segunda-feira, 29 de outubro de 2012

PETROBRAS VENDE FILÉ MIGNON AO PREÇO DE BANANA!


A Petrobrás está com dificuldades para negociar a venda de ativos no exterior. Potenciais compradores sabem que a companhia tem pressa em fazer caixa e aproveitam para barganhar preços, segundo fontes da estatal.  O plano de negócios de 2012 a 2016 prevê vendas de ativos no valor de US$ 14,8 bilhões, a maior parte em 2012. Mas, a pouco mais de dois meses do fim do ano, a estatal ainda não conseguiu levantar os recursos. O dinheiro é fundamental para financiar os investimentos no pré-sal, cada vez mais prioritários para a empresa, em detrimento dos projetos no exterior. O reforço de caixa é ainda mais importante porque a Petrobrás está perdendo bilhões com a importação de combustíveis e com a queda de produção na Bacia de Campos. Fonte: Estadão.

A dificuldade para vender os ativos é sentida no Golfo do México, nos Estados Unidos, onde a Petrobrás negocia com empresas de petróleo de vários países uma complexa parceria para seus 175 blocos de exploração de petróleo. Também podem ser negociados refinarias no Japão e nos Estados Unidos e ativos na Argentina. Além de tentar vender os ativos, a Petrobrás também reduziu os investimentos no exterior. O plano de negócios de 2012 a 2016 previu US$ 6 bilhões em investimentos internacionais, quase metade dos US$ 11,2 bilhões do plano anterior (2011-2015). Fonte: Estadão.

O assunto já foi comentado amplamente em matérias anteriores.  A Petrobras está com dificuldade de geração de caixa, em função de manter a política de "convergência" de preços, abandonando a política corrente no mercado internacional de "paridade" de preços dos combustíveis.  Como a própria denominação diz, a política de convergência, adota para o preço de combustíveis na bomba, preços inferiores ao desejado, mitigado o preço internacional do petróleo.  É a política adotada pela presidente Dilma, para tentar segurar a inflação.  Pelo impacto que o aumento de combustíveis trariam no índice de inflação do anos de 2012, já encostando no teto da "meta de inflação" do BC, é provável que o aumento dos combustíveis na bomba só venha ocorrer em janeiro de 2013.

Dentro desta política de convergência, a Petrobras não tem dinheiro para tocar os projetos do pré-sal, razão pela qual está a tentar vender os ativos no exterior, maioria um verdadeiro "filé mignon".  O mercado internacional já percebeu isto é quer arrematar os ativos à venda, ao preço de banana.  Se a Petrobras quiser fazer o dinheiro à toque de caixa, como de fato ela quer, terá que vender os ativos "filé mignon" ao preço de "carne de segunda".  Esta constatação não é só minha, são de analistas do mercado, os mais avisados.  

Petrobras vende filé mignon ao preço de banana!

Ossami Sakamori, 68, engenheiro civil, foi professor da UFPR, filiado ao PDT.  Twitter: @sakamori10

Um comentário:

Jornal Digital do Brasil disse...

ISSO É O BRASIL QUE O PT ESTA CRIANDO . PIOR DE TUDO É SABER QUE TEM UM BANDO DE SEM MEMÓRIA QUE AINDA VOTAM NELES.