, a presidente Dilma tem "esperteza" de sobra.  Faz as manobras contábeis para fazer parecer que ela, Dilma, é a autora dos benfeitos do governo.  Mostra através do seu marqueteiro que atitudes tomadas classificadas como "benfeitos", sempre são de sua autoria.  São na verdade, via de regra, as contas são pagas pelo contribuinte.  Faz muita espuma para os "malfeitos" parecerem "benfeitos".  Típica manobra que a sua colega Cristina faz com o povo argentino.  

Lembrando também, que a manobra contábil serve para manter a meta de Superávit primário, o nome feio, para pagar parte dos juros da dívida interna do governo federal.  No final do ano, a Dilma e seu ministro da Fazenda, vão anunciar que o governo conseguiu atingir a meta do Superávit primário, como se isto fosse o melhor troféu do mundo.  E o povo engole.  Dá-se impressão pelo nome que o Superávit primário é "sobra" de dinheiro em caixa.  Nada mais mentiroso do que isto, o dinheiro é destinado a pagar "parte" dos juros da dívida pública.  Fiquem atentos para mais este fato.  

Dilma, chega de gambiarra na administração pública, vai !

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR.  Twitter: @sakamori10 

sábado, 22 de setembro de 2012

O VENTO DA PRIMAVERA JÁ CHEGOU AO BRASIL !


Sem conseguir alavancar a campanha do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, faltando duas semanas para as eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia neste sábado, 22, uma série de comícios com candidatos do partido no ABC. A região é tradicional reduto petista e marcou o início da carreira política do ex-presidente, mas em duas das quatro cidades a serem visitadas, candidatos de outros partidos lideram a disputa pelas prefeituras. Fonte: Estadão.

O efeito mensalão vem causando efeito devastador no prestígio do presidente Lula.  A maioria dos candidatos às prefeituras de cidades importantes, se antes disputavam, hoje não o querem no palanque dos candidatos petistas.  É o começo do fim do seu prestígio eleitoral.  O nordeste, o seu principal reduto eleitoral, também o rejeitam.  Fazer o que? Tem que voltar à cozinha e fazer campanha nos seus redutos da época do sindicalismo. O povo é sábio e já percebeu que a hora é de mudanças.  

E a mudanças vem do STF.  Os ministros que compõe a última instância judiciária, vem demonstrando que mensalão existiu, ao contrário das declarações insistentes do presidente Lula.  Agora, quem passa por mentiroso é o presidente Lula.  Felizmente, o STF recuperou o seu papel institucional.  E o presidente Lula, mesmo não sendo condenado, vai carregar o estigma de "chefe da quadrilha".  É a vox populis vox Dei.  

É o prenúncio da primavera!  Antes tarde do que nunca.  Os ventos da nova estação, no Brasil, vem com alguma defasagem em relação a outros continentes, mas veio.  A leveza do primeiro sopro passou pelo Supremo Tribunal Federal.  E os sopros refrescantes vem passando pelo Belo Horizonte, Recife, São Paulo e outras cidades importantes. Pouca gente está a perceber, mas é assim que começa a primavera.  Oxalá, a primavera brasileira, ocorra de forma democrática.  E com certeza será, com os votos de mudanças, no próximo dia 7 de outubro, nas urnas, democraticamente.  

Os ventos da primavera já chegou no Brasil !

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor  da UFPR. Twitter: @sakamori10  

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

DILMA, ROMBO DE R$ 21 BI NA CEF E BB?



A União concederá à Caixa Econômica Federal um crédito de até R$ 13 bilhões e ao Banco do Brasil outros R$ 8,1 bilhões, de acordo com medida provisória publicada no "Diário Oficial da União" nesta sexta-feira (21). A operação visa ampliar os limites operacionais dos dois bancos e aumentar sua capacidade de empréstimos. Para isso, segundo o texto, os recursos poderão ser enquadrados como instrumento híbrido de capital e dívida que pode ser considerado patrimônio de referência. Fonte: Folha.

Para fazer a injeção de recursos, a União poderá emitir, sob a forma de colocação direta, em favor da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, títulos da dívida pública federal, cujas características serão definidas pelo ministro da Fazenda. Fonte: Folha.


O que eu falei antes?  Para o governo bancar o Crédito Fácil e Crédito Barato, via CEF e BB, disse eu, antes, que o Tesouro teria que bancar o "rombo" das ambas instituições bancárias federais.  Não precisou ir longe, o Tesouro terá que injetar cerca de R$ 21 bilhões, como uma forma de capitalização de ambas instituições.  Para isto o Tesouro vai emitir título de dívida pública no igual montante.  Isto é, vai pagar taxa Selic para "bancar" o Crédito Barato, porque não conseguiu captar os recursos suficientes no mercado.  

Ministro Mantega, insiste que os bancos privados acompanhem a política creditícia da CEF e do BB, mas estes não tem condições de fazê-la fora dos recursos captados como aplicação dos seus próprios clientes.  Os bancos privados não tem "patrão" tão bonzinhos para "bancar" com recursos próprios, sem fugir dos índices mínimos de alavancagens impostos pelo BC e pelo Acordo de Basiléia.  Falar é fácil, difícil é executar.  

Como acontece seguidamente, as eventuais ajudas, acabem se transformando em ajuda permanente.  Certamente, os recursos, os R$ 21 bilhões de "aumento de capital", estão sendo bancados, novamente, pelo contribuinte.

Dilma, não cuspa para cima, o efeito não é nada agradável.  Só espero que, desta vez, não transforme o fato trágico em fato positivo, como sempre costuma fazer.  Fazer espuma é a especialidade da presidente Dilma.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com Twitter: @sakamori10

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

MENSALÃO. LULA FOI O CHEFE DA QUADRILHA


Afirmar o que está dito na chamada deste artigo, vou responder pelo crime de difamação e calúnia.  Além de ter no meu encalço agentes do governo, pegando no meu pé.  Tenho experiências tristes sobre isto.  No entanto, se a imprensa não pode falar, vou me arriscar a falar.

Ao assistir detidamente, nestes últimos 50 dias de julgamento do processo penal de número 470, conhecido como mensalão, chego a mesma conclusão que a população, que tem o mínimo de consciência, chega.  Os réus do mensalão estão sendo abatidos um a um.  Num processo de volta à normalidade institucional, começando pelo STF. O poder judiciário é um dos pilares da democracia.  E este vem demonstrando ao país, para que veio ou para que existe.  Chego a me emocionar de orgulho pela instituição STF do Brasil. 

Curiosamente, o presidente Lula, que seria o pivô do esquema mensalão, operado pelo seu chefe da Casa Civil, José Dirceu, por longo período, mais de 2 anos, está fora do processo.  Nem vamos analisar quem pecou em não incluir o presidente Lula no processo mensalão.  Diz o Procurador Geral da República, que havendo indícios suficientes, deve iniciar o processo investigativo pelo juízo de 1ª instância.  OK. Não entendo uma linha de processo judicial, portanto acredito que isto tudo seja verdade.  Acredito que seja.  Nem tenho motivo para duvidar.

No entanto, as circunstâncias mostram que efetivamente o comando do processo mensalão coube ao presidente Lula.  A compra de votos dos parlamentares foram importantes para aprovação das leis importantes para o seu governo.  Se não houve conivência, houve omissão deliberada para que o processo mensalão fosse comandado pela Casa Civil, dentro do próprio Palácio Planalto.  As evidências de que realmente tivera sua anuência é cristalina.  Não deixam dúvidas.  Só o que falta é a prova material.  Apenas isto.  

Não posso afirmar, pelas letras jurídicas, que o presidente Lula é o chefe da quadrilha, mas moralmente, o povo já fez o seu julgamento.  O povo sabe que Lula foi o responsável pela quadrilha que operou o processo mensalão.  E a história nos mostrará e confirmará o que já é público e notório.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR. E-mail: sakamori10@gmail.com

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

PETROBRAS. EXPLORAÇÃO DO PRÉ-SAL A QUEM INTERESSA?


Dirigindo uma das principais entidades de petróleo do mundo, o World Petroleum Council, mas também presidente da brasileira Barra Energia, Renato Bertani acha que o Brasil não pode se dar ao luxo, como país em desenvolvimento, de demorar tanto tempo para desenvolver seus gigantescos reservatórios de petróleo no pré-sal brasileiro. O próprio Bertani está à espera de novas áreas para a Barra Energia, hoje com apenas dois blocos devido à falta de leilões --um deles é o bem sucedido Carcará, em parceria com a Petrobras. Fonte: Folha.

Sou de opinião diametralmente oposta aos da World Petroleum Council que, curiosamente, coincide com a do governo Dilma.  A presidente Dilma, quer e quer de qualquer maneira que o pré-sal seja explorado no mais curto tempo possível.  Considerando que o pré-sal está a uma profundidade de 7.000 metros de profundidade, que requer tecnologia própria, ainda em desenvolvimento, creio inoportuno o açodamento da exploração no prazo curto.  Na minha opinião, até por questão de segurança ambiental a expansão da área de pré-sal deve ser feito com parcimônia.

Além do aspecto de requerer tecnologia mais segura, o custo de exploração do pré-sal, segundo analistas, não sai por menos de US$ 70,00 o barril.  Para o preço de venda em torno de US$ 95,00 o barril, a margem de lucro não é expressivo, hoje.  Todos os indicadores mostram que o preço de petróleo no médio prazo vai alcançar patamar de US$ 150,00 o barril.  Neste nível de preço, a lucratividade do poço do pré-sal, relativamente, vai melhorar em muito.  É uma questão econômica.  Ninguém vai roubar o nosso pré-sal, só porque não estamos explorando.  Vai permanecer como reserva importante para o Brasil e para o mundo, querendo ou não, pois está localizado dentro do limite do mar territorial brasileiro.

A Petrobras deve investir pesadamente em refino ao invés de dar prioridade à exploração.  A capacidade de refino das nossas refinarias está esgotada.  O Brasil está importando combustíveis prontos. Isto é, estamos criando empregos lá fora.  Se tivéssemos refinarias com capacidade acima do consumo interno, poderíamos estar importando o petróleo bruto e exportando os combustíveis prontos, deixando o valor agregado ao país.   Questão de usar a inteligência ao invés de querer forçar a barra para vangloriar-se de que somos auto-suficientes.  EEUU, Japão e Europa são auto-suficientes?  Não, não são.  Compram petróleo como commodity e vendem os subprodutos com altíssimo valor agregado.  Na minha opinião, auto-suficiência é visão tacanha.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

terça-feira, 18 de setembro de 2012

MENSALÃO X REDES SOCIAIS


O Supremo Tribunal Federal (STF) vem julgando o processo penal de número 470, referente ao mensalão, com extremo rigor, que a população brasileira desejava.  Até que enfim, dá-se impressão de que o país entrou na rota da normalidade.  Havia algum tempo que não se via o julgamento de um processo importante para a vida do país, acontecer num clima de sobriedade e rigor.  O julgamento esta servindo de balizamento para o comportamento ético dos políticos brasileiros.  Fica o exemplo para que o país saia de um verdadeiro clima de "gandaia" que imperava antes dos votos de ministros do STF.  O julgamento não terminou, mas independente dos resultado, o Brasil cresceu perante o mundo.  

Isto que foi dito já é de conhecimento público.  O que quero chamar atenção nesta matéria é que os ministros do STF, sofreram pressões enorme da população para que assim agisse.  Se em outros tempos, as pressões vinham das passeatas de ruas, de panelaços e de movimento de caras pintadas, nos dias de hoje, as pressões vem das redes sociais, dos blogs, dos portais e de outras formas de comunicação via web. Este fato, tem passado despercebido pela grande maioria da população, mas é sinal dos novos tempos.  Assim como aconteceu a "primavera árabe" e agora recente a guerra civil na Síria vem a demonstrar claramente a importância da rede mundial de computadores.

Talvez, nós mesmos, participantes dos blogs, das redes sociais, não tenhamos tomado conta da importância da manifestação via web, para consolidação da verdadeira democracia no mundo e em especial no Brasil.  Por estas e outras razões é que abomino, veementemente, qualquer tipo de censura que venha a ser exercido em nome do Estado, cerceando a liberdade de expressão, qualquer que seja.  Exemplos de tentativa de censura, não faltam.  Eu tenho minhas convicções de que há censura exercido pelo aparelhos do governo nas redes sociais no Brasil.  É triste, mas é verdade!

Vamos em frente, que estamos ganhando a guerra, apesar de algumas batalhas perdidas!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

COMISSÃO DA VERDADE. MAS, QUE VERDADE?


A Comissão da Verdade encerrou ontem uma de suas principais polêmicas ao oficializar que suas investigações alcançarão somente as violações aos direitos humanos praticadas por agentes do Estado, ou a serviço deles. Fonte: Folha.

A decisão foi formalizada em resolução interna publicada no "Diário Oficial", segundo a qual o grupo elucidará abusos (como assassinatos, torturas e desaparecimentos) praticados "por agentes públicos, pessoas a seu serviço, com apoio ou no interesse do Estado".Fonte: Folha.

A Comissão vai apurar a "meia" verdade, na minha opinião.  Dou razão para familiares das vítimas das torturas e outras barbaridades cometidas pelos militares, em nome de manter a ordem social.  Cometeram, sim, abusos e arbitrariedades.  Botaram o País sob censura.  Foi um período de excessão, onde a Magna Carta foi rasgada com o Ato Institucional n° 5.  Tudo isto, vivi e convivi.  Merece sim, colocar à luz da sociedade os excessos cometidos.  Sou a favor, sim, da Comissão da Verdade.

No entanto, vivi os momentos da revolução iniciada em 1964.  Eu entrei na Universidade Federal do Paraná, no curso de engenharia, justamente em 1964. Participei da diretoria do Diretório Acadêmico de Engenharia da UFPR.  Lembro-me que eu fazia parte dos estudantes, que eram contra o "sistema", mas que não podíamos dar-se ao luxo de partir para a luta armada, na clandestinidade.  Éramos estudantes pobres.  Nós tínhamos que nos sustentar e pagar os próprios estudos, porque situação familiar não permitia.  Éramos tão combatentes como os da clandestinidade.  Nossas armas eram os "verbos".  Eram os boletins informativos ou simplesmente folhetins, como Pasquim caseiro.  Muitos de nós, fomos fichados no DOPS.  

Outra turma de estudantes, maioria de classe médias ou ricas, que eram sustentados pelos pais, também igualmente contra a ditadura.  No entanto, caíram na clandestinidade, por opção.  Eram coisa mais engraçada do mundo, aqueles estudantes de pais ricos, defendendo comunismo e ou idéias socialistas.  Para alguns, dávamos o nome de "esquerda festiva", porque só fazia barulho, como depredar patrimônio público.  Outros foram para a luta armada.  Explodiam bancos, sequestravam pessoas, saqueavam alguns elites, para financiar o grupo armado.  Não se tem notícia se daqueles ações armadas houveram vítimas.  Eram excessos de partes a partes.  Fazem parte da história.

Pois bem, hoje, essa turma da luta armada, estão no poder.  Ao impor investigaçõessobre somente os atos praticados pelos agentes do Estado, me parece, "revanchismo".  Com certeza, não é "conciliação".  Que punam os que tem que ser punidos, mas de ambas as partes, quer seja agente público ou não.  Ambos lados cometeram excessos, isto está contado nos anais do jornal como Estadão, que sempre esteve frontalmente contra a ditadura militar. 

Estou a arriscar levar alcunha de direita, mas fazer o que?  A verdade é uma só, desde que contado de todos os lados.  Não podemos sair de ditadura militar e entrar na ditadura de militantes.  Ambos são condenáveis! Mas, estou pronto para levar o chumbo de todos os lados!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

LULA SAIRÁ LIVRE DO MENSALÃO


Sobre o julgamento do mensalão, o Lula não está nem aí.  Ele é a própria encarnação do Al Capone.  Márcio Thomaz Bastos, como ministro de Justiça do Lula, inventou o "não sabia de nada".  E, colou.  Colou tanto que ele, Lula, não faz parte do rol de réus do processo em julgamento no STF.  O então Procurador Geral da República Antonio Fernandes, que formulou a denúncia, ficou constrangido em incluí-lo na denúncia.  Nem tão pouco o Procurador Geral Roberto Gurgel teve a coragem de fazê-lo.  Ambos foram nomeados pelo presidente Lula.  Incluir presidente da República no pleno exercício da República não é tão fácil, compreendo.  

Agora, Lula não é mais presidente da República.  Como afirmara o Procurador Geral da República Roberto Gurgel, Lula é, no momento, um reles cidadão, portanto, se houver motivação para processo, deverá ser feito na 1ª instância.  Por ai, já começa a confusão.  Ele seria processado em Brasília, onde supostamente, foi cometido o delito ou em São Bernardo do Campo, seu domicílio particular?  Um processo desse, leva na melhor das hipóteses mais de 15 anos.  Até lá, todos os crimes estariam prescritos.  Sobretudo, porque Lula está a beira de completar 70 anos.  

O presidente Lula é como o "capo", Al Capone.  Todo mundo tem certeza de que ele é o chefão da quadrilha, mas ninguém consegue indiciá-lo.  Não tem provas materiais ou testemunhais.  Quem seria louco de denunciar ou testemunhar contra o capo?  Ninguém.  A maioria que tem provas testemunhais é conivente. Essas pessoas, receberam de alguma forma benefícios do "padrinho".  Outras tem medo de fazê-lo.  Preferem trafegar na zona de conforto.  Sabem que contra os denunciantes tem os aparelhos do governo.  Como nos velhos tempo da ditadura militar.  Os aparelhos, agora, tem comandos civis, a única diferença.  Lembro-me do velho "sistema" dos anos de chumbo.  Quem vivenciou o período da ditadura militar sabe do que estou a dizer.  Igual, igual.  É uma forma de tentar calar alguns, poucos que são contras.

Fico muito triste em deixar um País com esta situação para minha neta.   Porque, para os filhos só consegui deixar a turma do "capo" comandando os aparelhos do governo. Oxalá, apareça algum corajoso que mude o "status quo".  

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR. E-mail: sakamori10@gmail.com

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

DÓLAR TEM FÔLEGO PARA SUBIR MAIS AINDA?


O dólar teve nesta segunda-feira a maior alta ante o real desde 3 de julho, avançando quase 1% após o Banco Central voltar a mostrar determinação em manter a moeda norte-americana acima de R$ 2 com uma nova intervenção no câmbio. Fonte: Folha.

A moeda norte-americana teve valorização de 0,94%, a R$ 2,0301 na venda, após oscilar entre uma mínima de R$ 2,0153, logo no início da sessão, e uma máxima de R$ 2,0345. Fonte: Folha.

Com atuação do Banco Central, o dólar deve flutuar na banda informal entre R$ 2,00 e R$ 2,10, nos próximos dias.  Ainda, há espaço para subir, conforme estudo do Ipea e outros institutos de pesquisas econômicas, inclusive meu.  Alguns fatores ainda impedem que o dólar tome o rumo da valorização. Um dos fatores, positivo para o País, mas valoriza a moeda americana é a entrada de investimento estrangeiro direto (IED) no Brasil.  Outro fator é o conhecido juros reais, Selic, um dos mais altos do mundo.  

Já comentei várias vezes neste blog, que a dupla Mantega - Tombini, sabe administrar a Tesouraria, mas é incapaz de elaborar um projeto econômico financeiro a médio e longo prazo.  Então, fica nessa de  monitorar a cotação do câmbio, utilizando-se, muitas vezes de artifício como colocação de título Swap Cambial Reverso, uma promessa de compra ou venda de título, no futuro.  Mais ou menos como dono do mercadinho da esquina querer controlar o fluxo de caixa da empresa baseado somente no dinheiro que entra ou sai do caixa, sem se preocupar com as contas a pagar como aluguel, luz e água no fim do mês. 

Enquanto isso, os empresários ficam à mercê do humor do mercado financeiro, sem parâmetro para fazer qualquer planejamento.  É como pedir para mãe Diná, prever se vai chover no Natal deste ano ou não.  

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR.  E-mail : sakamori10@gmail.com

DILMA, NÃO VÊ QUE SUA POLITICA ECONOMICA ESTÁ EQUIVOCADA?


O governo está repetindo em 2012 a estratégia fiscal de 2008 e 2009, quando a desaceleração da economia foi combatida basicamente com aumento de gastos correntes, e não de investimentos públicos. Com isso, pode haver, assim como depois da crise global, um aumento permanente da despesa primária (exclui juros) como proporção do PIB. A análise está em recente estudo do economista Mansueto Almeida, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Fonte: Estadão.

Em 2009, as despesas primárias aumentaram fortemente, dando um salto de R$ 74,3 bilhões, ou 1,24 ponto porcentual do PIB, passando de 16,42% para 17,66% do PIB. Daquele total, a expansão do investimento público foi de apenas R$ 5,9 bilhões, o que correspondeu a somente 8% da expansão do gasto primário.
"Isto não é uma verdadeira política anticíclica, porque o Estado sai permanentemente maior da sua implementação", critica Almeida. Política anticíclica é a expansão de gastos públicos em momentos de desaceleração econômica, como forma de estimular a demanda. Fonte: Estadão.

Política clássica. Na sua visão, diante da forte dificuldade em aumentar o investimento público, o governo tenta fazer a política anticíclica clássica via empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiar investimento de empresas. O problema é que essa expansão do crédito do banco de fomento é sustentada por empréstimos do Tesouro ao BNDES, que vão atingir R$ 360 bilhões no final de 2012. Fonte: Estadão.

Mias uma vez, funcionário subalterno do IPEA, órgão subordinado à presidência da República, vem ao público, fazer dura crítica à atual política econômica do governo Dilma.  No que, este comentarista concorda em gênero, número e grau.  Aliás, até agora, eu era praticamente voz solo num amontoado de puxa saco do governo, que vão desde os gestores públicos, economistas de plantão e empresários beneficiários da "Bolsa Empresário" a concordar com a política econômica da Dilma.

Prestem bem atenção no que o Mansuteto Almeida sobre os empréstimos do Tesouro, via BNDES, aos uns poucos empresários seletos.  Até os númeors vem confirmar o que venho chamando atenção há muito tempo, R$ 360 billhões.  O verdadeiro Bolsa Empresário com o dinheiro do contribuinte.  Por este motivo, já chamei a presidente Dilma de Robin Wood ao inverso. 

Acordem, economistas de plantão! 

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professor da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

domingo, 16 de setembro de 2012

BOLHA IMOBILIÁRIA VII. SEGUNDO IPEA


Estudo conduzido por dois pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) aponta "possibilidade concreta de existência de uma bolha no mercado de imóveis no Brasil", que pode estourar com a possível elevação futura dos juros.

Ou, em outras palavras, que a disparada dos preços de casas, terrenos e apartamentos nos últimos anos está resultando em valores irrealistas, incompatíveis com os movimentos de oferta e procura do mercado -e, portanto, insustentáveis.

Assinado pelos economistas Mário Jorge Mendonça e Adolfo Sachsida, o trabalho alimenta com novos argumentos a controvérsia instalada entre estudiosos, compradores e vendedores.

Os autores calculam que os preços tiveram alta de 165% na cidade do Rio de Janeiro e de 132% em São Paulo entre janeiro de 2008 e fevereiro deste ano, contra uma inflação de 25% no período. 

O texto diz que os efeitos de uma eventual crise no mercado imobiliário brasileiro não serão catastróficos como os do estouro da bolha americana, ponto de partida da crise global. "Contudo, não serão desprezíveis." 

Ipea é um órgão vinculado à presidência da República. As pesquisas feitas pelo Instituto, mantém independência de quem seja ocupante do Palácio do Planalto, bem como da presidência do próprio órgão. O objetivo da publicação deste, tem finalidade de reforçar ou contrapor as opiniões emitidas por mim, via este blog.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi prof. da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

sábado, 15 de setembro de 2012

DILMA, DE NOVO, DÁ COM UMA MÃO E TIRA COM OUTRA?

Na mesma medida provisória em que ampliou o número de setores beneficiados pela desoneração da folha de pagamento, o governo incluiu uma mudança que pode acabar fazendo as mesmas empresas pagarem tributo maior que o esperado. Fonte: Folha.

Pelo acordo, as empresas vão deixar de pagar contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos em troca de uma alíquota cobrada sobre o faturamento. A medida tem como objetivo reduzir custos das empresas, tornando-as mais competitivas com concorrentes estrangeiros. Fonte: Folha.

O problema é que o texto sofreu uma modificação que aumentou a base de cálculo sobre a qual será cobrado esse percentual, o que aumenta o gasto com o tributo. Um dirigente de entidade empresarial disse à Folha que a mudança não "anula" o efeito benéfico da desoneração da folha, mas "reduz seu efeito positivo, em alguns casos significativamente". Segundo ele, que preferiu não se identificar, uma "bondade" da Receita Federal sempre costuma vir acompanhada de uma "maldade". Fonte: Folha.

Eita, governo vendedor de espuma!  Dá com uma mão e tira com a outra.  Ou simplesmente, como no caso da conta de luz, dá de volta ao consumidor o que era dele, consumidor, próprio.  Uai, desse jeito vou ficando com saco cheio deste governo!  Por este e por outros motivos que estou dentro dos 25% que desaprova a pessoa da presidente Dilma.  Eu, estou fora!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi prof. da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

DILMA, FAÇO PARTE DOS 25% QUE NÃO A APROVA.



A avaliação positiva do governo Dilma ficou em 56,6% em julho, contra 49,2% em agosto de 2011, segundo pesquisa. Para 35,5% dos entrevistados, a avaliação dada foi "regular", ante 37,1% em agosto do ano passado, e para 7% foi negativa, contra 9,3% no levantamento anterior. O levantamento também apontou que a aprovação pessoal de Dilma está em 75,7%, contra 70,2% em agosto de 2011. Fonte: Folha.

Seja como for a avaliação da presidente pela população, assim como o do seu antecessor presidente Lula, eu faço parte dos 25% que não dou avaliação pessoal positiva à Dilma.  

Tendo conhecimento de como ela foi eleita em 2010, utilizando-se esquema do dinheiro não contabilizado, antes denominado de Caixa 2, considero ilegítimo, moralmente, o exercício da presidência da República.  Sendo ilegítimo, no aspecto moral, a minha avaliação pessoal, não chega a levar em conta os aspectos de governança do governo Dilma.  O estilo "rouba que faço" do Paulo Maluf, não é comigo.  Nem poderia ser, se o País fosse sério.  Pelo que vejo, o Brasil ainda terá que caminhar algumas léguas para chegar nos níveis de cultura do primeiro mundo.

Felizmente, vejo que o STF, o órgão máximo da instância judiciária, respondendo ao clamor das "redes sociais", vem a demonstrar sobriedade e seriedade no julgamento do processo mensalão.  Tomara que seja o novo paradigma para os casos de corrupção, do caixa 2, do dinheiro não contabilizado e da ladroagem dos agentes públicos.  Que os agentes públicos não fiquem mais impunes com malversações do dinheiro público.  

Justamente neste quesito de corrupção, caixa 2, ladroagem de dinheiro público e favorecimento aos parlamentares da base de apoio, que na minha avaliação, me faz posicionar na "desaprovação" pessoal da presidente Dilma.  Em 1 ano e 8 meses, já foram demitidos 10 ministros, pelo menos 8 deles com forte indício de ladroagem do dinheiro público, além de diretores de órgãos como DNIT e Valec.   E a presidente Dilma, nada fez contra estes agentes públicos, além das demissões.  Os agentes públicos corruptos, bem como seus corruptores estão livres e soltos, nem sequer estão sendo processados para ressarcimento aos cofres públicos. Estão, como agressão à moralidade pública, à prestar declarações públicas como nada tivesse com os casos que os levaram às demissões.

Se a presidente Dilma, liberar seus parlamentares da CPMI do Cachoeira a investigar à fundo, utilizando-se de instrumentos próprios, começando pelas contas da Delta Construções, virá à tona, o maior escândalo de caixa 2 da história do País. Infelizmente, os tais dinheiros não contabilizados foram utilizadas para eleições presidenciais de 2010. Presidente eleito com dinheiro sujo da corrupção, não é bom credenciais para merecer a minha aprovação pessoal da Dilma como presidente. Independentemente da CPMI do Cachoeira, se as instituições da República tiverem, creio que tem, autonomia de investigações, todo este culto de personalidade cai por terra.  Melhor dizendo, cai por República.  

Por tudo isso, faço parte dos 25% que não aprova a pessoa da presidente Dilma.  Apenas, respeito-a como minha presidente, enquanto no exercício do cargo supremo do República Federativa do Brasil.  Nada mais.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi prof. da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

PARA PETROBRAS E ANP, CHEVRON NADA FEZ DE ERRADO



Chevron e Transocean estão impedidas de operar no Brasil desde o fim de julho, após liminar contra as duas empresas ser concedida pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região).
A ANP recorreu da decisão no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas decisão publicada na quarta-feira (12) manteve a suspensão de todas as atividades de extração e transporte de ambas, sob pena de multa diária de R$ 500 milhões. Fonte: Folha.

Uma eventual suspensão das atividades da operadora de sondas Transocean no Brasil pode afetar gravemente a produção de petróleo no país, disse a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard, nesta sexta-feira (14). "Não podemos perder dez sondas da Transocean em um momento de declínio da produção de petróleo como o atual", disse Chambriard. "Na visão da ANP, a empresa não fez nada de errado." Fonte: Folha.

Não vou entrar no mérito do julgamento a respeito, se Chevron fez errado ou não no caso de vazamento do petróleo no campo de Frade, pois não tenho conhecimento técnico suficiente para fazê-lo.  Já fiz matéria sobre o tema chamando a responsabilidade daquele vazamento à própria Petrobras, sócio em 30% daquele campo.  Chamei atenção também sobre a falta de fiscalização e acompanhamento pela própria Petrobras e em especial pela ANP e Ibama nos campos de produção de petróleo como todo.  Tudo isto, vem ocorrendo devido ao açodamento da exploração do pré-sal para cumprir agenda política da presidente Dilma.

Aproveito a matéria para chamar atenção ao fato de exploração do pré-sal, no momento, que é uma precipitação.  Primeiro, economicamente, o custo de exploração do pré-sal é muito alto em relação ao preço de óleo do mercado internacional.  A relação custo/benefício não é tão atrativo nos níveis de preços atuais.  Segundo motivo é que a tecnologia para exploração em águas profundas vem melhorando significativamente nos últimos 5 anos, segundo técnicos.  Creio eu que se programar com parcimônia, a exploração do pré-sal, o País sairia ganhando em muito, pela eficiência e segurança incorporadas pelas novas tecnologias.  Ninguém vai levar embora, o petróleo que está dentro do limite territorial brasileira!  Então, porque não desenvolver o programa do pré-sal dando um "delay" para incorporar as novas tecnologias em desenvolvimento.  

Dilma, por favor, não vamos utilizar a Petrobras e pré-sal como instrumento político partidário.  O assunto pré-sal é um assunto sério!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi prof. da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

CONTA DE LUZ. DILMA, CHEGA DE SE ENDEUSAR, VAI !


O governo federal não vai pagar pelo atraso na construção de usinas hidrelétricas e de linhas de transmissão. A estimativa do governo, de que os cerca de R$ 21 bilhões acumulados pela Reserva Global de Reversão (RGR) entre 1957 e 2012 serão capazes de indenizar as concessionárias pelos investimentos realizados e ainda não amortizados, não leva em consideração os eventuais atrasos que ocorreram durante a construção desses empreendimentos.  A afirmação é do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, um dos protagonistas da reforma do setor elétrico tocada pela presidente Dilma Rousseff. Fonte: Estadão.

Dilma, mentiu ao anunciar que ela seria a autora da redução das contas de luz para o consumidor e indústria à partir de 2013.  Explicando melhor, para os leigos, a Reserva Global de Reversão é um fundos que os consumidores vinham pagando junto com a conta de luz desde 1957 até hoje.  Com o dinheiro acumulado pelos consumidores, vão ser indenizadas as concessionárias do setor elétrico pelos investimentos feitos e ainda não amortizados, para que à partir de 2013, possam cobrar tarifa menor, desoneradas agora do custo de investimentos.  Ou seja, o governo Dilma, vai pegar o fundo RGR acumulados pelos consumidores e vai indenizar as concessionárias do setor elétrico que ainda não tiveram os seus investimentos amortizados.  Desonerados deste encargo sobre o investimento, as concessionárias poderão cobrar tarifas menores.  


A reforma do setor elétrico serviu para "corrigir os preços distorcidos" praticados hoje na economia brasileira, afirmou Maurício Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética .  "Temos a matriz energética mais barata do mundo, e uma das tarifas de eletricidade mais caras. Ao cortar e reduzir encargos e renovar as concessões sob novas bases contratuais, com tarifas menores aos consumidores, o governo corrigiu essas distorções", disse o presidente da EPE. Fonte: Folha.

Esse cara, o Tolmasquim é bom.  Já assisti várias palestras e entrevistas dele.  É o cara que planejou o sistema elétrico.  O cara manja do assunto, mais do que qualquer um.  Só que, com esta entrevista concedida ao jornal Estado, o seu destino já está marcado. Tolmasquim está é desmascarando a presidente Dilma. Ele será demitido pela Dilma, porque de certa forma, ele vem revelar ao Brasil com todas as letras de que quem pagou as contas da redução tarifária são os próprios consumidores.  Brasil está carentes de técnicos como Tolmasquim que tem culhões, que diz o que tem a dizer.  Aproveito para transmitir ao cidadão Maurício, o nosso obrigado, pelos esclarecimentos sóbrio sobre a "redução tarifária". 

Dilma, você quis cobrir de "espuma" o fato real, mas chegou o Maurício e limpou a espuma. Ficou feio para você, presidente!  A senhora está usando da mesma tática do seu antecessor Lula, capitaneando os benefícios como se dela fosse concedidos.  

Presidente Dilma, chega de se endeusar, vai ! 

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi professora da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

EXPANSÃO DO CRÉDITO É RISCO PARA O BRASIL?


O volume total de crédito do sistema financeiro cresceu 516,4% nos últimos dez anos, ao passar de R$ 351,647 bilhões em junho de 2002 para R$ 2,167 trilhões em junho de 2012. De acordo com levantamento feito pela Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em junho o volume equivalia a 50,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Em junho de 2002, o total representava 27,2% do PIB. O total corresponde tanto a recursos livres, que as instituições financeiras emprestam livremente, quanto a recursos direcionados - recursos obrigatórios por legislação.  Fonte: Estadão.

Para a Anefac, a expansão é positiva, mas o volume total de crédito brasileiro ainda é baixo em comparação com as principais economias mundiais, onde o número chega a corresponder a mais de 100% do PIB. Fonte: Estadão.

O prazo médio dos financiamentos subiu 271 dias nos últimos 10 anos, ao passar de 232 dias em junho de 2002 para 503 dias no mesmo mês deste ano. O resultado corresponde a uma elevação de 116,8%. Fonte: Estadão.

A Anefac avalia que as condições de crédito do País apresentaram "substancial melhora", com expansão do volume emprestado, redução das taxas de juros e dos spreads, aumento do prazo médio de financiamento e elevação pequena da inadimplência. Fonte: Estadão.

Enganou-se quem pensou que eu ia meter o pau sobre condições de crédito do País. Concordo com Anefac que o Brasil ainda tem margem de permitir expansão de crédito, sobretudo na área de pessoa física.  Creio que expansão de 50% sobre os atuais níveis, num horizonte de 5 anos não causaria traumas, nem risco ao sistema bancário em geral.  Estou a falar de endividamento da população para 75% do PIB, nos próximos 5 anos.  Grosso modo, expandir o crédito em R$ 200 bilhões anuais.  

O sistema bancário brasileiro, à despeito de reclamação do ministro da Fazenda Guido Mantega, no sentido de baixar juros e expandir o crédito, está o fazendo acompanhando o BB e CEF, com muita parcimônia.  Nenhum banco privado é louco de expandir o crédito à qualquer custo, com quer o governo Dilma.  Estão, os bancos privados, a promover expansão do volume de crédito de olho no índice de inadimplência.  Não saberia informar se as instituições oficiais de crédito estão observando o fator inadimplência.  Pode estar postergando o problema, no tocante à inadimplência. O futuro nós dirá.

A fórmula de assegurar o crescimento do PIB, via consumo, não seria fórmula tão ruim quanto possa parecer.  Digo seria.  Há que corrigir ainda o resquício da elevada taxa básica de juros, Selic, que considero ainda alta, comparada com o índice de inflação.  Tem o problema do câmbio, ainda defasado em cerca de 15% a 20%, segundo estudos feitos pelos principais institutos de pesquisas, tanto privado como estatal. Sobre infraestrutura logística, nem se fala.  O programa "espuma" anunciado pela Dilma, de investir R$ 133 bilhões nos próximos 30 anos, chega a ser ridículo. O gargalo do custo Brasil, representado pela elevada carga tributária inviabiliza a criação de novos empregos no País.  Sem levar em conta a falta de investimentos em educação, saúde e segurança pública.  O acréscimo de receita tributária, mantido regras atuais, seria de aproximadamente R$ 80 bilhões.  Espero que o dinheiro seja usado para criar emprego no País ao invés de criar na China por exemplo.

Espero que presidente Dilma, esqueça um pouco de eleições municipais e debruce-se em corrigir o "erro sistêmico" do País, sob pena de continuar um país "Berundi", uma espécie de Bélgica e Burundi (África).  Saída para crescimento sustentável, há.  Basta que a presidente Dilma, ajuste sua política econômica e social à verdadeira vocação do Brasil.  Não atrapalhando, com suas políticas econômicas "espumas" já estaria de bom tamanho.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi prof. da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

PETROBRÁS. FATOS RELEVANTES!


Fatos relevantes sobre Petrobras colhidos no depoimento da Graça  Foster, presidente da Companhia, na audiência do Senado, assistido por mim.  Segue trechos do depoimento publicado na Folha de São Paulo, com comentário meu.

A presidente da Petrobras, Graça Foster, disse nesta terça-feira (11) ser "constrangedor" falar sobre o valor das ações da empresa estatal.  Ao participar de audiência no Senado, Foster disse que as ações da empresa vão voltar ao "patamar justo" depois que a Petrobras obtiver lucros de novas descobertas, como a exploração de óleo. Fonte: Folha. 

Comentário. Afirmou ela no depoimento que nós próximos 2 anos a produção de petróleo vai ficar nos atuais níveis, portanto vai demorar para preços das ações da Petrobras voltar ao patamar justo, assim como quer a Graça Foster.

Sobre o esperado reajuste de preços nos combustíveis, Foster reiterou que a empresa trabalha pela "convergência de preços", sem a paridade imediata com reajustes internacionais. "Não acreditamos que a paridade imediata seja saudável para o país." Fonte: Folha. 

Comentário.  Ao contrário do que afirmara em pronunciamentos anteriores, defendendo a "paridade" dos preços dos combustíveis aos dos preços internacionais de petróleo, Graça Foster, afirma claramente que a Petrobras faz parte do instrumento de política econômica do país.  A nova nomenclatura adotada de "convergência", segundo assisti ao depoimento, os reajustes dos combustíveis virão convergindo ao valor de "paridade".  Isto significa que a Petrobras vai arcar com o "prejuízo" causado com a defasagem de preços.  Menor geração de caixa da Companhia, menor grau de investimentos. Menor grau de investimentos, menor volume de produção.  Menor volume de produção, maior volume de importações, pagos em dólares.  Para acionistas minoritários a notícia não é nada boa.  Portanto, mereceria Nota Relevante ao mercado.  

"A solução para a falta de gasolina não é ampliar a produção de gasolina. Eu entendo que quem precisa voltar é o etanol. Como eu tenho certeza que o etanol vai voltar, a hora que voltar eu vou ficar com o volume adicional de gasolina", disse. Para ela, a Petrobras analisa a ampliação da capacidade de produção de gasolina em refinarias antigas, mas o grande "cavalo de batalha" da empresa é a volta do etanol. "Não tem nenhuma razão para que esse etanol não volte em um, dois ou três anos."

Comentário. Ledo engano.  O aumento da produção do etanol, à partir do start leva no mínimo 3 anos até chegar na produção de etanol.  São necessários novas instalações de novas usinas e de novos plantios de cana de açúcar, cujo ciclo de produção entre plantio e corte leva no mínimo 1 ano e meio.  Como ela mesma afirmou é um grande "cavalo de batalha", um projeto que por enquanto é apenas sonho de verão.  Graça Foster aprendeu rapidinho com a Dilma, deu agora de soltar "espuma" para ocultar os verdadeiros problemas.

Foster rebateu críticas da oposição sobre as denúncias de superfaturamento na construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. A presidente da Petrobras disse que o TCU (Tribunal de Contas da União) usa uma metodologia diferente da estatal para medir os valores, o que acaba por incluir a refinaria na lista de obras irregulares do tribunal. Para ela, houve erro da empresa ao passar 30 anos sem construir nenhuma refinaria no país. "Nós erramos no começo."  Fonte: Folha.

Comentário.  Está confirmadíssimo o que eu afirmara nas matérias anteriores.  O erro de avaliação da Petrobras dirigida pelo Sergio Gabrielli antes e Graça Foster agora, está custando à Petrobras, simplesmente, nada mais nada menso que 9 vezes o valor inicial previsto.  Isto que é incompetência!

Ela cobrou da PDVSA, empresa petroleira da Venezuela, maior participação nas obras da construção da refinaria binacional. Graça Foster disse que a venezuelana tem até novembro para apresentar suas garantias bancárias. "Se até lá não apresentarem as garantias, vou discutir um novo prazo. Não quero que eles digam: não, eu não vou. Quero que elesm diga que eles vêm." Fonte: Folha. 

Comentário. Lembrando que a PDVSA do Hugo Chavez é acionista  da Refinaria Abreu e Lima em 40%.  Lembrando ainda que a Refinaria é composto de 2 linhas de produção, denominadas de "trens".  Sendo um trem para petróleo brasileiro e outro trem para petróleo venezuelano.  Bem, por enquanto a Petrobras está "bancando sozinha" a construção da Refinaria.  E nem tem previsão de que no mês de novembro, Hugo Chavez vai botar o dinheiro no projeto. A própria Graça Foster afirma isto.  Com eu disse em matérias anteriores, a Petrobras vai financiar o projeto da Reginaria em 100% e vai dividir o lucro da Refinaria, depois de concluída, na proporção combinada, isto é 40% para Venezuela.  Este filme já vi na construção da Usina de Itaipú. 

A Petrobras infringe as normas da CVM em não dar destaque às notícias de relevância, divulgando-as nos meios de comunicação de massa. Deverão Graça Foster e presidente Dilma serem enquadrados nas regras da CVM, tanto quanto os dirigentes de qualquer empresa de capital aberto.  Ou as leis são feitas somente para reles cidadãos?

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi prof. da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com