O Coaf, órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda,
confirmou irregularidades em transações financeiras realizadas pela
família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-MA), e aplicou multa a
Teresa Murad Sarney, nora do senador. Teresa controlava a empresa São Luis Factoring, intermediária de operações financeiras da família. Fonte: Folha.
O inquérito da Boi Barrica, que quebrou sigilos e realizou escutas
telefônicas, apontou indícios de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
De 2002 a 2006, a empresa de factoring movimentou R$ 42 milhões, apesar
de ter informado ter obtido receita de R$ 1,7 milhão, em valores da
época. A operação que teve as provas anuladas pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) em setembro de 2011. Fonte: Folha.
Na prática, o noticiário acima não produz efeito que o povo espera. O inquérito da operação teve as provas anuladas, portanto ninguém da família Sarney, apesar da roubalheira explícita de R$ 42 milhões, vai ser condenado. Uma boa parte deses recursos supostamente teria vindo das obras da Ferrovia Norte-Sul.
A notória figura, José Sarney, ex-presidente da República, atual presidente do Senado tem proximidade ao Palácio do Planalto. Segundo se sabe, ele é único homem da República que não precisa de agenda para falar com a presidente Dilma. Pensar que lá na Alemanha, o presidente da República teve que renunciar porque não soube explicar a origem de US$ 1 milhão.
Brasil mudou muito nos últimos tempos. Os contraventores circulam pelos Palácios com maior desenvoltura. Os empresários sérios que recolhem os impostos, só serão atendidos pelo BNDES, órgão do governo federal, nos balcões das agências bancárias repassadores dos empréstimos. Antes que alguém tente me colar a sigla de qualquer partido, deixei o termo "Palácios" em aberto, com o propósito de mostrar que isto poderia estar ocorrendo em Palácios de qualquer governo de estado, sob mando de qualquer partido político.
Isto tudo, a meu ver, tem conserto. Se milhares de bloguistas espalhados pelo Brasil a fora, levar os fatos ao conhecimento da população, como eu tento fazê-lo, garanto que este país teria destino diferente.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: @sakamori10
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