No acumulado em 12 meses, o gasto com juro do setor público recuou pelo
quarto mês consecutivo em termos nominais e alcançou R$ 226,5 bilhões
(5,26% do PIB). Fonte: Estadão.
Explicando. Resumindo, R$ 226,5 bilhões é o gasto efetivo de juros que o Tesouro paga ao mercado, cerca de 23% em título atrelado ao Selic. O COPOM baixou os juros Selic em 7,5%, mas ainda assim, está muito alto. Em termo de comparação, o montante é muito maior do que o "Programa Espuma" da Dilma de infraestrutura para próximos 30 anos! É também o dinheiro que falta na educação, na saúde pública e na segurança pública, entre outras tantas necessidades.
Já no acumulado dos últimos 12 meses encerrados em julho, o superávit
primário diminuiu para R$ 107,9 bilhões, o que representa 2,51% do PIB. Fonte: Estadão.
Explicando. O superávit primário é nome feio, nada do que se apregoa a Dilma e equipe, como se fosse troféu. O superávit primário é o dinheiro que "separa" da arrecadação do governo federal para pagamento de juros. O que falta, isto é diferença do total de juros que o governo teria que pagar e o dinheiro "separado", no montante de R$ 118,6 bilhões, vai para rolagem da dívida, isto é vai ser acrescido no saldo devedor. Exatamente como acontece com "cartão de crédito" da população. O país não consegue, sequer, pagar os juros da dívida, muito menos do principal. O bolo da dívida vai aumentando. A população sabe bem como funciona o cartão de crédito.
O BC informou ainda que a dívida bruta do governo geral subiu 57,2%
do PIB em junho, para 57,6% do PIB em julho. A dívida bruta encerrou o
mês passado em R$ 2,48 trilhões. Fonte: Estadão.
Explicando. A dívida bruta do governo geral, se refere ao valor bruto da dívida, sem descontar a dívida contraída para repassar a diversos órgãos vinculados ao governo, como BNDES e Petrobras. Se estes não honrarem, o governo da União é responsável pelo pagamento. Lembrando que muito destas dívidas foram parar no programa de empréstimo subsidiado às empresas brasileiras e transnacionais. Entre estas empresas constam as empresas ícones do Eike Batista, JBS do Meirelles, A Foxconn do Mercadante, as transnacionais do sistema elétrico, as concessionárias dos aeroportos recém licitados, as montadoras de automóveis, entre outras. Somente no programa "Bolsa Empresário", a Dilma endividou o Tesouro para emprestar aos novos homens ricos do país, num montante aproximado de R$ 300 bilhões. E o povinho o que ganhou? Só ajudando a JBS comprar iate de US$ 15 milhões e por aí a fora.
Dilma, a situação econômica financeira do governo federal está feia na fotografia. Ainda assim, vai ensinar à Angela Merkel? Pergunto, quem é mais mais burrinha?
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi prof. da UFPR
Twitter: sakamori10@gmail.com
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