Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
BANCOS. DANDO COM UMA MÃO E TIRANDO COM OUTRA
Enquanto são pressionados pelo governo para reduzir as taxas de juros, os bancos têm elevado suas tarifas. De janeiro para cá, as tarifas máximas cobradas pelos bancos públicos e privados pelos produtos e serviços mais comuns tiveram aumento de até 191% na pessoa física. Fonte: Estadão.
Desde abril, os bancos sucessivamente anunciam redução de juros em diversas linhas de crédito. Segundo divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira, o juro médio cobrado nas operações de crédito livre, inclusive, atingiu seu menor patamar da série histórica iniciada em 2000 e ficou em 30,1% ao ano. Questionadas, as instituições financeiras não comentam se o aumento de tarifas tem por objetivo compensar a queda de juros. Fonte: Estadão.
Fato que já era esperado. Na iniciativa privada, não tem Tesouro que injeta capital tanto quanto necessário para continuar o plano de expansão de crédito, determinado pelo ministro da Fazenda. Os bancos privados tem compromissos com os seus acionistas minoritários ou não. Os clientes que não concordam com as tarifas impostas pelos bancos privados, tem alternativas da CEF e Banco do Brasil. E tem concorrência entre os bancos privados. Os usuários do sistema bancário tem que negociar a contraprestação de serviços para gerir o seu fluxo de caixa. Os grandes que negociem com os bancos as tarifas. Os pequenos tem alternativa dos bancos públicos. É necessário estar atentos e espertos.
Via de regra, os usuários dos bancos privados tem algum produto casado. Teve que aceitar as tarifas porque o empréstimo foi feito naquele banco ou outra vinculação qualquer. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, a venda casada é proibida. Se se sentir lesado, em qualquer situação, deve formalizar a reclamação na Delegacia de Consumidor e ou no Banco Central do Brasil, devidamente protocolizado. Garanto que os bancos, se estiverem praticando alguma ilicitude, vão se enquadrar rapidinho. Tenho certeza! Não adianta reclamar para vizinho, que isto não leva a nada.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori10
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Sempre ótimos seus comentários Saka. E pertinentes. Às vezes, não consigo postar o comentário, mas leio sempre. Abraços da Deinha.
Postar um comentário