Petróleo sobe na expectativa por reunião do BC dos EUA. O preço do barril do Brent para entrega em outubro fechou nesta segunda-feira em alta de 0,49% na Bolsa Intercontinental de Futuros de Londres (ICE Futures), cotado a US$114,81. Fonte: Folha.
O que a Dilma pratica com a Petrobras é crime de "lesa pátria". Não pode a presidente utilizar Petrobras como instrumento de política econômica, tão somente para atender a necessidade de manter o preço dos combustíveis estabilizados, no período que antecede às eleições municipais, para favorecer os seus aliados políticos.
O último aumento de combustíveis foi feito no mês de junho deste ano, na refinaria, isto é ao consumidor não foi repassado o aumento, sendo este absorvido pela diminuição da taxação da Cide, que, com aquela medida tornou-se praticamente zerado, ou seja 0,1%. À época continuava a defasagem do preço em cerca de 15%, segundo analistas do setor, apesar do aumento. De lá para cá, o preço do petróleo no mercado internacional sofreu cerca de 10% de aumento, em dólar. Portanto, a defasagem, hoje, é de cerca de 25%. A Petrobras vem trabalhando "em vermelho", prejudicando enormemente a geração de caixa da Companhia.
Lembrando que, antes da crise, o preço do barril do Brent, no ICE Futuro já bateu US$ 170,00. Isto mostra que ainda tem muito chão para subir. Para que a Petrobras possa manter a saúde financeira capaz de desenvolver projetos de exploração, tanto no pós sal ou no pré sal, é necessário praticar o preço "paridade", ou seja flutuar conforme mercado internacional, sob pena de não poder tocar os programas de expansão. Só para o conhecimento, nos EEUU, o preço na bomba para consumidor, está defasado em apenas 1 semana, obedecendo a regra do mercado. Não importa se é ano de eleições do presidente Obama ou não. A regra é mantida.
É um círculo vicioso. A falta de geração de caixa fez a Petrobras adiarem os investimentos programados. A falta de investimentos programados está obrigando a Petrobras a importarem os combustíveis já refinados, pagando o preço do mercado. Somente nos últimos 12 meses, a Petrobrás amargou um déficit comercial de US$ 8 bilhões. Quanto mais importa os combustíveis, maior é o rombo de caixa da Companhia. Tudo isto, porque a presidente Dilma, está segurando o reajuste dos combustíveis para depois do segundo turno das eleições. Aós as eleições, no médio prazo terá que cobrir a defasagem de 25%, isto só para manter a Companhia em equilíbrio.
Mais preocupante ainda é a alta que poderá ocorrer no mercado internacional do petróleo até o fim do segundo turno das eleições municipais. E ao que tudo indica, deverá ocorrer. Se insto vier a confirmar, potencializa a defasagem atual de 25%. Considerado isto, o futuro da Petrobras é de no mínimo sinal de "alerta máxima". Diga-se de passagem sob batuta da dupla Dilma/ Foster.
Inquieta-me sobremaneira, o fato de imprensa em geral, não chamar atenção para este fato, que considero como gravíssimo. Anotem, estou a falar, hoje dia 11 de setembro de 2012.
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, filiado ao PDT, foi prof. da UFPR. E-mail: sakamori10@gmail.com
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