Amazônia é nossa! Perito Judicial Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Foi professor da Escola de Engenharia da UFPR. Macroeconomia e política.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
DILMA MANDA SACAR R$ 29 BI DAS ESTATAIS
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) fará um novo aporte de dividendos ao Tesouro para reforçar o caixa do governo federal e ajudar no cumprimento da meta de superávit primário (economia de recursos para pagamento da dívida) das contas públicas. O reforço dos dividendos do BNDES vai ajudar o governo a alcançar R$ 29 bilhões de receitas com dividendos, previsão que consta no último relatório do Orçamento da União, divulgado na semana passada. Fonte: Estadão.
O governo diz que não há manobra no repasse dos dividendos, mas o aumento dessas receitas num ano em que as estatais têm queda na lucratividade é visto com desconfiança. A avaliação dos analistas é que essa política de garantir "superdividendos", como vem sendo chamada no mercado, enfraquece os efeitos da política fiscal. A previsão de receitas e dividendos cresceu para acomodar a queda na estimativa de arrecadação. Fonte: Estadão.
A manobra do ministro Mantega é para garantir o Superávit Primário, nome feio, dentro da meta. O Estadão foi benevolente em explicar que o Superávit Primário é economia de recursos para pagamento de dívidas. Explicando melhor, é para pagamento de parte dos juros da dívida pública federal. O resto do juros que o Tesouro não consegue pagar, vai ser acrescido no saldo da dívida bruta do Tesouro. Rolagem da dívida.
É um artifício contábil, tudo para poder gastar. Há poucos dias, o governo editou MP para capitalizar CEF e Banco do Brasil em R$ 21 bilhões, justamente na contramão dos gastos públicos. O artifício contábil é de que o aporte aos bancos estatais serão considerados como investimentos e não como gastos. E no caso de BNDES, também, é uma atitude contraditória, porque o governo injeta dinheiro com recursos captados com emissão de títulos do governo para fazer empréstimos denominado por mim de Bolsa Empresário, hoje no montante de R$ 360 bilhões. É um tal de tira e põe. Haja gambiarra contábil !
Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT. Twitter: @sakamori10
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