Em Londres, o preço do barril do Brent para entrega em setembro fechou
nesta quinta-feira em alta de 0,84% no mercado de futuros, cotado a US$
105,26. O petróleo do Mar do Norte, de referência na Europa, terminou o pregão
na ICE (Intercontinental Exchange Futures) com aumento de US$ 0,88 em
relação ao dia anterior. Durante o pregão desta quinta-feira, a cotação do Brent atingiu um máximo de US$ 106,18 e um mínimo de US$ 103,47. Fonte: Folha.
Ao término do quarto pregão da semana na Bolsa Mercantil de Nova York
(Nymex), os contratos de futuros do WTI subiram US$ 0,42 em relação ao
preço de fechamento de quarta-feira. O petróleo referência nos Estados Unidos, que chegou a marcar um máximo
de US$ 90,47 por barril neste pregão, acabou com essa ascensão depois do
apoio ao euro mostrado por Draghi. Os operadores foram encorajados também por um rodízio de dados
macroeconômicos melhores que o previsto nos EUA, o maior consumidor
energético do mundo junto com a China. Fonte: Folha.
A notícia é boa no longo prazo, para o Brasil. O Brasil tem as reservas do pré-sal, nem sabe bem qual é o potencial verdadeiro, se é 20 bilhões de barris ou 80 bilhões, mas tem. Acontece que para a Petrobrás, a exploração do pré-sal só se tornará viável economicamente à partir de US$70,00 o barril, porque o custo é muito alto por se tratar de exploração à 7.000 metros de profundidade.
A notícia é péssima no curto prazo para a Petrobrás. Segundo analistas, mesmo com o último aumento na refinaria, o preço dos combustíveis está defasado em cerca de 20%. Enquanto o Brasil é auto-suficiente em produção do petróleo, pelo menos em termo de geração de caixa, tem efeito menos perverso. Como já há algum tempo o Brasil é importador de combustíveis, portanto, qualquer aumento do petróleo no mercado internacional reflete direto na geração de caixa da Petrobrás, agravando ainda mais a situação já crítica da Companhia.
A Petrobrás não pode, eternamente, ser um instrumento de política monetária, segurando o preço dos combustíveis na ponta do consumo, ou melhor na bomba do posto de gasolina. É aquela história do vender filé mignon para com o mesmo dinheiro suprir com o coxão mole. Se mantiver por mais algum tempo o preço dos combustíveis por conta das eleições e se o dólar continuar subindo, daqui a pouco, será necessário vender filé mignon para com o mesmo dinheiro comprar o coxão duro.
O almoço para Graça Foster nunca será de graça. Uma hora vem a conta para os acionistas minoritários e contribuintes pagarem. Nunca, se deslumbrem com o canto de sereia. É tudo uma fantasia, um ardil, uma enganação. Quanto mais cedo acordarmos, a decepção será menor.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof.da UFPR
Twitter: @sakamori10
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