sexta-feira, 14 de setembro de 2012

PARA PETROBRAS E ANP, CHEVRON NADA FEZ DE ERRADO



Chevron e Transocean estão impedidas de operar no Brasil desde o fim de julho, após liminar contra as duas empresas ser concedida pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região).
A ANP recorreu da decisão no STJ (Superior Tribunal de Justiça), mas decisão publicada na quarta-feira (12) manteve a suspensão de todas as atividades de extração e transporte de ambas, sob pena de multa diária de R$ 500 milhões. Fonte: Folha.

Uma eventual suspensão das atividades da operadora de sondas Transocean no Brasil pode afetar gravemente a produção de petróleo no país, disse a diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Magda Chambriard, nesta sexta-feira (14). "Não podemos perder dez sondas da Transocean em um momento de declínio da produção de petróleo como o atual", disse Chambriard. "Na visão da ANP, a empresa não fez nada de errado." Fonte: Folha.

Não vou entrar no mérito do julgamento a respeito, se Chevron fez errado ou não no caso de vazamento do petróleo no campo de Frade, pois não tenho conhecimento técnico suficiente para fazê-lo.  Já fiz matéria sobre o tema chamando a responsabilidade daquele vazamento à própria Petrobras, sócio em 30% daquele campo.  Chamei atenção também sobre a falta de fiscalização e acompanhamento pela própria Petrobras e em especial pela ANP e Ibama nos campos de produção de petróleo como todo.  Tudo isto, vem ocorrendo devido ao açodamento da exploração do pré-sal para cumprir agenda política da presidente Dilma.

Aproveito a matéria para chamar atenção ao fato de exploração do pré-sal, no momento, que é uma precipitação.  Primeiro, economicamente, o custo de exploração do pré-sal é muito alto em relação ao preço de óleo do mercado internacional.  A relação custo/benefício não é tão atrativo nos níveis de preços atuais.  Segundo motivo é que a tecnologia para exploração em águas profundas vem melhorando significativamente nos últimos 5 anos, segundo técnicos.  Creio eu que se programar com parcimônia, a exploração do pré-sal, o País sairia ganhando em muito, pela eficiência e segurança incorporadas pelas novas tecnologias.  Ninguém vai levar embora, o petróleo que está dentro do limite territorial brasileira!  Então, porque não desenvolver o programa do pré-sal dando um "delay" para incorporar as novas tecnologias em desenvolvimento.  

Dilma, por favor, não vamos utilizar a Petrobras e pré-sal como instrumento político partidário.  O assunto pré-sal é um assunto sério!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi prof. da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

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