Os gastos com construção nos Estados Unidos subiram para o maior nível
em quase dois anos e meio em maio, com a aceleração dos investimentos em
residências e projetos do governo federal. Os gastos com construção subiram 0,9% em uma taxa anualizada, para US$
830 bilhões, o maior nível desde dezembro de 2009, informou o
Departamento de Comércio do país nesta segunda-feira. Em abril, o indicador havia subido 0,6%, número revisado. Fonte: Folha.
O pivô da crise financeira de 2008, com quebra do Banco Lehman, a construção civil nos EEUU retoma, embora tímido, o seu curso normal. Nada que signifique um novo "boom", pois que o crescimento anualizado é de 0,9% ao ano, em comparação ao esperado crescimento do PIB americano em 2,5%. O importante é que houve inflexão. Parou de cair.
A retomada sustentável de crescimento dos EEUU, provoca uma certa calmaria no mercado financeiro internacional, à despeito da crise européia. Os EEUU ainda representa 20% do PIB mundial e este crescendo a 2,5% ao ano, somado ao crescimento da China, a segunda economia do mundo em 8,5% ao ano, já pode antever uma luz no final do túnel. A retomada do crescimento será gradual, por conta ainda da crise na Europa.
Dentro desta perspectiva, o Brasil não se beneficia tão significativamente do crescimento dos EEUU, porque as nossas exportações para quele país, hoje, representa cerca de 12% do volume total. Embora, a economia chinesa esteja crescendo a 8,5% ao ano, o Brasil está prejudicado em função de que a China vem desacelerando o crescimento m relação aos anos anteriores.
Se seguir o curso normal é de esperar que o dólar continue a apreciar, desde que o Banco Central não intervenha no câmbio, deixando flutuar livremente, contrário do que vem fazendo nos últimos 2 meses. O país não pode desperdiçar esta oportunidade para deixar flutuar a moeda americana, até encontrar o patamar de equilibrio, que na minha conta está no patamar de R$2,40. Por conta da estagnação, a inflação está dentro das margens da meta de inflação do BC que é de 4,5% ao ano. Oportunidade única, para colocar o dólar no patamar real e evitar a desindustrialização do país.
Os ajustes no mercado financeiro, tem o seu "timing" certo. É preciso estar muito atento aos fatos que acontecem no mundo globalizado. Não podemos perder o bonde da história.
Ossami Sakamori, 67, engenheiro civil, foi prof.da UFPR.
Twitter: @sakamori10
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