domingo, 29 de janeiro de 2017

Temer será cassado pelo TSE!


A grande imprensa diz que cresce a chance do presidente Temer ser cassado pelo TSE, em razão da robusta evidência de utilização do dinheiro da campanha eleitoral da chapa Dilma/ Temer em "benefício próprios" dos operadores da campanha. Um vultoso dinheiro da campanha teria sido "lavado" como notas fiscais de empresas de fachada, que nem sequer tinham funcionários. 

A delação premiada do grupo Odebrecht, a última, revela que o presidente Michel Temer pediu ao Marcelo Odebrecht dinheiro para a campanha eleitoral da chapa Dilma/ Temer. A doação da Odebrecht teria sido feito com o dinheiro sujo da Lava Jato. Ainda, segundo grande imprensa, o ministro relator Herman Benjamin, que analisa o pedido de cassação da chapa Dilma/ Temer, teria pedido cópia da delação que será homologada nos próximos dias pela ministra Carmen Lúcia do STF. É a última peça que faltava para cassação da chapa Dilma/ Temer pelo TSE. 

O ambiente no Judiciário, sobretudo após a morte do ministro Teori Zavascki, independente de ser ou não um "atentado", recrudesceu. A tendência no Judiciário, incluído o TSE, é tornar as decisões sobre os "malfeitos" menos lenientes. Pelas evidências levantadas pelo TSE até este momento e agora reforçada pela delação da Odebrecht envolvendo o nome do presidente Temer, não haverá outra alternativa para o relator do processo senão pedir cassação da chapa Dilma/ Temer.

O relatório do ministro Herman Benjamin propondo cassação da chapa Dilma/ Temer, a tendência pela cassação da chapa Dilma/Temer, será votado no pleno do TSE, hoje presidido pelo ministro Gilmar Mendes. O presidente Temer, se cassado a chapa pelo TSE, poderá recorrer ao STF. Dificilmente, o pleno do STF vai reformar a decisão do TSE, pela tradição. 

Resta agora, avaliar apenas em que tempo isto tudo ocorrerá, o "finale" da cassação da chapa Dilma/ Temer. A previsão, a mais pessimista, é que não passará deste ano. Eu já manifestei algumas vezes neste blog de que o desfecho final deverá ocorrer no "fatídico" mês de agosto próximo. Vamos lembrar que Dilma foi cassada no dia 31 de agosto e o Getúlio Vargas se suicidou no mês de agosto, também. 

O rito da sucessão, conforme a Constituição, é de que na hipótese de cassação do presidente da República na segunda metade do mandato, deverá ocorrer eleição indireta para escolha do presidente da República "tampão". A votação do nome do presidente "tampão" ocorrerá, pelo plenário da Câmara dos Deputados, em maioria simples, na forma prevista na legislação. No interregno da cassação à eleição do presidente "tampão", assume por período improrrogável de 90 dias, o presidente da Câmara dos Deputados. Por esta razão dentro outras é que a eleição para presidência da Câmara dos Deputados tem ganho contorno político especial. 

Michel Temer será cassado pelo TSE. 

Ossami Sakamori




sábado, 28 de janeiro de 2017

Eike Batista, o homem bomba!



O malfeito não dura para sempre, ainda bem. Eike Batista é o mais novo foragido da justiça e está sendo cassado pela Interpol. Segundo a grande imprensa, a decisão da Operação Eficiência tinha sido decidido havia 10 dias. Eike Batista saiu do País, normalmente, pelo Aeroporto Internacional de Rio de Janeiro, há 4 dias, para ser exato no dia 24. Tudo leva a crer que houve vazamento de informações, como sempre. Ou deixaram sair...

No dia 23 de março de 2013, escrevi neste blog: OGX da Eike Batista está falida!  Eu afirmei naquela matéria: "Já vou dizendo que o resultado da análise que fiz no balanço da OGX, divulgado ontem, é "estarrecedor".  Tem razão, o presidente Lula e Dilma se preocuparem em dar socorro ao menino Eike Batista.  Está em jogo, grande parte dos R$ 7,9 bilhões que a OGX deve em empréstimos e financiamentos às instituições do governo federal, como CEF, BNDES, BNDESpar.  

No dia 1 de maio de 2013, escrevi uma matéria neste blog: OGX. Conexão, Eike Batista, Lula e Dilma. Eu disse naquela matéria: O que vou dizer aqui, não é nenhuma novidade no mercado financeiro, até mesmo o engraxate da sede do BMFBovespa sabe o que se passou e o que se passará com a vida e empresas do menino Eike Batista.  Bem, o menino Eike está a dar calote de 1 Batista$ = R$ 20 bilhões, no governo federal.  Deve ter causado prejuízo para os acionistas minoritários, volume que ultrapassa outros Batista$.  E onde é que entra o Lula e Dilma, nisso tudo?  Quando da concessão de financiamentos subsidiados pelas entidades de fomento como BNDES, BNDESpar, Fundos, CEF no montante de 1 Batista$, supõe-se que quem no arranjo de financiamentos subsidiados, os mandatários da república tenham sido favorecidos com perfomance algo como 5% de 1 Batista$, ou seja algo como R$ 1 bilhão.  

No dia 10 de maio de 2013 na matéria OGX. Começam a cair o castelo de papel do Eike Batista, onde eu dizia: O mercado de ações está assustado por que?  Só ontem, é que descobriram que a OGX é uma empresa de papel? Vocês verão os próximos resultados, como eu afirmei em outra matéria, que a OGX está falida.  Muito fácil explicar. A empresa OGX já esteve valendo pela cotação da Bovespa, no pico do ano passado, R$ 57 bilhões, no dia 22/2.  Ontem, pela cotação do fechamento estava valendo R$ 5,2 bilhões.  Simplesmente, alguém perdeu a diferença ou alguns desavisados perderam em pouco mais de 1 ano, nada menos que R$ 52 bilhões.  Isto não é castelo de papel caindo?   

Em 21 de julho de 2013, escrevi matéria com o título: Caso Eike Batista. Cadeia nelles! Escrevi naquela matéria: O que é grave nesta questão, não é o que Eike Batista perdeu, enfim o assunto é de foro privado dele, mas sim o que o BNDES vai perder com o grupo Eike Batista.  O número apresentado pelo BNDES é de R$ 10,4 bilhões, cujas garantias são, em sua maior parte, são de ações das próprias companhias que compõe o grupo econômico. Como grupo econômico está em estado de falência, podemos afirmar que as garantias simplesmente desapareceram, nestas condições o BNDES perderá os R$ 10,4 bilhões emprestados ao Eike Batista.  

As denúncias postadas neste blog sobre as ladroagens do Eike Batista, na sua maioria, são de 4 anos atrás. Os trechos que reproduzi acima são apenas amostras de outros tantos que escrevi sobre o Eike Batista, estelionatário travestido de empresário. Se vocês quiserem acessar às demais matérias sobre o estelionatário Eike Batista, basta colocar OGX no espaço de "pesquisa deste blog", no canto superior à direita desta página. Acessem e saibam o quanto é antigo o caso de ladroagem do Eike Batista e de seus beneficiários Lula da Silva e Dilma Rousseff. Espero que o estelionatário abra o "bico" para a Polícia Federal e ao MPF. 

O motivo porque demorou tanto tempo para o estelionatário Eike Batista ser acusado dos delitos praticados é uma incógnita do tamanho da ladroagem. A Operação Eficiência, apesar do seu mérito, não foi tão "eficiente" quanto parece ser, pela enorme demora.  Este blog vinha denunciando as maracutaias havia mais de 4 anos! Todas informações levam crer na atuação de "19 dedos", dos ex-presidentes da República. O estelionatário Eike Batista foi apenas um braço da "facção criminosa" que se instalou no Palácio do Planalto por longos 13 anos. 

Dizia-se à época, 4 anos atrás, que o estelionatário Eike Batista não marcava agenda para acessar ao gabinete da presidente Dilma, de tanta intimidade que mantinha com os presidentes da República. Falo, especificamente, do Lula e da Dilma.  Espero que, em breve, as investigações cheguem aos verdadeiros chefes da facção criminosa que negam a participação nos crimes de corrupção que arrasou o País. 

Enfim, com a leitura desta matéria e de outras tantas, saibam que o Eike Batista é um verdadeiro "homem bomba" no cenário que tem envergonhado o País. 

Ossami Sakamori

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Você é um otário!

Crédito da imagem: A Razão


Somente o governo Temer acredita no início da recuperação econômica, ainda neste ano. Os organismos internacionais de fomento, como FMI, aponta crescimento "zero" para este ano. Já estamos no final do mês de janeiro e os empresários, sobretudo os pequenos, querem ter ideia de como a economia vai andar neste ano para fazerem o planejamento. E o povo anda apreensivo com a sua própria situação. Ninguém mais acredita nas promessas da retomada de crescimento do País prometido pelo governo para o final do ano.

O governo propõe para discussão no primeiro semestre, a reforma da previdência e a reforma trabalhista. As reformas estruturantes, embora necessárias, não serão aprovadas sem uma discussão profunda pelo Congresso Nacional. Isto leva tempo, além de produzir desgastes ao governo e ao Congresso Nacional. O índice de desaprovação do governo Temer que está baixo, vai acentuar ainda mais com as reformas propostas.

As delações premiadas das empreiteiras envolvidas em Operação Lava Jato vão causar enorme desgaste ao Congresso Nacional, já que centenas de parlamentares estão na lista referida. O efeito delação deve repercutir não só no Legislativo, mas sobretudo no Executivo. Podemos definir, desde já que o País vai passar por período de grande incerteza política. O presidente Temer faz parte da lista de delações. 

Para piorar  a situação, a permanência ou não do Michel Temer à frente da presidência da República ainda é uma incógnita. As investigações feito pela Polícia Federal à pedido do TSE em torno da campanha eleitoral da chapa Dilma/ Temer está a aprontar graves irregularidades no uso dos recursos da campanha eleitoral.  Enquanto o TSE não der veredicto final, o País viverá momentos de instabilidade política.

Na economia, apesar de inflação apontar para uma trajetória de queda, até por conta da recessão, a taxa básica de juros Selic continua muito alta. O Brasil nunca pagou juros reais tão altos como agora, apesar de presidente do Banco Central ter afirmado que a tendência da taxa Selic é de queda acentuada nas próximas reuniões do Copom. Ainda assim, o Brasil paga os juros reais a mais alta dentre 40 maiores economias do mundo! A credibilidade do País nunca esteve tão baixa!

A pior consequência da instabilidade política e econômica é o aumento do número de desempregados e desalentados (sub-empregados). Estima-se que o número deste contingente da força de trabalho no País será de 26 milhões até o final do ano. O número é impressionante, se considerar que a forma de trabalho total do Brasil é estimado em 102 milhões, segundo IBGE. Grosso modo, de cada 4 trabalhadores, 1 deles está desempregado ou está no sub-emprego. 

Um outro número impressionante é o número de pessoas inadimplente no sistema de crédito no País. Dados divulgados pela Serasa Experian aponta o número de inadimplentes em aproximadamente 59 milhões de pessoas. O número mostra que 1 em cada 3 pessoas adultas está inadimplentes. Inclui neste número, também, as pessoas inadimplentes do programa Minha Casa Minha Vida.

O quadro descrito acima, cria um "efeito dominó" na economia. O aumento de desempregados aumenta o número de inadimplentes. O aumento de número de inadimplentes diminui o volume de negócios nos setores de serviços e comércio. O encolhimento nos volumes de venda no comércio e no serviço, diminui encomendas no setor industrial. O menor volume de encomendas retrai a produção industrial. Retraindo a produção industrial há demissões em massa. E assim, começa tudo de novo como um "círculo vicioso".

A nefasta consequência desta situação (efeito dominó) é a instabilidade no campo social.  A atual crise no sistema penitenciária é apenas uma das consequências do "efeito dominó". Tenho visto reportagens sobre "saques" de caminhões com cargas de alimentos, nos últimos dias. Creio, não vai demorar muito para assistirmos cenas de "saques" em supermercados, como aquelas que assistimos na vizinha Venezuela.  A fome faz as pessoas perderem a vergonha. 

Ainda assim, a classe política continua brincando com a situação do povo brasileiro. A renda da classe política estão garantidos com todos os benefícios e benesses dos cargos que ocupam. Os políticos estão mais é preocupados em "marcar" seus territórios, não importando a que custo, afinal quem paga a conta, sempre, é o povo. 



Você é um otário!

Ossami Sakamori


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Mostra a cara Carmen Lúcia!



Não entendo este país por mais "boa vontade" que eu tenha. Após a morte trágica do ministro Teori Zavascki do STF, na última semana, está em discussão no meio político e no meio jurídico, a continuidade ou não dos processos da Operação Lava Jato na mais alta Corte do País. A imprensa faz transparecer, até para os leigos como eu, a intensa movimentação nos bastidores da política e no judiciário para definir o rumo das investigações sobre as delações premiadas do grupo Odebrecht.  Dar continuidade ou não ao Lava Jato, eis a questão!

A demora na decisão da ministra Carmen Lúcia do Supremo Tribunal Federal, "em plantão" no período de recesso que vai até dia 31 próximo, demonstra claramente que está havendo "pressão" enorme para que a delação premiada do grupo Odebrecht referente Lava Jato não seja homologada pelo STF. Barrando a delação da Odebrecht, centenas de políticos e pessoas ligadas a eles, com ou sem foro privilegiado não seriam mais objetos de investigações pela Justiça competente.  

A grande imprensa desnuda os interesses dos políticos nominados na delação da Odebrecht e dos possíveis envolvidos também nas futuras delações de outras empresas envolvidas na Lava Jato, incluído neste rol o nome do próprio presidente Michel Temer, em querer ver a Lava Jato sepultado no nascedouro. A indecisão e demora na indicação do novo relator da Lava Jato, em substituição ao falecido Teori Zavascki, pela presidente do Supremo Tribunal Federal, em plantão, fica claro que o processo de indicação do novo relator já vem com o "vício de origem".  A indicação já virá "contaminado" pela influência de uma das alas, a que quer continuidade ou a que não quer a continuidade da Operação Lava Jato.

Enquanto países de menor importância como Panamá, Colômbia e Peru que já proibiram continuidade do grupo Odebrecht nas obras financiadas pelo BNDES, o Brasil continua na ambiguidade de "dar ou não dar" perdão para empreiteiros da Lava Jato e para os políticos beneficiados com o "dinheiro sujo" das obras financiadas com o dinheiro público. O Brasil continua "em cima do muro" sobre o destino da Lava Jato. 

A demora na decisão da presidente Carmen Lúcia, presidente do STF, em plantão, sobre a indicação do novo relator da Lava Jato, indica que o processo já está contaminado, na origem. Num caso importante como este, a indecisão da presidente do STF mostra claramente que as forças políticas de diversos matizes se uniram para tentar dar um "novo rumo" ao Lava Jato. Os "nomes dos bois" estão expostas na lista das delações premiadas e representam as forças políticas que "mandam" nas instituições da República, há décadas. 

Mostra a cara Carmen Lúcia!

Ossami Sakamori



segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Grace Mendonça, a provável ministra do STF


Crédito da imagem: Globo

A Advogada Geral da União Grace Maria Fernandes Mendonça, 48, nascida em Januária (MG), poderá ser indicada pelo presidente Temer a ocupar a uma vaga aberta no STF pelo falecimento do ministro do Teori Zavascki em trágico acidente em Angra dos Reis, nessa última semana.

Grace como ela é chamada, formou-se em direito pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal em 1990. Foi advogada da Companhia Imobiliária de Brasília, advogada da Secretaria de Agricultura Pecuária e Abastecimento do Distrito Federal, foi assessora jurídica da Procuradoria Geral da República e professora da Universidade Católica de Brasília. É advogada da União desde 2001. 

O outro possível e menos provável indicação é o atual ministro da Justiça do governo Temer, Alexandre Moraes, também amigo pessoal do presidente Temer. Foi Secretário de Segurança do governo Geraldo Alckmin até ser convidado a ocupar o cargo de ministro de Justiça. 

A indicação da Grace Mendonça ganha força por ela ter sólida formação técnica, o que interessa ao presidente Temer com o nome envolvido no processo Lava Jato. Grace Mendonça resolveria também a reclamação da ausência de mulher nas indicações do Michel Temer. Em sendo indicada e aprovada na sabatina no Senado Federal, Grace comporia com a ministra Carmen Lúcia e Rosa Weber a "bancada feminina" na mais alta Corte do País. 

Só para lembar, a indicação de um ministro do STF é prerrogativa pessoal do presidente da República. 

Ossami Sakamori



sábado, 21 de janeiro de 2017

Trump não está "nem aí" com o Brasil !


Donald Trump assumiu, ontem, o posto de presidente dos Estados Unidos da América (USA). Antes que vocês me perguntem o motivo desta matéria sobre a posse de um presidente de um país estrangeiro, explico.  Particularmente, não tenho nenhuma simpatia pelo presidente recém empossado, mas ele merece ser comentado, em razão da sua importância.  Pelo menos nos próximos 4 anos, Trump vai comandar a maior economia do mundo. Os Estados Unidos, representam sozinhos, 25% de tudo que o mundo produz e consome. Em cada 4 dólares que o mundo movimenta, os Estados Unidos sozinho responde por 1 dólar. 

Comparativamente aos Estados Unidos, a economia do Brasil representa cerca de 1/10 (um décimo) do PIB americano, ou seja, cerca de 2,5% do PIB mundial. Comparativamente, somos a "titica de galinha" do mundo. Nos últimos anos do governo do PT, o País deu destaque aos blocos econômicos marginais como a China e África, esquecendo-se dos Estados Unidos. O governo do Temer, representado pelo seu ministro da Fazenda Henrique Meirelles, tinha esperança de aproximar dos Estados Unidos e "abocanhar" o mercado, desprezados e considerado como "marginais " apesar do seu tamanho (25% do PIB do mundo). A vitória do Trump é derrota para o governo brasileiro, que fez opção pela "esquerda" do mundo. 

O novo presidente, Donald Trump, fez opção explícita pelo protecionismo às indústrias americanas. Isto foi dito e foi confirmado no seu discurso de posse. Donald Trump quer priorizar as empresas americanas na sua política econômica. Trump quer criar empregos em "território americano", não em "território estrangeiro". Trump vai financiar a "infraestrutura" do país com impostos arrecadados da exploração de petróleo e gás. Em termos de política econômica, o Trump vai priorizar "criação de empregos" no próprio país.  Sorte para os trabalhadores americanos e azar para os empresários brasileiros, que dependem de exportações para Estados Unidos. 

Para o Brasil, que está em sua maior crise dos últimos 100 anos, o Donald Trump será mais uma "pedra no sapato", já apertado. Certamente, pelo menos, nos próximos 4 anos, o Brasil encontrará "dificuldades adicionais" nas relações comerciais com os Estados Unidos. Melhor para o povo americano e pior para o povo brasileiro. Brasil torceu para a vitória do Hilary Clinton e pagará o preço de mais uma opção progressista. 

E o Trump não está "nem aí" com o Brasil !

Ossami Sakamori




quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Economia. Os discursos fáceis do governo Temer

Crédito da imagem: Estadão

A grande imprensa publicou opinião do Ilan Goldfajn, direto de Davos, de que o Banco  Central "elegeu" agora como novo ritmo de "afrouxamento monetário" com as quedas de 0,75% da taxa Selic. Com ressalva de que um novo ritmo "pode mudar" conforme trajetória da inflação. A notícia causou até uma certa surpresa para os jornalistas e analistas de mercado financeiro. 

Antes tarde do que nunca. Foi a primeira vez que ouço o Ilan Goldfajn citar em "afrouxamento monetário"  como meta do Banco Central, mesmo que não tenha dito que o objetivo da queda do Selic é para "retomada do crescimento". Este blog tem defendido a taxa básica de juros reais Selic como principal "inibidor" do crescimento sustentável do País, além do dólar alto (real desvalorizado). 

A minha atenção continua, no entanto, sobre a política monetária do Ilan Goldfajn, que ainda continua "ameaçando" a revisão da trajetória da taxa básica de juros Selic, conforme comportamento da inflação. Isto mostra que o Banco Central conta coma taxa básica de juros Selic como "único" instrumento para combater a inflação.  Banco Central aplica a fórmula do Fundo Monetário Internacional ao "pé da letra", abrindo mão de utilizar o instrumento principal do "controle da base monetária" que é o "depósito compulsório" dos bancos. O nível de depósito compulsório dos bancos está inalterado há alguns anos. 

Vamos esclarecer, de uma vez por toda, que a taxa básica de juros Selic é "um dos instrumentos" da política monetária do Banco Central para "calibrar" o crescimento sustentável do País. O Banco Central, nos últimos dias, tem atuado no mercado de câmbio na "ponta de venda" no mercado futuro de dólar. Isto é mais um equívoco do Ilan Goldfajn sobre a política monetária do Banco Central, que quer manter o "dólar baixo" (real valorizado).  

Segurar o dólar no atual patamar, numa ponta ajuda no controle da inflação, mas na outra ponta o "dólar baixo" (real valorizado) inibe as exportações, favorecendo tão somente aos investidores estrangeiros especulativos e aos países que exportam produtos para o Brasil. Vamos lembrar, novamente, que o "dólar baixo" ou o "real valorizado" é um "truque" do governo que traz uma "sensação do bem estar" e  a "sensação do poder de compra". Foi assim no governo Lula da Silva. E deu no que deu. A atual crise econômica que passa o País foi, justamente, decorrente da política econômica equivocada dos sucessivos governos do PT. O Brasil paga preço muito caro pelos sucessivos equívocos na política econômica e na política monetária, tanto deste ou dos governos anteriores.  Justifica-se, a equipe econômica de hoje é a mesma de antes. Leia-se Meirelles. 

A despeito da taxa nominal dos juros básicos Selic estar num patamar mais abaixo da referência dos últimos meses a de 14,25%, os juros reais hoje está ao redor de 6,5% ao ano. A taxa básica de juros reais Selic do Brasil continua a mais alta dentre 40 maiores economias do mundo. Meirelles e sua equipe acham que os outros 39 países, com crescimento, é que estão errados. E nós, "otários" continuamos aplaudindo a equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles. 

Não se deixem enganar com "discursos fáceis". Este filme já vimos inúmeras vezes!

Ossami Sakamori

sábado, 14 de janeiro de 2017

Todos são farinhas do mesmo saco!

Crédito da imagem: Veja

A última edição da revista Veja traz matéria sobre possível delação da Camargo Correa, envolvida em Operação Lava Jato e da Operação Castelo de Areia.  As delações, envolve, segundo a Veja, 40 executivos e mais de 200 políticos. Ainda segundo a revista, o presidente Temer foi citado pelo menos em 21 ocasiões. A delação bate forte na porta do Palácio Planalto, segundo a matéria. 

Por outro lado, ontem, deflagou a Operação Cui Bono que envolve o Geddel Lima, o ex-ministro Secretário Geral da Presidência da República do governo Temer. A Operação de ontem, envolveu também o ex-deputado Eduardo Cunha. Os beneficiários são os já tradicionais comensais do "Bolsa empresário", JBS/Friboi e empresas ligadas ou que foram ligadas ao grupo, como a Mafrig e Bertin. Também, consta como "beneficiário" as empresas do Constantino de Oliveira, amigo do Lula e dono da empresa aérea Gol, ainda segundo a Veja.

O presidente Temer quer jogar toda culpa dos "malfeitos" e da "falência" do Estado à ex-presidente Dilma, mas não encontra respaldo nos seus argumentos. Temer foi vice-presidente da República e participou ativamente na primeira gestão da Dilma juntamente com os seus amigos do PMDB como Moreira Franco, Geddel Lima, Eliseu Padilha e aliados políticos como senador Renan Calheiros, deputado Eduardo Cunha, deputado Henrique Alves e deputado Romero Jucá. 

Sem querer fazer julgamento, o presidente Temer teria ainda, em discordando do governo Dilma, ter "desembarcado" da chapa que o elegeu como vice da Dilma. Não vem, que não tem! Sou visceralmente contra os governos do PT. As mais de 2 mil matérias postadas aqui, demonstram a minha posição em relação aos governos do PT. Sou a favor do governo que proporcione "desenvolvimento sustentável" do País, independente das cores partidárias ou matizes ideológicas. 

Presidente Michel Temer quer de toda forma livrar-se da imagem da ex-presidente Dilma e criar a sua própria "pinguela" para o futuro. Mas, as Operações policiais e as delações premiadas sobre as ladroagens nas empresas estatais e nos bancos oficiais tem demonstrado o envolvimento direto dos seus auxiliares de confiança, nas maracutaias que envolveram os principais agentes políticos e grupos empresariais ligados ao núcleo político. 

Mesmo que eu tente fazer maior esforço, não encontro respaldo para justificar que o governo Temer não é continuidade do governo Dilma. Por mais que o presidente Temer queira argumentar, a história política mostra que sempre houve a "pinguela" que unia o Palácio do Jaburu ao Palácio da Alvorada. A última carta do Temer à presidente Dilma apenas foi para mostrar o "rompimento" desse longos 5 anos de "casamento" para a população.  Como qualquer separação litigiosa, cada um sai "atirando" pedra sobre o outro. Isto é relação PT/PMDB. 

Para mim, leigo em política, enxergo os membros do antigo e do atual governo, com um elo forte em comum entre o governo Dilma e o atual governo do presidente Temer. Temer é a própria "pinguela" que une os antigos e novos "sanguessugas" do dinheiro público. Todos são "farinha do mesmo saco", diria o povo brasileiro. 

Ossami Sakamori


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Com Temer, o Brasil continua falido!

Crédito da imagem: Pensa Brasil

A crise das penitenciárias noticiadas pela grande imprensa é apenas ponta do "iceberg" da falência do Estado brasileiro. O País está em "recessão" há mais de 2 anos, a pior dos últimos 100 anos. O atual governo da União é resultado do processo de impeachment da presidente Dilma, titular da chapa que elegeu o atual presidente Michel Temer. A própria chapa que elegeu o presidente Temer está para ser julgado pelo TSE, com forte possibilidade de ser cassada. O futuro político do presidente da República é incerto. O País passa pelo pior crise de "credibilidade".

O governo Temer encaminhou e aprovou a Emenda Constitucional que estabelece o "teto dos gastos".  Pior Emenda Constitucional não poderia ter sido aprovado pelo Congresso Nacional. A Emenda Constitucional autoriza o Executivo a cobrir o "rombo" fiscal com emissão de títulos da dívida pública, aumentando cada vez mais o endividamento do País. Por outro lado, também, "engessa" os Orçamentos Fiscais dos próximos 20 anos nos níveis de 2016, com "fraco" volume de investimentos públicos. 

O ano de 2017 mal começou e o governo Temer enfrenta a "crise das penitenciárias", que apenas expõe as mazelas da segurança pública. O governo Temer propõe criar mais vagas nos presídios e fazer levantamento, só agora, do número de presos no País. Vai liberar verbas que estavam "paradas" no Fupen - Fundo Penitenciário, não sabemos o motivo de não ter sido usado antes, para tentar resolver os problemas mais urgentes das penitenciárias em todo o País. 

O presidente Temer está dedicando "tempo integral" para resolver a crise das penitenciárias, esquecendo-se de que o País perde cerca de 56 mil pessoas por ano, resultado da falta de segurança. Quando a crise é da segurança pública, o governo Temer afirma que é "problema dos estados", num jogo de "empurra" de responsabilidades. O povo não quer saber se a responsabilidade é do governo federal ou dos governos estaduais.  O povo quer ter tranquilidade de "ir e vir" em qualquer logradouro público. O povo não quer saber dos "guetos" ou "comunidades", como que um "enclave" no próprio território brasileiro.

Não adianta reclamar do governo do PT. O governo, dito progressista, que promoveu maior ladroagem nos cofres públicos, em tese, já está fora do poder desde 12 de maio passado. O próprio presidente Temer fez parte da chapa que governou o País por longos 5 anos e 5 meses. Portanto é estranho que "só agora" tenha percebido que "havia" monumental "rombo fiscal". No mínimo, o presidente Temer foi "conivente" com a política econômica que hoje diz ter sido "equivocada". Michel Temer foi no mínimo co-responsável pela atual crise "moral e econômica" que o País atravessa. 

O governo Temer, quer fazer reformas estruturantes na economia do País. Convocou para a reforma econômica o então presidente do Banco Central do governo Lula da Silva por 8 longos anos, o Henrique Meirelles, que é a cara do próprio Lula da Silva. Henrique Meirelles é banqueiro e é representante dos agiotas nacionais e internacionais, com sede dos lucros fáceis com juros reais, a mais alta dentre 40 maiores economias do mundo. 

Michel Temer, como presidente da República, não tem coragem de propor uma "matriz econômica" que leve o País ao desenvolvimento sustentável. Temer tem medo de enfrentar os agiotas nacionais e internacionais. Temer prefere continuar privilegiando o setor bancário em detrimento ao setor produtivo do País. Temer é o próprio representante dos políticos corruptos e empresários beneficiários do "bolsa empresário, que mandam no País há décadas. 

Os gestos e palavras de um membro do Ministério Público faz aparecer como "cacoetes" que não mais impressiona o povo brasileiro. As palavras e gestos do presidente Temer não conseguem mais esconder a própria "falência do Estado brasileiro". Temer não tem força de "impor" a mudança do rumo do País. O Brasil continua falido!

Os que discordam da minha opinião, poderão postar comentários no espaço próprio deste blog. 

Ossami Sakamori




domingo, 8 de janeiro de 2017

Quem paga o "pato" somos nós!



Li um artigo do renomado comentarista econômico Luis Nassif, que indicava o "mercado" como poder decisório da política econômica do País. Nada disso é verdadeiro! O mercado financeiro "sobe e desce" ao sabor do ambiente político e econômico, não o contrário. O mercado financeiro, comumente denominado de "mercado", não determina e nem impõe a política econômica e monetária do País. O "mercado" é apenas "termômetro" do ambiente político econômico criado por sucessivos governos de plantões. 

Não vamos confundir os "especuladores financeiros", os agiotas nacionais e internacionais, com o "mercado". Mercado é exatamente como o "mercado municipal" de qualquer cidade do país, apenas um local de troca de mercadoria por dinheiro. "Mercado" é onde se define o preço de "mercadoria" ao sabor das forças de ofertas e da procuras e nada mais. O mercado financeiro não é diferente. O "mercado", apenas define o preço de troca das ações ou dos títulos, nada além disso. 

Quem define o rumo da política econômica e monetária do País são os especuladores financeiros, que comumente denomino de "agiotas nacionais e internacionais". Os agiotas internacionais operam no "mercado financeiro" ou no "mercado", determinando o viés da especulação. O "mercado financeiro", não manda, pelo contrário obedece aos movimentos dos agiotas internacionais.  Não vamos confundir o coxo (local onde deposita a ração) com o porco. Porco é uma coisa, o coxo é outra coisa. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

Quem manda no Brasil, tenho dito sempre, não é o "mercado", mas são os agiotas internacionais e nacionais, os banqueiros nacionais e internacionais, aliados aos beneficiários do "bolsa empresário", que dão as cartas no País. Vamos dizer, claramente, os agiotas mandam no País. O ministro da Fazenda Henrique Meirelles era um dos executivos do grupo empresarial, o maior beneficiário do "bolsa empresário". O presidente do Banco Central Ilan Goldfajn foi o principal executivo de um dos maiores bancos comerciais do País, até a véspera de tomar posse no BC. Eles, seguramente, não são representantes do "mercado" mas são "perfeitos representantes dos agiotas nacionais e internacionais". 

Vamos ser claros, o Brasil tem no comando da economia, o Ministério da Fazenda e o Banco Central, os representantes dos setores especulativos, os já mencionados por mim como agiotas nacionais e internacionais. O Brasil tem ousadia de acabar com os setores produtivos, mas não tem a mesma coragem de acabar com os setores especulativos. O Brasil pratica a taxa básica de juros reais Selic, a mais alta do mundo, com único interesse de atender a saciedade dos agiotas nacionais e internacionais. Os setores bancários e especulativos nunca ganharam tanto dinheiro nos últimos 20 anos! Na contra mão, os setores produtivos amargam os prejuízos e os trabalhadores ressentem o desemprego cada vez mais preocupante. 

O Brasil como país, dentro deste contexto global, está se afundando anos após anos, transferindo renda dos "remediados" (empresários produtivos) para os "mais ricos" (banqueiros e agiotas). Para alimentar a "saciedade" dos agiotas nacionais e internacionais e não o "mercado", o Brasil continua a financiar os gastos públicos, agora oficializado com o originário PEC 241, emitindo títulos da dívida pública.  Uma hora, Brasil vai virar Grécia! Não vamos nos iludir!

O "mercado" não manda no País. Quem manda no País são o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central, explícitos representantes dos agiotas nacionais e internacionais. Isto não é o mesmo que entregar a chave dos cofres públicos para os assaltantes de piores linhagens? Ou em outras palavras, colocaram o lobo para cuidar do galinheiro. 

Nem é preciso lembrar que nesta história, quem paga o "pato" somos nós, o povo brasileiro, os dignos e merecidos "otários" !

Ossami Sakamori



quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Governo Temer está igual ao dantes!

Crédito da imagem: Folha

Maria Silva Bastos Marques está "a rasgar" a biografia de boa executiva empresarial ao optar em pertencer ao quadro do governo do presidente Michel Temer.  No último dia 28, no apagar das luzes do ano passado, 2016, assinou o empréstimo que concedeu à empresa Queiroz Galvão, envolvida na Operação Lava Jato, um empréstimo no valor US$ 150 milhões, equivalente a R$ 500 milhões, para realizar obras de infraestrutura em Nicarágua. 

Queiroz Galvão faz parte de um cartel de grupo de empreiteiras, entre os quais estão a Odebrechet, a Andrade Gutierrez e a OAS. Elas se beneficiaram com as famosas, já comentadas neste blog 20 obras financiadas pelo BNDES, que "enriqueceram" as principais empreiteiras envolvidas no "cartel" de empresas. Elas tem comum os benefícios (financiamentos do BNDES) recebidos com a interferência direta do Lula da Silva, como presidente e como lobista. As "propinas" recebidas pelo Lula dessas empreiteiras estão sendo justificadas na Justiça como sendo provenientes de "palestras" realizadas no exterior. 

Segundo notícia da grande imprensa, o financiamento noticiado, se refere à construção do Corredor Logístico entre Puente San Juan e Goascorán em Honduras, uma continuação da obra financiada pelo BNDES, objeto de suspeição ainda não esclarecida pelo judiciário brasileiro. Justifica, a Maria Silva Bastos Marques, de que a empreiteira Queiroz Galvão, envolvida em Lava Jato e o governo de Honduras, assinaram o "Termo de complience", o mesmo que "Termo de Ajuste da Conduta", com a finalidade de aplicação dos recursos corretos, financiados pelo BNDES. Em outras palavras, o governo Temer premia uma empreiteira envolvido na Lava Jato, em detrimento de outras empreiteiras fora do "cartel". 

O governo Temer se porta como continuidade do governo do PT, que o próprio presidente condena por ter colocado o País no buraco, segundo. Vamos lembrar, também, que o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, a quem a presidente do BNDES deve obediência, foi presidente do Banco Central por 8 anos no governo Lula da Silva. O time que comanda a economia do Temer é o mesmo do Lula!

Este assunto não mereceria destaque deste blog, se o Brasil não estivesse "carente" de obras de infraestrutura, impedido pelo PEC 241 de investimentos com os recursos do Orçamento Fiscal. No front interno, o governo Temer convoca a iniciativa privada para financiar as obras de infraestrutura através do programa Parceria Público-Privado. A conclusão é de que, enquanto o Brasil está totalmente desprovido de investimentos públicos em infraestrutura, o governo Temer, via BNDES, financia obras de infraestrutura para países vizinhos, simplesmente para favorecer uma empresa privada "envolvida" na Operação Lava Jato. 

Que os nossos sertanejos (nordestinos) aguardem por mais alguns anos a transposição do Rio São Francisco, por falta de recursos. Os recursos estão carentes para resolver o pior quadro de secas dos últimos 4 anos! O governo federal, de de ontem e de hoje, não se preocupa com o bem estar da população brasileira, mas atende "acintosamente" aos interesses patrimoniais das empreiteiras pertencentes ao cartel tão estigmatizado.

Enquanto o povo de Nicarágua agradece ao governo Temer, o povo brasileiro terá que esperar esperar os recursos que nunca chegam para resolver os mais básicos serviços públicos.  Desta forma é fácil de concluir que o governo Temer está exatamente igual como dantes!

Ossami Sakamori
@BrasilLivre

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Lula x juízes federais

Crédito da imagem: Estadão

Lula tenta a última e derradeira oportunidade de "se blindar" das investigações da Polícia Federal, prestes a revelar as maracutaias que ele se meteu nos últimos anos. Lula já é investigado em 2 processos da Operação  Lava Jato e 3 processos da Operação Zelotes. E ainda está por vir investigações com origem nas últimas delações da Odebrecht, que só será revelado após fevereiro próximo. A blindagem imaginada consiste em Lula se tornar, mais uma vez, presidente nacional do PT - Partido dos Trabalhadores.

Se você olhar a vida pregressa do Lula, não é preciso ser cientista político para entender o verdadeiro caráter dele. Ele é dissimulado e sempre jogou nos dois lados. Foi assim, desde que ele era presidente do Sindicado dos Metalúrgico de São Bernardo dos Campos. Atrás do "incendiário" Lula das portas das fábricas de montadoras do ABC, escondia o lado "pelego" da Anfavea - Associação dos Fabricantes de Veículos e Automotores. Lula sempre fez o "jogo duplo" agradando os dois lados, o dos operários e dos patrões.  

Na presidência da República, Lula fez o jogo dos "operários de fábricas" e dos "dono" das grandes corporações nacionais e multinacionais.  Lula utilizou-se dos seus fieis séquitos seguidores, "operários" e "empresários", para permanecer no poder, com ou sem mandato, nesses últimos 14 anos. Lula sabe que ainda, consegue "mobilizar" os "operários das fábricas" e a massa de dependentes do "bolsa família".

Lula se prepara para uma "grande ofensiva", quando for condenado por juiz da Vara Criminal de Curitiba ou juiz da Vara Federal de Brasília. Contra condenação em primeira instância ou numa eventual "prisão preventiva", no posto de presidente nacional do PT, transformar-se-á em "grande vítima" do "erro judiciário" (sic).  Não é "blindagem" para levar os processos no STF, onde conta com a simpatia de grande maioria dos ministros, nomeados pelo PT. "Blindagem" que Lula e seus séquitos imaginam é o "confronto" da massa de operários e pobres beneficiários do bolsa família contra os juízes do primeiro grau de Brasília e de Curitiba. É uma verdadeira "intimidação" aos juízes criminais federais do primeiro grau. 


Lula conta neste desenho, também, com os empresários beneficiários do "bolsa empresário", nesta queda de braço entre ele e os juízes federais. Neste embate, com definição de quem está dos lados opostos, enfim, saberemos a quem interessa a continuidade da "corrupção" no País. 

O confronto Lula x Juízes federais é iminente! 

Ossami Sakamori


domingo, 1 de janeiro de 2017

Lições de democracia para 2017


Reprodução do: 
Editorial do jornal Gazeta do Povo de Curitiba.
(31/12/2016)

Se queremos um país onde a democracia tenha mais vigor em 2017, é preciso olhar para as lições de 2016. O impeachment de Dilma Rousseff e a Operação Lava Jato mostraram que as gambiarras orçamentárias e a sangria da máquina do Estado não mais passarão impunes. 

Por outro lado, os últimos embates entre o STF e o Senado colocaram o país perto de uma crise institucional sem precedentes. Mas, além dos acontecimentos envolvendo as grandes figuras da República, há lições valiosas a extrair de fatos bem mais próximos, como as invasões de escolas e universidades. 

Se vemos a necessidade de voltar a esse tema, é porque alguns aspectos desse movimento intrinsecamente ligados à compreensão de democracia ainda não foram entendidos por todos.

A maior parte da sociedade compreende o grande dano causado por protestos desse tipo e repudiou as invasões. Também a comunidade escolar, em várias instituições, rechaçou a invasão como método, mesmo tendo posições contrárias à MP do ensino médio ou à PEC do Teto. 

Mais que em considerações práticas – e válidas –, como o prejuízo com dias de aula perdidos, o ideal é que tal rejeição tenha se baseado na convicção de que numa democracia ninguém, isoladamente ou em grupo, pode impor na marra as próprias vontades e ideias sobre os demais, por mais nobres que sejam. Não se recorre à força para tolher direitos dos outros. Esta ideia é basilar para uma autêntica cultura democrática.

Não podemos deixar aberto um flanco para o autoritarismo disfarçado de “respeito à maioria”

Mas existe uma outra noção importante, que se refere ao alcance da vontade da maioria. Ela é um componente essencial da democracia, e convencionou-se chamá-lo de “princípio majoritário”. É ele, por exemplo, que concede legitimidade aos governantes, escolhidos pela maioria do voto de toda a população de um município, estado ou país. 

A segunda maneira ordinária de colocar em ação o princípio majoritário se verifica quando, via representação, os membros do Legislativo escolhidos pelo povo elaboram leis. E, excepcionalmente, a totalidade da população também é chamada a se pronunciar em plebiscitos ou referendos.

Seria um equívoco, no entanto, associar a democracia única e exclusivamente à aplicação do princípio majoritário. A própria noção de dignidade humana coloca um limite à vontade da maioria: ela não pode, jamais, avançar sobre direitos fundamentais e inalienáveis. Do contrário, já não estaríamos em uma verdadeira democracia, e sim em uma “ditadura da maioria” que aceitaria a retirada desses direitos, com prejuízos incalculáveis. 

É por respeito aos direitos fundamentais do cidadão, por exemplo, que os habitantes de uma cidade nunca poderiam se reunir e impedir a instalação de um estabelecimento comercial como uma padaria ou uma loja de roupas. Nem seria aceitável que trabalhadores de uma empresa decidissem “isolar” um empregado cuja posição ideológica, embora legítima, destoasse da maioria, até que ele resolvesse pedir demissão ou até que o empregador o mandasse embora em nome da manutenção de um ambiente de cooperação. Tais decisões violariam direitos fundamentais à livre iniciativa e de exercer uma atividade profissional.

Isso nos traz de volta às invasões. Quando o Prédio Histórico da UFPR foi invadido, por exemplo, um grupo de alunos emitiu nota de protesto reclamando não tanto do ato em si (pois esse grupo era favorável a uma invasão), mas do fato de ele ter ocorrido antes da assembleia que deliberaria sobre o tema, como se a eventual aprovação tivesse o poder de legitimar o protesto. 

Uma noção triplamente equivocada. Primeiro, porque a própria natureza da invasão já era antidemocrática, por se tratar de uma imposição de plataformas pela força. O segundo erro é pretender aplicar o princípio majoritário a maiorias circunstanciais (como uma reunião ou assembleia), quando ele se refere à totalidade da população. E, por fim, porque nem mesmo se toda a população desse um voto formal de apoio às invasões seria aceitável a restrição aos direitos de estudantes, professores e funcionários.

Se aceitarmos que direitos inalienáveis sejam limitados ou até suprimidos pela mera vontade da maioria reunida em assembleia ou em votação geral, estaremos deixando aberto um flanco para o autoritarismo disfarçado de “respeito à maioria”. Esta é uma lição que vale a pena consolidar em 2017.

Editorial: Lições de democracia para 2017, na íntegra, publicada pelo tradicional jornal Gazeta do Povo de Curitiba, em 31 de dezembro de 2016. Gazeta do Povo lutou bravamente para a queda do regime militar de 1964.