Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
FAMÍLIAS GASTAM 42% DA RENDA PARA PAGAR SUAS DÍVIDAS
Com três dívidas ativas para pagar, as famílias brasileiras comprometem em média 42% de sua renda para quitar seus débitos. O levantamento foi realizado com 200 participantes de São Paulo e Rio que se reconheceram como devedores. Um dos principais responsáveis por esse endividamento é o uso do cartão de crédito sem o pagamento integral da fatura do mês --principalmente entre as famílias de classe C. Fonte: Folha.
No ranking dos principais credores apontados no estudo estão: banco Itaú, Bradesco, Casas Bahia, Santander, pessoa física (o que indica que crédito informal também é uma fonte importante de empréstimo), C&A, Renner, Leader, Caixa Econômica Federal e Marisa. Fonte: Folha.
A maioria dos entrevistados é composta por pessoas da classe C (60,5%). Outros 27,5% pertencem à classe B; 9,5% são da D. O restante (2,5%) são pessoas da classe A.
Mais da metade dos que participaram do levantamento (56%) afirma ter um ou dois cartões de crédito. Fonte: Folha.
Está aí o resultado dos programas CréditoFácil e CréditoBarato, da dupla Dilma/ Mantega. É o remake da estratégia utilizada pelo Lula, para superação da crise financeira mundial de 2008. Deixando de lado a análise sobre a validade ou não das medidas, o fato concreto é que o nível de endividamento da população que era no início do governo Lula de 23% do PIB, hoje está beirando o índice de 55% do PIB. Os números acima citados pela Folha, vem apenas confirmar os números já conhecidos.
O ramake dos programas largamente incentivados pelo governo Dilma, sobretudo no primeiro semestre deste ano, com a diminuição da taxa de juros do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e com a redução do IPI dos veículos e linha branca, estão deixando a população com o nível de endividamento sem precedente. E o índice de inadimplência continuam subindo sistematicamente, conforme os números do Serasa Experian.
O meu receio é de que esta bolha uma hora pode estourar. Certamente vão estourar nas mãos de quem menos poder aquisitivo. Sempre a corda rompe no lado do mais fraco.
É uma completa irresponsabilidade da presidente Dilma, pelo incentivo ao endividamento e ao consumo acima das possibilidades, dentro do clima de euforia artificialmente provocado, tão somente com intuito de fazer os aliados da base ganharem as eleições municipais deste ano. O futuro nós dirá como pagaremos o custo da manutenção desta fantasia.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
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3 comentários:
As pessoas precisam aprender a usar e a gastar o dinheiro. Só a educação financeira pode tirar o brasileiro do buraco. Mas infelizmente não se investe em educação de nenhum tipo nesse país!
http://amilcarfaria.blogspot.com.br/2012/07/fazer-melhor-e-pior-ao-mesmo-tempo-em.html
Concordamos que muita gente se endivida por besteira,porém uma grande parcela da população,onde nos incluímos,se endivida pelos baixos salários.Sou professora da Rede Municipal da PCRJ e endividada com 4 bancos.Como eu, TODO o funcionalismo público está.
As soluções devem ser muitas,não sou economista,porém não devem interessar ao governo que é cúmplice dos banqueiros.
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