sábado, 15 de setembro de 2012

DILMA, FAÇO PARTE DOS 25% QUE NÃO A APROVA.



A avaliação positiva do governo Dilma ficou em 56,6% em julho, contra 49,2% em agosto de 2011, segundo pesquisa. Para 35,5% dos entrevistados, a avaliação dada foi "regular", ante 37,1% em agosto do ano passado, e para 7% foi negativa, contra 9,3% no levantamento anterior. O levantamento também apontou que a aprovação pessoal de Dilma está em 75,7%, contra 70,2% em agosto de 2011. Fonte: Folha.

Seja como for a avaliação da presidente pela população, assim como o do seu antecessor presidente Lula, eu faço parte dos 25% que não dou avaliação pessoal positiva à Dilma.  

Tendo conhecimento de como ela foi eleita em 2010, utilizando-se esquema do dinheiro não contabilizado, antes denominado de Caixa 2, considero ilegítimo, moralmente, o exercício da presidência da República.  Sendo ilegítimo, no aspecto moral, a minha avaliação pessoal, não chega a levar em conta os aspectos de governança do governo Dilma.  O estilo "rouba que faço" do Paulo Maluf, não é comigo.  Nem poderia ser, se o País fosse sério.  Pelo que vejo, o Brasil ainda terá que caminhar algumas léguas para chegar nos níveis de cultura do primeiro mundo.

Felizmente, vejo que o STF, o órgão máximo da instância judiciária, respondendo ao clamor das "redes sociais", vem a demonstrar sobriedade e seriedade no julgamento do processo mensalão.  Tomara que seja o novo paradigma para os casos de corrupção, do caixa 2, do dinheiro não contabilizado e da ladroagem dos agentes públicos.  Que os agentes públicos não fiquem mais impunes com malversações do dinheiro público.  

Justamente neste quesito de corrupção, caixa 2, ladroagem de dinheiro público e favorecimento aos parlamentares da base de apoio, que na minha avaliação, me faz posicionar na "desaprovação" pessoal da presidente Dilma.  Em 1 ano e 8 meses, já foram demitidos 10 ministros, pelo menos 8 deles com forte indício de ladroagem do dinheiro público, além de diretores de órgãos como DNIT e Valec.   E a presidente Dilma, nada fez contra estes agentes públicos, além das demissões.  Os agentes públicos corruptos, bem como seus corruptores estão livres e soltos, nem sequer estão sendo processados para ressarcimento aos cofres públicos. Estão, como agressão à moralidade pública, à prestar declarações públicas como nada tivesse com os casos que os levaram às demissões.

Se a presidente Dilma, liberar seus parlamentares da CPMI do Cachoeira a investigar à fundo, utilizando-se de instrumentos próprios, começando pelas contas da Delta Construções, virá à tona, o maior escândalo de caixa 2 da história do País. Infelizmente, os tais dinheiros não contabilizados foram utilizadas para eleições presidenciais de 2010. Presidente eleito com dinheiro sujo da corrupção, não é bom credenciais para merecer a minha aprovação pessoal da Dilma como presidente. Independentemente da CPMI do Cachoeira, se as instituições da República tiverem, creio que tem, autonomia de investigações, todo este culto de personalidade cai por terra.  Melhor dizendo, cai por República.  

Por tudo isso, faço parte dos 25% que não aprova a pessoa da presidente Dilma.  Apenas, respeito-a como minha presidente, enquanto no exercício do cargo supremo do República Federativa do Brasil.  Nada mais.

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi prof. da UFPR.  E-mail: sakamori10@gmail.com

2 comentários:

Letrista disse...

Manda o PDT liberar o chamamento da VEJA!!! na CPMI!!!

Unknown disse...

Aproveito a deixa, endosso o comentário e também sou mais um dos 25%.